segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ellen White responde... Trabalho: bênção ou maldição?

O Dia do Trabalhador é comemorado nesta terça-feira, 1º de maio. Mas muitas pessoas não veem o trabalho como algo abençoado. Afirmam que o trabalho é resultado da desobediência de Adão e Eva no jardim do Éden, ou seja, o trabalho seria uma espécie de maldição que o ser humano teria recebido de Deus por haver pecado. Deus disse a Adão: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra.” (Gn 3:19). Será que Deus estava amaldiçoando o trabalho em si?

Vejamos então o que escreveu Ellen White no livro Nossa Alta Vocação, p. 219:
"Deus colocou nossos primeiros pais no Paraíso, circundando-os de tudo quanto era útil e belo. Em seu lar edênico não faltava coisa alguma que lhes pudesse servir ao conforto e felicidade. E a Adão foi dado o trabalho de cuidar do jardim. O Criador sabia que Adão não poderia ser feliz sem ocupação. A beleza do jardim encantava-o, mas isto não era suficiente. Precisava de ter trabalho que chamasse ao exercício os maravilhosos órgãos do corpo. Houvesse a felicidade consistido em nada fazer, e o homem, em seu estado de inocência, haveria sido deixado sem ocupação. Mas Aquele que criou o homem sabia o que seria para sua felicidade; e assim que o criou designou-lhe um trabalho. A promessa da glória futura, e o decreto de que o homem deve trabalhar pelo pão de cada dia, vieram do mesmo trono.

Quando o corpo está inativo, o sangue corre indolentemente, os músculos decrescem em dimensões e resistência. … O exercício físico, e um abundante uso de ar e luz solar — bênção que o Céu a todos concedeu abundantemente — dariam vida e forças a muitos doentes esqueléticos. … O trabalho é uma bênção, não uma maldição. O trabalho diligente guarda muitos, jovens e adultos, dos laços daquele que 'ainda encontra algum malfeito para as mãos ociosas'. Ninguém se envergonhe de trabalhar; pois o trabalho honesto é enobrecedor. Enquanto as mãos se acham ocupadas nas tarefas mais comuns, a mente pode estar cheia de elevados e santos pensamentos.

A sonolência e a preguiça destroem a piedade, e ofendem o Espírito de Deus. Um poço estagnado exala desagradável odor; mas uma corrente pura esparge saúde e alegria pela terra. Nenhum homem ou mulher convertido pode deixar de ser um trabalhador. Há certamente e sempre haverá emprego no Céu. Os remidos não viverão num estado de sonhadora preguiça. Resta um repouso para o povo de Deus — repouso que eles encontrarão em servir Aquele a quem devem tudo quanto possuem e são."
Perigo do excesso de trabalho
Quando os apóstolos voltaram de sua primeira viagem missionária, a ordem que o Salvador lhes deu, foi: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." (Marcos 6:31). Eles haviam trabalhado com dedicação total pelo povo, e isso lhes esgotara as forças físicas e mentais. Era seu dever repousar. As compassivas palavras de Cristo se dirigem a nós hoje em dia, da mesma maneira que aos discípulos. Ellen White disse no livro Obreiros Evangélicos, pp. 243-246:
"Deus é misericordioso, cheio de compaixão, razoável em Seus requisitos. Ele não nos pede que sigamos uma maneira de proceder que dará em resultado a perda de nossa saúde física, ou o enfraquecimento das faculdades mentais. Ele não quer que trabalhemos sob pressão ou tensão até ficarmos exaustos, com prostração nervosa.
Quando um obreiro tem estado sob grande pressão de cuidado e ansiedade, achando-se esgotado no corpo e na mente, deve afastar-se e descansar um pouco, não para satisfação egoísta, mas para que esteja melhor preparado para os deveres futuros. Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nossas pegadas, pronto a se aproveitar de qualquer fraqueza que possa auxiliá-lo em tornar suas tentações eficazes. Quando a mente está esgotada e o corpo enfraquecido, ele intensifica sobre a alma suas mais cruéis tentações. Economize o obreiro suas forças e, quando fatigado pela lida, vá à parte, e comungue com Jesus."
Alguns dos melhores homens que a obra adventista já teve incorreram nesse erro: “Tiago White, John Loughborough, Urias Smith, Hiram Edson e outros estiveram à beira da morte por causa de transtornos físicos causados pelo excesso de trabalho” (Revista Adventista, fevereiro, 1981, p. 7).
João N. Andrews, nosso primeiro missionário à Europa, morreu com apenas 54 anos de idade. “Ellen White, como conselheira do Senhor, frequentemente o aconselhara a não trabalhar tanto, e a cuidar melhor de sua saúde. Andrews prometeu tentar, mas declarava que seu excesso de trabalho se justificava porque o êxito da causa o requeria [...] Perto do fim ele confessou, arrependido, que havia agido mal” (História do Adventismo, p. 181, 182).

Ao invés de ser algo cansativo, entediante ou um instrumento de exploração, Deus sempre desejou que o trabalho fosse uma bênção, que desse sentido para a vida. Os aspectos negativos relacionados ao trabalho acompanharão nossa rotina apenas enquanto durar as consequências do pecado. No Éden, Adão trabalhou, e na Terra restaurada, os salvos continuarão a trabalhar, não “em vão”, porque aproveitarão ao máximo essa atividade (Is 65:21-23). Quem espera um paraíso sem trabalho vai se decepcionar, pois Deus trabalha e os anjos também.
“O trabalho árduo é um tônico para a humanidade. Torna o fraco vigoroso, rico o pobre, feliz o desgraçado.” (Conselhos para Pais, Professores e Estudantes, p. 278)

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Como se originou a crença no “inferno”?

A noção de um “inferno” de fogo eterno para castigar os maus está intimamente associada à teoria da imortalidade natural da alma. Já no Jardim do Éden, Satanás, na forma de uma serpente, disse a Eva que ela e Adão não morreriam (Gn 3:4; Ap 12:9). Entre os antigos pagãos havia noções de um outro mundo no qual os espíritos dos mortos viviam conscientes. Essa crença, somada à noção de que entre os seres humanos existem pessoas boas e pessoas más que não podem conviver para sempre juntas, levou antigos judeus e cristãos a crerem que, além do paraíso para os bons, existe também um inferno para os maus.

Muitos eruditos criam que a noção de um inferno de tormento para os ímpios derivara do pensamento persa. Mas em meados do século 20, essa teoria já havia perdido muito de sua força, diante das novas investigações que enfatizavam a influência grega sobre os escritos apocalípticos judaicos do 2º século a.C. Tal ênfase parece correta, pois na literatura greco-clássica aparecem alusões a um lugar de tormento para os maus. Por exemplo, a famosa Odisséia de Homero (rapsódia 11) descreve uma pretensa viagem de Ulisses à região inferior do Hades, onde mantém diálogo com a alma de vários mortos que sofriam pelos maus atos deles. Também Platão, em sua obra A República, alega que “a nossa alma é imortal e nunca perece”.

Por contraste, o Antigo Testamento afirma que o ser humano é uma alma mortal (ver Gn 2:7; Ez 18:20); que ele permanece em estado de completa inconsciência na morte (ver Sl 6:5; 115:17; Ec 3:19 e 20; 9:5 e 10); e que os ímpios serão aniquilados no juízo final (ver Ml 4:1). Mas tais ensinamentos bíblicos não conseguiram impedir que o judaísmo do 2º século a.C. começasse a absorver gradativamente as teorias gregas da imortalidade natural da alma e de um lugar de tormento onde já se encontram as almas dos ímpios mortos. Esse lugar de tormento era normalmente denominado pelos termos Hades e Sheol.

Já nos apócrifos judaicos transparecem as noções de uma espécie de purgatório (Sabedoria 3:1-9) e de orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46). Mas o pseudepígrafo judaico de I Enoque (103:7) assevera explicitamente: “Vocês mesmos sabem que eles [os pecadores] trarão as almas de vocês à região inferior do Sheol; e eles experimentarão o mal e grande tribulação – em trevas, redes e chamas ardentes.” Também o livro de IV Enoque (4:41) fala que “no Hades as câmaras das almas são como o útero”. A idéia básica sugerida é a de uma alma imortal que sobrevive conscientemente à morte do corpo.

