segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Dicas de Ellen White para alcançar o sucesso em 2019

Pergunte para qualquer pessoa que estiver perto de você agora: todas querem alcançar o sucesso. Seja na carreira, no relacionamento ou com a família, ser bem-sucedido é o desejo de dez entre dez pessoas. Contudo, poucas delas entram em ação para fazer com que esse sonho se torne realidade. A principal justificativa para isso? É muito difícil alcançar o sucesso. Entretanto, se você prestar atenção, verá que ser alguém bem-sucedido não é um bicho de sete cabeças. Na verdade, é mais simples do que você pensa. Basta que você siga esses preciosos conselhos de Ellen G. White que compartilhamos aqui, para que você alcance êxito não somente em 2019, mas em toda a sua vida.

Necessidade de uma meta, um objetivo 
“A necessidade de uma meta aparece como inevitável. Uma vida sem objetivo é uma vida morta.” (Conselhos sobre Saúde, p. 51)

“O êxito em qualquer coisa que empreendamos exige um objetivo definido. Aquele que desejar alcançar o verdadeiro êxito na vida deve conservar firmemente em vista o alvo digno de seus esforços.” (Educação, p. 262)

"Onde não há um objetivo, há uma tendência a indolência; mas onde há uma meta suficientemente importante em vista, todas as faculdades mentais se colocam em atividade. Para obter êxito na vida, os pensamentos devem fixar-se firmemente no objetivo da vida e não se deve deixá-los vagar, nem ocuparem-se de assuntos sem importância ou saciarem-se de ociosas reflexões, os quais são os frutos de evitar as responsabilidades." (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 382)

Aprender com as supostas derrotas
“Algumas vezes, Deus disciplina Seus obreiros levando-os a desapontamentos e aparente fracasso. É Seu propósito que aprendam a dominar as dificuldades. Ele procura inspirá-los com a determinação de fazer com que todo fracasso aparente resulte em sucesso.” (E Recebereis Poder, p. 272)

“Frequentemente os homens oram e lamentam por causa das perplexidades e obstáculos que os confrontam. Mas é propósito de Deus que enfrentem perplexidades e obstáculos, e se mantiverem firme até o fim o princípio de sua confiança, determinados a levar avante a obra do Senhor, Ele lhes tornará o caminho claro. Terão êxito ao lutarem com perseverança contra dificuldades aparentemente insuperáveis e com o êxito virá a maior alegria.” (Olhando para o Alto, p. 110)

Uma atitude positiva
“Na luta por alcançar a norma mais elevada, o êxito ou o fracasso dependem muito do seu caráter e da forma como seus pensamentos são canalizados. Se forem bem direcionados, como Deus deseja a cada dia, se abrirão espaço para os temas que vão ajudar a aumentar nossa devoção. Se os pensamentos são corretos, então, como resultado, as palavras também serão corretas; as ações serão de tal natureza que produzirão alegria, consolo e descanso.” (Cada Dia com Deus, p. 66)

Esforço e perseverança
“O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é o resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de Deus, a recompensa da fé e a prudência, da virtude e perseverança. Superiores qualidades mentais e elevado caráter moral não se adquirem por casualidade. Deus dá oportunidades; o êxito depende do uso que delas se fizer.” (Profetas e Reis, p. 486)

“Quando Deus abre o caminho para a realização de certa obra e dá garantias de sucesso, o instrumento escolhido deve fazer tudo que estiver em seu poder para alcançar os resultados prometidos. O sucesso será proporcional ao entusiasmo e perseverança com que o trabalho é levado a cabo.” (Profetas e Reis, p. 263)

Confiança e fidelidade 
“Ninguém que seja fervoroso e perseverante deixará de alcançar sucesso. Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja. O mais fraco dos santos, bem como o mais forte, podem alcançar a coroa de glória imortal. Podem vencer todos os que, pelo poder da divina graça, conduzem a vida em conformidade com a vontade de Cristo. Cada ato acrescenta seu peso na balança que determina a vitória ou fracasso na vida. E a recompensa dada aos que triunfam será proporcional à energia e fervor com que lutaram.” (Atos dos Apóstolos, pp. 313 e 314)

“Mas se nos entregarmos completamente a Deus, e seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mesmo Se responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos entreguemos a conjeturas sobre o êxito de nossos esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar em fracasso. Devemos cooperar com Aquele que não conhece fracasso. Não devemos falar de nossa fraqueza e inaptidão. Com isso manifestamos desconfiança para com Deus, e negamos Sua palavra. Ao murmurarmos por causa de nossas cargas, ou recusarmos assumir as responsabilidades de que nos encarregou, estamos dizendo virtualmente que Ele é um Senhor severo e que requer o que não nos deu força para executar.” (Parábolas de Jesus, p. 363)

Sociedade com o céu
“O segredo do êxito está na união do poder divino com o esforço humano. Quando o povo de Deus for inteiramente consagrado a Ele, o Senhor os usará para levar avante Sua obra na Terra. Mas devemos lembrar-nos de que, seja qual for o êxito que venhamos a ter, a glória e a honra pertencem a Deus; pois toda faculdade e todo poder são uma dádiva de Sua parte. Ele dará êxito aos mais débeis esforços, aos métodos menos promissores, quando designados por determinação divina e empreendidos com confiança e humildade.” (E Recebereis Poder, p. 260)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Comemorando o Ano Novo como cristão!

Estamos chegando ao último dia do ano de 2018! Gostaria de deixar com vocês, alguns textos de Ellen G. White para reflexão sobre esse dia e sobre como nós, cristãos, devemos comemorá-lo.

Testemunho
O cristianismo está fundamentado sobre a lei do Amor! Deus é amor, Jesus veio à esse mundo viver e nos ensinar a viver o amor, e o maior de todos os dons do Espírito Santo é o amor. A regra básica de nossa vida é "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos". E não podemos esquecer desse fundamento em meio às nossas comemorações! Uma ocasião especial, como a passagem de ano, é uma boa oportunidade para testemunhar de Deus e de Seu amor. Nós podemos tirar alguns momentos do último (ou do primeiro) dia do ano para visitar pessoas que estão em um hospital, orfanato, asilo. Podemos dar alimento e roupas a quem não tem, e proporcionar a essas pessoas um dia especial também!
“As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar." (O Lar Adventista, p. 482)
"Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus." (Review and Herald, 11 de dezembro de 1879)
Promessas
Quando se fala em Ano Novo, tem gente que faz promessas de que entrará na academia, fará dieta, voltará a estudar, realizará algum projeto; coisas relacionadas à saúde, profissão, relacionamentos... Por que não elaborarmos um projeto social para o próximo ano ou alguma ação que permita às pessoas sentirem um pouquinho do amor de Deus através de nós? Não é tão difícil! 
“Ao entrares em um novo ano, faze-o com nova resolução de seguir direção progressiva e ascendente. Seja tua vida mais elevada do que tem sido até aqui. Faze que o teu objetivo não seja buscar o próprio interesse e prazer, mas promover o avançamento da causa de teu Redentor... Podes ser forte para exercer influência santificadora sobre outros. Podes estar em atitude em que o interesse de tua alma se desperte para fazer bem a outros, para consolar os aflitos, fortalecer os fracos, e dar teu testemunho em favor de Cristo sempre que se ofereça oportunidade. Visa honrar a Deus em tudo, sempre e em toda parte. Põe em tudo tua religião. Sê cabal em tudo quanto empreenderes.” (Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 239)
"Procurai começar este ano com justos desígnios e motivos puros, como seres responsáveis perante Deus." (Nossa Alta Vocação, p. 16)
Superstições e simpatias
Nessa época do ano, somos bombardeados, através dos meios de comunicação, pelas inúmeras superstições e simpatias para o Réveillon. Tem gente que pula sete ondas, alguns não comem animais que cisquem ou andem para trás, acreditam em comidas que podem dar sorte (como a lentilha, romã, nozes, avelã e outras), outros acreditam que passar o Réveillon com o bolso vazio pode dar azar. Enfim… são muitas as crenças e práticas presentes nas festas de final de ano do mundo inteiro. O mundo se engana com inúmeras crenças criadas por homens. Quer conquistar riqueza, paz, amor para um novo ano usando peças de roupas de uma determinada cor, quando deveria simplesmente se ajoelhar e entregar sua vida e o ano que está chegando nas mãos de Deus!

