sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Participe deste concurso. Você só tem a ganhar!

“Que cor devo usar na virada do ano?”

Lembro-me dos olhares assustados que recebi na última virada de ano ao usar um vestido preto. Era como se eu estivesse “pedindo para ser amaldiçoada” ao brincar com a sorte. Mas lá estava eu, feliz da vida, com meu delicado e lindo vestido escuro. Agradeci a Deus pelas oportunidades de 2016 e já antecipei a gratidão pelos sonhos que Ele realizaria em 2017. E como fui surpreendida! Recebi infinitamente mais do que pedi ou pensei.

Com a aproximação da virada de ano, assuntos supersticiosos se tornam manchete em várias revistas, sites e perfis de redes sociais. Além disso, as vitrines das lojas e as prateleiras dos mercados são especialmente produzidas para vender a esperança de um novo ano com mais amor, paixão, dinheiro, sucesso profissional e paz. Passa-se a mensagem de que a simples escolha da cor de roupa que você usará no réveillon e da comida que fará parte de sua ceia é capaz de lhe garantir essas bênçãos.

E você? O que pensa do envolvimento do cristão com as superstições?

Quem sabe você já se pegou dizendo algo do tipo: “Não acredito nessas coisas, mas não custa nada tentar” ou “é só uma brincadeira, uma tradição inocente”. O assunto místico foi tão romantizado pela sociedade que passou a parecer fanatismo se posicionar contra essas crendices. Mas “ingenuidade” e “inocência” estão bem longe de caracterizar a superstição. Vale lembrar que Deus fez um apelo para que Israel fugisse das práticas de adivinhações, mágicas e feitiçarias, pois isso era abominação ao Senhor (Deuteronômio 18:9-14).

Li numa matéria que a virada de ano é a hora em que todos nós devemos pensar positivo para atrair bons fluídos e garantir felicidade e sorte. Primeiramente, quero lhe convidar a questionar tudo que idealiza o ser humano como “o todo poderoso”. Fuja de tudo que coloca a força humana como superior à divina. Nós não temos o domínio sobre o mundo, e nossos pensamentos não regem o universo. Por mais poético que isso pareça, não é bíblico.

Devemos entender que a superstição é uma tentativa humana de solucionar seus problemas através de práticas que, supostamente, manipulam as forças sobrenaturais para o seu próprio proveito. Aparentemente, uma espécie de lâmpada mágica para quem acredita que pode resolver tudo sozinho, independentemente de Deus. É aí que o sentimento de autossuficiência guarda o Criador numa caixa e imobiliza o mundo com sua sobrecarga de fardos.

Perceba que “a superstição é a fé desviada de seu curso natural”. É quando a crença em falsas fórmulas mágicas substitui a fé num Deus Criador e Onipotente. Infelizmente, muitos cristãos ignoram sua total dependência do Senhor e recorrem a COISAS, como rezas, talismãs, cristais e até mesmo “cores da sorte”. Posso te dar um conselho? Não se preocupe com a cor da roupa que vestirá na virada do ano, mas sim com a cor que revestirá sua alma em todos os 365 dias. “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1:18). Estas cores sim fazem sentido!

Não permita que sua fé se desvie do curso divino para os caminhos enganosos do misticismo. Você não precisa de sorte, você precisa de benção! “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Efésios 3:20 e 21).

Feliz ano novo!

Emanuelle Sales (via Imagem & Semelhança)

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O que é paz para você? Já pensou sobre isso?

Na Bíblia, há palavras que merecem um destaque especial. "Paz" é uma delas. Talvez uma leitura apressada esconda os muitos significados que estas três letras carregam.

O que é paz para você? Já pensou sobre isso?

Se a pergunta fosse dirigida ao profeta Naum, ele diria: "Paz é uma boa notícia" (Naum 1:15) - uma proclamação de sorte mudada, uma celebração. É o grito de quem volta da batalha como vencedor. De fato, a palavra hebraica para paz aqui é shalom, que não significa necessariamente ausência de guerra, mas o que se conquista com a guerra.

Isaías teria outras definições. Para ele, paz é um lugar - é ele quem diz que "aqueles que andam retamente entrarão na paz" (Isaías 57:2) -, mas não um lugar qualquer. Paz é um reino, possui um príncipe (Isaías 9:6) e uma lei peculiares.

Nas palavras de Jesus, paz é um presente (João 14:27), oferecido por Ele mesmo a Seus discípulos, nas páginas sangrentas do evangelho de João. É dom comprado com cravos e cruz, mas concedido pela graça para ligar o céu à terra.

Mas a novidade mais bonita vêm da pena do profeta Miquéias. Ele abre as cortinas do céu e nos revela: paz é uma pessoa. Depois de apresentar Aquele que tem "suas origens no passado distante do infinito” e profetizar sua encarnação miraculosa, assistida pela pequena Belém-Efrata, Miquéias declara: "Ele será a paz" (Miquéias 5:5) dos que O aceitarem e a Ele se renderem.

O mundo grita por paz. Mas para muitos em nossos dias, paz é simplesmente ausência - de problemas, conflitos, tristezas, frustrações, lágrimas e dor. Não sabem que o conceito bíblico é totalmente distinto. Na Bíblia, paz não tem que ver com ausência, mas com presença - presença de Deus. Paz é uma pessoa. Paz é Jesus. Ele é o guerreiro forte que vence a guerra e nos dá boas notícias para contar. Ele é o refúgio, o lugar seguro, que nos oferece segurança, identidade e sustento. Ele é a dádiva que tocou a Terra. Ele é Emanuel - Deus conosco. Ele é nossa paz. E nEle, com Ele e por causa dEle podemos descansar seguros. Paz é muito mais.


Texto: Pr. Cândido Gomes / Poema e piano: Cleverson Pedro / Voz: Leonardo Gonçalves

Amém é coisa séria!

"A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém." (Apocalipse 22:21)

A Bíblia é um livro de histórias. Em lugar de conceitos, suas páginas guardam o registro de experiências vividas por homens e mulheres em seu crescente relacionamento com Deus. Invés de odisseias protagonizadas por heróis invencíveis, as páginas sagradas expõem tropeços e quedas de pessoas vulneráveis e comuns ao longo de sua caminhada de fé.

Cada história, no entanto, carrega a marca de um personagem principal. O mesmo Verbo que criou o mundo, age em cada cena, cada capítulo escrito pelos filhos de Deus. Da primeira à última palavra. Do princípio ao Amém.

Amém... Aliás, mesmo num texto grego, a última palavra da Bíblia é de origem hebraica, e quer dizer "assim seja, verdadeiro, firme, seguro". Sua raiz semítica 'amn' tem como sentido genérico "merecer confiança, confirmar e apoiar". Expressão frequente do Antigo Testamento, em alianças e promessas, e ainda viva nos lábios de Jesus no Novo Testamento (as palavras "em verdade, em verdade" são simplesmente uma tradução de amen amen).

O Amém é uma confirmação expressa diante de uma nova informação ou mesmo de verdades antigas que decidimos abraçar a cada momento. É uma assinatura vocal. É uma resposta pessoal. É um atestado de que estamos plenamente de acordo com suas cláusulas. 

