sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sábado - O Santuário de Deus no Tempo

"Com as costas para o templo do senhor e os rostos voltados para o oriente, 
estavam se prostrando na direção do sol" (Ezequiel 8:16).

O êxodo foi um ato libertador. Mais que de cadeias que aprisionavam mãos, Deus desejava libertar Israel da adoração que prendia à terra da escravidão. Mais que um novo endereço, um novo rumo, uma nova terra, Deus oferecia um relacionamento real, com um Deus real. Cada uma das pragas enviadas ao Egito era um anúncio do Deus verdadeiro aos deuses de plástico cultuados por egípcios e israelitas. O Criador é quem dirige a criação. Só Ele merece culto.

Um santuário foi construído no meio do deserto. Seus muitos rituais, objetos e símbolos apontavam para a libertação e o libertador. Cada medida, cada cor, cada material fora escolhido pelo próprio Deus, e cumpria função nesse quadro de adoração. Até mesmo a posição em que o tabernáculo seria construído foi cuidadosamente escolhida. Sua porta da frente deveria dar para o oriente. E isso não era por acaso.

Cada vez que um adorador viesse ao santuário para se encontrar com Deus e oferecer sacrifício, ao entrar pelas portas estaria de costas para o sol - a principal divindade adorada nos dias escuros do cativeiro.

O sábado é o santuário de Deus no tempo. Cada vez que entramos pelas suas portas somos convidados a dar as costas a tudo que nos afasta de Deus. O sábado é um lembrete do compromisso de santidade que temos. O sábado é o elo de ouro que nos liga a Deus - o Criador e Libertador de nossa vida.

As portas estão abertas. Entre e viva um lindo sábado.

Trindade infernal - Infidelidade, Corrupção e Terror

Apesar do ambiente financeiro europeu estar causando pânico nas economias de todo mundo, continuamos ouvindo que a qualidade de vida aumentou, os carros melhoraram, os pobres consomem mais e todos são livres para fazer o que quiser. No entanto, paradoxalmente, as mais estranhas neuras e maluquices se avolumam dia após dia.

Infidelidade, corrupção e terror são as três chamadas de capa da Veja desta semana. Com apenas três palavras a revista sintetizou a realidade infernal com a qual convivemos. 


O terror foca no recente atentado a bomba no centro de Oslo, capital da Noruega. A corrupção fala sobre os artifícios que nos roubam sistematicamente. A infidelidade revela os dramas e separações de casais e famílias por conta do sexo na internet. Ué? E a tal modernidade? E a independência soberba que o homem insiste em ter de Deus, não está resolvendo? Não, não está.

O cardápio para nos entreter e fazer o inferno parecer céu é amplo: novelas, filmes, futebol, corrida, copa, olimpíada, sites eróticos, festinhas proibidas, moda, bares, jogos, bebidas, carros, pacotes de viagem, redes sociais, especialização atrás de especialização, enfim, tudo bacana. Mas tudo convivendo com infidelidade, corrupção e terror.


A lista do cardápio acima é boa. Nada contra, gosto é gosto. O problema é que cada vez mais consumidores destas listas estão enfrentando depressões, síndromes e doenças inexplicáveis. Como um mundo com listas aparentemente tão boas ainda enfrenta infidelidade, corrupção e terror? Pode me chamar de simplista, tudo bem, mas falta Deus na equação. Não estes deuses dos cristais, das cartas, dos horóscopos, das adivinhações, das cachoeiras, das montanhas, das árvores, não estes, afinal, estes têm feito milhares de cabeças desta geração e são comprados como espiritualidade filosófica moderna. O Deus que tem sido subtraído é o Deus da Bíblia e, com Ele, os Seus mandamentos.


O resultado é lamentável. Jovens cada vez mais insubmissos a pais, professores e autoridades. Pais cada vez mais frios e distantes. Casais cada vez mais cansados da própria família. Políticos cada vez mais descarados. Bandidos cada vez mais gratuitamente violentos. Ou seja, tecnologias melhoram, ciências avançam, materialismo e racionalismo vão fincando bandeiras, mas a alma continua seca, vazia, fria. Esta é a história que as mídias escrevem sem perceber, pois todo progresso sem Deus leva invariavelmente a trindades como essa: infidelidade, corrupção e terror.


Elimine a infidelidade com o Deus Fiel. Elimine a corrupção com o Justo Juiz. Elimine o terror com o Príncipe da Paz. Eis a autêntica e única trindade capaz de frear as trindades infernais que sofremos. Volte-se para o Pai, o Filho e o Espírito, único caminho para redimirmos as terríveis notícias de capa da nossa história.

Edmilson Ferreira Mendes - Guiame

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Morre aos 90 anos o teólogo John Stott

John Robert Walmsley Stott
(27 de abril de 1921 – 27 de julho de 2011)

Faleceu aos 90 anos de idade, o teólogo britânico John Stott. Uma lenda viva. Escreveu seu nome na história como presidente do comitê que elaborou o Pacto de Lausanne, em 1974. Há mais de três décadas, Stott dedica, todos os anos, três meses para viajar pelo mundo, dando atenção especial às igrejas localizadas em regiões onde o cristianismo é minoria.

Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu mais de 40 livros, entre outros:  Ouça o Espírito, ouça o mundo, A Cruz de CristoPor que sou cristão e Cristianismo Básico - este um best-seller com mais de 2,5 milhões de cópias vendidas e traduzido em centenas de línguas.

John Stott, anglicano, era considerado uma das mais expressivas vozes da igreja protestante. Billy Graham, fundador da Christianity Today chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".

Em 2009, John Stott recebeu Christianity Today em sua casa, em Londres, para uma entrevista. A seguir, reproduzimos um pequeno trecho desta conversa:

CRISTIANISMO HOJE – O que mudou na Igreja Evangélica ao longo de seu ministério?
JOHN STOTT – Fui ordenado há 64 anos e lembro que, quando comecei, os evangélicos eram uma minoria desprezada e rejeitada. Desde então, vi o movimento evangélico crescer em tamanho, maturidade, e, com certeza, em erudição. Em termos de influência, saímos de um gueto e nos colocamos em posição de predomínio, um lugar muito perigoso.

CH – Qual é o perigo?
JS – O orgulho é o perigo que está sempre presente e que se coloca diante de nós. Em muitos aspectos, é bom sermos desprezados e rejeitados. Penso nas palavras de Jesus: “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês”.

CH – Provavelmente, ninguém conhece mais a Igreja ocidental do que o senhor. Faça uma avaliação sucinta dela.
JS – Vejo crescimento sem profundidade. Ninguém contesta o crescimento imenso da Igreja – mas esse processo tem sido, em grande escala, numérico e estatístico. O crescimento do discipulado não tem sido equivalente ao aumento dos números.

CH – O que a Igreja precisa fazer para alcançar a sociedade pós-cristã e secularizada do século 21?
JS – Acredito que essas pessoas que taxamos como seculares se lançam à busca de pelo menos três coisas. A primeira é transcendência. Cada vez mais gente procura alguma coisa além do que vive e vê. A segunda é a busca de significado. Quase todo mundo procura sua identidade pessoal, quer encontrar o sentido da vida. Isso desafia a qualidade de nosso ensino cristão de que os humanos são criados à imagem de Deus. E a terceira coisa que todos andam buscando é comunhão, relacionamentos de amor. Gosto muito do que está escrito em I João 4:12: “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor está aperfeiçoado em nós.”

