É cada vez mais comum a atividade sexual entre os jovens cristãos solteiros. É lamentável saber que muitos dos nossos adolescentes e jovens mantém uma vida sexualmente ativa, mesmo sabendo que o plano de Deus para o sexo é que ele deve ser praticado dentro do matrimônio (Gn 1:28; 2:24; 1Co 7:4). Deus disse: “Vocês serão uma só carne” – carne, na Bíblia, quer dizer natureza humana, e esta união se dá também no plano físico. Então, o ato sexual é a celebração mais profunda do amor conjugal, o ápice – “o meu corpo é da minha mulher, pois fiz uma aliança com ela”. Mas Deus Pai deixa bem claro: o sexo é no casamento. Não obstante, vez por outra ouvimos falar de jovens cristãos que já mantiveram relações sexuais com vários parceiros, bem como de adolescentes que ficaram grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães.
Diversos são os fatores que levam nossa juventude a prática do sexo pré-marital. Além do fator biológico, em que os hormônios sexuais estão em plena atividade nessa fase da vida, produzindo fortes impulsos sexuais, muitos deles se entregam aos desejos sexuais influenciados pelos colegas, por pura diversão, curiosidade. Outros para provar sua masculinidade ou feminilidade. Não desejando ser visto por seus colegas como esquisitos, alguns sentem-se pressionados a experimentar as relações sexuais. Afora isso, vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo "livre" de vida. Hoje, vemos nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas roupas da moda, nas publicidades, entre outros, uma comercialização do sexo.
Contudo, nem todos os jovens têm pressa em deixar de ser virgem. Eles obedecem a admoestação bíblica: “(...) O corpo, porém, não é para a imoralidade [que inclui a fornicação] (...) Fujam da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6:13, 18). Certamente, eles reconhecem o sexo pré-marital como um grave pecado contra Deus! O apóstolo Paulo há dois mil anos já ensinava aos tessalonicenses: “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual” (1 Tessalonicenses 4:3).
A escritora cristã Ellen G. White, falando da responsabilidade sexual de jovens cristãos, escreveu:
As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação.[1]
Um pouco de tempo passado a semear joio, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que lhes fará amarga a vida inteira; uma hora de irreflexão — o ceder uma vez à tentação — pode lhes desviar todo o curso da vida para uma direção errada. Não podem ser jovens senão uma vez; tornem útil essa juventude. Uma vez passado o caminho, não poderão retroceder para retificar os erros cometidos. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus, colocando-se no caminho da tentação, há de infalivelmente cair. Deus está provando cada jovem.[2]
A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente.[3]
Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência.[4]
Enquanto a vida durar, há necessidade de resguardar as afeições e paixões com firme propósito. Há corrupção interior, há tentações exteriores, e sempre que a obra de Deus deve avançar, Satanás traça um plano para dispor das circunstâncias para que a tentação venha com força opressora sobre a alma. Em nenhum momento podemos estar seguros, a menos que confiemos em Deus, a vida oculta com Cristo em Deus.[5]
É importante ressaltar que as restrições da Bíblia não estão ali porque Deus quer nos impedir de sentir prazer. Em vez disso, elas nos protegem dos danos físicos, emocionais e espirituais que ocorrem como resultado da imoralidade sexual. Manter a pureza sexual antes do casamento tem inúmeras vantagens. São as econômicas (não precisa gastar com anticoncepcionais, camisinha, testes de gravidez e nem lingeries caras e sensuais), é de grande vantagem emocional (não se convive com o medo de uma gestação precoce, não há medo de doença sexualmente transmissível, não tem o medo de perder depois de ter cedido, etc.), sem falar que não há constrangimento ao encontrar ex-namorados (as), pois não se mostrou nada que outras pessoas também não vissem.
Saber onde existe a fraqueza é o primeiro passo para montar guarda. Lembre-se que a tentação não é só sua e se eu e tantas pessoas resistimos, você também pode resistir. Não caia nesta conversa de que é “normal” e de que “todos fazem”. Mentira! Tem muita gente reagindo contra esta ditadura sexual que se impõe e não há melhor idade para lutar contra ditaduras do que na juventude.
Em última análise, o sexo afeta nosso relacionamento com Deus. São os incrédulos, que não conhecem a Deus, que vivem “com o desejo de lascívia”. É a ignorância de Deus que produz comportamento imoral. Os que ignoram os ensinamentos da Bíblia sobre esse assunto rejeitam não apenas esses ensinamentos, mas também o chamado de Deus, e até mesmo o próprio Deus.
O sexo no lugar certo, no plano de Deus, na família, no casal é uma bênção, mas, fora do casamento acarreta graves problemas. É preciso que os nossos jovens entendam porque Deus diz que o sexo é só no casamento: é porque Ele nos ama muito.
Diante do quadro atual dos jovens cristãos, urge que a igreja estabeleça um programa contínuo com as famílias. Mais do que programas na igreja, a médio e longo prazo, baseados em sólida teologia, as famílias precisam receber suporte para transmitir uma sexualidade saudável aos filhos. É urgente que os cristãos, pais, professores e educadores, tenhamos a coragem de ensinar novamente a castidade aos jovens. Um jovem que se mantém casto até o casamento, além de tudo, prepara a sua vontade e exercita seu auto domínio para ser fiel ao seu cônjuge no casamento. É preciso mostrar urgentemente aos jovens, os valores da castidade, tanto em pensamentos como em atos.
Que Deus ajude a todos, juvenis, jovens e adultos a fazerem as melhores escolhas para honra e glória de Jesus.
1. Mensagens aos Jovens, 452.
2. Mensagens aos Jovens, 429.
3. Medicina e Salvação, 142, 143.
4. Carta 18, 1891.
5. The S.D.A. Bible Commentary 2:1032.
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