Como adventistas do sétimo dia, devemos estar atentos às influências de falsas crenças e tradições supersticiosas sobre nossa vida. É ingênuo pensar que não podemos ser influenciados, que estamos imunes. Pense, por exemplo, no horário em que você comemora a chegada do Ano Novo. Você costuma comemorar à meia noite ou ao pôr-do-sol? Às vezes, o jovem pode brincar fazendo algumas das simpatias, por pura diversão, mas não devemos brincar com o que não procede de Deus! Como muitos dos que estão no mundo, existem adventistas, hoje, que acreditam e praticam simpatias no Réveillon e em outras ocasiões! Acordemos!! Deus espera que sejamos luz!
“Deus fará dos jovens de hoje escolhidos depositários do Céu, a fim de que apresentem ao povo a verdade, em contraste com o erro e a superstição, se eles se entregarem a Ele.” (Evangelismo, p. 24)
Quando se é cristão, é preciso agir como cristão até mesmo na comemoração de Ano Novo. Que possamos em 2019 entregar nossas vidas e nossos dias nas mãos do Senhor, e praticar um pouco mais do amor que Ele nos ensinou! Que Deus nos dê um Ano Novo abençoado!
"Entremos no novo ano com o coração purificado da contaminação do egoísmo e do orgulho. Afastemos de nós toda condescendência pecaminosa, e busquemos tornar-nos fiéis, diligentes discípulos na escola de Cristo. Um novo ano descerra suas alvas páginas aos nossos olhos. Que escreveremos nós aí?" (Nossa Alta Vocação, p. 16)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Comece 2019 fazendo uma "dieta" para sua saúde emocional

As doenças de origem emocional têm se tornado epidêmicas. Isso se deve às condições inerentes às pessoas e também ao ambiente degradado e relações interpessoais complicadas que caracterizam os tempos em que vivemos. Os fatores agressivos ou estressantes são cada vez mais poderosos, cobrando de nós uma importante capacidade e energia para compreender, avaliar e gerenciar as exigências ou dificuldades, antes que se transformem em problemas, preocupações, angústia, medo ou violenta depressão. 

E o que fazer se algum desses sintomas ou doenças emocionais já faz parte de sua vida? Além de tudo o que a medicina, a psicologia e a psiquiatria podem realizar, estão o poder de Deus e o Seu desejo de que sejamos felizes. Ele não somente tem dado conhecimento a muitos profissionais da saúde como, de forma especial, tem instruções importantes para nós, as Suas criaturas. 

Para você que quer começar 2019 fazendo uma "dieta" para sua saúde emocional, siga abaixo algumas dicas que o ajudarão a eliminar seu sobrepeso emocional, fazendo você se sentir mais ágil – psicológica e socialmente – para correr alegremente a grande carreira de sua vida. Caso não consiga, procure um profissional, pois pode tratar-se de um transtorno que necessitará tratamento especializado.

• Reduza seus desejos de bens materiais
Se não está agradecido e alegre com o que tem, se sentirá descontente, ainda que tenha dinheiro em abundância, pois quanto mais tiver, mais desejará ter. Desse modo, à medida que aumentarem os bens, poderá aumentar também as preocupações. Assim ensinou Cristo: “Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:21).

• Reduza suas exigências
Não seja perfeccionista, nem espere encontrar perfeição nos demais. Com isso, evitará muitas dores de cabeça. Suas exigências excessivas podem indicar que padece da enfermidade de querer dominar os demais. Pratique a delicada arte de esquecer e perdoar, inclusive a si mesmo.

Reduza suas fantasias
Saia de seu mundo ilusório. Tenha alvos e aspirações realistas e evitará fracassos e desilusões. A verdadeira felicidade tem uma base sólida. Fixe alvos de acordo com seus talentos e possibilidades, e trabalhe para tornar realidade seus sonhos.

Reduza suas dívidas
Afaste-se do perigo das dívidas: perigo financeiro, mental e emocional. Você conhece alguém que deve e é feliz? Reduza suas dívidas e aumentará seu senso de segurança.

Reduza sua dependência do que é externo
Muitos se sentem aborrecidos porque dependem demasiado do celular, do computador, da televisão... Se desejar ser mais feliz, viva cada dia dentro do programa de Deus. Utilize mais as mãos e a cabeça. Utilize seus talentos e habilidades.

Reduza suas diferenças
Não brigue por causa da moda ou costume dos demais. Todos – inclusive você – têm diferentes valores e atuam em níveis distintos. Mas todos desejam auto-realização. E lembre-se: nos assuntos realmente importantes há pouca ou nenhuma diferença entre as pessoas. Frente a uma catástrofe, quão pouco valem as chamadas “coisas de valor”!

Reduza suas antipatias
Elas representam uma liberação emocional equivocada. Suas antipatias fazem com que certas pessoas ou coisas reflitam seus temores, inveja ou incompreensão. Enriqueça a vida emocional com grandes doses de amor, paciência, tolerância e compreensão, e desfrutará felicidade.

Reduza seu desgaste nervoso
Milhares estão morrendo de fome. Milhões não conseguem trabalho. Prevalecem a discriminação, a injustiça, e outros males. Mas não deixe que as condições negativas do mundo o deprimam e desgastem sua energia emocional. Jamais permita que os males políticos e sociais o perturbem.

Reduza suas dúvidas
Quer viver infeliz? Duvide de todos e de tudo, e até de você mesmo. As dúvidas e suspeitas poderão fazer de você um verdadeiro paranoico. Se duvida de sua capacidade para encontrar trabalho e mantê-lo, ou se terá êxito em seus negócios ou estudos, está se preparando para o próprio fracasso!

Nota: Inspirada por Deus, Ellen G. White defendeu conceitos revolucionários para a época em que viveu, relacionando fatores e propondo soluções que hoje são endossados pela ciência mais avançada. Este material está disponível no excelente livro Como lidar com as Emoções de sua autoria.

Resolução de fim de ano: não aposente seu cérebro

Seu cérebro se acostumou a trabalhar para aumentar continuamente a eficiência com que você lida com os compromissos diários. Ampliar os horizontes é seu estado natural, como atestam os seres humanos desde a mais tenra infância. Portanto não incorra no erro de achar que ele deve se aposentar. Mesmo que sua rotina não seja mais tão pesada e você disponha de tempo para relaxar, a verdade é que seu cérebro continua querendo atingir novos patamares. Se obrigá-lo a permanecer inativo, saiba que ele passará a produzir menos neurotransmissores que estão associados ao bem-estar e ao prazer.

Uma das resoluções de fim de ano mais importantes é comprometer-se a manter seu cérebro feliz. Não é tão difícil conseguir esse objetivo, há quatro elementos capazes de “alimentar” esse circuito virtuoso: aprender coisas novas, exercitar-se, socializar e ajudar os outros. Incorporar o exercício ao seu dia a dia é mandatório, como repete o médico à exaustão, mas inclua os demais itens à sua rotina.

Procure experiências e atividades que deem trabalho ao cérebro: de aprender uma nova língua (há cursos gratuitos on-line) a dançar. Comece com um diário, pense em escrever suas memórias para os descendentes. Toda vez que nos sentimos valorizados por alguma contribuição, produzimos hormônios ligados à felicidade. Por isso compartilhar o que sabemos e ajudar os outros têm um efeito tão poderoso. Isolar-se tem o resultado oposto.