Vale a pena ver este vídeo Memorial - com tradução para o português



Fonte: Genizah

quarta-feira, 27 de julho de 2011

170 mil conversões por dia e 175 mil mártires por ano


Quase todos os anos, são divulgadas pesquisas atualizadas sobre as religiões do mundo, trazendo dados estatísticos curiosos. Porém, dentre as pesquisas divulgadas nos últimos anos, a que chama mais a atenção é a do International Bulletin of Missionary Research (IBMR). A instituição norte-americana, que mantém uma revista mensal apenas para assinantes e colaboradores, divulgou recentemente que, dos 6,7 bilhões de pessoas no mundo, 2,2 bilhões são cristãos (aqui, como na maioria das pesquisas, somam católicos romanos com ortodoxos e protestantes de várias matizes), 1,4 bilhão são muçulmanos, 888 milhões são hindus, 391 milhões são budistas e 15 milhões são judeus. De acordo com esse censo, há 1,13 bilhão de católicos romanos, 806 milhões de protestantes de várias matizes e 253 milhões de ortodoxos.

Informações ainda mais interessantes surgem quando o IBMR apresenta os dados detalhados do Cristianismo no mundo. Trata-se de uma fotografia quase perfeita de como anda a fé cristã em nosso planeta.

Número de convertidos e desviados por dia


Um dos dados interessantes do International Bulletin of Missionary Research diz respeito ao número total de convertidos e desviados todos os dias no mundo em relação a todos os segmentos denominados cristãos.


De acordo com o IBMR, cerca de
170 mil pessoas se convertem todo dia ao Cristianismo no mundo, mas, em contrapartida, todos os dias 91 mil cristãos se desviam, o que significa que há um acréscimo real diário de 79 mil novos cristãos em todo o mundo.

Ou seja, 53% dos que se convertem ao Cristianismo todos os dias no mundo se desviam. Apenas 47% permanecem. Claro que há razões, peculiaridades e contextos variados dentro desse número de desviados por dia, mas esse dado não deixa de enfatizar
a necessidade de as igrejas investirem mais em discipulado.

Cabe a cada um de nós, que formamos a Igreja, o Corpo de Cristo, fazer a nossa parte com afinco.
“Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” João 4:35

Frequência aos cultos e número de mártires cristãos


Mais duas informações interessantes da pesquisa do IBMR dizem respeito à frequência à igreja dos cristãos e ao número de mártires do Cristianismo no mundo atualmente.


Segundo o levantamento do IBMR, dos 2,2 bilhões de cristãos no mundo, apenas 1,5 bilhão são cristãos que vão regularmente à igreja. Isto é, 700 milhões não vão à igreja ou quase não vão, o que significa que 33% dos cristãos do planeta são nominais.


Ainda segundo a IBMR, há 39 mil denominações cristãs hoje no mundo, com 3,7 milhões de congregações.


Quanto aos mártires, a IBMR afirma que o número de mártires cristãos chega a 175 mil por ano.
Isso significa que em nenhuma outra época da História da Humanidade morreram mais cristãos por causa da sua fé do que agora. Nem na época da perseguição à Igreja Primitiva por parte do Império Romano havia tantas mortes de cristãos assim como vemos hoje. São 480 novos mártires por dia em todo o planeta. Homens, mulheres e jovens que pagam com a vida pelo “crime” de seguirem a Cristo.
 
Fonte: CPAD News

My Way e Comme d'habitude (O homem sem Deus)

And now, the end is near, and so I face the final curtain...
 
Quem não conhece esse que foi um dos maiores sucessos do Frank Sinatra tardio e uma das canções mais regravadas de todos os tempos? No leito de morte, o eu lírico da composição proclama orgulhosamente: I did it my way (em uma tradução desajeitada, "fiz do meu jeito", ou seja, "vivi a vida como me pareceu melhor"). Ouça aqui.

Se a música fosse poesia, como crítica literária eu diria que se trata de um sujeito forte: seus arrependimentos foram muito poucos que valessem a pena mencionar; cada um de seus passos, tais como os do Chapolim, foram friamente calculados; se havia dúvidas, ele "engoliu e cuspiu", encarando tudo e permanecendo de pé; ri das derrotas e falhas; e termina seu relato dizendo que um homem que não tem a si mesmo é um homem que não tem nada. Ele morre sozinho, confiante e satisfeito. Uau!

Mas poucos conhecem essa que foi a matriz francesa para My Way, chamada Comme d'habitude, de 1967 (ouça aqui). Curiosamente, a letra original nada na contramão de sua irmã americana, ao descrever a vida de um casal cujos gestos cotidianos são desprovidos de significado. O eu lírico, dessa vez, é um marido deprimido e até conformado com o fim iminente de seu casamento. Diz a canção: "Como de costume, todo o dia/ Eu vou fingir/ Nesta cama fria/ Minhas lágrimas, eu as esconderei/ Como de costume." É o exato oposto do sujeito que toma as rédeas de suas decisões: em Comme d'habitude, o relacionamento sem vida é um subtema para demonstrar a impotência do homem.

Poderíamos dizer que ambas as canções ilustram os atuais modos americano e europeu de considerar o ser humano. Um é otimista demais, quase heroico; o outro, pessimista e até niilista. Porém, é mais interessante pensar que são duas cosmovisões contraditórias oferecidas por um mundo que só consegue enxergar o homem sem Deus.

Separado do Criador, o homem pode aventurar-se pela vida crendo que é dele que depende seu destino; ou então, pode afundar em um surdo desespero ao perceber sua incapacidade fundamental para gerir seus próprios caminhos.

Enquanto o segundo desistiu de tentar, o primeiro se satisfaz com muito pouco, refestelando-se nas próprias imperfeições e no orgulho de sua solidão. São dois extremos e nenhum deles é verdadeiro.

Só o cristianismo é exato em sua radical afirmação: sem Deus, nada podemos fazer; com Deus, submetidos a Ele, podemos viver sem ganas de um falso heroísmo, descansados em Sua vontade e desejosos de Sua perfeição, em um amor que é real e plenamente vivido no Paraíso. Não há nada no mundo que possa comparar-se a isso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Entrevista - Maria da Penha (Quebrando o Silêncio)

Maria da Penha Fernandes, farmacêutica bioquímica, cearense, mãe de três filhas, paraplégica por causa de um tiro disparado pelo ex-marido, resolveu fazer a diferença. Ela foi vítima de duas tentativas de homicídio pelo então marido, o economista colombiano Marcos Antônio Heredia Viveros. Nesta entrevista concedida à jornalista Márcia Ebinger, conheça um pouco sobre o perfil dessa mulher e sobre as conquistas que foram alcançadas graças à coragem que ela demonstrou.



Meus heróis NÃO morreram de overdose


Leio que Julie Andrews completou 74 anos em 01 de outubro *. Dá pra acreditar? A Maria de A Noviça Rebelde tornou-se uma septuagenária. Podem chamar de sentimental e convencional, mas é difícil resistir à Julie Andrews surgindo numa colina verdejante e girando com os braços abertos e cantando a bela “The sound of music”. Tudo bem que depois tem aquelas sete notas musicais ou sete crianças, o que dá no mesmo. Mas logo aparece uma Julie enamorada cantando “Something” e o resto é Oscar, história e lágrimas.