O Novo Testamento, por sua vez, fala acerca da morte como um sono (ver Jo 11:11-14; 1Co 15:6, 18, 20 e 51; 1Ts 4:13-15; 2Pe 3:4) e da ressurreição como a única esperança de vida eterna (ver Jo 5:28 e 29; 1Co 15:1-58; 1Ts 4:13-18). Mas o cristianismo pós-apostólico também não conseguiu resistir por muito tempo à tentação paganizadora da cultura greco-romana, e passou a incorporar as teorias da imortalidade natural da alma e de um inferno de tormento já presente. Uma das mais importantes exposições medievais do assunto aparece em A Divina Comédia, de Dante Alighieri, cujo conteúdo está dividido em “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso”.

Além de conflitar com os ensinos do Antigo e do Novo Testamento, a teoria de um inferno eterno também conspira contra a justiça e o poder de Deus. Por que uma criança impenitente, que viveu apenas doze anos, deveria ser punida nas chamas infernais por toda a eternidade? Não seria essa uma pena desproporcional e injusta (ver Ap 20:11-13)? Se o mal teve um início, mas não terá fim, não significa isso que Deus é incapaz de erradicá-lo, a fim de conduzir o Universo à sua perfeição original? Cremos, portanto, que a teoria de um tormento eterno no inferno é antibíblica e conflitante com o caráter justo e misericordioso de Deus.

Alberto R. Timm (via Centro White)

Assista também ao seminário do prof. Leandro Quadros sobre Imortalidade da Alma:

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Como dialogar sobre suas crenças

É possível discordar de ideias sem desrespeitar pessoas

Em tempos de polarização, aprender a dialogar sobre sua própria fé numa cultura relativista e muitas vezes cética é um desafio para boa parte dos cristãos. Como você lida, por exemplo, com perguntas sobre tópicos delicados como descrença em Deus, a existência do mal, a criação em seis dias literais ou a posição bíblica sobre homossexualidade? As dicas abaixo podem ajudá-lo a evitar confrontos e a transformar essas situações em oportunidades de testemunho e crescimento pessoal.

1. NÃO SE DEFENDA 
Quando alguém discorda de você ou ridiculariza um ponto de sua fé, a tentação inicial é responder defensivamente, valendo-se muitas vezes de respostas prontas ou acusatórias. O problema é que essa atitude não convence os céticos bem informados, além de estimular o sarcasmo e dificultar o diálogo. Não defenda a si mesmo; existem vitórias mais importantes para ganhar. 

2. FAÇA PERGUNTAS 
As pessoas estão mais interessadas em falar sobre o que acham do que em ouvir o que os outros pensam. Perguntas educadas e sinceras podem ajudar você a entender por que a outra pessoa crê daquela maneira. Questione quais são os dados, especialistas ou experiências nos quais ela se fundamenta. Dessa maneira, caberá a ela se defender e argumentar sobre o próprio ponto de vista. Lembre-se de que a verdade é clara e simples, enquanto o erro é sinuoso e demanda muitas explicações. Não se desespere se for confrontado com informações que não domina. Reconheça suas limitações e pesquise posteriormente sobre isso. Não tente “converter” com uma conversa apenas. Sua função é colocar “pedras no sapato” do interlocutor. 

3. OUÇA 
Preste atenção nas respostas dele, no dito e no não dito. Muitas pessoas que parecem apresentar argumentos racionais para descrer, na verdade estão sendo movidas por questões emocionais, como o trauma de uma perda, ou pela decepção com a hipocrisia da igreja. Entender as entrelinhas dessa descrença vai ajudá-lo no próximo passo. 

4. COLOQUE UMA “PEDRA NO SAPATO” 
Uma “pedra no sapato“ é uma informação ou pergunta que você levanta que não pode ser ignorada por seu interlocutor, seja porque desafia a visão de mundo dele ou porque ele ainda não tem uma resposta satisfatória para a questão. Esse “desconforto” talvez o leve a refletir até a conversa seguinte e a se abrir para ouvir seus argumentos. 

5. DISCORDE SEM DESRESPEITAR 
Como adventistas, cremos numa verdade objetiva e absoluta, conforme revelada na Bíblia, mas acreditamos também que cada pessoa tem valor incalculável para Deus; portanto, merece nosso respeito. Isso não significa concordar com o erro. Contrariando a cultura atual, devemos deixar claro que as pessoas são iguais em termos de valor, mas que existem ideias melhores do que outras: algumas são verdadeiras, enquanto outras são equivocadas e até destrutivas. Demonstre em sua linguagem corporal e atitudes que valoriza o outro. Desse modo, ainda que continue discordando, poderá estabelecer ou fortalecer uma amizade. Reflita sobre o que pode aprender com essa pessoa e seu ponto de vista, e continue orando para colaborar com a ação do Espírito Santo na vida dela.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Um galo e um olhar

"O galo cantou. O Senhor voltou-se e olhou diretamente para Pedro." (Lucas 22:60-61)

Pedro não foi escolhido por acaso. Sua história de altos e baixos, erros e acertos, simboliza a experiência de muitos outros discípulos do Mestre, em diferentes tempos e lugares. É o retrato de quem possui um coração cheio de paixão, mas carente de sentido. É a minha história e a sua também.

Jesus não poderia permitir que três negações escrevessem um final sombrio para a história do grande discípulo. Mas o que me chama a atenção é a maneira como Cristo alcançou o coração de Pedro, naquela hora estranha. Instrumentos inusitados: um galo e um olhar.

Não foi um anjo, um milagre. Não foi um raio, um trovão. Não foi um grito. Se Jesus chamasse Pedro pelo nome, naquele dia haveria uma cruz a mais. Mas se nenhum contato fosse estabelecido entre os dois, talvez contássemos hoje a história de duas forcas.

O galo cantou e os olhos de Pedro foram atraídos pelo olhar do homem rejeitado. Fronte arroxeada, lábio inferior rachado, supercílio sangrento: face desfigurada. Mas os olhos tinham um milagre a oferecer. As trevas da noite não impediram que Pedro fosse tocado pelo perdão e compaixão expressos naquele olhar. É interessante observar que, mesmo constrangido, envergonhado e sem explicações, o pescador não desviou o olhar. Certamente lembrava de seu naufrágio pessoal, na última vez que tirara os olhos de Cristo.

Em Patmos, João também foi impressionado pelo olhar do Filho do Homem. Ao descrever a cena, entre outras coisas, ele disse: "Seus olhos eram como chama de fogo" (Apocalipse 1:14). Muitos desconhecem o sentido dessas palavras. Afinal, que sentido há em comparar o olhar de Cristo ao fogo? Mas pare para pensar: se quisesse perfurar uma superfície muito dura, como aço, o que você utilizaria? Um prego não resolveria o problema. Um martelo seria de pouca utilidade. Não há nada melhor que o fogo. Para João, o olhar de Jesus é olhar que a tudo penetra. Seus olhos são capazes de enternecer o coração mais frio, a vida mais endurecida pelo pecado.

Talvez hoje mesmo você esteja se escondendo pelos cantos da vida, negando a Cristo com o silêncio de suas atitudes. Será que as pessoas em sua casa, em seu trabalho, na faculdade, têm ouvido algo além de suas três negações? O que é preciso acontecer para que sua história mude de uma vez? A que horas o seu galo vai cantar?

Um galo e um olhar foram o suficiente para que Pedro percebesse sua situação e se levantasse arrependido. Fique atento aos pequenos sinais que o Céu lhe envia: um conselho, uma perda, uma chance, uma frase, um apelo...

Tem alguém olhando para você.

Pr. Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Hitler faria 129 anos hoje - Conheça sua visão religiosa

Adolf Hitler nasceu em Branau am Inn, na Áustria, em 20 de abril de 1889, e foi o quarto dos seis filhos de Alois Hitler e Klara Pozl. Quando tinha três anos de idade, a família se mudou para a Alemanha. Hitler foi a figura central do desencadeamento da Segunda Guerra Mundial, bem como da propagação da ideologia nazista, que teve lastro não apenas em seu país de origem, a Alemanha, mas em várias outras regiões da Europa e do Mundo.