Sem ideias de como começar? Lembre-se do que gostava aos 20 anos. Será que não dá resgatar esses interesses? Domina algum campo de conhecimento que pode ser útil para outras pessoas? Pense num trabalho voluntário, que vai “remunerar” você de uma forma mais profunda do que jamais imaginou. Procure estar em contato com a natureza, que vai ajudá-lo a transformar pequenos momentos em grandes prazeres. Seu cérebro é a soma do que você vê, fala, pensa, ri. Imagine o início da velhice como uma nova adolescência. Aliás, o termo gerontolescente tem exatamente esse propósito: a vida ainda tem muito a oferecer, não se recolha aos aposentos.

Mariza Tavares (via G1)

Nota: Segue abaixo alguns conselhos de Ellen G. White para exercitarmos o nosso cérebro:

"Deus deu a todo ser humano um cérebro. Deseja que seja usado para Sua glória. Por meio dele é o homem habilitado a cooperar com Deus em esforços para salvar semelhantes mortais prestes a morrer. Não possuímos demasiado poder cerebral ou faculdades de raciocínio. Cumpre-nos educar e exercitar toda faculdade da mente e do corpo - o mecanismo humano que Cristo adquiriu - de maneira a podermos pô-lo no melhor uso possível. Devemos fazer tudo quanto pudermos para fortalecer essas faculdades; pois Deus Se agrada de que nos tornemos mais e mais eficientes colaboradores Seus." (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 100)

"A mente rege o homem todo. Todas as nossas ações, quer sejam boas ou más, originam-se na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. Todos os órgãos físicos são servos da mente, e os nervos os mensageiros que transmitem suas ordens a cada parte do corpo, dirigindo os movimentos do mecanismo vivo. A operação harmoniosa de todas as partes - cérebro, ossos e músculos - é necessária para o completo e salutar desenvolvimento de todo o organismo." (Fundamentos da Educação Cristã, p. 426)

"A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à doença." (Educação, p. 197)

"A atividade mental produzirá saúde, e isto é melhor do que uma mente lenta, desordenada, destreinada." (Carta 33, 1886)

“O cérebro e os músculos devem ser proporcionalmente exercitados, se se quer manter a saúde e o vigor." (Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 333)

"A mente dos homens pensantes trabalha demais. Eles frequentemente usam suas faculdades mentais prodigamente, ao passo que existe outra classe que tem como alvo mais elevado na vida o trabalho físico. Esta última classe não exercita a mente. Exercitam os músculos, enquanto o cérebro é privado da força intelectual, exatamente como a mente dos homens pensantes é trabalhada enquanto o corpo é privado de força e vigor, por sua negligência de dar exercício aos músculos. Sua influência para o bem é pequena em comparação com o que poderia ser se usassem o cérebro assim como os músculos. Esta classe cai mais depressa, se atacada pela doença; o organismo é vitalizado pela força elétrica do cérebro, a fim de resistir à doença." (Testimonies, vol. 3, p. 157)

"O prazer de fazer bem anima o espírito e vibra através de todo o organismo. Enquanto a fisionomia dos homens benevolentes é animada de alegria, e seu semblante exprime a elevação moral do espírito, a dos egoístas e mesquinhos é abatida, prostrada e sombria. Seus defeitos morais se manifestam no rosto." (Mensagens aos Jovens, p. 209)

"Têm de ser aprendidos os diversos ofícios e ocupações, os quais requerem a aplicação de grande variedade de aptidões mentais e físicas. As ocupações que exigem uma vida sedentária são as mais perigosas, pois afastam os homens do ar livre e da luz solar, e adestram certo número de faculdades, ao passo que outros órgãos se debilitam pela falta de atividade." (Fundamentos da Educação Cristã, p. 319)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo (por Ellen White)

“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.” (Sl 90:12) 

Acha-se agora no passado outro ano de vida. Abre-se um novo ano diante de nós. Que registro será o seu? Que escreverá cada um de nós em Suas páginas imaculadas? A maneira por que passamos cada dia que vem, decidirá. 

Entremos no novo ano com o coração purificado da contaminação do egoísmo e do orgulho. Afastemos de nós toda condescendência pecaminosa, e busquemos tornar-nos fiéis, diligentes discípulos na escola de Cristo. Um novo ano descerra suas alvas páginas aos nossos olhos. Que escreveremos nós aí? 

Procurai começar este ano com justos desígnios e motivos puros, como seres responsáveis perante Deus. Conservai sempre em mente que os vossos atos estão passando diariamente à história pela pena do anjo relator. Encontrá-los-eis novamente quando o Juízo se assentar e forem abertos os livros.

Se nos ligarmos a Deus, a fonte da paz, da luz e da verdade, Seu Espírito fluirá por nosso intermédio como por um conduto, de modo a refrigerar e beneficiar a todos ao redor de nós. Este pode ser o último ano de vida para nós. Não o iniciaremos com refletida consideração? Não hão de a sinceridade, o respeito, a benevolência assinalar nossa conduta para com todos?

Não retenhamos coisa alguma dAquele que deu Sua preciosa vida por nós. Consagremos todos a Deus a propriedade que Ele nos confiou. Acima de tudo, demo-nos nós mesmos a Ele como oferta voluntária.

Oxalá o início deste ano seja uma ocasião inesquecível - ocasião em que Cristo entre em nosso meio, e diga: "Paz seja convosco" (João 20:19). 

Desejo a todos um Feliz Ano Novo.

“Vivemos por atos, não por anos; por pensamentos, não respiração; Por sentimentos, não algarismos de um relógio. Devemos contar o tempo pelo pulsar do coração que bate pelo homem, pelo dever. Vive mais aquele que mais pensa, sente mais nobremente e procede melhor.”

Ellen G. White - Nossa Alta Vocação, pp. 16-17

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

O Nascimento de Jesus (por Ellen White)

Situada entre as colinas da Galiléia, a pequena cidade de Nazaré era o lar de José e Maria que, posteriormente, tornaram-se os pais terrestres de Jesus.

José pertencia à linhagem ou família de Davi e quando saiu um decreto para o levantamento do censo da população, ele teve que ir a Belém, cidade de Davi, para ali registrar seu nome. Era uma jornada penosa, dadas as condições em que as viagens eram feitas na época. Maria, que acompanhava seu esposo, sentia-se extremamente fatigada ao subir a colina na qual Belém se localizava.

Como ela desejava um lugar confortável onde pudesse repousar! Mas as hospedarias estavam todas lotadas. Os ricos e orgulhosos estavam bem hospedados, enquanto aqueles humildes viajantes tiveram que encontrar descanso em uma rude estrebaria.

Embora José e Maria não possuíssem bens terrestres, sentiam-se amparados pelo amor de Deus e isso os tornava ricos em paz e contentamento. Eram filhos do Rei celestial que estava prestes a honrá-los de maneira maravilhosa.

Anjos os acompanharam durante a viagem e quando a noite chegava os mensageiros celestes guardavam o seu repouso. Não foram deixados a sós pois os anjos permaneceram com eles.

Ali, naquela pobre estrebaria, nasceu Jesus, o Salvador, e foi colocado em uma manjedoura. O Filho do Altíssimo, Aquele cuja presença havia inundado as cortes celestiais com Sua glória, repousava em um rude berço.

Antes de vir à Terra, Jesus fora o Comandante das hostes angelicais. Os mais brilhantes e exaltados filhos da alva anunciaram Sua glória na criação. Em Sua presença, diante do trono, cobriam o rosto e lançavam-Lhe aos pés suas coroas, cantando hinos de triunfo ao contemplarem Seu poder e majestade.

Entretanto, esse glorioso Ser tanto amou o desamparado pecador que tomou sobre Si a forma de um servo para que pudesse sofrer e morrer por nós.

Jesus poderia ter permanecido ao lado do Pai, usando a coroa e as vestes reais, mas por amor a nós trocou as riquezas do Céu pela pobreza da Terra. Ele escolheu renunciar ao posto de Supremo Comandante e a adoração dos anjos que tanto O amavam. Escolheu trocar a adoração dos seres celestes pela zombaria e desprezo de homens ímpios. Por amor a nós, aceitou uma vida de privações e uma morte vergonhosa.