O cantor Cazuza dizia numa música que seus heróis morreram de overdose. Ele próprio escolheu viver e morrer como seus heróis. As mídias fingem odiar esse tipo de herói, mas são elas que cobrem cada nova celebridade com sua cota televisiva de vaidade (quando tudo vai bem), falso moralismo (quando tudo vai mal) e confete post-mortem. Todo astro recém-falecido por overdose é coroado com um mito: o melhor é morrer jovem e famoso. Essa é a maior falácia da cultura pop, um engodo que tem levado muita gente a achar que aproveitar a vida é experimentar tudo, todos e todas ao som de muito rock’n’roll, yeah!

Como escreve Robert Pirsig, “a degeneração é prazerosa, mas não sustenta uma vida inteira”. Mas quem é que está se lixando pra expectativa de vida, quando dizem que não há nem céu nem inferno, nem Deus, nem deus, nem juízo. Lembra do trinômio revolucionário “liberdade, igualdade, fraternidade”? Pode parecer apocalíptico, mas alguém discorda de que esse ideal foi substituído pelo também trinômio “sexo, drogas e rock’n’roll”?

Antes que os filisteus virtuais ataquem este web-escriba, já adianto que o problema dessa geração pode até não ser a música (que espelha as vontades dessa geração). O problema é esse estilo de vida “morra jovem e drogado” sendo vendido como a quintessência do pensamento rebelde e antiautoritário, um modelo insuperável de ser artista e porta-voz da geração, quando no fundo é apenas suicídio juvenil glamourizado. Roqueiros e atores, principalmente, são elevados à categoria de ícones da juventude transviada que estabeleceu suas próprias regras de sucesso, vida e morte. Porém, se solos de guitarra não vão me conquistar, esse overdose way of life também não me convence.

Meus heróis não morreram de overdose: Dostoievski, Jane Austen, Guimarães Rosa, John Steinbeck, Tolstoi; Beethoven, Bach, Bernard Herrmann, Debussy, Stravinski, Duke Ellington; Kurosawa, Jean Renoir; Lincoln, Luther King. Eles representam um tipo de herói: aqueles que escaparam da mediocridade reinante na cultura e nas relações sociais. São heróis pela excelência artística e de pensamento.

Alguém dirá: e Lutero, Paulo, Isaías, Daniel, Pedro e João não seriam heróis maiores e melhores? Estes são um outro tipo de herói: gente que nos serve de inspiração para viver. Eles são muito mais que heróis das artes e do pensamento.

Meus heróis não morreram de overdose. Talvez nem sejam heróis apenas; uns preferem chamá-los de mártires. Eles morreram decapitados, queimados, crucificados e temo não estar à altura de mártires assim, que não morrem por uma ideologia, morrem pelo Amor que excede todo entendimento. Meus heróis não pegaram em armas e venceram exércitos. Eles viveram não por força nem por violência, mas pelo poder do Espírito. Meus heróis não foram seres perfeitos. Eles tiveram falhas e espinhos na carne, mas negaram-se a si mesmos e decidiram que, não eles, mas Cristo viveria neles.

Há heróis e super-heróis para todos os gostos. Contudo, se em vez de adotarmos heróis pelo nosso gosto pessoal nós levarmos nossa vida ao pé da cruz, sairemos dali com um novo sentido do que é de fato um herói. Eu preciso de heróis que vivem pelo que ainda não se vê, que vivem por uma esperança estranha para quem não acredita, mas tremendamente perfeita e elevada para quem aceita.

Joêzer Mendonça – Nota na Pauta

* Texto escrito em 02/10/2009

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Katy Perry & Jonas

 

Qual a diferença entre Katy Perry e o Jonas da Bíblia?

Eis que contarei a história de dois personagens para demonstrar como podemos começar bem e acabar mal, ou começar mal e acabar bem.

PARTE 1

Katy Perry nasceu de uma família de pastores evangélicos, foi batizada na Igreja e cantou no coral dos nove aos dezessete anos. Ela era uma menina bonita e diferenciada que não ouvia músicas seculares e ia para a igreja todos os domingos. Uma menina exemplar.

Jonas, o grandessíssimo profeta, quando recebeu a ordem de Deus: “pregue para Nínive sobre o meu amor e misericórdia para que eles não sejam destruídos” ficou irritado e não quis ir! A atitude dele foi igual à do sacerdote que passou reto pelo homem ferido nas ruas da história do bom samaritano. Terrível.

PARTE 2

Katy Perry começa a se rebelar contra o sistema, irritando-se com as medidas duras da igreja. “Não pode isso, não pode aquilo, cansei dessa besteira!” Quem aí não ouviu dizer que os piores no mundo são os filhos de pastores? Pois é. A carreira de Katy começou a subir e seus valores começaram a cair. Ela perde a linha e se deixa levar por drogas, imoralidade sexual e escândalos por todo lado.

Jonas se deu muito mal por ir no caminho oposto que Deus tinha para ele. O navio quase afundou e quando o jogaram no mar, tudo se acalmou. Era para ele falar ao mundo sobre um Deus poderoso, e ele estava sendo a causa de uma tempestade. Mas ele quebrou a cara – foi parar dentro da barriga de grande peixe.

PARTE 3

Katy Perry diz que ainda se considera cristã. “Deus ainda é uma parte grande da minha vida”, afirma. “Mas o jeito como os detalhes são relatados na Bíblia – é muito confuso para mim. Quero vomitar quando digo isso, mas é a verdade… Ainda acredito que Jesus é o filho de Deus”, ela conta, “mas também acredito em ETs.” Ela está perdida. 

Jonas clamou ao Senhor, com angústia no coração. “Do ventre do inferno gritei, e Tu ouviste minha voz… Eu desci até os fundamentos dos montes, mas Tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó Senhor meu Deus.” Ele não estava angustiado só de não ter ido pregar em Nínive. Ele estava caminhando na direção contrária de Deus, mas encontrou a redenção.

CONCLUSÃO

Quando nosso próprio caminho é o oposto do caminho de Deus, somos frustrados porque não nos sentimos plenos. Katy sente vontade de vomitar com a mistura de santo e profano. Ele não consegue negar que Deus existe, mas não consegue deixar o pecado.

Jonas aprendeu que Deus é um Deus de misericórdia, pois perdoou uma cidade inteira porque eles se humilharam até o pó. O Rei se arrependeu e se humilhou, e Deus salvou a Nínive.

  • Se você começou bem sua vida, cantando na igreja, orando com amigos, obedecendo aos pais, não se baseie no fato de ser ‘bonzinho’ ou não. Encontre a Cristo, porque Ele é o caminho para a vida.
  • Se você começou mal sua vida, aprontando bastante, fazendo tudo de errado, no caminho contrário do Deus, não espere o grande peixe chegar. Encontre a Cristo, porque Ele é o caminho para a vida.

Sejamos humildes, confessemos nossos erros, busquemos o amor, e que a vida de Katy Perry e Jonas nos ensine o que realmente vale nesta breve vida.


Fonte 2: Livro de Jonas e Rolling Stone, Edição 49 – Deus, Sexo e Katy

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Sábado e o Corredor

"E nesse dia descansou." Gênesis 2:2

Algo ocorre no organismo das crianças de 4 a 11 anos, que lhes proporciona um prazer inexplicável quando se tornam sujeitos do verbo "correr".

