O candidato republicano Donald Trump, 78 anos, venceu as eleições presidenciais ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press desta quarta-feira (6).
Trump assume o cargo em 20 de janeiro de 2025. A eleição dele representa uma situação totalmente inédita na história dos Estados Unidos: Trump será o primeiro presidente já condenado na Justiça. Em maio deste ano, ele foi condenado por fraude contábil ao declarar como gasto de campanha um pagamento feito a uma ex-atriz pornô. O dinheiro, segundo a acusação, foi pago para comprar o silêncio de Stormy Daniels para que ela não tornasse público o suposto caso que tiveram durante a campanha presidencial de 2016, da qual ele saiu vencedor.
O republicano ainda é réu em três processos diferentes, com dezenas de acusações. E, mesmo reeleito, terá de ir a julgamento e pode até governar atrás das grades se for condenado à prisão em algum deles. Em um dos processos, Trump é acusado de tentar reverter de forma ilegal as eleições presidenciais de 2020. Ele sistematicamente contestou a sua derrota nas urnas naquele pleito, que culminou na invasão do Capitólio (o prédio do Congresso dos EUA) em janeiro de 2021. O republicano é acusado ainda por 18 mulheres de crimes sexuais — três deles estupros — segundo um levantamento da rede de TV norte-americana ABC. Ele nega todos os casos.
O republicano disse que os americanos deram a ele "um mandato poderoso e sem precedentes" e classificou a vitória como o "maior movimento político de todos os tempos". No novo governo, Donald Trump prometeu consertar tudo o que, segundo ele, está de errado nos Estados Unidos, começando pela fronteira e pela segurança nacional. Ainda falando sobre imigração, Trump afirmou que os Estados Unidos precisam fechar suas fronteiras.
Fazendo uma referência às tentativas de assassinato que sofreu nos últimos meses, Trump disse que teve sua vida poupada por Deus para que pudesse ser eleito presidente. "Deus salvou minha vida por uma razão: para salvar nosso país e restaurar a América em sua grandeza. Vamos seguir essa missão juntos. Essa tarefa não será fácil, mas trarei toda a minha energia e minha alma para conseguir."
"É Deus quem põe os reis no poder e os derruba" (Daniel 2:21).
Em mais do que uma ocasião, vi crentes duvidarem se Deus está verdadeiramente no controle deste mundo. Apesar da vitória de Donald Trump, esse texto de Ellen White me traz consolo e conforto.
"Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. A Bíblia revela a verdadeira filosofia da História. [...] O poder exercido por todo governante sobre a Terra, é-lhe comunicado pelo Céu; e depende seu êxito do uso que fizer do poder que assim lhe é concedido. [...] Reconhecer a operação destes princípios na manifestação do Seu poder que 'remove os reis e estabelece os reis' corresponde a entender a filosofia da História" (Educação, pp. 173-175).
Unicamente na Palavra de Deus isto se acha claramente estabelecido. Ali se revela que a força das nações, como a dos indivíduos, não se acha nas oportunidades ou facilidades que parecem torná-las invencíveis; não se acha em sua decantada grandeza. Mede-se ela pela fidelidade com que cumprem o propósito de Deus.
Uma ilustração desta verdade encontra-se na história da antiga Babilônia. Ao rei Nabucodonosor, o verdadeiro objeto do governo nacional foi representado sob a figura de uma grande árvore, cuja altura “chegava até ao céu; e foi vista até aos confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos”; à sua sombra os animais do campo moravam, e entre os seus ramos as aves do céu tinham sua habitação (Daniel 4:11, 12). Tal representação mostra o caráter de um governo que cumpre o propósito de Deus — governo este que protege e consolida a nação. Mas o rei deixou de reconhecer o poder que o exaltara. No orgulho de seu coração, disse Nabucodonosor: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?” (Daniel 4:30). Em vez de ser protetora dos homens, Babilônia tornou-se opressora orgulhosa e cruel.
Em toda a história humana, aparentemente casual, nações e governantes levantam-se e caem sujeitos ao tempo, ao acaso e à mudança. Essa é a perspectiva humana, míope. Mas a Bíblia mostra Deus no controle, dirigindo os acontecimentos na terra, levando a cabo seus propósitos em direção a um fim beneficente. Ele é o que “remove reis e estabelece reis”, “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (Dn 2:21; 4:32).
Assim, o Deus da Bíblia está tão estreitamente associado à Sua obra que não se pode passar os olhos sobre a história do mundo sem relembrar ao mesmo tempo a história da própria providência divina. Não existe nada tão bem estabelecido como a finalidade providencial para a qual a humanidade se encaminha. A filosofia providencialista da história ensina-nos que a existência humana tem uma razão de ser, que Deus governa a história e que o Seu objetivo será realizado. Os planos divinos nos são revelados na Bíblia, a qual não é outra coisa senão o relato dos atos sucessivos de Deus na Terra, atos esses que conduzem ao ato redentor da encarnação e culminam no estabelecimento do Seu reino.
Ellen White continua: "Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e com esta rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto que o predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus movimentos" (Idem, p. 177).
Este sentido escondido da história permite-nos descobrir com esperança que, apesar do mau uso que os homens fazem frequentemente da liberdade e das oportunidades que Deus nos dá, o leme desta nave está nas mãos do Pai celestial, que faz de cada ser humano, criado à Sua imagem, o objeto da Sua solicitude, do Seu amor e providência.
Ellen G. White conclui: "A história das nações que, uma após outra, têm ocupado seus destinados tempos e lugares, testemunhando inconscientemente da verdade da qual elas próprias desconheciam o sentido, fala a nós. A cada nação, a cada indivíduo de hoje, tem Deus designado um lugar no Seu grande plano. Homens e nações estão sendo hoje medidos pelo prumo que se acha na mão dAquele que não comete erro. Todos estão pela sua própria escolha decidindo o seu destino, e Deus está governando acima de tudo para o cumprimento de Seu propósito" (Idem, p. 178).
Deus é Senhor de tudo, inclusive da história. Através da sua morte e ressurreição, Jesus triunfou sobre os poderes deste mundo. O que quer que aconteça no curso dos acontecimentos humanos não irá anular o propósito final de Deus, a Sua vitória está assegurada. O reino de Deus virá, não importa o que aconteça. Com Donald Trump ou com qualquer outro, Deus é a nossa proteção.
Hoje te convido a reconhecer que há um Deus nos Céus que está no controle deste planeta. As Suas promessas são seguras. Decide ser-Lhe fiel. "O mundo não está sem um governante. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja" (Eventos Finais, p. 29).