Mãe Maria com o Santo Menino 
Jesus Cristo (1913), pintura a óleo 
sobre tela feita por Hitler
Adolf Hitler foi criado por seu pai, que era católico, e por sua mãe, que também era cristã devota. Hitler, contudo, deixou de participar dos sacramentos e passou a apoiar o Movimento Cristão Alemão. Em seu livro, Mein Kampf, ele afirmou seguir os princípios do cristianismo. Antes do começo da Segunda Guerra Mundial, Hitler promovia o chamado "cristianismo positivo", um movimento que expurgava do cristianismo todos os elementos do judaísmo e inseria ideais nazistas. De acordo com controversos manuscritos redigidos por Martin Bormann, secretário pessoal do Führer, intitulados Tischgespräche, além do testemunho de amigos próximos de Hitler, afirmavam que ele tinha visões negativas do cristianismo. Mas a maioria das pessoas em seu convívio afirmavam que ele era teísta.

Há muito debate sobre a relação de Hitler e religião como um todo; o consenso maior entre os historiadores é que, na maioria dos casos, ele apresentava uma visão irreligiosa, anti-cristã, anti-clériga e cientística. Ainda assim, em público, Hitler frequentemente, durante suas campanhas e discursos políticos, expressava apoio a religião e afirmava se opôr ao ateísmo, chegando a banir, em 1933, um grupo anti-cristão materialista. Historiadores e acadêmicos acreditam que Hitler, com o passar do tempo, pretendia suplantar a influência do cristianismo na sociedade alemã e então substituí-la por um novo credo associado a ideologia nazista.

Primeiros anos
O pai de Hitler, Alois, embora nominalmente um católico era um pouco cético religiosamente, enquanto sua mãe Klara era uma católica praticante. Na escola do mosteiro beneditino, que Hitler frequentou durante um ano escolar quando criança (1897-1898), Hitler tornou-se o primeiro de sua classe, recebendo o mais alto grau no último trimestre. Ele recebeu o Crisma em 22 de maio de 1904, e também cantou no coro do mosteiro. Segundo o historiador Michael Rissmann, o jovem Hitler foi influenciado na escola pelo Pan-germanismo, e começou a rejeitar a Igreja Católica, recebendo a Crisma só a contragosto.

Fivela de uniforme militar nazista
Vida adulta
Algo da crença religiosa de Hitler pode ser recolhida a partir de suas declarações públicas e privadas, no entanto, estas apresentam um quadro conflitante de um homem que parece espiritual, porém contra a religião organizada. Algumas declarações privada atribuídas a ele permanecem em disputa quanto a veracidade. 

Em sua posição como chefe das forças armadas, ordenou a colocação da frase "Gott mit uns" ("Deus está conosco") nas fivelas dos uniformes militares.

Discursos públicos
Em seus públicos discursos, especialmente no começo de seu governo, Hitler frequentemente descrevia positivamente a Cultura Cristã Alemã, e a sua crença em um Cristo ariano. Pouco antes de sua ascensão ao poder, Hitler discursou perante uma multidão em Munique.
"Meus sentimentos, como cristão, mostram-me meu Deus e Salvador como um lutador. ... Como cristão ... eu tenho o dever de ser um guerreiro pela justiça e verdade."
Embora expressasse publicamente apoio ao cristianismo, uma vez no poder, passou a tentar diminuir a influência da religião na vida pública.

(Com informações de Wikipédia)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

O Evangelho do Riso

"Rir é o melhor remédio.” Embora essa máxima pareça ser apenas mais um ditado cativante, estudos mostraram que há muita verdade neste antigo adágio.1 De fato, estudos revelaram que nossa capacidade de rir, às vezes, pode servir como um antídoto poderoso para as condições de estresse, depressão e até mesmo conflitos. Nada se provou agir mais rápido e mais seguro para restaurar o equilíbrio de forma saudável entre a mente e o corpo que uma boa e forte gargalhada.

Você já parou para se perguntar de onde vem o riso? A capacidade de rir é um comportamento aprendido ou é algo que trazemos quando nascemos? Você sabia que as crianças começam a rir quase desde o momento em que nascem? E se o riso está conosco desde o nascimento, isso não significa que é um dom inato de Deus? Em outras palavras, que a capacidade de rir vem conectada ao nosso próprio DNA, como resultado de termos sido criados à imagem do nosso Criador? Se esse for o caso, isso quer dizer que Deus também ri?

Salomão, o sábio, reconheceu que o riso não é algo fora do comum, mas que ele o via como algo normal da experiência humana. Observe o que ele escreveu: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: Tempo de nascer e um tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar” (Eclesiastes 3:1-4).

Quando você leva em consideração o que Salomão disse, o riso não é um ato que precisa ser fabricado ou estimulado de forma artificial; simplesmente acontece. Nas Escrituras, o riso, na maioria das vezes, é mencionado no contexto da alegria ou do regozijo. Apesar de tudo o que Jó teve de suportar em sua vida com a perda da família, das propriedades e do prestígio, um de seus amigos assegurou-lhe: “[Deus] encherá de riso a sua boca e de brados de alegria os seus lábios” (Jó 8:21). Se assim é, e sabemos que a alegria é um fruto do Espírito (Gálatas 5:22), então significa que o riso é verdadeiramente um dom precioso de Deus. Os dons que Deus concede, nunca são dados para beneficiar unicamente a vida dos destinatários, mas como um meio para que possam impactar positivamente a vida de outros.

No entanto, você já notou quão contagioso pode ser o riso? Diz a história que três garotas estudantes na Tanzânia começaram a rir em 30 de Janeiro de 1962. O riso se tornou incontrolável e contínuo. Em poucos meses, quase três quintos dos estudantes haviam contraído esses mesmos sintomas, e a escola teve que ser fechada. Esse riso contagiante veio a ser conhecido como omuneepo, uma palavra na língua swahili que significa “doença do riso”, que finalmente se espalhou, chegando a afetar cerca de mil pessoas na Tanzânia e na vizinha Uganda.

Quando você e eu rimos, não se trata apenas de ser esse um meio de expressão pessoal, pois também podemos desencadear sentimentos positivos nos outros. Ted Loder, pastor e autor, observou certa vez: “O riso é como uma oração, como uma ponte sobre a qual as criaturas andam na ponta dos pés para se encontrar.”2

Você pode imaginar um mundo sem risos? Essa expressão audível não é apenas uma poderosa demonstração de alegria, mas, às vezes, é uma maneira de produzir alegria também. Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos, afirmou certa vez: “Com toda essa terrível tensão sobre mim, noite e dia, se eu não risse, morreria.”3 Quantos de nós já tivemos esse mesmo sentimento antes! Lincoln compreendeu, de maneira muito real, que no próprio riso há o poder para trazer tanto vida, como cura para a nossa alma.

Deus inculcou dentro de nós a capacidade de rir como uma forma de expressar, e também de produzir alegria. Mas você já pensou no que acontece quando Deus ri? Veja um exemplo do riso de Deus no Salmo 37:12, 13: “Os ímpios tramam contra os justos e rosnam contra eles; o Senhor, porém, ri dos ímpios, pois sabe que o dia deles está chegando.” Quando Deus olha para os planos fúteis dos homens contra Ele e Seu povo, Ele ri de tal loucura. Em outras palavras, Deus “ri” quando os ímpios acreditam que seus planos são capazes de anular; de algum modo, os planos do Poderoso Governante do Universo. E Deus ainda hoje ri quando vê as pessoas de poder e posição vivendo sob a ilusão de que acham que são responsáveis pelos assuntos deste mundo. Deus ri quando tentamos orquestrar nossos planos sem primeiro reconhecer Sua soberania sobre a nossa vida. Isso me faz lembrar do que o comediante Woody Allen disse certa vez: “Se você quer fazer Deus rir, conte-Lhe sobre seus planos.”4

Agora, não me interpretem mal, o que Deus tem é senso de humor. Tenho certeza de que alguns podem achar isso difícil de acreditar, mas, quando você lê as histórias, tanto no Velho como no Novo Testamentos, vê transparecer o lado espirituoso de Deus. Por exemplo, quando Deus apareceu a Abraão e Sara, ela que já havia passado bastante da idade fértil, e lhes assegurou que ela daria à luz um filho, Sara riu (Gênesis 18:12). Eu acho que você poderia dizer que ela deu uma gargalhada. Sara achou que as palavras ditas por Deus eram motivo de graça.

Estou certo de que muitos de nós já tivemos algum momento em que nos sentimos como Abraão e Sara, quando a única resposta que pudemos dar, ao tentar compreender a grandiosidade de Deus, foi de espanto ou achar graça. Se alguém me tivesse dito, quando eu era jovem, e com o problema de gagueira que eu tinha, que um dia eu iria trabalhar na área de rádio e televisão como locutor e narrador de talento, tenho certeza de que teria achado graça também. Não “engraçado”, mas um senso de humor, como se eu estivesse sob a ilusão de que o plano de Deus para mim dependia da minha capacidade de contribuir para o sucesso desse plano.