Proferimos o Amém na oração de dedicação de uma criança, na cerimônia batismal, na bênção matrimonial, num serviço fúnebre e em muitas outras situações. Pode ser um Amém soluçante, um Amém de regozijo, um Amém angustioso, um Amém vitorioso. As circunstâncias em que o proferimos podem variar, mas o objetivo é sempre o mesmo: submissão. Dito o Amém, no fim da oração, nada mais se acrescenta, pois acabamos de “assinar um documento” com Deus. Ele vai agir conforme Sua soberana vontade. 

O estudioso Hans Bietenhard afirma: “Através do ‘Amém’, aquilo que foi falado é afirmado como certo, positivo, válido e obrigatório” (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 110). Trata-se, portanto, de uma afirmação de veracidade. Isto posto, devemos compreender que quando fazemos nossas orações a Deus, louvando-o, bendizendo-o, fazendo súplicas e intercessões, e respondemos com o “Amém”, estamos dizendo ao Deus da Verdade, ao Deus do Amém, que nossos desejos são sinceros, que nosso coração está tomado de santas afeições por suas perfeições, majestade e glória. Quando oramos e concluímos com o “Amém”, dizemos ao Deus que sonda os nossos corações que tudo o que expressamos é verdadeiro. Por esta razão, devemos levar muito a sério o dever da oração.

Há muito que os homens proferem essa pequena palavra. Mas o uso do Amém, com toda força e significado, na maioria das vezes, é mencionado em relação com a eternidade, como por exemplo: “Criador, que é bendito para sempre. Amém” (Rm 1:25). Há algo mais: essa pequenina palavra, tão plena de significado, ressoará no Céu, resumindo a adoração de todos os salvos (Ap 7:9-12). O Amém sintetiza ainda a esperança de todos os cristãos na volta de Jesus: “Certamente venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus” (Ap 22:20). 

Mas para João, o Amém é mais que um combinado de sons. É mais que uma afirmação, mais que uma interjeição. Para o discípulo amado, o Amém é uma pessoa (Ap 3:14). Cristo é a testemunha fiel e verdadeira. Ele é a verdade em essência. Ele é o Amém. E não poderia ser diferente. Ele que é a primeira palavra, é também a última. Ele que é o princípio, é também o fim. Ele conhece todas as histórias. Ele é o autor e é também o consumador da obra.

A primeira palavra: Cristo. A última palavra: Cristo. Ele é a inspiração de cada linha, a força de cada vitória, sentido de toda busca. Ele é tudo em todos. É assim nas histórias da Bíblia. E em sua história?

Que Cristo seja o primeiro e o último em sua vida. Que Ele seja a primeira e a última palavra em cada dia seu, em cada projeto, em cada relacionamento, em cada espera, em cada sonho. Que Ele seja o tudo em seu tudo. Amém.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017 da Igreja Adventista em nível mundial

Relembre os principais fatos que marcaram o cenário adventista internacional ao longo deste ano neste vídeo da ANN (Adventist News Network). (via Revista Adventista)

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Comece o ano fazendo uma "dieta" para sua saúde emocional

• Reduza seus desejos de bens materiais
Se não está agradecido e alegre com o que tem, se sentirá descontente, ainda que tenha dinheiro em abundância, pois quanto mais tiver, mais desejará ter. Desse modo, à medida que aumentarem os bens, poderá aumentar também as preocupações. Assim ensinou Cristo: “Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:21).

• Reduza suas exigências
Não seja perfeccionista, nem espere encontrar perfeição nos demais. Com isso, evitará muitas dores de cabeça. Suas exigências excessivas podem indicar que padece da enfermidade de querer dominar os demais. Pratique a delicada arte de esquecer e perdoar, inclusive a si mesmo.

Reduza suas fantasias
Saia de seu mundo ilusório. Tenha alvos e aspirações realistas e evitará fracassos e desilusões. A verdadeira felicidade tem uma base sólida. Fixe alvos de acordo com seus talentos e possibilidades, e trabalhe para tornar realidade seus sonhos.

Reduza suas dívidas
Afaste-se do perigo das dívidas: perigo financeiro, mental e emocional. Você conhece alguém que deve e é feliz? Reduza suas dívidas e aumentará seu senso de segurança.

Reduza sua dependência do que é externo
Muitos se sentem aborrecidos porque dependem demasiado do celular, computador, da televisão... Se desejar ser mais feliz, viva cada dia dentro do programa de Deus. Utilize mais as mãos e a cabeça. Utilize seus talentos e habilidades.

Reduza suas diferenças
Não brigue por causa da moda ou costume dos demais. Todos – inclusive você – têm diferentes valores e atuam em níveis distintos. Mas todos desejam auto-realização. E lembre-se: nos assuntos realmente importantes há pouca ou nenhuma diferença entre as pessoas. Frente a uma catástrofe, quão pouco valem as chamadas “coisas de valor”!

Reduza suas antipatias
Elas representam uma liberação emocional equivocada. Suas antipatias fazem com que certas pessoas ou coisas reflitam seus temores, inveja ou incompreensão. Enriqueça a vida emocional com grandes doses de amor, paciência, tolerância e compreensão, e desfrutará felicidade.

Reduza seu desgaste nervoso
Milhares estão morrendo de fome. Milhões não conseguem trabalho. Prevalecem a discriminação, a injustiça, e outros males. Mas não deixe que as condições negativas do mundo o deprimam e desgastem sua energia emocional. Jamais permita que os males políticos e sociais o perturbem.

Reduza suas dúvidas
Quer viver infeliz? Duvide de todos e de tudo, e até de você mesmo. As dúvidas e suspeitas poderão fazer de você um verdadeiro paranoico. Se duvida de sua capacidade para encontrar trabalho e mantê-lo, ou se terá êxito em seus negócios ou estudos, está se preparando para o próprio fracasso!

Esse “regime” o ajudará a eliminar seu sobrepeso emocional e você se sentirá mais ágil – psicológica e socialmente – para correr alegremente a grande carreira de sua vida. Caso não consiga, procure um profissional, pois pode tratar-se de um transtorno que necessitará tratamento especializado.

Russel J. Holt - Seminário de Enriquecimento Espiritual II / Saúde e Adoração

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Arautos do Rei tem nova formação para 2018

Com mais de 50 anos de história, o quarteto Arautos do Rei terá nova formação em 2018. A partir de janeiro, Társis Iraídes e Milton Andrade deixarão o quarteto para novos desafios. Ambos receberam convites para exercer outras atividades pastorais.

Fernando Junior
No último dia 6 de dezembro, foi eleito o novo 2º tenor, Fernando Junior, que irá substituir Társis Iraídes. Considerado um dos ícones do Arautos do Rei, o segundo tenor Társis Iraídes é o que está há mais tempo no grupo. Depois de cantar no quarteto por 18 anos, Társis irá assumir a Pastoral Universitária da Faculdade Adventista da Bahia (Fadba).

Fernando Junior é natural de Salvador, Bahia, e tem 32 anos. Desde pequeno tem desempenhado um ministério de louvor e pregação por meio da música, cantando como solista, mas também em grupos e quartetos, como o conhecido Quarteto Sideral.

E nesta quinta-feira, 21 de dezembro, foi nomeado o mais novo componente do quarteto Arautos do Rei, o baixo Robson Rocha. Robson substitui Milton Andrade, que fazia parte do Arautos do Rei desde 2004. Após 13 anos neste ministério, ele sai para atuar como pastor na cidade de Hortolândia-SP. Para Milton, esta é uma etapa que será “encarada com alegria e entusiasmo”.