Creio que era esta a sensação que corria pelas veias do menino apressado, em direção ao pátio... até ser interrompido pelos gritos e gestos de uma das professoras. "Pare, pelo amor de Deus!" repetia nervosa. O garoto parou diante dela, ainda ofegante, tão somente para ouvir o que já ouvira outras quinhentas e quarenta vezes: "Você não sabe que é perigoso? Você pode cair e se machucar... ou esbarrar em alguém, correndo assim".

Mas desta vez, acendeu-se uma luz e o rapazinho perguntou: "Professora, qual é o nome desse lugar em que nós estamos?" O sermão ia continuar, mas ele a interrompeu, repetindo a pergunta: "Só me diga isso: qual é o nome desse lugar?" Meio desconfiada, a mulher respondeu: "Isso é um corredor". Foi o suficiente. "Então", continuou o menino, "corredor é o lugar de correr..." e saiu correndo.

A má notícia é que, com o passar dos anos, este gosto pela corrida abandona os pátios e invade a rotina. O que era brincadeira vira doença, e nós nos tornamos crianças crescidas que não sabem aonde vão, reféns de uma vida que não pára, e vai depressa, sem avaliar a rota, rever os mapas, acrescentar perspectivas, corrigir erros, encontrar sentido.

Mas há uma boa notícia. Pelos corredores da vida, o Criador espalhou, e com intervalos precisos, um lugar de descanso - o sábado. "Sábado" vem do hebraico shabbat, cuja raiz pode ser traduzida como um verbo, "cessar" (associação com o final de um trabalho), ou como um substantivo, "descanso". A esse espaço no tempo, Deus deu um nome especial e o selo de Sua aprovação. Ele mesmo parou ali. Ao terminar a obra dos seis dias de trabalho, Ele mesmo descansou..

Depois que o céu ganhar as cores do pôr-do-sol de hoje, é possível que alguém o chame para correr... talvez seu chefe o convoque para continuar a corrida do trabalho. Quem sabe um professor marque uma corrida extra na faculdade. Ou alguém ligue, convidando você para uma corridinha, entre amigos, numa festa, num bar... mas você sabe o nome do ponto em que estamos no tempo. Ou não sabe?

O nome do sétimo dia é descanso... as portas estão abertas. A mesa está posta. Há um lugar especial para você. O anfitrião o espera ansioso. A bagagem fica na entrada. Só traga as mãos cansadas e as feridas abertas. Ali há cura e descanso.

Pare. Entre. E descanse.

Outdoors ateus promovem ataques gratuitos à fé


Porto Alegre é a primeira capital brasileira a receber cartazes da campanha publicitária da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea).

As imagens com a mensagem "Diga não ao preconceito contra ateus", começaram a aparecer no início do mês. O cartaz mais polêmico cita "Religião não define caráter", e mostra as imagens de Charles Chaplin, como ateu, e de Adolf Hitler, como crente.


Outra parte da campanha divulgada na capital do Rio Grande do Sul afirma "Somos todos ateus com os deuses dos outros", e traz imagens de uma divindade hindu, uma divindade egípcia e de Jesus de Nazaré, com as legendas "mito hindu", "mito egípcio" e "mito palestino". Uma terceira diz que "A fé não dá respostas, só impede perguntas".


A Atea tinha o objetivo de divulgar sua "campanha dos ônibus", projeto que foi proibido em São Paulo, Florianópolis, Salvador e Porto Alegre. Finalmente, conseguiu algum sucesso em Porto Alegre, onde a campanha passou a ser exibida pela capital em formato de outdoors.

"Todos têm o direito de se expressar, só duvido que Hitler fosse um homem de fé", afirma o Presidente da regional gaúcha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Zeno Hastenteufel.

"Há uma noção de que ateus são maus. A campanha quer mudar essa imagem", explica Daniel Sottomaior, presidente da Atea.

Para alguns críticos que avaliam a campanha da Atea, o teor é militante e agride a fé da sociedade brasileira que é 90% cristã. Entre os teístas e religiosos, de forma geral, a campanha é totalmente tendenciosa, mesmo também entre muitos ateus, com o objetivo de promover um ataque gratuito e sutil à fé das pessoas.

Fonte: The Christian Post

Grande Comissão X Grande Comichão


“Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?” 
(Rm 10:13-15a).

Quem disse que a ordem dos fatores não altera o produto? Pelo menos, nesta equação paulina, sim. A ordem proposta pelo apóstolo é:

Enviar, pregar, ouvir, crer, invocar, salvar

Alguém precisa ser enviado para pregar, a fim de que outros ouçam, creiam, invoquem e sejam salvos. Não há como reverter este processo. E é aqui que harmonizamos o “ide” e o “vinde” de Jesus. Quem atendeu ao vinde, tem que atender ao ide, para que tantos outros igualmente venham e sejam salvos.

Esta simples equação resume o que chamamos de “A Grande Comissão”.

Quero levantar aqui uma questão subjacente ao texto: O que deve ser pregado, afinal?

A resposta inequívoca é: O Evangelho.

Portanto, urge definirmos, à luz das Escrituras, o que seja o Evangelho.

Será que o tem sido pregado em nossos púlpitos hoje em dia corresponde ao Evangelho em sua essência? Até que ponto a mensagem que pregamos não foi diluída, adulterada para que ficasse ao gosto do freguês?

Na contramão da Grande Comissão, encontramos o que poderíamos chamar de “Grande comichão”.

Paulo fala de um “tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4:3-4).

Deixar algo são (sadio) por algo doentio é no mínimo uma insensatez. A doutrina apresentada no Evangelho produz pessoas sadias, tanto do ponto de vista emocional, quanto espiritual. Porém não é isto que temos visto em nossos dias, ou é? Por que grande porcentagem dos internos nos hospícios e manicômios é de origem evangélica?

Somos resultado daquilo que comemos. Se nos alimentamos mal, nosso corpo sofre as conseqüências. Porém, nem tudo que nos apetece colabora com a nossa saúde. Imagine se os pais dessem aos filhos somente as guloseimas que eles apreciam? Nem que seja por imposição dos pais, as crianças têm que aprender a comer legumes, verduras, frutas, e tudo que lhes proporcionará uma saúde robusta agora e no futuro.

O mesmo se dá no que tange à pregação. Não podemos dar o que as pessoas querem ouvir, e sim o que elas precisam ouvir.

O tal “comichão nos ouvidos” falado por Paulo é análogo à salivação que temos quando vemos um prato apetitoso. Por mais que saibamos o mal que aquilo nos faz, somos atraídos a ele, como que por um impulso suicida.

Quer reunir uma multidão para lhe ouvir? Dê-lhes o que querem. Faça como Arão, que não resistiu à pressão popular enquanto seu irmão Moisés estava no monte recebendo as tábuas da Lei, e por conta isso, confeccionou-lhes um bezerro de ouro para que o adorassem.

As pessoas sentem-se atraídas por certos discursos, principalmente quando acariciam seus egos ou alimentam suas fantasias. É como se as pessoas dissessem: Se há carícias ao meu ego e fantasias que me acalentem, então, fala que eu te escuto!

Quem resume o Evangelho a promessas de prosperidade está tão-somente atiçando a cobiça de seus ouvintes. Por isso tais igrejas estão lotadas.