Basta pensar em sua própria jornada com Deus. Se Deus lhe tivesse dito os planos que Ele tinha para sua vida, tenho certeza de que muitos de vocês teriam achado difícil de acreditar. Mas isso é porque vivemos na suposição de que o sucesso do plano de Deus para a nossa vida é baseado em nossas habilidades e em nossa posição atual na vida. Nada poderia estar mais longe da verdade. Tudo o que é necessário é a disposição para ser usado por Deus. Então, qual é o evangelho ou a “boa notícia” do riso? Como já foi dito inúmeras vezes antes, o riso pode ser o melhor remédio, mas apenas se for usado como forma de expressar alegria, assim como é a nossa esperança, ao colocarmos nossa confiança em Deus – esse Deus que não só nos criou com a capacidade de responder com uma tão surpreendente expressão audível de alegria, mas também de compartilhá-la com todos os que podem estar necessitando desse dom incrível.

Charles A. Tapp (via Diálogo Universitário)

NOTAS E REFERÊNCIAS
1. Hara Estroff Marano, Psychology Today: The Benefits of Laughter (29 de Abril de 2003).
2. Ted Loder, Tracks in the Straw: Tales Spun From the Manger. Citado em “Spirituality and Practice,” Living Spiritual Teachers Project, n.d.: http://www.spiritualityandpractice.com/explorations/teachers/ted-loder/quotes.
3. Wayne Wipple, The Story-Life of Lincoln: A Biography Composed of Five Hundred True Stories(Philadelphia: The J. C. Winston Co., 1908), p. 482
"Quando os cristãos se mostram sombrios e deprimidos, como se sentissem sem amigos, dão uma impressão errônea da religião. Em alguns casos tem sido nutrida a ideia de que a alegria não é condizente com a dignidade do caráter cristão, mas isto é um erro. O Céu é todo alegria; e se carregamos para nossa alma a alegria do Céu e, tanto quanto possível o expressamos em palavras e no comportamento, seremos mais agradáveis a nosso Pai celestial do que nos mostrando deprimidos e tristes." (Ellen G. White - O Lar Adventista, p. 430)

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Mulher, não me segure!

As palavras de Jesus têm uma força incomum. O pouco que Ele escreveu na areia, o vento apagou, mas o que disse está gravado na mente e no coração de seus seguidores até hoje. No entanto, há algumas frases suas que soam de maneira estranha. Não têm fácil explicação. Uma delas me chama a atenção.

Jesus ressuscitara ao nascer do dia. E uma pessoa especial se encontrava chorando, sozinha, na entrada do túmulo vazio. Seu nome: Maria Madalena. Ela não estava ali por acaso. Tinha bons motivos para chorar a perda de Jesus. Não era sem explicação sua coragem de estar ao pé da cruz nas horas finais de seu mestre, enquanto os outros discípulos se escondiam pelos cantos da noite. Sua vida fora marcada pelas palavras de Jesus. Deve haver algo incrível por trás da experiência de alguém que é liberto de "sete demônios" pela própria palavra de Cristo. De qualquer maneira, a vida de Maria estava intimamente ligada à vida dAquele que morrera.

De repente, Jesus quebra o roteiro triste da história e aparece vivo. Maria é a primeira a vê-Lo ressurreto e eu imagino o porquê.

Seguindo o impulso natural, Maria corre para abraçá-Lo, mas algo estranho acontece. Jesus simplesmente se afasta, dizendo: "Mulher, não me segure!" (João 20:17). Em outras palavras, "Mulher, me solte!" Como entender tais palavras vindas da boca de quem só tinha palavras de convite e aceitação? Como entender Jesus aqui? As palavras seguintes dão nova luz a Maria e podem dar a nós também: "Vá... e conte aos outros o que ainda irá acontecer".

Na caminhada espiritual, corremos o grande perigo de nos apegar ao que já passou, ao que Deus já fez por nós no passado e até ao que nós já fizemos por Ele ontem. Mas as palavras "estranhas" de Jesus acendem uma luz, mostram uma nova direção. O mais importante não é o que Deus já fez por nós, mas o que Ele ainda promete fazer. Quem vive agarrado ao que foi ontem, não tem espaço nas mãos para receber o amanhã. Não devemos deixar que as grandes coisas que Deus fez ontem em nossa vida nos ceguem para as que Ele promete fazer amanhã.

Ouvi tempos atrás, a história de um menino que tinha um pai muito ocupado. Os melhores momentos de sua infância ele vivera sem a presença do pai. Tudo o que ele mais queria era ter o pai perto, estar com ele, mas isso quase nunca era possível. Um belo dia - um dia desses em que a gente sente que alguma coisa precisa mudar - o pai resolveu adiar todos os compromissos e passar um dia com o filho, só com ele. Seria um acampamento. Ele disse: "Filho, prepare-se, pois amanhã nós vamos passar o dia juntos. Só você e eu. Nós vamos viajar e vai ser muito legal!". Essas eram palavras mágicas para um garoto pequeno. Já era noite. Assim, ele correu para o quarto, escovou os dentes, pulou na cama, puxou a coberta e fechou os olhos com toda a força que podia. Mal podia esperar chegar o amanhã. Acontece que ele não conseguia pegar no sono. Sua imaginação passeava, seu hoje era como que invadido pelo amanhã e isso não o deixava dormir.

No meio da noite, o garoto vai até o quarto do pai e bate à porta. O pai fica assustado ao ver o menino acordado àquela hora. "O que aconteceu, filho?", pergunta. Ao que o menino responde: "É que eu não consigo dormir." O pai continua: "Filho, você precisa dormir. Lembra? Amanhã é o nosso dia. Vai ser um dia cheio. Você precisa descansar!" O menino junta toda a alegria que o impedia de dormir e diz: "Pai, é sobre isso que eu quero falar. Pai, obrigado pelo amanhã!"

Com Jesus, o melhor ainda está por vir. Se no passado Ele nos ofereceu perdão e salvação através de sua morte, no amanhã Ele nos promete o abraço da eternidade, quando de sua segunda vinda. Às vezes eu me sinto como um garoto pequeno num quarto escuro, esperando a noite dessa vida passar. Não sei se você já sentiu assim.

A promessa mais bonita da Bíblia está escondida nas palavras de Jesus. Logo logo a luz do sol de Sua vinda vai brilhar, acabando com as trevas do pecado nesse mundo. Que seu coração marque ansioso cada momento da espera.

Eu mal posso esperar esse dia amanhecer.

Pr. Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)

Você está pronto para oferecer a outra face?

"Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também." (Mateus 5:39 - NTLH)

A ordem é incomum, radicalmente diferente daquilo que esperamos. Vai contra a natureza daquilo que consideramos ser valioso e não aprovado pela sabedoria popular. Estamos sempre preocupados com vantagens pessoais e a aplicação de uma retribuição legalmente adequada. Aqui Jesus nos surpreende com o inesperado, o antinatural. Analisemos a passagem em seu contexto cultural.

1. Problema da Violência: Mateus 5:38-43 faz parte de um longo discurso que aborda o comportamento esperado por parte dos que pertencem ao reino de Deus (Mateus 5:1-7 e 29). Essa peça literária, singular, começa com uma antítese: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mateus 5:38-39). Jesus está Se referindo à lei de retaliação no Antigo Testamento (Êxodo 21:24; Levítico 24:20; Deuteronômio 19:21). A intenção dessa lei era impor limites ao desejo humano de revanche, introduzindo o princípio de equivalência; o castigo deveria ser proporcional ao crime. Não era permitido a ninguém matar uma família inteira pelo fato de que alguém da família matou um de seus membros.

Jesus elevou a lei a um nível mais alto, revelando seu propósito final, ou seja, eliminar a violência. A eliminação da violência na sociedade começa com os seguidores de Cristo. Ele radicalizou Sua oposição à violência, dizendo: “não resistais ao perverso”. O verbo “resistir” significa “colocar-se contra” ou “opor-se”, de modo confrontador. Quando cristãos se tornam o objeto de ação do mal, espera-se que não reajam de igual modo. Esse é um tipo de resistência passiva; resistir ao mal sem retaliação.