Cristo fez tudo isso para provar o quanto Deus nos ama. Viveu na Terra para mostrar como podemos honrar a Deus através da obediência à Sua vontade. Assim agiu para que, seguindo Seu exemplo, possamos finalmente viver com Ele no lar celestial.

Os sacerdotes e príncipes judeus não estavam preparados para receber Jesus. Sabiam que o Salvador viria em breve, mas esperavam que viesse como um rei poderoso que traria poder e riqueza para a nação. Eram por demais orgulhosos para aceitar o Messias como um bebê indefeso.

Por isso, quando Jesus nasceu, Deus não lhes revelou o grande acontecimento, mas enviou as novas de grande alegria a alguns pastores que guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém. Eram homens piedosos e enquanto cuidavam das ovelhas, conversavam a respeito do Salvador prometido e oravam tão sinceramente por sua vinda que Deus enviou-lhes brilhantes mensageiros desde o Seu trono de luz, para lhes contar a respeito das boas novas.

"Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse: — Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês — o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.

No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo: — Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem Ele quer bem! 

Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: — Vamos até Belém para ver o que aconteceu; vamos ver aquilo que o Senhor nos contou.

Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto. E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.

Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nEle o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes dEle nascer." (Lucas 2:1-21 NTLH)

Ellen G. White - Vida e Jesuspp. 13-16

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Sua igreja pratica a inclusão cristã?

Certo vaqueiro sentiu o desejo de ir a uma igreja. Vestiu sua roupa de cowboy, entrou no templo e sentou-se na primeira fila de bancos. Em poucos segundos, todos os olhares se dirigiram para ele. Demonstrando intolerância e desagrado, algumas pessoas mudaram de lugar, deixando-o isolado. Ninguém o cumprimentou.

Terminada a reunião, o cowboy dirigiu-se, o mais rápido possível, ao estacionamento. Quando entrava no carro, o pastor se aproximou dele e disse: “Volte no próximo sábado. Mas ore a Deus pedindo que lhe mostre o tipo de roupa que você deve usar na igreja.”

No sábado seguinte, o vaqueiro retornou com a mesma roupa. Dessa vez, a reação dos membros foi pior do que na semana anterior. Quando o visitante indesejado saía do templo, o pastor lhe perguntou:

– Você orou como lhe sugeri?

– Orei.

– O que Deus lhe disse?

– Ele me falou que não sabia o tipo de roupa que eu devia usar porque nunca esteve nesta igreja.

A história fala por si só e nos relembra a seguinte advertência de Tiago:

“Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade. Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: ‘Aqui está um lugar apropriado para o senhor’, mas disserem ao pobre: ‘Você, fique em pé ali’, ou: ‘Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés’, não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados?” (Tg 2:1-4, NVI).

O vaqueiro deve ter ouvido um belo sermão naquele culto, mas a atitude dos frequentadores do templo não combinava com a mensagem do pregador. A roupa daqueles “cristãos” podia estar de acordo com as normas e regras da igreja, mas o coração deles não estava revestido da justiça de Cristo.

Toda atitude exclusivista destoa da atmosfera que deve reinar no ambiente da igreja. A acepção de pessoas é filha do preconceito, que “tem mais raízes do que os princípios”, de acordo com Maquiavel.

Ainda existem raízes de preconceito em nossos relacionamentos. Em quase todos os níveis da igreja, há pessoas exclusivistas e preconceituosas. Por essa razão, nossa influência sobre os de fora não é tão forte quanto deveria.

Algumas pessoas são “excluídas” da música, da liderança e das atividades da igreja. O lobby das “panelinhas” é poderoso, mas sabemos que ele é fruto de orgulho e inveja. Ele inibe talentos, sufoca vocações e afugenta os que gostariam de cooperar. E o pior: essa atitude escorraça pessoas que ainda não conhecem o amor de Deus.

Jesus deixou belíssimo exemplo de inclusão. A mulher pecadora foi acolhida por Ele num momento extremamente delicado. Zaqueu teve a alegria de receber o Mestre em sua casa. A mulher que tinha fluxo de sangue não foi ignorada pelo Médico dos médicos. Jesus comeu com pecadores para atraí-los a Si.

Ellen White afirma que Jesus “procurava derribar as barreiras que separavam as diversas classes sociais, a fim de unir os homens como filhos de uma só família” (O Desejado de Todas as Nações, p. 150). “Não menosprezava ser humano algum, mas buscava aplicar o bálsamo de cura a toda e qualquer alma. Em qualquer companhia que estivesse, apresentava uma lição apropriada ao tempo e às circunstâncias. […] Buscava incutir esperança no mais rústico e menos prometedor dos homens, assegurando-lhes de que poderiam tornar-se irrepreensíveis e inofensivos, e adquirir caráter que deles faria filhos de Deus” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 387).

Como igreja e como indivíduos, precisamos desenvolver uma atitude mais acolhedora. “Não deve haver nenhuma parcialidade, nem hipocrisia. Não deve haver favoritos, cujos pecados sejam considerados como menos pecaminosos que os dos outros” (Evangelismo, p. 369).

Graças a Deus, cresce entre nós o número de igrejas que praticam a inclusão cristã. Já outras precisam permitir que o amor de Cristo as transforme em centros de paz, acolhimento e ternura.

Que essa transformação seja operada em mim e você, para que saibamos conviver fraternalmente com os que são “diferentes”!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Ter ou não ter filhos no tempo do fim?

A Palavra de Deus predisse que o tempo do fim seria marcado por guerras, terremotos, fomes, epidemias e terror (Dn 8:17, 19; Lc 21:9, 10, 11, 26). A Bíblia alertou também que esse período decisivo na história humana seria um tempo de grandes mudanças sociais. Transtornos na vida familiar e imoralidade sexual estariam entre as coisas “difíceis de manejar” nestes críticos últimos dias (2Tm 3:1-5; Lc 17:28-30; Jd 1:7). Por que, neste tempo do fim, esses fatos tão amplos e poderosos poderiam influenciar a decisão dos cristãos quanto a ter ou não ter filhos?

Ellen G. White apoiou amplamente o plano original de Deus em relação ao matrimônio e a paternidade com bênçãos divinas para o homem. Ela comprovou com seu próprio exemplo ao casar-se e ter quatro filhos. Com respeito a oportunidade de ter ou não ter filhos neste tempo, é evidente que não vamos encontrar uma citação direta. Ellen White não escreveu muito acerca de ter filhos no tempo do fim, apesar de mencionar a atuação dos filhos e jovens ao serem usados por Deus na pregação final do evangelho.
“Nas cenas finais da história deste mundo, muitas destas crianças e jovens encherão de admiração o povo pelo seu testemunho em favor da verdade, o qual será dado de modo simples, no entanto com espírito e poder. Foi-lhes ensinado o temor do Senhor, e o coração se lhes abrandou por um estudo da Bíblia cuidadoso e acompanhado de oração. No próximo futuro, muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão na proclamação da verdade ao mundo uma obra que, naquela ocasião, não pode bem ser feita pelos membros mais idosos das igrejas.” (Conselhos aos Pais Professores e Estudantes, p. 166)
Ellen White também menciona que Deus permitirá que alguns filhos descansem antes dos tempos difíceis e finais.
“Frequentemente o Senhor me tem revelado que muitos pequeninos hão de ser levados ao descanso antes do tempo de angústia. Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais." (Carta 196, 1899 - Orientação da Criança, p. 566)
Ao verificarmos o que Ellen White escreveu sobre matrimônio e família (O Lar Adventista) e sobre filhos e paternidade (Orientação da Criança), não vemos nada que possamos supor que o plano do Senhor para os matrimônios é que evitem ter filhos. Presume-se que esses temas delicados são deixados para consideração da consciência de cada um, a busca por uma resposta concreta em oração e reflexão. 