Há também os que recorrem às fábulas, sejam em forma de teorias de conspiração, ou mesmo, de anedotas para entreter os ouvintes, ou de promessas infundadas. Quanto mais fantasiosa a teoria ou a doutrina, “melhor”! A turma se esbalda…

Parece que as pessoas gostam de ser enganadas. Muitas são como os atenienses, que “de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir a última novidade” (At 17:21). Por isso, são presas fáceis destes mestres inescrupulosos, sobre os quais Pedro nos admoesta, dizendo que “muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade”. E mais: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas” (2Pe 2:2-3a).

Não sejamos ingênuos. Eles não querem apenas audiência e popularidade. Querem muito mais que isso! Almejam amealhar fortunas e construir seus impérios particulares. Tudo sob o pretexto de “ganhar almas”.

A Grande Comissão tornou-se na justificativa perfeita para sua agenda particular, e para isso, aproveitam-se do grande comichão que há nos ouvidos dos incautos.

Se a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, o fanatismo vem pelo ouvir um pouco de verdade diluída numa caixa d’água de mentiras e fantasias.

A melhor coisa a fazer? Deixá-los falando sozinho.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Evangelho segundo Xuxa

Tudo o que eu quiser, o Cara lá de cima vai me dar. 

Este é um trecho de uma música da Xuxa, tema do filme Lua de Cristal, que leva o nome do filme.

Esta reflexão poderia ser sobre o fato de Deus ser chamado de "O Cara lá de Cima" e a mania de celebridades de apelidarem a Deus, como se Ele fosse um igual, ou como se fossem íntimos de alguém com quem pouco conversam, e que pouco deixam falar.

Poderia me deter escrevendo sobre as várias formas de se transgredir o terceiro mandamento da Lei de Deus: “Não tomarás o nome do Senhor Teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar Seu nome em vão.” (Êxodo 20:7)

Mas deixarei isto para outra oportunidade, ou para outro colega que queira discorrer sobre o assunto. No momento quero pensar sobre a idéia do "Tudo que eu quiser, Ele vai me dar".

Com certeza não era a intenção da Xuxa, nem do Michael Sullivan (autor da canção) expressar de forma tão direta e precisa a idéia básica da teologia da prosperidade.

O pensamento é simples: o que você quer é só pedir, ou, como alguns tem preferido dizer, é só decretar, declarar ou exigir de Deus e Ele fará.

O deus (como creio que é um deus diferente do Deus da Bíblia, escreverei com letra minúscula) pintado pela teologia da prosperidade nos moldes como a conhecemos hoje é um deus que obedece ordens, que funciona sob pressão, que responde a coações, que se manifesta depois da clara e inequívoca expressão dos desejos humanos.

Este deus é pai, mas um pai como esses dos adolescentes classe média alta, que compensam tudo com presentes. Esse deus em constante barganha, esse deus vendido, esse deus que poderia ser marcado com o carimbo de "fabricação própria", não é o Deus revelado na Bíblia.

É óbvio que muitas pessoas desejam encontrar o Deus da Bíblia, e nesta busca acabam se enroscando nestes deuses genéricos, no deus da Lua de Cristal. Mas ainda assim, sua busca sincera pode levar-lhes a conhecer a Deus como Ele é.

A teologia da prosperidade expressa, não intencionalmente, na música da Xuxa, mostra uma vida cristã diferente do que diz a Palavra de Deus.

A Bíblia não diz: “Felizes os que conseguem um barco novo.” Ela diz: “Felizes sois vós quando por minha causa (Jesus falando) vos injuriarem e vos perseguirem.” (Mateus 5:11)

A Bíblia não diz: “Neste mundo morareis em mansões.” Ela diz: “Neste mundo tereis aflições.” (João 16:33)

É por isso que o evangelho é descrito por Paulo como loucura, porque é viver, aparentemente, como um louco. E me perdoem os adeptos do "Tudo o que eu quiser, Ele vai me dar", mas essa é uma religião muito fácil. Loucura seria não pertencer a algo assim, onde eu tenho um gênio da lâmpada e pedidos inesgotáveis. Definitivamente esta não é a Loucura do Evangelho.

Pensamento que fica: Mas se for assim, prefiro ficar com a Lua de Cristal.

Esta não é uma boa idéia.

Se não é o Deus da Bíblia que está sendo pregado, se não é o evangelho bíblico que dá fundamento a esta mensagem, é óbvio que não é por este caminho que você vai encontrar o cumprimento das promessas bíblicas, que em muito excedem seus desejos e pensamentos.

EPITÁFIO


Sei que esse é assunto um tanto tenebroso para se tratar aos 35 anos – e imagino que Deus ainda me permitirá algumas boas décadas de vida a mais. Porém, se uma idéia surge e precisa ser registrada, qual o melhor momento para fazê-lo, senão agora? Sendo assim, aí vai: meu desejo para epitáfio se inspira em uma de minhas passagens bíblicas preferidas, I Coríntios 13:12, em que Paulo trata da excelência do dom do amor acima de todos os outros. O argumento? No céu apenas o amor será necessário: não precisaremos de dom de profecias, línguas estranhas ou ciência, pois nada haverá de encoberto que precise ser desvelado. Tampouco de fé, pois a fé é “certeza das coisas que não se vêem” (Hebreus 11:1), e lá veremos a tudo. Apenas o amor restará: Dele por nós, em uma presença constante, e nosso por Ele, em uma adoração perpétua.

Esse é meu maior consolo e minha maior esperança, sobretudo quando me sobrevêm o desânimo de vacilar na fé, a impaciência de me ver pecadora, a inconstância no amor, na oração, nos pensamentos. Glorifico a Deus porque, através das palavras do apóstolo, entrevemos um pouquinho do que seremos quando estivermos frente a frente com Ele. Ali não mais precisaremos vencer os duros obstáculos que a semente da fé cristã enfrenta para germinar: a falta de receptividade e entendimento, a superficialidade e o conforto a qualquer preço, os obsessivos cuidados com o mundo. Não mais sofreremos tentação, não mais teremos nossa fé provada.

No entanto, acima de tudo – minha maior alegria – , a revelação sobre o ser de Deus será plena. Saberemos quem Ele é, assim como hoje Ele sabe quem nós somos, ou seja: totalmente. Não parece a esperança mais louca? Mas é essa mesma a esperança de que nos fala o apóstolo:

"Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido."

Conforme a essa palavra que amo, gostaria então que a inscrição fosse:

“Agora conheço tal como sou conhecida.”

O Jovem Brasileiro e as Redes Sociais

Quem gosta de dados sobre redes sociais vai adorar essa sondagem feita pelo [N]Jovem, site do núcleo jovem da editora Abril, que investigou como os jovens brasileiros utilizam as redes sociais e chegou a informações interessantes.

Você sabia que ?

- Publicidade em promoções e jogos são mais bem vistas nas redes sociais do que inserções em mídias tradicionais como banners.

- Twitter é a rede social mais popular.

- O Facebook é mais popular do que o Orkut entre os jovens de 19 a 24 anos, mas entre os jovens de 15 a 18 anos o Orkut ainda é mais forte.

- Música, entretenimento, jogos e revistas foram os temas citados como relevantes em redes sociais pelos entrevistados.

- Os jovens não tem o costume de comprar clicando em publicidade nas redes sociais, mas procuram informações sobre produtos ou serviços antes de consumir. Críticas e elogios nas redes sociais influenciam fortemente em sua decisão de compra.

- 85% dizem que não conseguem ficar mais de um mês sem acesso às redes.