2. Oposição à Violência: Jesus, então, passou a ilustrar o que estava querendo dizer. Ele deu três exemplos. Atente para o primeiro: “a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra.” A referência do ato de afronta é a um murro de mão fechada, não apenas uma agressão física. Em alguns casos, oferecer a outra face pode ser um ato desafiador, provocador de mais violência. Nossa resposta natural ao insulto ou a um ataque é a retaliação. Jesus disse que deveríamos oferecer a outra face. Isso significa que os cristãos deveriam abandonar seu direito à retaliação, ou seja, a violência freada pela renúncia ao direito legal de “revidar”. A violência tem de acabar e temos um papel a desempenhar na realização desse objetivo. A segunda ilustração é: caso uma pessoa não consiga pagar um débito, é requerido que entregue sua túnica. A lei permitia que tomasse a túnica como penhor pela dívida (Êxodo 22:26-27). Mas esse não parece ser o caso aqui. O indivíduo é objeto de abuso social – quais são as opções? Jesus diz: “Entregue, inclusive, sua roupa íntima!” A ideia é não haver retaliação sob nenhuma circunstância, mesmo que isso signifique profunda humilhação.

A terceira ilustração é extraída do serviço militar. Os soldados romanos forçavam ocasionalmente civis a executarem certas tarefas (Mateus 27:32). A reação natural do judeu seria resistir ao opressor, mas Jesus ordenou a Seus seguidores a fazer o inimaginável: Vá com ele não apenas a exigência de uma milha, mas duas milhas; para usar a situação como oportunidade de serviço, não de retaliação.

3. Atitude Proativa: O terceiro exemplo é muito positivo, inferindo que devemos evitar nos tornar objetos de violência, agindo pacificamente. Devemos fazer tudo que pudermos para dar aos necessitados e emprestar aos que talvez não consigam pagar de volta (Mateus 5:42). Essas são algumas das maneiras de vencer a violência na sociedade e na nossa vida. É assim que o amor age.

Isso significa que não apenas devemos evitar situações de violência, mas fugir delas. Jesus não quer que nos tornemos vítimas por pensarmos assim. Por exemplo, se seu cônjuge é agressivo, você tem que continuar nessa situação, tem que “oferecer a outra face”. O ciclo de violência pode ser quebrado se não houver retaliação, por servir aos outros e fugindo de um ambiente violento.

Seja proativo. Ofereça a outra face.

Angel Manuel Rodríguez (via Adventist World)

terça-feira, 17 de abril de 2018

Ter contato com a natureza melhora a saúde mental, diz estudo - Ellen White já sabia...

Um estudo publicado em janeiro deste ano evidencia mais uma vez o poder da natureza para a saúde humana. Os efeitos benéficos da natureza sobre a saúde mental estão na pesquisa intitulada como “Mente urbana: usando tecnologias de smartphone para investigar o impacto da natureza no bem-estar mental em tempo real”.

Hoje, mais da metade da população do mundo vive em áreas urbanas e este fato tem tido diversas consequências. Dentre as ruins podemos citar as implicações para a saúde mental, como depressão, transtornos de ansiedade, psicose e distúrbios viciosos. Foi partindo deste pressuposto que pesquisadores criaram o aplicativo Urban Mind. Eles avaliaram a influência das áreas verdes para quem vive em espaços urbanos. A análise principal baseou-se em 2094 avaliações de 64 participantes, que completaram um mínimo de 25 avaliações cada.

Método
Para analisar o chamado bem estar momentâneo, os participantes tiveram que responder todos os dias, em intervalos do dia, a perguntas como: Você está dentro ou fora? (em relação a ambiente interno ou externo). Você pode ver as árvores? Você pode ver o céu? Você consegue ouvir os pássaros cantando? Você pode ver ou ouvir a água? Você se sente em contato com a natureza? As respostas possíveis a cada pergunta eram: sim, não e não estou seguro.

Quando as pessoas recebiam um aviso para completar uma avaliação ecológica momentânea, elas tinham até 30 minutos para concluir as respostas. E cada vez que completava uma avaliação, ele era convidado a enviar uma fotografia do solo e/ou uma gravação de áudio do ambiente.

Conclusão
A investigação sugere que os benefícios da natureza no bem-estar mental são duradouros e interagem com a vulnerabilidade de um indivíduo à doença mental. “Descobrimos que estar ao ar livre, ver árvores, ouvir pássaros cantando, ver o céu e se sentir em contato com a natureza foram associados a níveis mais elevados de bem-estar mental momentâneo”, diz o estudo. “Além disso, descobrimos que esses efeitos benéficos ainda podem ser observados, mesmo que o participante não estivesse mais ao ar livre e não tivesse mais acesso à natureza”. Este efeito indica o impacto duradouro da natureza na qualidade mental do indivíduos.

Outro dado interessante é que todos esse benefícios foram ainda mais evidentes em pessoas que tem como característica serem mais impulsivas. O estudo remete a outras pesquisas que relacionam impulsividade com distúrbios. A questão aí é afirmar que os efeitos da natureza podem ser ainda maiores em pessoas que têm maior vulnerabilidade a problemas de saúde mental.

O grupo salienta que tais descobertas têm implicações potenciais no planejamento e design urbano. O estudo é do King’s College London e foi publicado na edição de janeiro da BioScience. (Ciclo Vivo)

Nota: Há mais de um século, a escritora Ellen White já dizia isso em seus livros sobre saúde e estilo de vida. Confira alguns trechos do livro de Ellen G. White, Conselhos sobre Saúde, no capítulo A Vida ao Ar Livre e a Atividade Física:

"A vida ao ar livre é boa para o corpo e a mente. É o remédio divino para a restauração da saúde. Ar puro, água potável, luz solar, as circunjacentes belezas da Natureza - são os Seus meios de restaurar o doente à saúde por processos naturais. Para o doente vale mais do que prata ou ouro estar à luz do Sol ou à sombra das árvores.

No campo encontra o doente muitas coisas para desviar-lhe a atenção de si mesmo e de seus sofrimentos. Por toda parte podem eles considerar e apreciar as belas coisas da Natureza - as flores, os campos, as árvores frutíferas carregadas de seus ricos tesouros, as árvores da floresta a projetarem sua agradável sombra, e as colinas e vales com sua variada vegetação e suas muitas formas de vida.

E não somente são eles atraídos por esse ambiente, mas aprendem ao mesmo tempo lições espirituais muito preciosas. Rodeadas pelas maravilhosas obras de Deus, sua mente é levada das coisas que são vistas para as que se não vêem. A beleza da Natureza leva-os a pensar nos encantos sem igual da Nova Terra, na qual nada haverá a estragar-lhe a beleza, nada a macular ou destruir, coisa alguma a causar doença ou morte.

A Natureza é o médico divino. O ar puro, a alegre luz solar, as belas flores e árvores, os belos pomares e vinhas e o exercício ao ar livre em meio desse ambiente, são transmissores de saúde - o elixir da vida. A vida ao ar livre é o único remédio de que muitos doentes necessitam. Sua influência é poderosa na cura das doenças causadas pela vida social, vida que debilita e destrói as energias físicas, mentais e espirituais."

Imagine... como seria o primeiro culto no Céu?

(Dando asas à imaginação sobre um sonho tão sonhado)

Não é errado sonhar e nem tentar vislumbrar aquilo que tanto queremos. Deixei a imaginação fluir e construir um possível cenário do que seria o primeiro culto dos remidos no céu. Ainda que possa parecer presunçoso, eu me imagino lá, presente, pela graça, tão somente pela graça de Deus. 

Embora saibamos que vamos estar na presença de Deus “de uma lua nova até a outra, de um sábado até o outro”, ou seja, diariamente, gosto da ideia de que esse culto se dará em um dia de sábado, celebrando assim a nova criação de Deus. Ao redor do trono, diante do nosso maravilhoso Pai, com vestes brancas, todos nós salvos, a grande multidão de remidos, homens, mulheres e crianças, pessoas de todas as épocas, justificados pela graça de Cristo, santificados pela ação do Espírito, glorificados pelo poder de Deus. Estamos circundados pelos exércitos de anjos celestes, em total reverência, com alegria sem fim no coração. Em nosso pobre planeta lá embaixo, o mal ainda não terá sido extinto, estamos iniciando o milênio de glória, mas já estamos livres dos efeitos do pecado, já sem lembrança de tudo de ruim que passamos. 