Esta será a 29ª formação do quarteto, que virá com uma roupagem mais contemporânea no ano que vem, como disse Jader Santos, maestro, compositor e pianista. 

Robson Rocha
“Cada vez que a gente muda, é a hora de decidir para onde vamos. Nesse momento estamos indo para uma nova etapa, mais contemporânea. Inclusive por isso estamos trazendo vozes mais jovens para o Arautos”, contou Jader que revelou ainda ser muito difícil substituir dois integrantes tão queridos pelo público.

Robson conta que recebeu o convite como “uma bênção de Deus” e diz que chega ao quarteto “com o propósito de louvar ao Senhor”. “Espero agradar a Deus e poder alcançar as expectativas da instituição com esse trabalho. Meu desejo é que possamos alcançar muitas pessoas com esse ministério”, finalizou.

Robson Rocha é natural do Rio de Janeiro e começou a cantar e gravar aos 16 anos no Grupo Integração. Fez parte do Quarteto Novo Tempo durante 3 anos e também cantou no Quarteto Vox de 2002 a 2007 e de 2012 a 2017. Trabalha na TV Novo Tempo desde 2007 e vinha exercendo a função de produtor musical da TV. Também tem sido a voz padrão da Novo Tempo para várias produções e comerciais.

Os outros integrantes são Fernando Santos (1º tenor), Denis Versiani (barítono) e Jader Santos (pianista). (via Novo Tempo / ASN / Revista Adventista)

Nova pesquisa revela que o Natal tem perdido seu significado

Nove em cada dez americanos celebram o Natal. No entanto, a cada ano essa celebração tem se tornado mais secular. É o que mostra uma nova pesquisa divulgada neste mês pelo Pew Research Center (para ler a pesquisa na íntegra, clique aqui).

De acordo com o estudo, um número crescente de cristãos desconsidera elementos fundamentais do relato bíblico sobre o nascimento de Jesus. Há três anos, 51% dos adultos norte-americanos afirmavam que o Natal significava mais um feriado religioso do que cultural. Mas essa percepção caiu para 46% na nova pesquisa do Pew Research. Além disso, apenas 32% dos entrevistados se mostraram “incomodados” com essa tendência.

Em relação ao percentual de pessoas que mantém a crença nos relatos sobre a encarnação de Cristo, uma das doutrinas mais importantes do cristianismo, também houve mudanças nos últimos anos.

Se em 2014, 73% disseram acreditar no nascimento virginal de Jesus, em 2017 esse número caiu para 66%. Já quanto ao fato de o bebê Jesus ter sido colocado numa manjedoura, o percentual dos que creem caiu de 81% para 75%. Igualmente é menor o número dos que acreditam que homens sábios, guiados por uma estrela, trouxeram presentes para Jesus (75% contra 68%) e que um anjo anunciou o nascimento de Cristo aos pastores (de 74% para 67%).

A pesquisa do Pew Research constatou ainda que a proporção de protestantes que acreditam no nascimento virginal de Cristo, por exemplo, caiu de 83% para 71%. Por sua vez, o número de católicos que creem que o nascimento de Jesus foi anunciado por um anjo agora é de 82% por cento (há três anos era de 90%).

Entre os sem filiação religiosa também aumentou a descrença: 53% disseram rejeitar esses relatos bíblicos, contra 42% em 2014.

A pesquisa mostra que, para muitas pessoas, o Natal tem mais que ver com o shopping do que com a manjedoura. No entanto, apesar de muitas pessoas celebrarem o Natal sem conhecer a história de Cristo, os cristãos deveriam aproveitar a data para falar por que Cristo veio, morreu e ressuscitou.

(via Revista Adventista / Com informações do site Religion News Service)

Assista também o vídeo abaixo do prof. Leandro Quadros:

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Ben Carson ora pela aprovação da reforma fiscal nos EUA

Ben Carson, secretário da Habitação do Governo de Donald Trump, recitou ontem, em plena reunião governamental na Casa Branca e a pedido do presidente, uma oração cristã para agradecer a Deus a vitória obtida no Congresso na reforma fiscal.

A cena é raríssima. Reunido com os seus secretários e principais conselheiros pouco antes de um voto formal na Câmara dos Representantes sobre a grande baixa de impostos, o multimilionário norte-americano interrompeu as discussões para pedir a Ben Carson, antigo neurocirurgião e cristão adventista, que recitasse "uma boa e sólida oração" para "dizer graças".

De mãos apertadas, olhos fechados e cabeça baixa, Trump foi acompanhado no seu recolhimento pela sua equipe, incluindo a sua filha Ivanka Trump e o seu genro Jared Kushner.

"Nosso doce pai no paraíso, estamos muito reconhecidos pelas oportunidades e a liberdade com que nos agraciaste neste país", começou Carson, o único negro no governo de Trump e cristão tradicionalista.

"Nós vos agradecemos pelo presidente e os membros do gabinete, que são corajosos, que entendem enfrentar os ventos da controvérsia para tentar oferecer um futuro melhor aos que veem depois de nós. Nós vos agradecemos pela unidade do Congresso que apresentou uma oportunidade para que a nossa economia prospere, para que possamos combater a dívida corrosiva que destrói o nosso país", prosseguiu Carson. [...]

"Nestes tempos de discórdia, desconfiança e desonestidade, pedimos-te que nos dês um espírito de reconhecimento, compaixão, bom senso e a sabedoria para guiar esta grande nação para o futuro", concluiu Carson. "Amém", respondeu Trump, que rematou com um "magnífico, Ben". (DN)

30 questões para o Ano Novo

Certa vez, quando o povo de Deus se tornou descuidado em seu relacionamento com Ele, o Senhor os advertiu por meio do profeta Ageu. “Vejam aonde os seus caminhos os levaram!”, ele disse, levando-os a refletir sobre algumas coisas que aconteciam com eles, e avaliar sua espiritualidade descuidada à luz do que Deus os ensinara.

Mesmo aqueles mais fiéis a Deus, às vezes precisam dar uma pausa e pensar sobre o sentido de suas vidas. É muito fácil passar de uma semana muito corrida para outra sem sequer parar e ponderar para onde estamos indo e para onde deveríamos estar indo.