- 34% conhece alguém que teve informações roubadas ou violadas nas redes sociais. A grande maioria ainda pensa que fornecer informações pessoais nas redes sociais não é seguro, e tem medo de ser vítima de roubo de informações.

Aqui você confere toda a sondagem/pesquisa:



Relevantes dados sobre o comportamento dos jovens na web, que ajudará em muitos planejamentos e estratégias…

Fonte: Comunicadores

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia Internacional da Amizade - A Pedra


Não tenho muitos amigos. Mas quando falo de "amigo" não me refiro a pessoas com quem você tem um convívio pacífico e até agradável, e nada mais. Não estou falando do pessoal da escola ou do trabalho, nem de vizinhos, nem da galera@hotmail...

Falo de pessoas que escreveram sua história junto com você, que conhecem sua casa, seu cachorro, seus apelidos do tempo de escola; que estavam do seu lado quando você decidiu ir à praia dar uma volta no carro novo, e também quando o pneu de sua bicicleta velha furou, debaixo daquele pé d´água.

Falo de pessoas que apareceram de repente em sua vida, mesmo que você nem lembre como, e nunca mais saíram; pessoas a quem você pode dirigir sem receio as palavras mais bonitas do mundo: "amo você"; pessoas de quem você recebeu os maiores presentes de sua vida... Lembro de um destes presentes.

Alguns anos atrás, um amigo fez uma viagem e na volta me trouxe um presente. Não me lembro bem o que esperava ganhar. Talvez um ipod... não, naquela época não existia isso; um perfume, quem sabe; um boné, uma camiseta, um chaveiro, uma caneta, um broche... Esperava muitas coisas, mas nada que se aproximasse do que de fato ganhei.

Fiquei muito surpreso (para não dizer desapontado) quando ele abriu uma das mãos e me entregou uma pedra. Uma pedra? De que me serviria uma pedra? Carlos Drummond de Andrade certamente não apreciaria o presente... Se pelo menos viesse acompanhado de um estilingue, eu entenderia o estranho regalo, mas não... era somente uma pedra. Até que era bonitinha, bem polida, mas era uma pedra - só uma pedra.

Tudo ganhou sentido com as palavras que recebi junto com aquele pedaço de chão: "Quero que você guarde essa pedra como um símbolo da nossa amizade". Guardo aquela pedra até hoje, e com um carinho todo especial. Para você, ela pode ser só uma pedra, mas para mim é mais que isso. É um lembrete, um sinal do relacionamento que existe entre mim e um amigo especial.

Um dia, no passado, Deus abriu suas mãos e ofereceu aos homens um presente meio estranho, mas acompanhado de palavras especiais: "Santifiquem os meus sábados, para que eles sejam um sinal entre nós." Ezequiel 20:20. Fico impressionado com a sabedoria de Deus ao escolher o sábado como um sinal entre Ele e seus amigos. 


Ele poderia ter escolhido um lugar sagrado para simbolizar o relacionamento entre os homens e o céu, mas não. Se fosse assim, alguns, de lugares distantes, logo se levantariam contestando a escolha, com a acusação de que Deus é Deus somente de judeus, gregos, ou qualquer que fosse o povo privilegiado. Ele poderia ter escolhido algum objeto raro, de alto valor, mas não. Os pobres se sentiriam excluídos da aliança. Poderia ter escolhido um momento da história, mas também não. Os que viessem ao mundo antes ou depois destes poucos anos, estariam de fora do relacionamento. Isto não seria justo. Não faz o estilo de Deus.

Em Sua sabedoria e amor infinitos, Deus escolheu um espaço no tempo, um dia entre os sete (e alguém aí poderia me explicar de onde surgiu a idéia de organizar os dias em grupos de sete?) para ser palco da celebração da amizade que quer ter conosco. 


O sábado alcança a todos, independente de posição geográfica, nacionalidade, cor de pele, projeção social. O sábado é um presente oferecido por um Deus que deseja ser o amigo principal de cada ser humano. Para muitos, o sábado é só mais uma pedrinha, mais um dia entre os sete. Mas para mim, o sábado é um lembrete, um símbolo do relacionamento de fidelidade que existe entre mim e Deus. Guardar o sábado, mesmo contra a lógica, é um ato de dependência e gratidão, que faz a terra tremer. É um grito que revela de que lado estou, a quem pertenço e quem eu sou.

Quando você dirige os olhos para o céu à procura de Deus, o que você vê? Um rei? Um juiz? Um conhecido? Um amigo da sua família? Ou um amigo pessoal? Não sei quem é Deus para você, mas posso dizer sem medo de errar o que Ele quer ser: amigo - o primeiro de sua lista de convidados, de sua agenda, seu primeiro contato, seu principal conselheiro; seu amigo mais velho e mais novo...

Filme "A Mensagem" é lançado


A primeira igreja Adventista no Brasil foi oficializada em Gaspar Alto, no município de Gaspar/SC. E a história das primeiras conversões e o início desta congregação pioneira se transformaram em um filme. A Mensagem é baseado no livro A Chegada do Adventismo no Brasil, escrito pelo jornalista Michelson Borges. E o lançamento ocorreu no dia 16 de julho em um auditório da cidade de Brusque.

Foram aproximadamente 1500 pessoas no local, entre Adventistas da região, moradores, autoridades e imprensa. Até outra denominação religiosa fechou suas portas no dia e levou seus membros a acompanharem o evento. Na ocasião foram feitos agradecimentos, apresentado o elenco, explanado sobre como está hoje a igreja Adventista no Brasil e por fim exibido o filme ao público. Ao final foram encomendadas 600 cópias pelos presentes. Todo o valor captado com a venda do DVD será direcionado para a construção de uma igreja e a conclusão de outro templo na região, além do financiamento do trabalho de Missão Global na cidade de Botuverá/SC.

A produção é do projeto Restaure, juntamente com o distrito de Lajeado Baixo, que mostra ficticiamente, um pai contando para seu filho a historia dos pioneiros, tendo como atores 60 crianças. O subsídio financeiro, cerca de 40 mil reais, veio da comunidade Adventista, empresários, Associação Catarinense e as prefeituras de Brusque, Gaspar e Guabiruba. O filme tem 55 minutos e conta ainda com extras, como depoimentos, estudo bíblico baseado do filme, erros de gravação e pontos turísticos da região.

Mais informações acesse: www.filmeamensagem.com.br

Veja o trailer do filme




Créditos:
Direção: Dawerne Bazan
Produtoras associadas: Rute Bazan e Tânia Fritoli
Produção executiva: Pr. Daniel Fritoli
Direção de arte: Daniela Pollheim
Trilha sonora: Clayton Nunes
Direção de elenco: Tânia Fritoli
Roteiro: Rute Bazan
Artes gráficas: Dawerne Bazan
Extras: Dawerne Bazan e Letícia Fuckner Zabel.

Fonte: Portal USB

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mulheres que Não Têm Tempo


Eu já fui uma Mulher que Não Tem Tempo. 

Quantos fins-de-semana perdi completando revisões em casa! Recebia telefonemas de amigos para sair e respondia sempre com a invariável e desalentadora frase: “Não dá, tenho trabalho.” Aos poucos foram parando de me ligar.