Também é fato que Ellen White notava de maneira muito conveniente que alguns matrimônios que ela conhecia, optaram por não ter filhos. As seguintes declarações ilustram essa questão:
O egoísmo, que se manifesta de variadas formas, segundo as circunstâncias e a constituição peculiar dos indivíduos, deve morrer. Se tivessem filhos, e seu pensamento fosse compelido a desviar-se de si mesmo para o cuidado deles, para instruí-los e ser-lhes um exemplo, ter-lhes-ia sido isso uma vantagem. [...] O cuidado de crianças em uma família exige bastante tempo no lar, com as atenções comuns da vida doméstica, dando oportunidade para o cultivo da mente e do coração.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 230-231)
“Daquilo que me foi mostrado, os adventistas guardadores do sábado têm um fraco sendo do imenso lugar que o mundo e o egoísmo ocupam em seu coração. Se têm desejo de fazer o bem o glorificar a Deus, há muitos modos de fazê-lo. Mas vocês não sentiram que esse é o resultado da verdadeira religião. Esse é o fruto que cada árvore boa produzirá. Não perceberam que lhes é requerido interessar-se pelos outros, considerar os casos deles como se fossem seus, e manifestar interesse altruísta por aqueles que estão em maior necessidade de ajuda. Vocês não têm se achegado aos mais necessitados. Se tivessem filhos próprios para exercitarem cuidado, afeição e amor, não estariam tão encerrados em si mesmos com seus interesses pessoais. Se os que não têm filhos e a quem Deus fez mordomos de recursos, abrissem o coração para amparar crianças que necessitam de amor, cuidado e afeição e de serem ajudadas com os bens deste mundo, poderiam ser muito mais felizes do que são hoje.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 328-329)
Há uma carta que menciona o tema de forma direta, e um dos parágrafos foi publicado numa compilação dos escritos de Ellen White:
“Na realidade não é prudente ter filhos agora. O tempo é curto, os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e as criancinhas, em grande parte, serão levadas antes disso.” (Carta 48, 1876 - Eventos Finais, p. 36)
Até onde se pode constatar, essa é a única consideração sobre o tema nos escritos de Ellen White. É pertinente verificar que, mais do que em qualquer outra apresentação, as cartas pessoais devem ser analisadas em seu contexto e em harmonia com as circunstâncias que as motivaram. Assim, impõe-se a necessidade de complementar de maneira breve as informações relativas aos conselhos de Ellen White acerca de não ter filhos no tempo do fim.

Esse parágrafo da obra Eventos Finais foi retirado de uma carta de três páginas do Arquivo de Cartas e Manuscritos do Centro White (Carta 48, 1876). Ellen White se dirige nessa ocasião ao pastor Van Horn e sua esposa Adélia. Suas palavras são proferidas com compaixão, porém também são firmes, e ao escrever, ela se manifesta com um sentimento de pena. A família Van Horn tinha ido trabalhar em Oregon, onde uma grande obra evangelizadora a esperava. Ao mesmo tempo, Ellen White os adverte que Satanás tinha planos para frustrar os propósitos de Deus.

A maior parte da carta se aplica especialmente a Adélia, uma mulher com grandes talentos, mas ao mesmo tempo com perigosas limitações. A irmã White a descreve como uma pessoa emotiva, perigosa, às vezes negligente e muito ansiosa. Ellen White lhe diz que o cuidado dos filhos intensifica ainda mais essas características e cessa a obra que ela poderia realizar.
“Adélia, meu coração sente muito pesar porque você tem falhado, porque rouba a Deus. Você é naturalmente temerosa e se apossa de dificuldades emprestadas. Você não poderia ter descanso ou paz mental separada dos seus filhos, e por sua disposição ansiosa, o caminho para a realização da sua obra se fechou. E isso não é tudo: o trabalho é grandemente realizado de maneira descuidada.”
É evidente que o conselho de ter filhos se dirige a uma mulher com características peculiares e com desafios especiais como esposa de pastor. Não parece sensato aplicar esses conselhos a todos os matrimônios em qualquer circunstância. De qualquer maneira, apesar das exigências da obra de Deus e da adequação pessoal para uma paternidade responsável, é um dever inevitável para todo filho de Deus que está avaliando o fato de trazer filhos ao mundo nesse tempo especial.

A paternidade é, sem dúvida, um privilégio e uma sagrada responsabilidade. Porque os filhos hão de ser preparados para este tempo e para a eternidade.
“A todos os pais que professam crer na breve volta de Cristo, é dada uma solene obra de preparo, para que eles e seus filhos possam estar prontos para receber o Senhor, na Sua vinda." (Nos Lugares Celestiais, p. 212)
Sobre esses assuntos complexos, o Pai do céu outorgará sabedoria do alto a todos os que agirem com humildade.

[Com informações do Centro White]

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Você tem certeza de que já foi convertido?

A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça, e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino, e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende estas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas dores e desejos e amor, são todos novos. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida até então preferidas a Cristo, são agora desviadas, e Cristo é o encanto de sua vida, a coroa de seu regozijo. O Céu, que dantes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ele o contempla como sua futura pátria, onde ele verá, amará e louvará Aquele que o redimiu por Seu precioso sangue.

As obras da santidade, que se lhe afiguravam enfadonhas, são agora seu deleite. A Palavra de Deus, anteriormente pesada e desinteressante, é agora escolhida como estudo, como o homem do seu conselho. É como uma carta a ele escrita por Deus, trazendo a assinatura do Eterno. Seus pensamentos, palavras e atos, são comparados com esta regra e provados. Treme aos mandamentos e ameaças que ela contém, ao passo que se apega firmemente às suas promessas, e fortalece a alma aplicando-as a si mesmo. Prefere agora o convívio dos mais piedosos, e os ímpios, cuja companhia antes apreciava, já não lhe causam mais deleite. Lamenta-lhes os pecados que dantes o faziam rir. O amor-próprio e a vaidade, ele renuncia, e vive para Deus, e é rico em boas obras. Eis a santificação exigida por Deus. Nada menos que isto aceitará Ele.

Rogo-lhe, irmão, que examine o coração diligentemente, indagando: "Em que estrada estou eu viajando, e onde findará ela?" Tem razão de regozijar-se por sua existência não ter sido ceifada enquanto não tem uma firme esperança da vida eterna. Não permita Deus que o irmão negligencie por mais tempo esta obra, vindo assim a perecer em seus pecados. Não iluda a alma com falsas esperanças. O irmão não vê nenhum modo de firmar-se novamente, a não ser um tão humilde, que não pode consentir em aceitá-lo. Cristo lhe apresenta, a você mesmo, meu errante irmão, uma mensagem de misericórdia: "Vinde, que já tudo está preparado" (Lc 14:17). Deus está pronto a aceitá-lo, e a perdoar todas as suas transgressões, uma vez que volte. Conquanto tenha sido um pródigo, e se tenha separado de Deus, e permanecido por tanto tempo longe dele, virá agora mesmo ao seu encontro. Sim; a Majestade do Céu o convida a ir com Ele, para que tenha vida. Cristo está pronto a purificá-lo do pecado, uma vez que se apegue a Ele. Que proveito tem achado em servir ao pecado? Que proveito tem servir à carne e ao diabo? Não é bem pobre a paga que recebe? Oh! volte, volte, pois por que razão morrerá?

O irmão tem tido muitas convicções, muitas angústias de consciência. Tem feito tantos propósitos e tantas promessas; e todavia se demora, e não quer ir a Cristo para que tenha vida. Oh! que o seu coração seja impressionado com o senso deste tempo, para que volte e viva! Não pode ouvir a voz do verdadeiro Pastor nesta mensagem? Como pode desobedecer? Não brinque com Deus, para que não abandone ao irmão a seus caminhos torcidos. É uma questão de vida e morte para o irmão. Qual escolherá? Coisa terrível é contender com Deus, e resistir aos Seus apelos. O irmão pode ter o amor de Deus a arder no altar de seu coração, como o sentiu outrora. Pode comungar com Deus como o fez no passado. Se reparar as suas culpas passadas, pode novamente experimentar as riquezas de Sua graça, exprimindo-Lhe o amor em seu semblante.

