quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Vamos falar sobre... a importância do caráter

Pra começar, vejamos o que Ellen G. White falou sobre a importância do caráter: "O caráter formado segundo a semelhança divina é o único tesouro que podemos levar deste mundo para o futuro. Aqueles que nesta vida estão sob a instrução de Cristo levarão consigo, para as mansões celestes, todo aprendizado divino. E nos Céus deveremos progredir continuamente. Que importância tem, pois, o desenvolvimento do caráter!" (Parábolas de Jesus, p. 332).

Ou você tem caráter ou você é um simples personagem. Algumas pessoas procuram fazer algo para si mesmas, enquanto outras procuram fazer algo de si mesmas. Tryon Edwards declarou: "Idéias conduzem a propósitos e esses se transformam em ações; ações geram hábitos, que definem o caráter; e o caráter determina o nosso destino." 

A Bíblia afirma no livro de Provérbios: "A boa reputação vale mais do que grandes riquezas" (22:1). Ellen White diz que cada ato influencia o caráter: "Cada ato da vida, por menos importante que seja, tem sua influência na formação do caráter. Um bom caráter é mais precioso que posses mundanas, e a obra de formá-lo é a mais nobre na qual se possam empenhar os homens." (Testimonies, vol. 4, p. 657)

O caráter é a verdadeira base de todo sucesso que vale a pena. Uma boa pergunta para se fazer é: "Que tipo de mundo seria este se todos fossem exatamente como eu?" Você é simplesmente um livro aberto, contando ao mundo a respeito de seu autor. "Nenhum homem pode ir além dos limites de seu próprio caráter", exclamou John Morely. 

Jamais se envergonhe por fazer o que é certo. Marco Aurélio exortou: "Nunca aprecie como sendo uma vantagem vossa o que pode fazer-vos quebrar vossa palavra ou perder vosso respeito próprio." W. J. Dawson aconselhou: "Não é preciso escolher o mal; apenas deixe de escolher o bem e se desviará rapidamente para o mal. Não é preciso que se diga: 'Eu serei mau'; tudo o que se precisa dizer é: 'Não escolherei fazer a vontade de Deus', pois assim o mal já está estabelecido." Não existe o que se costuma chamar de um mal necessário. Phillip Brooks declarou: "O homem que vive de forma correta e é correto possui mais poder com o seu silêncio do que outro com suas palavras." 

A reputação de muitos homens não reconheceria seu caráter caso se encontrassem no escuro. Para mudar o seu caráter é preciso que se comece no centro de controle — o seu coração. A falência do caráter é inevitável quando não se consegue mais nutrir um sincero interesse às próprias obrigações morais. Ellen White declarou: "Se o coração foi renovado pelo Espírito de Deus, a vida dará testemunho desse fato. Ver-se-á mudança no caráter, nos hábitos e atividades." (Caminho a Cristo, p. 57).

Henry Ward Beecher ponderou: "Não se pode afirmar se alguém é rico ou pobre apenas pela inscrição em sua lápide. É o coração que faz uma pessoa ser rica. Ela é rica de acordo com o que é em si mesma e não pelo que possui." Viva de maneira que os seus amigos possam defendê-lo, mas nunca precisem chegar a isso. Considere o que Woodrow Wilson ensinou: "Se os seus pensamentos estão no que você deve fazer pelas pessoas, o seu caráter cuidará de si mesmo." 

Ellen White afirmou que ter um bom caráter é mais necessário do que simples  demonstrações exteriores: "Se se considerasse de tanta importância que os jovens possuíssem um caráter belo, e amável disposição, como se considera importante que imitem as modas do mundo no vestuário e no comportamento, veríamos centenas onde hoje vemos um, que vem para o cenário da vida ativa preparado para exercer enobrecedora influência sobre a sociedade" (Fundamentos da Educação Cristã, p. 69).

Um excelente caráter é demonstrado quando se faz, em segredo, tudo o que se deseja fazer quando todos estão observando. Ser um bom cristão enquanto todos estão te olhando é fácil. No trabalho, quando o chefe não está; em casa, quando os seus pais saírem e te deixarem sozinho; ou na escola, quando o professor se distrair na hora da prova. É nessas horas que somos tentados a fazer coisas que desagradam a Deus. Ellen White alertou: "Toda má palavra, todo ato egoísta, todo dever não cumprido, e todo pecado secreto, juntamente com toda artificiosa hipocrisia estão escritos nos livros do céu com terrível exatidão" (O Grande Conflito, p. 481).