O começo de um novo ano é o tempo ideal de parar, refletir e pensar sobre nossa vida. Para isso, aqui estão algumas questões para se perguntar em oração na presença de Deus.
  1. O que você poderia fazer nesse ano para aumentar seu prazer em servir a Deus?
  2. Qual é a coisa mais humanamente impossível que você vai pedir a Deus nesse ano?
  3. Qual é a coisa mais importante que você pode fazer para melhorar a qualidade de vida da sua família?
  4. Em qual aspecto espiritual em especial você quer melhorar nesse ano, e como você irá fazê-lo?
  5. Qual é o maior desperdício de tempo em sua vida, e o que você vai fazer a respeito nesse ano?
  6. Qual é a melhor forma que você pode ajudar a fortalecer sua igreja?
  7. Pela salvação de quem você vai orar mais fervorosamente nesse ano?
  8. De que forma você vai tentar, pela graça de Deus, fazer esse ser diferente do ano anterior?
  9. O que você pode fazer para melhorar sua vida de oração nesse ano?
  10. O que você pretende fazer nesse ano que vai fazer diferença nos próximos 10 anos? E na eternidade?
  11. Qual é a decisão mais importante que você precisa tomar nesse ano?
  12. Que área da sua vida precisa mais de simplicidade, e de que forma você poderia simplificá-la?
  13. Qual necessidade você se sente mais levado a suprir nesse ano?
  14. Qual hábito você mais gostaria de criar nesse ano?
  15. Quem você mais deseja encorajar nesse ano?
  16. Qual é o seu alvo financeiro mais importante desse ano, e qual é o passo que você pode tomar nessa direção?
  17. Qual é a coisa mais importante que você pode fazer para melhorar a qualidade da sua vida laboral nesse ano?
  18. O que você poderia fazer nesse ano para enriquecer o legado espiritual que você deixará para seus filhos?
  19. Qual livro, além da Bíblia, você mais quer ler nesse ano?
  20. Do que você mais se arrepende no ano anterior, e o que você vai fazer a respeito nesse ano?
  21. Qual bênção de Deus você mais deseja buscar nesse ano?
  22. Em que área da sua vida você mais necessita de crescimento, e o que você fará a respeito disso nesse ano?
  23. Qual viagem você mais gostaria de fazer nesse ano?
  24. Que habilidade você gostaria de aprender ou melhorar nesse ano?
  25. Para qual ministério ou trabalho você pretende ofertar mais nesse ano?
  26. Qual é a coisa mais importante que você pode fazer para melhorar a qualidade da sua comunhão nesse ano?
  27. Qual doutrina bíblica você quer entender melhor nesse ano, e o que você vai fazer a respeito?
  28. Se aqueles que te conhecem melhor fossem te dar algum conselho, o que você acha que eles falariam? 
  29. Qual é a coisa mais importante que você pretende comprar nesse ano?
  30. Em qual área da sua vida você pretende mudar mais, e como você pretende fazê-lo?
O valor de muitas dessas questões não está em sua profundidade, mas no simples fato de que elas focam alguma questão ou compromisso. Por exemplo, só por pensar em alguém que você deseja encorajar nesse ano, provavelmente você vai se lembrar mais de encorajar essa pessoa do que se você não tivesse pensado a respeito.

Se você acha que essas questões podem te ajudar, talvez seja bom guardá-las em algum lugar – na agenda, calendário, celular etc – onde você pode revê-las com mais frequência que uma vez por ano. 

Pensemos em nossas vidas, e façamos planos e tracemos metas, e vivamos esse novo ano com diligência bíblica, lembrando que “Os planos bem elaborados levam à fartura” (Provérbios 21:5). Mas em todas as coisas, lembremos também de nossa dependência de Deus, que disse que “sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5). 

Don Whitney - Traduzido por Filipe Schulz (via Reforma21)

Professor adventista de escola pública estimula alunos a orar

Na sequência do filme “Deus não está morto”, um trecho da Constituição norte-americana é retratado de maneira dramática. Nos Estado Unidos, a oração dentro das escolas públicas é proibida por lei. Os professores são orientados a não falar de Deus e de nenhuma religião dentro do ambiente escolar.

No Brasil, a situação é diferente. O ensino religioso está previsto na Constituição e também nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O artigo 33 das Diretrizes diz que o ensino religioso faz parte da formação básica do cidadão e que é uma disciplina com horários normais nas escolas, respeitando a diversidade cultural religiosa do País.

Alunos da E. E. Dr. Geraldo Veloso 
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro deste ano que o ensino religioso nas escolas públicas pode ser confessional. Ou seja, as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica. No entanto, a disciplina é facultativa – o estudante escolhe se quer cursar ou não, e não será prejudicado em notas e frequência. Dos 11 ministros do STF, seis votaram a favor do modelo educacional.

No Estado do Pará, o professor adventista Givanildo Moreira tem dado sua contribuição. Ele dá aulas de Química na Escola Estadual Dr. Geraldo Veloso, em Marabá, e conta que não começa as atividades com os alunos sem orar. “A gente sempre faz rodas de conversa, damos as mãos e oramos. Nunca começamos um projeto sem antes colocar Deus em primeiro lugar. E mostramos essa importância de um Deus que fez tudo por nós. Cristo foi até a cruz. Nós temos levado essa mensagem para os jovens”, conta Moreira.
 
Diretora Surama Cunha
Nessa escola, a maioria dos professores são cristãos e apoiam a iniciativa da oração. É o caso da diretora da unidade, Surama Cunha. “A escola é um espaço cultural, onde recebemos alunos de diversas religiões. É um lugar onde se deve cultivar o respeito para com o próximo, independente da sua religião. O papel principal da escola, além do ensino e aprendizagem, é incluir também a questão do respeito ao próximo, porque isso é algo salutar para a vida desse aluno”, afirma.

Lindely Carvalho
A estudante Lindely Carvalho defende a importância de enfatizar a presença de Deus até mesmo nesse ambiente. “Principalmente nos debates sobre criacionismo e evolucionismo, é onde geralmente nós temos mais contato com a teoria criacionista e falamos sobre Deus. Então, os momentos de debate e defesa das teses, apresentação de argumentos, todas essas coisas corroboram para que estejamos, de certa forma, ajudando os nossos colegas a conhecerem um pouco sobre o nosso Jesus tão maravilhoso”, explica.

Para o diretor-geral da Educação Adventista no sul do Pará e especialista em Liberdade Religiosa, Henilson Erthal, a função primordial da educação é formar cidadãos de bem. “Onde nós temos educadores adventistas na rede pública, surge a possibilidade para se compartilhar não as nossas doutrinas, mas os nossos valores mais essenciais. O que mudará, certamente, o comportamento e a visão de mundo de muitos alunos. Mas, que bom que enquanto nós temos liberdade [religiosa], nós podemos fazer o nosso trabalho. Tanto quanto missionários institucionais, como por meio desses missionários voluntários que trabalham nas nossas escolas públicas”, destaca. 

Vandilson Junior (via ASN)

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

“Deus Não Está Morto 3” divulga trailer e data de lançamento

O filme independente Deus Não Está Morto (2014) foi um tremendo sucesso no mundo inteiro. Ganhou uma continuação em 2016 e recentemente seus produtores terminaram as filmagens do terceiro filme. Com estreia prevista para a Páscoa do ano que vem, a parte final da trilogia está rendendo uma onda de comentários por escancarar o que todos sabem: as opiniões dos cristãos são cada vez menos bem-vindas na sociedade.

John Corbett, David A. R. White, 
Ted McGinley and Tatum O'Neal 
O primeiro trailer mostra um pouco de como a trama deve se desenrolar, com a igreja sendo atacada tanto fisicamente – através de um incêndio criminoso – quanto no campo das ideias, com o questionamento de seus ensinamentos.

O pastor Dave (David A. R. White) vê a Igreja de Saint James ser queimada. Quando ele fala em reconstruí-la, a Universidade Hadley não aceita que seja no seu campus, acusando-a de ser ‘controversa’. Dave vai precisar se juntar a seu irmão Pearce (John Corbett), um advogado ateu, para vencer essa luta no tribunal.