Não se exige do irmão que faça confissão aos que não sabem de seu pecado e seus erros. Não é seu dever publicar uma confissão que levará os incrédulos a triunfarem; mas àqueles a quem é devido, que não se aproveitarão de seu erro, confesse em harmonia com a Palavra de Deus, e permita que eles orem com o irmão, e Deus aceitará a sua obra, e o sarará. Por amor de sua alma, deixe-se vencer pelos rogos para fazer obra cabal para a eternidade. Ponha de lado seu orgulho, sua vaidade, e faça obra direta. Volte ao redil. O Pastor o aguarda. Arrependa-se, e faça as primeiras obras, e volte ao favor de Deus.

Reflexão óbvia sobre os palavrões

Leia abaixo uma brilhante reflexão sobre palavrões, de autoria de Norma Braga Venâncio, doutora em literatura francesa pela UFRJ e mestranda em teologia filosófica pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper. Seu blog fala sobre cosmovisão cristã, teologia, arte e política.

Um dia, surpreendi-me comigo mesma quando, conversando
 com uma irmã após o culto, ouvi-a dizer m**** em meio a um discurso irritado. Não deixei que ela percebesse, mas aquele palavrão provocou em mim uma reação tão forte que não hesitei em classificá-lo como um nada previsível escândalo. Veio então o escândalo do escândalo: horrorizada por ter ficado tão escandalizada com um simples m****, resolvi, dali em diante, revogar a decisão anterior. Recomecei a dizer palavrões normalmente, não com a mesma frequência que no período pré-conversão, mas com regularidade quando sozinha e em companhia de cristãos tão "descolados" quanto eu.

Depois de algum tempo, porém, comecei a me sentir incomodada com o recurso frequente aos palavrões. Sozinha, bastava ficar irritada, que lá vinha um bem cabeludo, e em voz alta. Inquietava-me diante de Deus e também diante de um possível “flagra” dos homens: e se algum pastor, dentre meus conhecidos, passasse na rua exatamente em um momento desses? Somava-se a essas considerações uma vergonha especial: eu, não só profissional da palavra, mas uma missionária de idéias segundo minha própria definição, ciosa por abençoar a igreja com o que digo e escrevo, poria muito a perder com uma boca destemperada. Além disso, o ato de praguejar, longe de servir como vazão à raiva, apenas contribuía para confirmar a disposição errada de espírito. Tudo estava errado, mas eu ainda não me convencia totalmente de que deveria voltar a me abster dos palavrões.

Comecei então a orar a Deus sobre isso, até me dar conta do óbvio-mais-que-óbvio, algo de uma obviedade tão grande que passa despercebida da maioria dos simpatizantes de palavrões. Percebi que todos os palavrões, dos menores aos maiores, têm algo em comum: remetem invariavelmente ao sexo. São menções aos genitais, a coitos indesejados e/ou ilícitos, prostitutas e filhos de prostitutas, materiais fecais etc. A lógica do palavrão é estranha: ele une o ato de esbravejar e xingar aos dejetos do corpo ou ao ato sexual. E, mais estranho ainda, os palavrões que tratam de dejetos são bem menos fortes e mais tolerados socialmente que os que tratam do ato sexual. Palavrões, portanto, em suas formas mais pesadas, associam o sexo a explosões de raiva, a punições, ao descontrole entre pessoas que não se amam. 

E a conclusão é inevitável e aterradora: palavrões são formas de perversão. Se Deus criou o sexo como a expressão máxima do amor perpétuo, compromissado, entre um homem e uma mulher, é de um profundo desamor que nascem as aberrações sexuais – a masturbação, o "sexo casual", o aviltamento de partes do corpo até que se estraguem. Palavrões são cristalizações, no idioma, da alienação total de si e do outro pela busca de um prazer sempre deslocado, desgarrado, fora da alma: um prazer masoquista, misturado a ódio e desespero. Por que essas expressões tão opostas ao amor de Deus deveriam povoar a linguagem de um cristão?

Depois dessas reflexões decidi, não por pressão do meio, mas por mim mesma, que não quero que nada do que digo tenha parte nisso. Nem quando eu estiver sozinha, nem em pensamento.
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Efésios 4:29)
“Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.” (Colossenses 3:8)
“A sua boca fala do que está cheio o coração.” (Lucas 6:45)
"O poder da palavra é um talento que deve ser cultivado diligentemente. De todos os dons que recebemos de Deus, nenhum é capaz de se tornar maior bênção que este. Com a voz convencemos e persuadimos; com ela elevamos orações e louvores a Deus, e também falamos a outros do amor do Redentor. Não se deve proferir uma única palavra imprudentemente. Nenhuma maledicência, palavreado frívolo algum, nenhuma murmuração impertinente nem sugestão impura sairá dos lábios do seguidor de Cristo. Palavras torpes não significam somente palavras vis. Denotam qualquer expressão contrária aos santos princípios e à religião pura e imaculada. Incluem idéias impuras e insinuações malévolas. Se não forem repelidas imediatamente, conduzem a grande pecado. Nossas palavras devem ser expressões de louvor e ações de graças. Se o coração e a mente estiverem repletos do amor de Deus, isto será revelado na conversação." (Ellen G. White - Meditação Matinal - E Recebereis Poder, p. 197)
Assista também o vídeo da jornalista e criadora do blog Bonita Adventista Emanuelle Sales:

Estresse térmico? Veja como o calor forte ameaça a sua saúde

Já há algum tempo, cientistas do mundo todo têm chamado a atenção para o impacto das mudanças climáticas no meio ambiente.

Em novembro, um relatório publicado pela revista científica britânica The Lancet fez um alerta para as graves consequências das ondas de calor também para a saúde humana.

O dossiê, chamado The Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate Change (Contagem regressiva: Saúde e Mudanças Climáticas, Acompanhando a Evolução), é publicado anualmente desde 2016.

A publicação cita problemas gerados pelo aumento das temperaturas como o estresse por calor, insuficiência cardíaca e lesão renal aguda por desidratação.

Afirma ainda que, no ano passado, cerca de 157 milhões de pessoas em todo o mundo estiveram em situação de vulnerabilidade por conta das ondas de calor, um aumento de 18 milhões de indivíduos em relação a 2016.

E, em média, cada pessoa foi exposta de 1 a 4 dias adicionais de ondas de calor entre 2000 e 2017, comparado com a base 1986-2005.

São problemas que se pronunciam também no Brasil com a proximidade do verão, cujo início oficial será em 21 de dezembro – embora ele pareça já ter começado em muitos lugares do país, que já sofrem com o calor extremo.

Depois do início da estação, a previsão é de temperaturas ainda mais elevadas que as registradas nos últimos dias.

Segundo Josefa Morgana Viturino de Almeida, meteorologista chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação deve ser entre 0,4º a 0,6º mais quente do que a média do verão passado, com exceção de áreas pontuais, como o extremo sul do Brasil e regiões serranas.

"No geral, a tendência é de calor acima da média e bastante chuva. Também há uma probabilidade de 75% a 80% de estabelecimento do El Niño (aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial) a partir de dezembro deste ano e início de 2019", comenta a especialista.

Confira abaixo os principais males para a saúde decorrentes das altas temperaturas.

Estresse por calor
São vários os males provocados ou agravados pelo clima quente. Muitos deles, inclusive, são citados no documento da Lancet, como o estresse por calor (ou estresse térmico).

Como explica Mayara Floss, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), uma das organizações brasileiras que participaram da elaboração do relatório, quando exposto a temperaturas elevadas, o corpo humano sente dificuldade para se adaptar, e aí precisa promover algumas alterações para se defender.