O coro de anjos, a orquestra maravilhosa, instrumentos jamais vistos, todos a postos, prontos, aguardando o início daquele culto especial. A um sinal de Gabriel, o magnífico arcanjo, maestro maior de todos os coros, erguem-se as vozes celestes. 

Perfeição completa, eis a música do céu! Finalmente a conhecemos, nós que sobre ela tanto falamos, discutimos e divergimos em nossa velha Terra. Como é diferente de tudo que pensávamos! Como era pobre nossa imaginação! Falávamos em tantos padrões, culturas, escolas musicais, gêneros, e a música de Deus agora nos surpreende a todos. Como teria sido tão melhor ter deixado, lá em nosso velho planetinha, o Espírito falar ao nosso coração, sempre, acima de qualquer erudição, acima de qualquer preconceito, acima da estratificação de nossas mentes! 

E os músicos celestes nos brindam com um concerto extraordinário de boas vindas aos salvos. São momentos eternos que passam, que não sentimos, que não nos cansam nem incomodam. Criação musical coletiva, todos parecem pensar os mesmos acordes e sequências, e a música flui espontânea e bela, é mágica, impressiona os corações, alegra a alma dos salvos em Jesus. 

De repente, a música muda. Cristo Jesus levanta-se ao lado do Pai e adianta-se. É o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, o Leão da tribo de Judá, o Príncipe da Paz. Para Ele voltam-se todos os olhares, as mentes e os corações. É para Ele a próxima música do céu. Os acordes são outros, é outra a cadência, os anjos mal conseguem conter a emoção. A letra, de poesia perfeita e maravilhosa repete: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. Não dá pra descrever o que vai no coração de todos os presentes. Os remidos choram, mas é um choro de alegria, de agradecimento. São mais momentos eternos e inesquecíveis. 

E agora, algo especial: a uma modulação maravilhosa, que o mais experimentado dos músicos terrestres jamais conseguiu sequer imaginar, a orquestra e o coro param. Jesus vai solar. Sua voz é completamente harmônica. Em alguns momentos suave e doce, a voz do Bom Pastor; em outras partes é como o som de muitas águas. Dispensa o acompanhamento. A letra diz, entre outras belezas: “Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. A orquestra e o coro de anjos, voltam em contracanto perfeito, respondem e devolvem a Cristo toda a honra, repetindo: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. A participação do Salvador, do Rei dos Reis, é perfeita. 

Mas ainda há mais emoção nesse culto difícil de narrar. Todos os remidos que estão prostrados diante do trono, agora se levantam. Sim, nós vamos agora cantar. E não vamos fazer feio, temos mentes transformadas e corpos glorificados, dons restaurados, alcançamos a perfeição em Cristo Jesus. E sobre o que cantamos? Ah, com toda certeza, cantamos da experiência humana, da experiência pessoal de cada um. Cantamos daquilo que vivemos e passamos. E os outros mundos, habitados por seres superinteligentes e sem pecado, a tudo assistem maravilhados, sendo que jamais poderão cantar como nós cantamos, pois serão incapazes de transmitir musicalmente aquilo que não viveram. 

E cantamos o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos”

E o grande culto, antecedendo a monumental Escola que virá depois, prossegue todo em música, alternando coro e orquestra de anjos, solos maravilhosos, corais de remidos triunfantes. Não existe mais cansaço, não mais tédio, não mais monotonia, o tempo não existe, estamos enfim na Eternidade, vivendo dentro do sonho! 

No final, a bênção do Pai, o Deus dos Exércitos, o Criador de todos os mundos, que sobre nós levanta o Seu rosto, e nos dá a paz, a Sua paz, que excede a todo o entendimento. 

Em seguida, o início do nosso aprendizado na grande Escola dos céus. Quantas perguntas, quanta curiosidade, quanta sede de saber e conhecimento. Deus, Cristo Jesus, os santos anjos, a influência esclarecedora do Espírito Santo, são os nossos Mestres nessa Escola eterna. Ali, diariamente, ouviremos de Suas bocas santas e sábias, tudo que não entendíamos, e com mente clara agora compreendemos perfeitamente, sem sofismas, sem enganos, sem dúvidas. 

Depois, ao lado do rio da água da vida, encimados por um céu de azul perfeito, a ceia dos remidos, com os frutos da árvore da vida, alimento sadio que nos garante a vida eterna, sem doenças, sem dores, sem sofrimento, sem pecado. 

Amigos, quando aqui cantamos o que vivemos, o canto sai livre, verdadeiro, consistente, autêntico e transmite um prenúncio da atmosfera do céu. Quando aqui estudamos e nos alimentamos da Palavra de Deus, estamos nos aprimorando no conhecimento de um Deus maravilhoso e um Salvador justificador. Deus queira, e Ele com certeza quer, que cada ser humano se arrependa e se salve. O fogo eterno não foi preparado para nós, mas para o diabo e seus anjos. Aquele culto maravilhoso, de cuja liturgia aqui consegui apenas arranhar um pouquinho a superfície, nos espera. Não podemos faltar, não iremos chegar atrasados! Deus nos abençoe, e mesmo em meio às nossas manias e aos nossos desencontros, nos conserve em união de propósitos e em amor fraterno, sem o que, não estaremos lá naquele dia. Sejam felizes.

Mário Jorge Lima (via Instantâneos do Reino)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Como seria Jesus hoje?

Fico pensando, numa situação apenas imaginária, como seria Sua passagem por nosso mundo, se Jesus Cristo viesse aqui, pela primeira vez, nos nossos dias. Nasceria numa favela, na periferia de uma grande cidade, debaixo de uma ponte como morador de rua? Morreria morte de cruz, ou seria decapitado, fuzilado, eletrocutado, queimado vivo? Como seria Seu visual, usaria túnicas e sandálias ou, dessa vez, vestiria calça jeans, camiseta e tênis? Terno e gravata? Será? Seria afinado com PTistas ou PSDBistas? Democratas ou Republicanos? Blancos ou Colorados? Trabalhistas ou Conservadores? Comunistas ou Capitalistas? Seria de esquerda ou de direita? Islâmico ou judeu? 

Será que Se envolveria com governantes e autoridades ou, mais uma vez, manteria distância deles e se concentraria em atender o indivíduo comum em suas necessidades básicas e carências espirituais? O “o meu reino não é deste mundo” e o “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” continuariam fazendo parte do Seu discurso?

Escorraçaria os comerciantes da fé, da mesma forma como o fez com os vendilhões do templo? Diria a teólogos e doutores da lei o mesmo que disse a Nicodemos? Participaria de debates doutrinários acirrados e intermináveis ou Sua doutrina continuaria a ser baseada nos conceitos de relacionamento e vida eterna do Sermão do Monte? Desta vez frequentaria mega-templos das mais diversas instituições religiosas ou novamente faria nas ruas, praças e ao ar livre as Suas pregações? Usaria para isso a Internet?

Acolheria gays, lésbicas, travestis e transexuais da mesma maneira que fez com prostitutas e adúlteras? Curaria aidéticos como curou leprosos? Salvaria corruptos e roubadores do povo como salvou Zaqueu e Mateus? Seria mais inclusivo ou exclusivo?

É verdade que a complexidade da vida humana hoje não guarda qualquer similaridade com a da vida no tempo de Jesus. O mundo e sua população atual de mais de 7 bilhões de pessoas tornam qualquer comparação inútil e impossível. Por isso, não vou me estender em outras questões, não conseguiríamos respondê-las com precisão, mas, eu penso que há pelo menos três particularidades da vida de Jesus que estariam presentes como da vez primeira, e isso é que é o importante.

Seu contato e relacionamento com Deus, para seguir as estritas orientações do Seu Pai, seriam os mesmos. Seu amor incondicional, sem limites, restaurador e transformador seria o mesmo, que aceita o homem em qualquer condição, mas, não o deixa assim. E a condenação severa ao reino, às obras e aos representantes das trevas, onde quer que Ele os identificasse, também seria a mesma.

Felizmente, Jesus já veio, no tempo certo, determinado pelo Céu. E não apenas pagou a grande dívida do homem em função do pecado, mas, ato contínuo, nos estendeu os benefícios de Seu perdão e graça. Seus princípios de fidelidade, liberdade e amor sem limites, continuam os mesmos. Continuamos sendo salvos unicamente por Sua graça e não por qualquer coisa de bom que tenhamos, sejamos ou façamos. Amém por isso. Não fosse assim, não teríamos chance alguma.