O filme conta com as participações de Shane Harper e Benjamin Onyango, que estavam nos primeiros filmes. Os novos personagens são interpretados por Ted McGinley, Jennifer Taylor, Tatum O’Neal, além do rapper Shwayze e da cantora gospel Cissy, ganhadora do Grammy. (Com informações de Gospel Prime e USA Today)

O pecado que mata silenciosamente

Existe um vício do qual homem algum está livre, que causa repugnância quando é notado nos outros, mas do qual, com a exceção dos cristãos, ninguém se acha culpado. Já ouvi quem admitisse ser mau humorado, ou não ser capaz de resistir a um rabo de saia ou à bebida, ou mesmo ser covarde. Mas acho que nunca ouvi um não-cristão se acusar desse vício. Ao mesmo tempo, é raríssimo encontrar um não-cristão que tenha alguma tolerância com esse vício nas outras pessoas. Não existe nenhum outro defeito que torne alguém tão impopular, e mesmo assim não existe defeito mais difícil de ser detectado em nós mesmos. Quanto mais o temos, menos gostamos de vê-lo nos outros.

O vício de que estou falando é o orgulho ou a presunção. A virtude oposta a ele, na moral cristã, é chamada de humildade. De acordo com os mestres cristãos, o vício fundamental, o mal supremo, é o orgulho. A devassidão, a ira, a cobiça, a embriaguez e tudo o mais não passam de ninharias comparadas com ele. E por causa do orgulho que o diabo se tornou o que é. O orgulho leva a todos os outros vícios; é o estado mental mais oposto a Deus que existe.

Parece que estou exagerando? Se você acha que sim, pense um pouco mais no assunto. Agora há pouco, observei que, quanto mais orgulho uma pessoa tem, menos gosta de vê-lo nos outros. Se quer descobrir quão orgulhoso você é, a maneira mais fácil é perguntar-se: “Quanto me desagrada que os outros me tratem como inferior, ou não notem minha presença, ou interfiram nos meus negócios, ou me tratem com condescendência, ou se exibam na minha frente?” 

A questão é que o orgulho de cada um está em competição direta com o orgulho de todos os outros. Se me sinto incomodado porque outra pessoa fez mais sucesso na festa, é porque eu mesmo queria ser o grande sucesso. Dois bicudos não se beijam. O que quero deixar claro é que o orgulho é essencialmente competitivo — por sua própria natureza —, ao passo que os outros vícios só o são acidentalmente, por assim dizer.

O prazer do orgulho não está em se ter algo, mas somente em se ter mais que a pessoa ao lado. Dizemos que uma pessoa é orgulhosa por ser rica, inteligente ou bonita, mas isso não é verdade. As pessoas são orgulhosas por serem mais ricas, mais inteligentes e mais bonitas que as outras. Se todos fossem igualmente ricos, inteligentes e bonitos, não haveria do que se orgulhar. É a comparação que torna uma pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante dos seres. Eliminado o elemento de competição, o orgulho se vai. É por isso que eu disse que o orgulho é essencialmente competitivo de uma forma que os outros vícios não são. 

Os cristãos estão com a razão: o orgulho é a causa principal da infelicidade em todas as nações e em todas as famílias desde que o mundo foi criado. Os outros vícios podem, às vezes, até mesmo congregar as pessoas: pode haver uma boa camaradagem, risos e piadas entre gente bêbada ou entre devassos. O orgulho, porém, sempre significa a inimizade - é a inimizade. E não só inimizade entre os homens, mas também entre o homem e Deus.

Em Deus defrontamos com algo que é, em todos os aspectos, infinitamente superior a nós. Se você não sabe que Deus é assim — e que, portanto, você não é nada comparado a Ele -, não sabe absolutamente nada sobre Deus. O homem orgulhoso sempre olha de cima para baixo para as outras pessoas e coisas: é claro que, fazendo assim, não pode enxergar o que está acima de si.

Isso levanta uma questão terrível. Como podem existir pessoas evidentemente cheias de orgulho que declaram acreditar em Deus e se consideram muitíssimo religiosas? Infelizmente, elas adoram um Deus imaginário. Na teoria, admitem que não são nada comparadas a esse Deus fantasma, mas na prática passam o tempo todo a imaginar o quanto Ele as aprova e as tem em melhor conta que ao resto dos comuns mortais. Ou seja, pagam alguns tostões de humildade imaginária para receber uma fortuna de orgulho em relação a seus semelhantes. Suponho que é a esse tipo de gente que Cristo se referia quando dizia que pregariam e expulsariam os demônios em Seu nome, mas no final ouviriam dele que jamais os conhecera. 

Cada um de nós, a todo momento, vê-se diante dessa armadilha mortal. Felizmente, temos como saber se caímos nela ou não. Sempre que constatamos que nossa vida religiosa nos faz pensar que somos bons — sobretudo, que somos melhores que os outros —, podemos ter certeza de que estamos agindo como marionetes, não de Deus, mas do diabo. A verdadeira prova de que estamos na presença de Deus é que nos esquecemos completamente de nós mesmos ou então nos vemos como objetos pequenos e sujos. O melhor é esquecer-nos de nós mesmos.

É uma coisa terrível que o pior de todos os vícios insinue-se assim no próprio centro de nossa vida religiosa. Mas é fácil saber por que isso acontece. Todos os vícios menores vêm do diabo quando trabalha sobre o nosso lado animal. Este vício, porém, não nasce em absoluto da nossa natureza animal. Vem diretamente do inferno. É puramente espiritual: consequentemente, muito mais sutil e perigoso. O diabo ri às gargalhadas. Fica satisfeitíssimo de nos ver castos, corajosos e controlados desde que, em troca, prepare para nós uma Ditadura do Orgulho. Do mesmo modo, ele ficaria contente de curar as frieiras dos nossos pés se pudesse, em troca, nos deixar com câncer. O orgulho é um câncer espiritual: ele corrói a possibilidade mesma do amor, do contentamento e até do bom senso.

Se alguém quer adquirir a humildade, creio poder dizer-lhe qual é o primeiro passo: é reconhecer o próprio orgulho. Aliás, é um grande passo. O mínimo que se pode dizer é que, se ele não for dado, nada mais poderá ser feito. Se você acha que não é presunçoso, isso significa que você é presunçoso demais.

Extraído do capítulo 8 do livro Cristianismo, Puro e Simples de C. S. Lewis

Nota: Segue mais três importantes conselhos de Ellen G. White sobre o pecado do orgulho:
"Deus não pode unir-Se aos que, colocando-se em primeiro lugar, vivem para agradar a si mesmos. Os que assim procedem, no fim hão de ser os, últimos de todos. O pecado que mais se aproxima de ser incurável é o orgulho da opinião própria e o egoísmo. Isso impede todo o crescimento. Quando o homem tem defeitos de caráter, e não obstante deixa de reconhecê-los; quando está tão possuído de presunção que não vê a sua falta, como pode então ser purificado? Como pode alguém aperfeiçoar-se, se já se considera perfeito?" (Mente, Caráter e Personalidade 2, p. 726)

"Deus não considera todos os pecados igualmente graves; há aos Seus olhos, como aos do homem, gradações de culpa; por mais insignificante, porém, que este ou aquele mau ato possa parecer aos olhos humanos, pecado algum é pequeno à vista de Deus. O juízo do homem é parcial, imperfeito; mas Deus avalia todas as coisas como são na realidade. O bêbado é desprezado, e diz-se-lhe que seu pecado o excluirá do Céu; ao passo que o orgulho, o egoísmo e a cobiça muitas vezes não são reprovados. No entanto, esses são pecados especialmente ofensivos a Deus, pois são contrários à benevolência de Seu caráter e àquele desinteressado amor que é a própria atmosfera do Universo não caído. A pessoa que cai em algum pecado grosseiro sente, talvez, sua vergonha e miséria, e sua necessidade da graça de Cristo; mas o orgulho não sente necessidade alguma, e assim fecha o coração a Cristo e às infinitas bênçãos que veio dar." (Caminho à Cristo, p. 30)

"Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute, e o mais irremediável.” (Parábolas de Jesus, p. 154)
O prof. Leandro Quadros no vídeo abaixo nos apresenta a teologia bíblica do pecado: 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Mega-Sena, Mega da Virada e os princípios bíblicos

É mais fácil ser atingido pela peça desprendida de um avião em voo do que ganhar na Mega-Sena. As chances de acertar as seis dezenas são de 1 em 50 milhões, enquanto a probabilidade de ser atingido por uma peça perdida de avião é de 1 em 10 milhões. Mas com prêmios tentadores, muita gente não resiste a apostar. Para o sorteio desta terça-feira (19/12), o prêmio da Mega-Sena está acumulado em R$ 43,5 milhões. E para quem quiser aguardar mais um pouco e apostar em um prêmio maior, tem a Mega-Sena da Virada, que neste ano promete R$ 220 milhões. O sorteio do concurso, que será o de número 2.000, alimenta as expectativas de muitos apostadores que pretendem começar 2018 com o bolso cheio de dinheiro. 

Mas então... o cristão pode fazer uma “fezinha” na loteria? Seria mero capricho da igreja ser contra jogos de azar?

Na Bíblia não há uma orientação específica sobre jogar na loteria, pois na época em que foi escrita, tal meio de ganho não existia (na forma de loteria), mas há princípios bíblicos que nos levam a concluir que tal prática não é compatível com o cristianismo. Vejamos alguns:

1) Devemos trabalhar para que tenhamos o sustento – (Pv 21:25; Ef 4:28; 1 Ts 4:11; 2 Ts 3:10)

2) Devemos investir nosso dinheiro de modo sábio e que beneficie o nosso próximo – (Pv 3:9-10; Ef 4:28).

3) Devemos priorizar o “reino de Deus” ao invés dos “bens materiais” – (Mt 6:25-34).

4) Não devemos ser escravos do dinheiro ou de qualquer outra coisa (inclusive jogar) – (Ec 5:10; 1 Tm 6:10).

Alguns nutrem a ideia de que o jogo de azar gera algum tipo de renda ao país, entretanto “não gera renda, antes, toma daqueles que não têm condições e dá a uma minoria, sendo o maior ganhador, obviamente, o operador. O ideal é que o cristão não participe deste tipo de jogo. Além disso, o dinheiro gasto com este tipo de prática poderia ser direcionado à pregação do evangelho ou no cuidado de pessoas carentes que não têm recursos para comprar uma blusa ou um pão, ao invés de servir para 'enriquecer outros'. A ideia de que o jogo pode ter um benefício econômico positivo é ilusão…” (Declarações da Igreja Adventista do 7º dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2003, 43).

Há também o perigo (e isto quase sempre acontece) de a pessoa viciar no jogo de modo a não conseguir parar com o mesmo. Isto é prejudicial à saúde mental e espiritual e proporciona sérios prejuízos financeiros e psicológicos, sentidos especialmente pela família do jogador viciado.

Veja que a Bíblia é clara ao dizer que deveríamos trabalhar para ganhar nosso sustento: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). E depois do pecado, o meio para se obter o sustento não foi mudado. Ainda deveria ser pelo trabalho: “No suor do rosto comerás o teu pão” (Gn 3:19). Veja, ainda, o que Paulo diz: “[...] nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; [...] se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Ts 3:8,10).

Qualquer outro meio para se conseguir o pão que não seja por um trabalho e, acima de tudo, honesto, está fora do ideal de Deus para o sustento do ser humano. Note que o profeta Isaías (55:2) adverte sobre “[gastar] o dinheiro naquilo que não é pão” Isso indica que o uso do dinheiro deve ser feito com muito critério, em coisas que realmente são necessárias, e não ser gasto tentando a sorte em jogos, onde raramente ou nunca se ganha, e quando se ganha é às custas do sofrimento de milhares que perderam seu dinheiro. Imagine: ganhar às custas de quem perdeu. Seria isso cristão? Poderíamos assim resumir as diversas razões pelas quais um cristão não deve se envolver em jogos de azar:

1. Não é o meio indicado por Deus para se conseguir o sustento, que é trabalhando (Gn 2:15; 3:19; Is 55:2; 2Ts 3:7,8,10-12).

2. É dinheiro ganho às custas de quem perdeu o seu no jogo (dinheiro que faz muita falta no lar).

3. É uma tentativa de ganhar dinheiro fácil, sem o “suor do rosto” Esta maneira de viver, muitas vezes leva ao roubo e à desonestidade (outras maneiras de se tentar ganhar dinheiro fácil).

4. Jogos de azar podem viciar, e o vício é uma espécie de idolatria (um ídolo é tudo aquilo a que dedico meu tempo, minhas energias e meus bens). E os idólatras não herdarão o reino de Deus (1 Co 6:9).

5. Geralmente, o lugar e os companheiros de jogo não ajudam em nada a vida espiritual. Em vez disso, tornam-se forças contrárias ao bem e ao crescimento da espiritualidade. Junto com o jogo de azar, geralmente, andam o tráfico de drogas, de armas, a prostituição.

6. Mesmo sendo lícitos pelas leis do Estado, o cristão tem, como sua lei maior, a Santa Bíblia, que é contrária a esses jogos.
“Parece que precisamos de uma lei para acabar com as escolas de jogo. Estas proliferam em toda parte. Mesmo a igreja (inadvertidamente, sem dúvida) algumas vezes faz a obra do diabo. Concertos com fins beneficentes, bingos e rifas, algumas vezes em auxílio de objetivos religiosos ou caritativos, mas frequentemente com finalidades menos dignas, sorteios de prendas, jogos de prêmios, são todos expedientes para se obter dinheiro sem retribuição correspondente. Nada é tão desmoralizador ou pernicioso, particularmente para os jovens, como a aquisição de dinheiro ou propriedade sem trabalho. Se pessoas respeitáveis se empenham nessas empresas de azar e acalmam a consciência com o pensamento de que o dinheiro se destina a um bom fim, não é para se estranhar que a juventude do Estado tão a miúdo caia nos hábitos que, com quase toda a certeza, a tornarão afeiçoada aos jogos de azar.” (Governador Washburn, de Wisconsin, em sua mensagem anual, em 9/01/1873, citado por Ellen G. White, em O Grande Conflito, p. 387)

O prof. Leandro Quadros também comenta sobre esse assunto:

Por que os jovens de hoje só pensam em beber?

Desculpe falar assim “na lata”, mas álcool é droga, sinto muito. Pior que isso, o álcool é uma droga lícita, aceita, louvada e, muitas vezes, seu uso é incentivado pelos próprios familiares. Para ficar ainda pior, custa extremamente barato. É possível comprar uma garrafa de cachaça em qualquer esquina do Brasil por menos de dez reais.