"Nesta situação, o calor produzido dentro do corpo é transferido para a superfície da pele através do sistema circulatório e do contato interno dos tecidos. Ocorre, por exemplo, a dilatação dos vasos para aumentar o fluxo de sangue e a eliminação de suor para equilibrar a temperatura. O corpo também pode perder água e sais minerais e desidratar", relata.

Se a pessoa continuar exposta ao sol, o caso tende a ficar mais grave, transformando-se em insolação. "Nosso corpo não pode chegar a 40 graus. Se isso acontece, órgãos param de funcionar, levando ao coma e até a morte", acrescenta a especialista, destacando que o perigo é maior para crianças, idosos, grávidas, trabalhadores de áreas externas e pessoas que já tenham algum problema de saúde, como doenças respiratórias, mentais, renais e cardiovasculares.

O importante para evitar o estresse por calor e seus agravantes é se manter bem hidratado, com a ingestão de água e isotônicos; evitar a exposição solar entre 10h e 16h, evitar excesso de álcool e os exercícios extremos; usar roupas leves e soltas e passar o máximo de tempo possível em ambientes frescos.

Floss também recomenda pensar mais no planeta: "As pessoas devem plantar árvores, não desmatar, trocar o carro pelo transporte público e a bicicleta e tornar os espaços urbanos mais verdes."

Mosquitos transmissores de doenças
Outra grande preocupação no verão são as enfermidades como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, transmitidas por mosquitos vetores.

Só para se ter uma ideia, de acordo com um dado publicado no The Lancet Countdown, a capacidade de transmissão do vírus da dengue global em 2016, levando em conta que ela é influenciada por umidade, chuva e temperatura, foi a mais alta já registrada: subiu 9,1% para o Aedes aegypti e 11,1% para o Aedes albopictus (tipo silvestre) em relação ao ano anterior.

"Os mosquitos vetores gostam do calor. Quanto mais quente, melhor para eles", diz Enrique Barros, médico de família e também membro da SBMFC. "E não só isso. As questões ecológicas (urbanização desordenada, falta de saneamento e desmatamento) também estão totalmente relacionadas a este problema", complementa.

Entre as medidas individuais para passar longe das doenças citadas estão: tomar vacina quando houver este tipo de proteção; não circular em áreas de risco; usar repelente e roupas que cubram a maior extensão possível de pele; e instalar mosquiteiros nos quartos e telas nas janelas. Junto a isso, é preciso manter as casas e as ruas limpas, fechar bem os lixos e não deixar água parada - habitat ideal para reprodução dos insetos.

Problemas vasculares e de pele
Embora o relatório da Lancet não cite especificamente os problemas vasculares como consequência do aumento das temperaturas no mundo, eles são muito verificados no Brasil, de acordo com Breno Caiafa, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ).

"Como o calor provoca vasodilatação, há sobrecarga da circulação, principalmente nas pessoas que já possuem histórico de varizes, trombose e insuficiência venosa. Isso pode causar edemas (inchaços) nas pernas, devido ao acúmulo de líquido fora dos vasos, bem como dores, sensação de peso, ardência e coceiras", relata o médico.

As altas temperaturas ainda aumentam o risco de alergias e erisipela, infecção na derme e no tecido subcutâneo, ocasionada pela proliferação de bactérias e que pode provocar alterações dos vasos linfáticos (vasos auxiliares na drenagem dos membros inferiores).

Nesta época, Caiafa indica o reforço dos hábitos saudáveis, o que inclui alimentação equilibrada e, de preferência, com pouco sal, boa hidratação, praticar atividade física regularmente, não ficar longos períodos na mesma posição, fazer massagem e drenagem linfática, não usar roupas muito apertadas e evitar o consumo de álcool.

"Quem tem problema vascular também precisa procurar o cirurgião vascular ou o angiologista no verão para mais orientações e regulação dos medicamentos", complementa o especialista - o mesmo vale para os hipertensos, já que na estação mais quente do ano é comum haver queda da pressão arterial.

Abrão Cury, cardiologista e clínico geral do HCor (Hospital do Coração), de São Paulo, orienta que as pessoas fiquem mais atentas à alimentação nos dias de calor intenso, pois as altas temperaturas favorecem a proliferação de bactérias em certos itens, como maionese, molhos, condimentos e frutos do mar, aumentando o risco de contaminação.

O importante, então, é se assegurar da procedência e da qualidade do que será consumido, armazenar os produtos corretamente e descartar os que estiverem com aspecto ou cheiro estranho, em especial na praia.

Mais uma preocupação que vem com os dias quentes é o câncer de pele, doença que, pelos dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, representa um terço de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.

"O verão é o período de maior intensidade dos raios ultravioletas, tornando a exposição solar mais perigosa, especialmente para as pessoas de pele clara. Claro que se for algo pontual não há tanto problema, mas, quando se torna frequente, as chances aumentam bastante", afirma.

Cury informa que a melhor forma de se proteger é com exposição solar moderada, evitando os horários das 10h às 16h, e uso de filtro solar adequado, com alto fator de proteção, ressaltando que é fundamental seguir as especificações dos fabricantes e reaplicar nos prazos indicados.

Relatório The Lancet Countdown
Desde 2016, a revista científica britânica The Lancet publica o relatório The Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate Change.

A edição deste ano contou com a participação de 27 instituições acadêmicas de todos os continentes, incluindo as brasileiras, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas (ONU) e agências governamentais. (G1)

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Miss Universo 2018 e a beleza segundo o coração de Deus

A modelo Catriona Gray, de 24 anos, representante das Filipinas, foi a vencedora do Miss Universo 2018. A cerimônia foi realizada em Bangcoc, na Tailândia, nesta segunda-feira (17) - noite de domingo pelo horário de Brasília.

As competidoras mostraram beleza e passaram por provas de segurança, inteligência e porte. Com o título, elas se tornam ícones de beleza e também porta-vozes de causas sociais que buscam mudar o mundo. Mas Deus, em Sua Palavra, fala sobre a aparência e beleza que agradam a Ele. Segue abaixo algumas dicas de embelezamento segundo o coração de Deus:

LIMPEZA INTERIOR – Do coração procedem as fontes da vida (Pv 4:20-27). Dele é necessário retirar todas as manchas, cicatrizes de amargura, frustrações, toda a sujeira que esteja poluindo a alma. Jesus adverte que o mal vem de dentro (Mc 7.14-23) e Jeremias fala dos enganos do coração (Jr 17:9), por isso faz-se necessário permitir um trabalho profundo do Espírito Santo para a remoção de tudo que possa comprometer a beleza do caráter do cristão. O Salmo 139:23-24 nos conduz à confissão e quebrantamento pela ação do Espírito.

ELIXIR DE REJUVENESCIMENTO – A mente exerce um grande poder sobre nós. Somos, realmente, aquilo que pensamos – belas ou feias, novas ou velhas. Paulo fala em transformação pela renovação da mente (Rm 12:2). Faz mais efeito que as operações plásticas que concertam ou pioram apenas o que é exterior. Encher a mente de pensamentos positivos (Fp 4:8) e preenchê-la com a Palavra de Deus (Cl 3:15). Aí se encontra o verdadeiro segredo da força da juventude.

ÓLEO PARA A CABEÇA – O óleo que nos leva a amar as pessoas, aceitá-las como são. Óleo que lubrifica os relacionamentos, fluindo como ingredientes para uma convivência saudável. Também o óleo da unção do Espírito que ungindo a cabeça, faz transbordar o coração (Sl 23:5).

BATOM PARA OS LÁBIOS – É o louvor. Salmo 34:1 nos recomenda a usá-lo constantemente. Evitemos palavras ferinas, negativas ou hábitos da murmuração. Enfeitar os lábios com palavras de louvor, de conforto, que levante os abatidos e glorifiquem ao nosso Rei (Sl 19:14).

MAQUIAGEM – Não há processo mais eficaz para embelezar a face do que a alegria. “O coração alegre aformoseia o rosto…” (Pv 15:13).