Mário Jorge Lima (via Instantâneos do Reino)

8 comportamentos que geram estranheza e até antipatia

Mesmo que não percebamos, nós enviamos sinais o tempo inteiro. Seja através do nosso olhar, posição corporal, respiração ou das coisas que dizemos. A lista é infinita e dá pistas sobre medos, ansiedade e verdadeiras intenções que podem estar encobertas por uma máscara social inicial.

Abaixo, selecionei 8 comportamentos que podem gerar estranheza e até antipatia. Isso acontece porque, ao contrário do que a pessoa imagina, eles passam mensagens ambíguas. Confira:

1- Mencionar nomes de terceiros para indicar intimidade
Comportamento comum na alta sociedade ou em pessoas que tentam parecer mais do que são. Mencionar nome de pessoas famosas ou influentes com intimidade pode indicar uma estima fragilizada que precisa usar o outro como muleta social de status e expressividade. É algo como, veja como sou importante, pois conheço até “fulano de tal”. É claro que a pessoa pode realmente conhecer e ser amigo da pessoa citada, mas a estranheza acontece porque percebemos que essas pessoas não usam a “celebridade” como exemplo em conversas normais e sim modulam a conversa de maneira a introduzir essa informação. 

2- Encaixar em um discurso fatos de sucesso pessoal de forma artificial e visando algum tipo de autopromoção
Não é questão de uma modéstia religiosa que presume que a pessoa deva ter uma postura recatada e singela. Nesses casos, o que acontece é, como no primeiro tópico, uma inclusão artificial de exemplos que geram autopromoção pessoal desnecessária. Isso acontece quando a pessoa tenta impressionar, mas acaba transmitindo uma ideia de que é um produto a ser vendido -porque quem precisa desse tipo de promoção de si normalmente não possui um reconhecimento de quem está perto. O ouvinte atento achará a pessoa chata e vaidosa.

3- Falta de originalidade
Um dos motivos das pessoas comprarem grandes marcas é que, em algum momento, além do status, elas também têm uma forte mensagem de originalidade. Elas fizeram algo diferente e os outros seguiram copiando. É por isso que não tem graça comprar uma camisa falsa de uma marca, por exemplo. Mas saindo do exemplo primeiro que foi capitalista, é interessante perceber que o mesmo acontece com as pessoas. Quando uma pessoa se esforça em copiar uma característica que não é dela, isso soa artificial e gera estranhamento em quem observa.

4- Superestimar as próprias qualidades e subestimar qualidades alheias
Ter que diminuir os outros para se sentir superior é uma estratégia muito usada. Mas ao contrário de mostrar nobreza e motivo de admiração, quem desvaloriza o outro mostra intolerância e baixa empatia. Embora pessoas próximas possam rir e incentivar esse comportamento, ele nunca é bem visto porque mesmo quem parece valorizar percebe no outro a pobreza do ato.

5- Não assumir as próprias vulnerabilidades
É ingenuidade achar que as pessoas não percebem quando nos defendemos de mostrar nossas fraquezas. Quem faz isso normalmente utiliza uma série de mecanismos de defesa que vão, desde o afastamento afetivo a agressividade. O outro pode não saber exatamente o motivo desses comportamento, mas certamente ele saberá que algo está errado e isso lhe causará desconforto… e até antipatia.

6- Não pedir desculpas
A falta de humildade é indicativa de sérias dificuldades para lidar com os próprios erros. Seja porque a pessoa não admite que errou ou porque ela se sente diminuída. Não pedir desculpas, além de parecer arrogante, atrapalha as relações que, quando profundas, são permeadas por acertos e erros, altos e baixos.

7- Não olhar nos olhos - não piscar
Duas coisas diferente que causam desconforto similar. Quem não olha nos olhos sempre passa uma impressão de que não está seguro ou esconde alguma coisa, uma vez que olhos nos olhos são uma fonte de conexão entre as pessoas. Por outro lado, olhar fixamente para uma pessoas sem piscar pode passar uma ideia de tentativa de controle e domínio excessivo.

8- Não sorrir ou sorrir só com a boca
A falta de expressão, total ou parcial, gera estranheza. Há pessoas que não sorriem e isso pode indicam um adoecimento emocional. Entretanto, aquele que sorriem com os lábios, mas não sorriem com os olhos podem dar sinais de dissimulação, uma vez que os músculos utilizados para um sorriso aberto e sincero são diferentes dos músculos utilizados para o famoso “sorriso amarelo".

Josie Conti (via Conti Outra)
"Oh! devemos educar nosso coração a ser piedoso, gentil, terno, cheio de perdão e compaixão. Se bem que deixemos de lado toda vaidade, toda conversação tola, ridícula e zombadora, não devemos tornar-nos insensíveis, antipáticos e insociáveis. O Espírito do Senhor deve repousar sobre vós até que sejais como uma fragrante flor do jardim de Deus. Deveis falar da luz, de Jesus, o Sol da Justiça, até que sejais transformados de glória em glória, de caráter a caráter, indo de força em força, e refletindo mais e mais a preciosa imagem de Deus. Quando fizerdes isso, o Senhor escreverá nos livros do Céu: 'Muito bem!', porque representais a Jesus." (Ellen G. White - E Recebereis Poder, p. 67)

12 dicas para aprendermos a ouvir a voz de Deus

O ser humano foi criado para relacionar-se com Deus. O relacionamento que Deus propõe é prazeroso, completo e, por isso, Ele não se contenta com algo superficial. O amor é a base de todo o relacionamento de Deus para com os Seus filhos. Sendo assim, o Senhor deseja ensinar-nos a ouvirmos Sua voz, com o objetivo de que alcancemos maior intimidade com Ele.

Não é natural ouvir a voz de Deus, portanto, é preciso aprender. Veja algumas dicas:

1. Inicie com uma oração. Peça ao Espírito Santo que Ele abra os canais de comunicação da sua mente para ouvir a Sua voz (Provérbios 4:23);

2. Leia a Bíblia em profunda meditação até saltar aos seus olhos algum texto que fala fortemente ao seu coração (2 Timóteo 3:16);

3. Apresente alguma questão a Deus e fique atento à Sua resposta. (Isaías 30:21; João 15:15). Quando a resposta vier, ela o acalmará, trará tranquilidade e segurança (Salmo 43:3; 119:105). Deus, na maioria das vezes, nos surpreende com respostas imprevisíveis, sábias e simples;

4. Peça, a cada momento, para que o Espírito Santo aperfeiçoe o seu canal de comunicação espiritual. Tenha certeza de que você não está apenas atendendo aos caprichos do seu coração (Tiago 4:3). Nunca se conforme com seu estágio atual e deseje sempre ter mais do caráter de Cristo (Romanos 12:2);

5. Pratique atos constantes de adoração – fale com Deus várias vezes ao longo do dia, ajoelhado, em profusa adoração e louvor pedindo pela unção do Santo Espírito (João 4:24);

6. Abençoe seus irmãos proferindo palavras espirituais – testemunhe, pronuncie bênçãos e contagie o seu ambiente com o bom Espírito (Hebreus 12:14);

7. Ofereça diariamente presentes a Deus (renúncias, entregas, decisões) que o ajudem a santificar-se. O maior presente é sua vida e seu corpo (1 Coríntios 3:16-17; 6:19-20);

8. Mantenha seu coração fortalecido com a Palavra, memorizando textos de promessas (Jó 23:12);

9. Saiba que Deus poderá conduzi-lo até o limite de suas forças, porém todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28). Para cada ação divina existe sabedoria, aprendizagem e amor (Salmo 95:7-8);

10. Eduque sua mente a perceber o mundo espiritual e a interpretá-lo coerentemente à luz da Palavra. O Senhor se faz ouvir por outros meios também, como: natureza, oração, pessoas, anjos, impressões na mente, sonhos, visões, músicas, circunstâncias e eventos. É o Espírito Santo que escolhe a maneira ideal para falar com Seus filhos (João 10:16, 27; 1 Coríntios 12:7; Oséias 6:3). Anote o que você está aprendendo da parte de Deus;

11. Não é natural ouvir a voz de Deus. Isso requer busca pelo Espírito de Deus para que essa habilidade espiritual seja desenvolvida (1 Coríntios 2:14);

12. O grande sonho de Deus é poder comunicar-se com os Seus filhos (Romanos 8:14-16) a todo o instante. Quando você perceber que Ele está falando ao seu coração, receba essas mensagens com alegria e gratidão.