Beber álcool é um hábito visto com olhos muito pouco críticos, como se fosse algo inofensivo.
 Aliás, a grande maioria das pessoas acredita que diversão e vida social não são coisas possíveis sem um copinho de birita na mão. Bem… antes fosse apenas um copinho.

As bebidas alcoólicas constituem as drogas legalizadas mais consumidas em nosso país. Brasileiro parece ter absoluta certeza de que festa sem algumas doses, não é festa. Bebe-se antes, durante e depois das refeições, bebe-se para comemorar, bebe-se para relaxar, bebe-se para esquecer. Acontece que essa insanidade coletiva não fica apenas na conta dos adultos; nossos jovens estão adquirindo o hábito de beber cada vez mais precocemente.

Mas afinal, o que pode levar um jovem, em plena melhor fase da vida, com um corpo cheio de energia vital e com incontáveis possibilidades de escolha para passar o tempo e aproveitar a vida, a achar que é uma boa ideia entorpecer o cérebro e matar alguns muitos neurônios afogados em porres de vodka, cerveja e tequila?!

O jovem bebe porque tem acesso, porque tem exemplo e porque desenvolve a crença errônea de que ficar embriagado vai resolver seus problemas de autoestima, timidez e falta de desenvoltura social. Quando está sozinho e pode refletir, o jovem até sabe que o álcool é prejudicial e que aquele efeito entorpecente não há de ser benéfico. Mas, quando está cercado pela turma, a teoria morre afogada no primeiro “shot”.

Por lei, menores de idade não podem comprar bebida alcoólica no Brasil. No entanto, a coisa mais fácil do mundo é sair de um supermercado de ambiente feliz e familiar com garrafas e latinhas, cuja quantidade seria suficiente para deixar de pilequinho a vizinhança inteira. E, se a lei não é cumprida, quem vai se responsabilizar pelo consumo de álcool dos menores? A família, que anda cada vez mais omissa? A escola, que finge que não vê o problema? Os órgãos de saúde, que andam mais trôpegos que um bebum em fim de balada?

Basta dar uma chegadinha em qualquer festinha, barzinho ou balada frequentada por jovens com idade entre 13 e 17 anos para observar a quantidade de meninos e meninas embriagados, andando pelo meio dos carros, completamente desorientados, agarrados a litros de bebida, passados de mão em mão e tragados com desenvoltura, diretamente no gargalo.

Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento.

Uma pesquisa realizada pelo Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu mais de cinco mil alunos do ensino fundamental e médio de trinta e sete escolas particulares da cidade de São Paulo; os dados são alarmantes. Entre os estudantes do ensino fundamental (8º e 9º anos), o total dos que se embriagaram ao menos uma vez no último mês é de 24%. Os jovens ouvidos têm entre 13 e 15 anos.

O pileque, ao contrário do que muita gente quer acreditar, não é uma brincadeira inocente. Sua prática, em verdade, é uma consequência imediata do conceito absurdo que beber é uma prática social. Crianças brasileiras crescem assistindo seus familiares entornando copos de bebida nos mais variados eventos.

É por isso que nossos meninos e meninas chegam à adolescência acreditando que ter um copo de álcool na mão é símbolo de status e de maturidade. Acontece que essa crença distorcida pode vir acompanhada de tragédias anunciadas: jovens morrem atropelados por estarem embriagados, jovens atropelam pessoas inocentes por estarem embriagados, crimes de estupro e abusos crescem assustadoramente em ambientes regados a bebida alcoólica.

O uso costumeiro de álcool desencadeia um processo inflamatório no cérebro, alterando as reações químicas e, consequentemente, as ações provenientes de sinapses neuronais. Jovens habituados a beber têm prejuízos de memória, concentração, atenção e podem desenvolver distúrbios de aprendizagem e transtornos de humor.

E é por isso que nós, os adultos, precisamos acordar e entender que é nossa responsabilidade prevenir e proteger nossas crianças dos perigos iminentes que o uso dessa droga lícita pode oferecer. E acontece que campanha nenhuma vai funcionar enquanto as mídias sociais continuarem inundadas de publicidade que associa o consumo de bebida à prazer, poder e liberdade. Nada será suficiente para alertar essa garotada, enquanto ficar alcoolizado for uma prática recorrente em festas familiares.

Ana Macarini (via Conti Outra)

Nota: Segue abaixo mais algumas fortes advertências, desta vez da pena de Ellen G. White, extraídas do livro Temperança, do capítulo 2 - O Álcool e a Sociedade:

"Olhai a nossos jovens. E escrevo agora o que me faz doer o coração. Eles perderam a força de vontade. Seus nervos estão fracos, porquanto sua força se acha exausta. O rosado viço da saúde não se encontra em seu semblante. O saudável brilho dos olhos, desapareceu. Perdido está seu brilho. O vinho que têm bebido enfraqueceu-lhes a memória. São como pessoas avançadas em anos. O cérebro não mais está apto a produzir seus ricos tesouros quando necessário. [...] 

Há no mundo uma multidão de seres humanos degradados, os quais, cedendo em sua juventude à tentação do fumo e do álcool, envenenaram os tecidos da estrutura humana, e perverteram sua capacidade de raciocínio, até que o resultado fosse justamente o que Satanás tinha em vista. As faculdades do pensamento ficaram obscurecidas. As vítimas cedem à tentação de beber, e vendem toda razão que tiverem por um copo de bebida alcoólica. [...]

Os que frequentam os bares abertos a todos os que são bastante insensatos para se meter com o mal mortal que eles contêm, estão seguindo a vereda que conduz à morte eterna. Eles se estão vendendo, corpo, alma e espírito a Satanás. Sob a influência da bebida que tomam, são levados a fazer coisas das quais, não houvessem provado a enlouquecedora droga, haver-se-iam afastado com horror. Quando se encontram sob a influência do veneno líquido, estão sob o controle de Satanás. Ele os governa, e eles cooperam."

Assista também este vídeo esclarecedor do prof. Leandro Quadros:

Como e por que devemos amar os nossos inimigos?

A prova suprema do cristianismo genuíno é amar os inimigos. Jesus estabeleceu esse elevado padrão em contraste com a ideia predominante em Seu tempo. A partir do mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19:18), muitos haviam concluído algo que o Senhor jamais disse nem planejou: Você deve odiar seu inimigo. Certamente, isso não estava implícito no texto.
"Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam." (Lucas 6:27, 28)
Um adversário pode demonstrar inimizade de três formas diferentes: Por uma atitude hostil (“vos odeiam”), por meio de palavras ofensivas (“vos maldizem”) e através de ações abusivas (“vos maltratam e vos perseguem” [Mt 5:44]). A essa tríplice expressão de inimizade, Cristo nos ensina a responder com três manifestações de amor: fazer boas ações para com eles (“fazei o bem”), falar bem deles (“bendizei”), e interceder diante de Deus por eles (“orai”). 

O Senhor sabe que não se pode ser um crente genuíno tendo um coração cheio de ódio, mesmo quando existam razões que o justifiquem. A resposta do cristão à hostilidade e antagonismo é vencer “o mal com o bem” (Rm 12:21). Observe: Jesus primeiro pede que amemos nossos inimigos e, como resultado, solicita que demonstremos esse amor por meio de boas ações, palavras amáveis e oração de intercessão. Sem o amor inspirado pelo Céu, essas ações, palavras e orações seriam uma ofensiva e hipócrita falsificação do verdadeiro cristianismo.