BRILHO – O tempo que passamos com Deus dá brilho a vida. Que o diga Moisés (Ex 34:29). “Para ser bela pára um minuto diante do espelho, cinco minutos diante da sua alma e quinze minutos diante de Deus” (Michel Quoist).

CREME PARA AS MÃOS – (Ec 9:10 e Pv 31:20) Mãos adornadas com o serviço ao próximo. Mãos que trabalham, mãos que constroem, mãos que ajudam, mãos que sustentam os debilitados.

CALÇADOS PARA OS PÉS – (Pv 4:26-27) – Pés que andam por caminhos direitos (Is 52:7). Pés formosos que levam boas notícias, as boas novas da salvação.

TRAJE – A alta costura do Atelier do Senhor (1Pe 3:3-4) apresenta o traje do espírito manso e suave. E é a única fórmula bíblica para conquistar o esposo para Cristo.

PERFUME – Mais precioso que o “Chanel 5 “, pois é da “grife” do Senhor – (2Co 2:14-15) – O perfume de Cristo. É um pouco diferente das famosas essências francesas cujos frascos precisam ser bem lacrados para não exalar o aroma; neste, o “vaso de alabastro” (a nossa casca grossa) tem que ser quebrado para perfumar o ambiente.

ETIQUETA SOCIAL – Aulas de etiqueta social não podem faltar ao tratamento de beleza, pois completam o trabalho realizado. Define-se apenas numa palavra: AMOR. Sem ele nada tem valor. E com ele é possível nos apresentarmos com nobreza em qualquer ambiente. ”O amor comporta-se bem e não busca vantagens próprias” (1Co 13:5). 
"A beleza natural consiste da simetria ou da harmoniosa proporção das partes, de uma para com outra; mas a beleza espiritual consiste na harmonia ou semelhança de nossa alma com Jesus. Isso tornará seu possuidor mais precioso que o ouro fino, mesmo o ouro de Ofir. A graça de Cristo é, de fato, adorno de incalculável preço. Eleva e enobrece seu possuidor, reflete raios de glória sobre outros, atraindo-os também para a fonte de luz e bênçãos." (Ellen G. White - Orientação da Criança, p. 423)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

João de Deus e o lado oculto dos médiuns

O médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, foi preso na tarde deste domingo (16) no município de Abadiânia, em Goiás. Ele é acusado por mais de 300 mulheres de ter praticado crimes sexuais. O caso a que o médium responde veio à tona na sexta-feira da semana retrasada, quando 10 mulheres afirmaram ao Programa do Bial, da TV Globo, terem sido vítimas de abuso sexual durante seus atendimentos. No mesmo final de semana, o Ministério Público começou a investigar o caso e criou uma força-tarefa para receber novas possíveis denúncias. Ao longo da semana, mais de 300 mulheres buscaram o MP de diferentes estados se dizendo vítimas dele. As denúncias vieram de diferentes regiões do país e de ao menos seis países.

O médium é referência em diversas partes do mundo. Há mais de 40 anos ele atende em Abadiânia. Há relatos de melhoria e até cura de enfermidades de todo o tipo de paciente: ricos, pobres, esclarecidos, sem estudo e até ateus. A casa recebe por mês cerca de 10 mil pessoas e o curandeiro já atendeu mais de 3,5 milhões de pessoas de diversas situações de vida.

Além da crueldade, o caso João de Deus estarrece, ainda mais, pois compila impiedades inimagináveis a um símbolo de espiritualidade e caridade. Um choque encarar uma figura de bondade vinculada a um mal feito generalizado de depravação que não poupou a própria filha. E que evidencia uma série de abusos: sexuais, físicos, emocionais, religiosos e financeiros aos crentes que depositaram sua esperança e confiaram poder divino a um homem que se transformou em um líder de algo similar a uma seita. João de Deus nunca havia sido denunciado pois a rede que o protege é um emaranhado afetivo poderoso que opera com ajuda de poderosos.

O prof. Leandro Quadros fala sobre o lado oculto dos médiuns no vídeo abaixo:

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Aniversário de Nostradamus - Ele foi ou não um profeta?

Nossa era mística pós-moderna tem aplaudido muitos supostos profetas e feiticeiros. O mais famoso continua a ser o astrólogo francês Michel de Nostradamus (1503-1566). Nascido em 14 de dezembro de 1503, em Saint-Rémy, França, primeiramente ele trabalhou como apotecário – pesquisando remédios extraídos de ervas – e depois migrou para o ocultismo. Nostradamus escreveu diversos almanaques que, somados, contêm pelo menos 6.338 profecias. No entanto, sua obra mais célebre é Les Propheties (1555), escrita em estilo poético e publicada em língua inglesa com o título Prophecies (1672).

Seus seguidores argumentam que ele profetizou diversos fatos históricos, incluindo as duas guerras mundiais, o 11 de setembro, a ascensão de Napoleão e Adolf Hitler e até mesmo a vitória presidencial de Donald Trump. É possível questionar: Até que ponto as pessoas tendem a inserir acontecimentos contemporâneos em sua interpretação dessas supostas predições? Em As Profecias de Nostradamus X.72, ele declarou: “No sétimo mês do ano 1999 aparecerá no céu um grande rei do terror. Ele fará ressuscitar o rei de Angoulmois. Ele reinará serenamente antes e depois de uma guerra.” Esse ano já se passou, e essa profecia ainda não se cumpriu!

Em Prophecies I.48, Nostradamus predisse com base na astrologia: “Vinte anos do reinado da Lua passaram, outros sete mil anos durará seu reinado. Quando o Sol, exausto, interromper seu ciclo, então minha profecia e meus prenúncios serão cumpridos.” Quando esses “sete mil anos” deveriam começar? A escatologia bíblica não abre espaço para uma profecia temporal tão longa.

Mas será que Nostradamus foi realmente inspirado por Deus?

Apesar dos supostos cumprimentos, todas as predições astrológicas e qualquer tipo de encantamento são estritamente proibidos pela Bíblia (Is 47:12-15). Também somos advertidos contra os falsos profetas e suas previsões não cumpridas (Dt 18:21, 22; Jr 28:8, 9). Enquanto os profetas verdadeiros descrevem acontecimentos futuros de maneira concreta, o discurso dos falsos profetas é feito em termos gerais e linguagem ambígua. Assim, as profecias não cumpridas são consideradas apenas uma questão de equívoco na interpretação.

Entendemos que um profeta é aquele que prevê acontecimentos que ainda irão ocorrer. Porém muito mais do que isto, um profeta do Senhor é aquele que não só prevê o futuro, mas é fiel a Deus, e seus ensinos estão de acordo com a Bíblia.

Nós precisamos analisar a vida espiritual e os exemplos deixados, para comparar e ver se realmente este profeta é autêntico. A Bíblia também menciona falsos profetas que enganavam o povo, com suas profecias, na maioria, de prosperidade. Deve-se ter muito cuidado antes de considerar se um profeta é verdadeiro ou não.

Para sabermos se um profeta é realmente verdadeiro, precisamos comparar o que ele fala ou escreve com o que está escrito na Bíblia. Devemos ter muito cuidado, pois um falso profeta muitas vezes consegue prever um acontecimento ou outro, mas sua vida não é de acordo com os ensinamentos bíblicos.

Veja alguns requisitos para comprovarmos se um profeta é verdadeiro, e os compare com a vida e obra de Nostradamus:

1) Falar segundo a lei e o testemunho – Isaías 8:19 e 20.
2) Pelos seus frutos os conhecereis – Mateus 7:15-20
3) Pelo cumprimento de suas profecias – Jeremias 28:9.
4) Pela exaltação de Cristo Jesus – 1 João 4:1-3.

O mundo está chegando ao fim, e o número de falsos profetas aumentará de maneira significativa. Você e eu devemos nos fundamentar bem na Bíblia e estar preparados para enfrentar esses desafios.