E tudo isso, para quê? Eu morava com meus pais, não precisava de tanto. Mas queria gastar em roupas e sapatos. Livros, também, embora os mais caros nunca fossem eles. Curioso é que, apesar de tanto trabalho, não conseguia guardar o que ganhava. Excedia-me nas atividades, excedia-me ainda mais nos gastos. Mesmo depois de convertida, a mania por cheques pré-datados me perseguiu. Chegava a passar tantos que ficava sem dinheiro para as coisas mais simples do mês: pegar um ônibus, fazer um lanche na rua. Não me programava e nem queria – cálculos significavam limites.


Ao longo dos anos, e com muito choro diante de Deus, fui me endireitando. Compreendi a equação que bastante gente se recusa a efetuar: não a clássica, pragmática e perversa “tempo é dinheiro”, mas sim sua inversão, “dinheiro é tempo”. O que eu estava perdendo – camaradagens, passeios, leituras preferidas – equivalia às roupas que muitas vezes sequer chegava a usar, sapatos que no fim me machucavam, excessos que não apenas me entupiam o armário, mas me roubavam vida? Certamente que não.


Hoje, com a graça de Deus, tenho ajustado cuidadosamente meu orçamento para não ser forçada a trabalhar demais. Não se trata somente de ganhar tempo para prazeres: aos poucos, quero me recolher da frenética sucessão de atividades profissionais para abrir em minha vida o lugar de esposa e mãe no futuro. Esse lugar não é feito somente de lavagens de roupa e trocas de fralda, de acordo com distorções modernas; inclui, sobretudo, sondagens emocionais infinitas, de si e dos amados, acompanhadas da orientação, da compreensão e do acolhimento de que somente a mulher é capaz. Quando o frenesi lá fora parece esmagar a subjetividade, é a mulher que percebe o olhar perdido dos seus e os traz para casa, para o ambiente íntimo em que o valor intrínseco do ser é reafirmado.


Mas, se não tem tempo, a mulher está tão perdida quanto todos à sua volta. Sua função se esvai. E quem a substituirá? Essa é uma das tragédias mais pungentes do nosso tempo: a preferência pelo viver exteriorizado, sob o pretexto de uma igualdade de funções sociais entre homem e mulher, está matando a todos nós. Sem que a igreja se manifeste substancialmente sobre a questão ou aja de modo a ser melhor modelo, só vejo deriva com relação a esse assunto. Quanto a mim, estou em um dos níveis mais baixos de aprendizado, se é que de fato estou aprendendo alguma coisa (a prática o dirá). 


Que Deus me ajude a ser diferente.

Reflexão óbvia sobre os palavrões


Sempre tive uma certa simpatia para com palavrões, confesso. Inspirava-me não só na óbvia associação de seu uso a um espírito de espontaneidade e rebeldia, mas nos ditames de minha formação lingüística e literária, segundo a qual "todas as palavras são boas e utilizáveis". Tinha como certo que um profissional da palavra deveria se manter isento de melindres para com o principal instrumento de seu métier. Porém, como qualquer pessoa civilizada e também ciente da noção de registro – a adequação da linguagem a cada situação – , sempre os evitei em público, recorrendo a eles quando sozinha ou com amigos mais próximos. Mantive assim a boca razoavelmente "suja" sem questionamentos até que me converti, aos 24 anos. Perdi quase todos os meus amigos não-cristãos, que de modo natural começaram a se afastar, e por força do meio decidi suprimir todas as palavras feias de uma vez só, desde as mais simples às mais cabeludas. No que fui bem-sucedida.

Um dia, surpreendi-me comigo mesma quando, conversando com uma irmã após o culto, ouvi-a dizer m**** em meio a um discurso irritado. Não deixei que ela percebesse, mas aquele palavrão provocou em mim uma reação tão forte que não hesitei em classificá-lo como um nada previsível escândalo. Veio então o escândalo do escândalo: horrorizada por ter ficado tão escandalizada com um simples m****, resolvi, dali em diante, revogar a decisão anterior. Recomecei a dizer palavrões normalmente, não com a mesma freqüência que no período pré-conversão, mas com regularidade quando sozinha e em companhia de cristãos tão "descolados" quanto eu.

Depois de algum tempo, porém, comecei a me sentir incomodada com o recurso freqüente aos palavrões. Sozinha, bastava ficar irritada, que lá vinha um bem cabeludo, e em voz alta. Inquietava-me diante de Deus e também diante de um possível “flagra” dos homens: e se algum pastor, dentre meus conhecidos, passasse na rua exatamente em um momento desses? Somava-se a essas considerações uma vergonha especial: eu, não só profissional da palavra, mas uma missionária de idéias segundo minha própria definição, ciosa por abençoar a igreja com o que digo e escrevo, poria muito a perder com uma boca destemperada. Além disso, o ato de praguejar, longe de servir como vazão à raiva, apenas contribuía para confirmar a disposição errada de espírito. Tudo estava errado, mas eu ainda não me convencia totalmente de que deveria voltar a me abster dos palavrões.

Comecei então a orar a Deus sobre isso, até me dar conta do óbvio-mais-que-óbvio, algo de uma obviedade tão grande que passa despercebida da maioria dos simpatizantes de palavrões. Percebi que todos os palavrões, dos menores aos maiores, têm algo em comum: remetem invariavelmente ao sexo. São menções aos genitais, a coitos indesejados e/ou ilícitos, prostitutas e filhos de prostitutas, materiais fecais etc. A lógica do palavrão é estranha: ele une o ato de esbravejar e xingar aos dejetos do corpo ou ao ato sexual. E, mais estranho ainda, os palavrões que tratam de dejetos são bem menos fortes e mais tolerados socialmente que os que tratam do ato sexual. Palavrões, portanto, em suas formas mais pesadas, associam o sexo a explosões de raiva, a punições, ao descontrole entre pessoas que não se amam. E a conclusão é inevitável e aterradora: palavrões são formas de perversão. Se Deus criou o sexo como a expressão máxima do amor perpétuo, compromissado, entre um homem e uma mulher, é de um profundo desamor que nascem as aberrações sexuais – a masturbação, o "sexo casual", o aviltamento de partes do corpo até que se estraguem. Palavrões são cristalizações, no idioma, da alienação total de si e do outro pela busca de um prazer sempre deslocado, desgarrado, fora da alma: um prazer masoquista, misturado a ódio e desespero. Por que essas expressões tão opostas ao amor de Deus deveriam povoar a linguagem de um cristão?

Depois dessas reflexões decidi, não por pressão do meio, mas por mim mesma, que não quero que nada do que digo tenha parte nisso. Nem quando eu estiver sozinha, nem em pensamento.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Teólogo ‘geek’ prevê robôs indo à igreja

Em meio às advertências sobre o impacto da tecnologia moderna em relação à alma, Kevin Kelly, 59, é uma espécie de evangelista dos geeks. ”Podemos ver mais de Deus em um telefone celular do que em um sapo”, explica o co-fundador da revista Wired em seu mais recente livro, What Technology Wants [O que a tecnologia quer].

O título é provocante e introduz uma tese ainda mais provocativa: Todos os artefatos humanos, desde as palavras, passando pela roda e chegando à Wikipedia, agem conjuntamente com um organismo vivo, que reflete algo de divino. 

”A tecnologia tem suas raízes na ação de Deus em todo o universo”, disse Kelly em entrevista à revista Christianity Today.

Kelly entregou-se a Cristo em 1979, após ficar trancado do lado de fora de um albergue em Jerusalém e acabou dormindo em uma pedra na entrada da Igreja do Santo Sepulcro.