Nota: O texto a seguir, de autoria do pastor Alejandro Bullón, é extremamente oportuno:

Samuel viveu numa época em que “a Palavra do Senhor era muita rara” (1 Samuel 3:1). Isto não significa que Deus não quisesse comunicar-Se com o ser humano. Deus sempre tentou falar ao homem, de muitas maneiras. Acontece que naqueles dias as pessoas não ouviam mais a voz de Deus.

A Bíblia diz que “Eli era muito velho; e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a Israel, e de como se deitavam com as mulheres que ministravam na porta da tenda da congregação. E dizia-lhes: Por que fazeis estas coisas? Não, filhos meus, não é boa a fama esta que ouço. Fazeis transgredir o povo de Deus… Todavia, eles não ouviam a voz de seu pai” (1 Samuel 2:22 a 25).

Foi naquelas circunstâncias que Deus Se apresentou a Samuel, um jovem que desde pequeno tinha aprendido a ser sensível à voz de Deus.

A história é fato conhecido. A resposta de Samuel ficou registrada como uma das frases mais doces aos ouvidos de Deus: “Fala Senhor, porque o Teu servo ouve.”

Hoje vivemos em dias muito parecidos com os de Samuel. As pessoas são confundidas com milhares de vozes. O existencialismo, o racionalismo, e uma sucessão interminável de ismos, apresenta cada um uma teoria mais moderna e interessante que a outra. Existe pouca gente disposta a dizer: “Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve.” As pessoas estão mais prontas a ouvir outras vozes antes que a voz de Deus.

Você já ouviu alguém dizer: “Não é isto o que quero para mim”? Já escutou alguém argumentar, dizendo que ninguém tem o direito de querer fazer a moral para você?

Os amigos de Jesus, aqueles que saíram da rotina de ser simplesmente bons membros de igreja, mas entraram na dimensão maravilhosa do cristianismo, que é vida de companheirismo permanente com Jesus, são sensíveis à Sua voz. Andam pelas ruas, estudam nas universidades, compram, vendem, dirigem nas estradas, participam da vida cotidiana de um país que cresce cada dia, mas estão cada minuto prontos a dizer: “Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve.”

Hoje não esqueça do mais importante! Que tal dizer: “Senhor Jesus, fique comigo durante o dia de hoje. Fala Senhor, através das situações, boas ou ruins que surgirem, porque o Teu servo ouve”.

domingo, 15 de abril de 2018

8 passos para evitar um conflito, segundo a Bíblia e Ellen White

Conflitos existem porque ninguém quer perder a razão. Todos querem ter a palavra final. Você precisa mesmo estar certo sempre? Será que existe um vencedor no final de uma discussão? Será que depois de uma guerra alguém sai ileso? Tenham como objetivo amar os que discordam de vocês. Lutem pelo amor e não pela vitória. Jesus disse que o amor sempre vencerá. Para andarmos juntos, nem sempre temos de concordar em tudo.

Quando você se pegar iniciando uma discussão com outra pessoa, use estas orientações bíblicas:

1. Deixem a misericórdia guiar suas respostas (Pv 3:3-6)
Num conflito, a maioria quer apenas o que é justo, mas a abordagem de Deus não se refere à justiça e sim à graça e misericórdia (Rm 5:8).

2. Permita que Deus determine qual é a verdade (2Co 13:8) 
A verdade não é determinada por sua maneira de pensar ou sentir, nem pela opinião dos outros. É aquilo que Deus diz, Ele é a única autoridade para interpretar toda e qualquer situação (2Co 10:5).

3. Busque a presença de Deus (Mt 28:20)
Satanás quer que acreditemos que estamos sozinhos nessa batalha. Devemos seguir o exemplo de Davi, que acreditou pertencer ao Senhor da batalha (1Sm 17:47)

4. Apoie-se na mente de Cristo (1Co 2:15,16)
A Bíblia diz que não devemos nos apoiar em nosso próprio entendimento, pois o que parece ser certo aos nosso olhos, pode estar completamente errado (Pv 14:12).

5. Procure a verdadeira fonte do conflito (Ef 6:12)
De acordo com a Palavra de Deus, não estamos lutando contra pessoas. Nosso inimigo verdadeiro é Satanás e suas “forças espirituais do mal nas regiões celestiais”.

6. Largue as armas humanas (2Co 10:4, 5)
Quando tentamos suprir nossas necessidades trabalhando independente de Deus, temos tendência a usar o que Paulo chamou de armas da carne. Manipulação, fofoca, difamação, ridicularização, ameaças, vergonha, murmuração… Quando as usamos, acabamos num círculo vicioso de retribuir “mal com mal”.

7. Aprenda a usar as armas espirituais (2Co 10:4)
A Bíblia diz que a oração é uma forte arma. Depois que vestimos toda a armadura de Deus, devemos orar “… no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica…” (Ef 6:18). A oração leva qualquer discussão a uma perspectiva divina.

8. O perdão é outra arma espiritual
Seu poder é maior do que qualquer coisa que o inimigo possa usar contra você. Deus ordena que perdoemos os outros da mesma forma que fomos perdoados (Mt 6:12).

E também use estas preciosas orientações que Ellen G. White nos deixou:

1. Unidade com Deus resulta em união
Deus é a personificação da benevolência, misericórdia e amor. Os que se acham verdadeiramente ligados a Ele não podem estar em divergência, uns com os outros. Seu Espírito reinando no coração, criará harmonia, amor e união. O contrário disto se vê entre os filhos de Satanás. É sua obra provocar inveja, discórdia e ciúme. Em nome de meu Senhor eu pergunto aos professos seguidores de Cristo: Que frutos produzis? — Testimonies for the Church 5:28

2. Semeando e colhendo dissensões
Quem espalha as sementes da dissensão e discórdia, colhe em sua própria alma os frutos mortíferos. O próprio ato de olhar para o mal nos outros, desenvolve o mal em quem olha. — A Ciência do Bom Viver, 492

3. Satanás deleita-se com a contenda
Contendas, lutas e processos judiciais entre irmãos são uma desgraça para a causa da verdade. Os que seguem esse procedimento expõem a igreja ao ridículo de seus inimigos e levam a triunfar os poderes das trevas. Eles traspassam de novo as feridas de Cristo e O expõem ao opróbrio público. — Testimonies for the Church 5:242, 243

4. Polêmicas levam à combatividade
A obra especial, enganosa de Satanás tem sido a provocação de debates, para que haja contendas em torno de palavras, que nenhum proveito trazem. Bem sabe ele que isto ocupará a mente e o tempo. Desperta a combatividade e sufoca, na mente de muitas pessoas, o ardor da convicção, levando-as à diversidade de opiniões, acusação e preconceito, o que cerra a porta para a verdade. — The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888; Evangelismo, 155

5. Contendas entre irmãos retardam o segundo advento
Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. ... É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. — Manuscrito 4, 1883; Evangelismo, 696.

6. Não há tempo para contenda e controvérsia
Homens e mulheres que professam servir ao Senhor, contentam-se com ocupar tempo e atenção com assuntos de somenos importância. Satisfazem-se com estar em divergência uns com os outros. Se fossem dedicados à obra do Senhor, não estariam porfiando e contendendo qual família de meninos indisciplinados. The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903

7. A atitude positiva tem mais poder
Não cultiveis um espírito de controvérsia ou polêmica. Pouco bem é realizado pelos discursos acusatórios. O mais seguro meio de destruir falsas doutrinas, é pregar a verdade. Apegai-vos à afirmativa. Fazei com que as preciosas verdades do evangelho matem a força do mal. Manifestai um espírito brando, compassivo para com os que erram. Ponde-vos em contato com os corações. — Carta 190, 1902; Evangelismo, 304

8. No Céu não haverá contenda
Que ninguém pense, ainda que teoricamente possa estar firme na verdade presente, que não comete erros. Se, porém, forem cometidas faltas, que haja presteza em corrigi-las. E evitemos tudo o que possa criar dissensão e contenda, pois há um Céu diante de nós, e entre os seus habitantes não haverá contenda. — The Review and Herald, 8 de Agosto de 1907; Conselhos Sobre Saúde, 244

[Com informações de Minha Vida Cristã e Mente, Caráter e Personalidade 2]