Por que então devemos amar nossos inimigos? Quais razões foram apresentadas por Jesus?
"Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto. Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus." (Lucas 6:32-35)
A fim de nos ajudar a compreender esse elevado mandamento, o Senhor usou três argumentos. Em primeiro lugar, precisamos viver acima dos baixos padrões do mundo. Até mesmo os pecadores amam uns aos outros, e os criminosos se ajudam mutuamente. Qual seria o valor de seguir a Cristo, se isso não nos levasse a viver e amar de maneira superior à virtude dos filhos deste mundo? Em segundo lugar, Deus nos recompensará por amar nossos inimigos. Ainda que não amemos pela recompensa, Ele a concederá graciosamente para nós. Em terceiro lugar, esse tipo de amor é uma evidência de nossa estreita comunhão com nosso Pai celestial, que “é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6:35).

Os ensinamentos de Jesus estabelecem um ideal tão elevado, de uma vida altruísta e amorosa, que a maioria de nós provavelmente se sinta oprimida e desanimada. Como podemos nós, egoístas por natureza, amar o próximo de maneira altruísta? Além disso, é possível amar os inimigos? Do ponto de vista humano, é absolutamente impossível. Mas o Senhor jamais nos pediria que amássemos e servíssemos os detestáveis e desprezíveis sem nos prover os meios com que alcançar isso. 
“Essa norma não é impossível de ser alcançada. Em toda ordem ou mandamento dado por Deus, há uma promessa, a mais positiva, a fundamentá-la. Deus tomou as providências para que nos tornemos semelhantes a Ele, e realizará isso para todos quantos não interpuserem uma vontade perversa, frustrando assim Sua graça.” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 76)
Qual promessa está na base do mandamento de amar os inimigos? É a certeza de que Deus é bondoso e misericordioso para com os ingratos e maus (Lc 6:35, 36), o que nos inclui. Podemos amar nossos inimigos, porque Deus nos amou primeiro, embora fôssemos Seus inimigos (Rm 5:10). Quando diariamente reafirmamos nossa aceitação do Seu amoroso sacrifício por nós na cruz, Seu amor abnegado permeia nossa vida. Quanto mais compreendemos e experimentamos o amor do Senhor por nós, mais Seu amor fluirá de nós para os outros, até mesmo aos nossos inimigos.

Nossa necessidade diária não é apenas a de aceitar novamente a morte de Cristo por nós, mas render nossa vontade a Ele e nEle permanecer. Assim como Jesus não buscou Sua própria vontade, mas a vontade do Pai (Jo 5:30), precisamos confiar nEle e em Sua vontade. Pois, sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15:5). Quando a cada dia decidimos nos submeter a Jesus, Ele vive em nós e por meio de nós. Então “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20), e transforma minhas atitudes egocêntricas em uma vida amorosa e altruísta.

Natal: a imundice e a glória

A jornada daquele homem começou de modo nada agradável.

Esqueça o ambiente bonitinho e angelical que você costuma ver nos presépios ou nos filmes sobre o Natal. Você já visitou o estábulo de um hotel-fazenda? Já viu como é o local onde os cavalos e as vacas ficam abrigados? Se já teve essa experiência, puxe pela memória e tente se lembrar dos cheiros, dos insetos, do que havia pelo chão. Agora você começa a ter uma percepção real de como foram os primeiros momentos de vida daquele bebê, o início de sua jornada na terra.

O ar que pela primeira vez entrou nos pulmões daquele recém-nascido foi o do interior de um estábulo. Sua maternidade não foi uma clínica limpinha, cheirosa e desinfetada, mas um ambiente insalubre que reunia uma mescla de odores de animais, de estrume e de urina. Quem sabe as moscas, que costumam infestar esses ambientes, tenham pousado nos bracinhos e no rosto do bebê, passeado por seus lábios, incomodado sua mãe. Carrapatos fatalmente andavam por ali. Talvez pulgas ou pombos, que muitas vezes se abrigam nas reentrâncias do teto.

O recém-nascido tampouco foi deitado num bercinho fofo e cheio de bichinhos de pelúcia e móbiles. Sua primeira cama foi um cocho, um comedouro, objeto rústico e sem glamour em que vacas, cavalos, jumentos, bodes e outros animais deixam saliva e muco nasal ao mastigar o alimento. Sim, o bebê não foi deitado em um berço de ouro e cetim, mas, provavelmente, ficou cercado de baba de animais. Acredite, não é o tipo de local em que você gostaria de deitar seu filhinho após o nascimento.

A jornada daquele menino prosseguiu. Perseguido pela maldade humana, ele teve de fugir para o distante Egito. Como terá sido a viagem, por centenas de quilômetros, para aquele menininho? Confortável? Pense em quando você viaja com seus filhos e eles, mesmo acomodados no conforto do ar condicionado do carro, com seus bancos macios, começam logo a perguntar, entediados: “Já estamos chegando? Falta muito? E agora, já estamos chegando?”. José e Maria levaram seu filhinho, ida e volta, por caminhos áridos no lombo de um animal. Dura, a jornada.

O tempo passou, e o menino cresceu dentro da carpintaria de seu pai. Ali, aprendeu e se dedicou ao trabalho braçal, entre serragem, pó de madeira, pregos, cravos e farpas. Com dignidade, sim, mas numa vida que exigia esforço, suor e muitas horas de dedicação física e mental. Dureza.

Adulto, sua jornada mudou radicalmente de rumo. Saiu do anonimato, expôs-se à sociedade, tornou-se alvo de desconfiança, calúnias e inveja. Sua vida consistia em percorrer longas distâncias, encontrando pessoas de todos os tipos, muitas delas hostis e que pagaram seu amor transbordante com ódio assassino. Também conviveu, por opção, com a escória da sociedade de então: prostitutas, leprosos, ladrões, hipócritas, corruptos. Não, aquele homem não viveu cercado pelos perfumados e bem-nascidos, paparicado pelos chiques e famosos; ele conviveu com os indesejáveis, os doentes, os imundos.

Você já conseguiu perceber como a jornada de vida daquele homem foi difícil? Foi árdua. Não houve moleza. Tampouco terminou de forma pomposa, luxuosa ou bonita: o inocente foi preso como um criminoso, ofendido, esbofeteado, humilhado, cuspido, xingado, caluniado, açoitado, torturado. Crucificado. Morto.

Sua jornada foi pedregosa, do estábulo à cruz.

Mas há um detalhe fundamental.

Repare no que dizem as Escrituras: “E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17:5). “Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus” (At 7:55).“Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?” (Lc 24:26).

Consegue identificar o que houve na jornada do Cristo antes do estábulo e depois da cruz?

Glória.

A vida não é fácil. Não é limpinha, desinfetada, impecável. Viver traz consigo a certeza de, em muitos momentos, ter de enfrentar dor, tristeza, decepção, luto, doença, rejeição, mágoa — a sujeira e a dificuldade da caminhada. Todos passaremos por isso. Você pode estar passando por isso neste momento.

Mas existe uma diferença entre quem enfrenta a jornada da vida com Cristo ou sem Cristo. Para quem está na jornada com Cristo existe esta certeza: depois das muitas e dolorosas dificuldades, o que está à sua espera é… glória.

Glória eterna.

Este texto foi extraído do livro Na jornada com Cristo de Maurício Zágari (via Apenas)