Você usa o termo technium para descrever todos os artefatos que os seres humanos criaram. Por que não usar a palavra “cultura”?

Uso technium para enfatizar que a criação humana é mais do que a soma de todas as suas partes. Alguns de nossos pensamentos são mais do que a simples soma de toda a atividade dos neurônios. A própria sociedade tem certas propriedades que são mais do que a soma dos indivíduos. Há algo maior do que nós. Da mesma forma, o technium terá um comportamento que você não vai encontrar em seu iPhone ou em sua lâmpada. A ideia de technium abrange muito mais do que é sugerido pela palavra cultura. Este ecossistema tecnológico ou superorganismo não é algo aleatório, que é algo controverso na comunidade científica, mas não deve ser entre os teólogos.

É Deus que guia o progresso da technium a medida que ele se desenvolve?

Diria que o progresso é um reflexo do divino.

O que você quer dizer com isso?

Da mesma forma que dizemos que a beleza da natureza reflete Deus, o technium reflete algo do caráter divino. Não que o technium seja perfeito, pois qualquer coisa que inventamos pode ser usada para o mal. Mas, em geral, o technium tem uma força positiva, uma carga positiva do bem. O que denominamos “bem”‘ é medido basicamente seguindo as possibilidades e escolhas que nos apresenta. Essa é a métrica que uso para medir a bondade.

Ao ler seu livro, não pude deixar de pensar sobre Gênesis 1.28, onde Deus dá aos humanos a oportunidade de criar algo além de si mesmos, e que isso é “muito bom”, uma parte do que significa carregar a imago Dei.

Sim. Deus nos deu livre-arbítrio verdadeiro. Ele poderia fazer tudo, mas preferiu dizer: “Eu lhes dou o dom do livre-arbítrio, para que vocês possam participar na conquista deste mundo. Poderia fazer tudo sozinho, mas vou dar-lhe uma centelha do que há em mim. Criem”. Então, inventamos coisas, e Deus diz: “Oh, como isso é legal! Poderia ter pensado nisso, mas deixem eles criarem”. Então, sim, há uma carga positiva dentro do technium, da mesma forma que a vida orgânica é boa e que mais a vida é melhor. Isso não quer dizer que não há horror na vida biológica. É só para dizer que, em geral, a vida cria um por cento a mais do que destrói a cada ano.

Você conta que fez parte de um movimento hippie que defendia a necessidade de minimizarmos os bens materiais. Em seu livro recente sobre o futuro do cristianismo, Gabe Lyons escreve que você não tem smartphone nem TV e só twittou três vezes. Suas escolhas são inconsistentes com sua crença de que a invenção tecnológica é algo tão bom?

A tecnologia pode maximizar a nossa combinação especial de dons, mas existem tantas opções tecnológicas que poderia gastar todo o meu tempo apenas experimentando cada nova possibilidade. Então, minimizaria minhas escolhas tecnológicas, a fim de maximizar a minha saída. Procuro encontrar as tecnologias que me ajudam em minha missão de expressar o amor e refletir Deus no mundo, esquecendo o resto. Mas, ao mesmo tempo, quero maximizar o conjunto de tecnologias que as pessoas podem escolher, para que possam encontrar as ferramentas que ampliam as suas opções.

Seus colegas sabem que você é cristão?

Sim, está na Wikipédia, por isso deve ser verdade.

Como você explicaria suas crenças a eles?

Gostaria de recitar o Credo Niceno que professo. No entanto, também tenho uma metáfora tecnológica para Jesus, o Filho de Deus. Desenvolvi ao conhecer de perto o cientista de computação Jaron Lanier. Bem no início do desenvolvimento do que chamamos hoje de realidade virtual, lá por 1986, visitei Jaron em seu laboratório. Na realidade virtual você coloca óculos e luvas e entra em um mundo virtual em 3D. Jaron tinha terminado de criar um de seus mundos virtuais naquela tarde. Ele colocou seus óculos e luvas e entrou naquele novo experimento. Ele ficou totalmente espantado com o mundo que ele tinha acabado de criar. Pra mim, essa é a história da redenção de Jesus. Temos um Deus autônomo, que decidiu entrar neste mundo da mesma maneira que você entraria numa realidade virtual e se vincularia a um ser limitado para tentar resgatar as ações dos outros seres que, por sua vez, são criações suas. Gostaria de começar por aí. Para algumas pessoas que trabalham com tecnologia, isso torna a fé um pouco mais compreensível.

Você está trabalhando em um catecismo para os robôs. Por quê?

Somos feitos à imagem de Deus. Deus é criador, e criou os seres com livre-arbítrio. Acredito que em breve vamos criar seres com livre-arbítrio na forma de robôs. Também creio que eles terão graus crescentes de autonomia. Vamos ter de explicar a eles a diferença entre o bem e o mal, sobre quem os fez (e que nos fez), o que devemos fazer quando fizerem algo errado. Em algum momento, um deles poderá vir até nós e dizer: “Eu sou um filho de Deus”. Quando isso acontecer, como vamos responder? Será que a salvação de Jesus vale para robôs? Esta é uma pergunta que tenho feito aos teólogos. Eles apenas encolhem os ombros. Quando começarmos a fazer robôs, acho que o mundo científico irá apreciar o que os cristãos têm falado durante todo esse tempo. Se você fizer alguma coisa com um objetivo, precisa dar-lhe a orientação moral. Se fornecer a orientação moral, quais valores vai transmitir? Quando chegarmos ao ponto de fazermos robôs autônomos, os cristãos podem dizer: “Nós sabemos como deve ser”.

Quando um robô virar para você e disser: “Eu sou um filho de Deus,” o que vai responder?

Eu diria: “Bem-vindo à nossa igreja”. Nem mesmo uma mente inventada conseguirá apreciar a grandeza e o mistério de Deus. Nossa mente humana já é tão limitada. Precisamos de outros que “pensem diferente”. Mas, podemos especular. Estou trabalhando com oito pessoas da minha igreja [Igreja Cornerstone, em San Francisco] em uma graphic novel sobre anjos e robôs. Em nossa história há um milhão de diferentes espécies de anjos no reino celestial, e todos anseiam pela encarnação. Há um cordão de prata (mencionado em Eclesiastes 12.6) conectando as almas aos corpos. Anjos negros querem “animar” os novos robôs na Terra com a sua consciência através desse cordão de prata. Existem educadores morais para as almas que entram nos  corpos, mas os anjos do mal querem subverter isso. E há um Nephilim, meio-anjo e meio-humano, que descobre a revolta do primeiro robô causada por um anjo do mal, e ela agora precisa salvar o mundo. Esse é o roteiro básico.

Acho que C. S. Lewis ficaria orgulhoso.

Exatamente. É uma desculpa para fazermos um pouco de teologia ficcional amadora, e nos obrigou a tentar descrever o céu.

E como você o descreveria?

Para nós é um mundo sem matéria, energia ou tempo. Mas não é estático. Tudo o que é estático está morto, e a morte é o oposto do céu. Tudo de bom, verdadeiro e belo que conhecemos se move. O céu está em movimento, mas de alguma forma se encontra fora do tempo. Você pode pensar nisso como uma bondade que melhora cada vez mais, um tipo de perfeição que se torna mais perfeita! E você deve concordar que é algo muito preferível a uma perfeição que nunca melhora.

Fonte: Pavablog / Original: Christianity Today