Permita-me lhe perguntar: O menino que você já foi um dia teria orgulho do homem que você se tornou? Você foi chamado a florescer como uma árvore e não como um cogumelo. É difícil crescer assim quando se tem um caráter fraco. O menor sermão do mundo é o que é pregado pela placa de trânsito nos países de língua inglesa: Keep Right, que em português pode significar tanto Mantenha a Direita quanto Seja Correto.

Finalizo com este conhecido texto de Ellen White: "A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se compram nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o erro pelo seu nome; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo." (Educação, p. 57)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Filme "Maria Madalena" estreia em março - Afinal... quem foi ela?

O antes e o depois da mulher que encontrou em Jesus uma nova maneira de viver: é assim que podemos classificar o filme Maria Madalena, próximo lançamento da distribuidora Universal Pictures. Com estreia marcada para 15 de março cinemas brasileiros, o longa traz Rooney Mara no papel-título e apresenta a jornada de uma das figuras mais enigmáticas e incompreendidas da história.

Mesmo contra sua família e a hierarquia social da época, ao ser impactada pelos ensinamentos de Cristo, interpretado por Joaquin Phoenix, Maria vê sua vida mudar completamente, tornando-se assim, uma grande discípula de Jesus e uma das líderes responsáveis por espalhar Sua Palavra.

Além dos indicados ao Oscar Rooney Mara e Joaquin Phoenix, o filme ainda traz Chiwetel Ejiofor e Tahar Rahim no elenco. Dirigido por Garth Davis, Maria Madalena tem roteiro assinado por Helen Edmundson e Philip Goslett. Confira o trailer:


Quem foi Maria Madalena? 
Tem-se como certo que o nome “Madalena” (em grego, Magdaléné) seja alusão a Magdala, pequeno vilarejo na praia ocidental do Mar da Galileia, um pouco ao sul de Cafarnaum. Alguns antigos manuscritos se referem a esse vilarejo como “Magdã”, e é assim que ele é citado na maioria de nossas versões de Mt 15:39. Não há dúvida de que Maria “Madalena” era assim chamada por ser originária de Magdala, ou pelo menos por ter morado ali parte de sua vida.

Maria Madalena só é mencionada pelo nome uma vez nos evangelhos, antes do relato da paixão de Cristo (Lc 8:2). Mas foi ela que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu (Lc 10:39) e que Lhe derramou na cabeça o precioso unguento, e banhou os pés com as próprias lágrimas (Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo:12:1-8). Depois, ela é citada no contexto da crucifixão. Em companhia de outras mulheres que haviam acompanhado o Mestre desde a Galileia, presenciou a Sua morte (Mt 27:55, 56; Mc 15:40, 41; Jo 19:25), Seu sepultamento (Mt 27:61; Mc 15:47) e depois o túmulo vazio (Mt 28:1-7; Mc 16:1-8; Lc 23:55-24:22; Jo 20:1). Jesus aparece, após a ressurreição, primeiramente a Maria Madalena (Jo 20:11-18; Mc 16:9-10).
"Maria fora considerada grande pecadora, mas Cristo sabia as circunstâncias que lhe tinham moldado a vida. Poderia haver-lhe extinguido n'alma toda centelha de esperança, mas não o fez. Fora Ele que a erguera do desespero e da ruína. Sete vezes ouvira ela Sua repreensão aos demônios que lhe dominavam o coração e a mente. Ouvira-Lhe o forte clamor ao Pai em benefício dela. Sabia quão ofensivo é o pecado à Sua imaculada pureza, e em Sua força vencera. Quando, aos olhos humanos, seu caso parecia desesperado, Cristo viu em Maria aptidões para o bem. Viu os melhores traços de seu caráter. O plano da redenção dotou a humanidade de grandes possibilidades, e em Maria se deviam as mesmas realizar. Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina. Aquela que caíra e cuja mente fora habitação de demônios, chegara bem perto do Salvador em associação e serviço. Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso unguento, e banhou os pés com as próprias lágrimas. Achou-se aos pés da cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador ressuscitado." (Ellen G. White - O Desejado de Todas as Nações, p. 568)
Leia mais sobre Maria Madalena no artigo Afinal... a "Mulher Adúltera" era Maria Madalena?

Nunca diga a seu filho: "Não sei o que fazer com você"

Não é coisa fácil ensinar e educar filhos sabiamente. Ao procurarem os pais conservar diante deles o juízo e o temor do Senhor, levantar-se-ão dificuldades. Revelarão os filhos a perversidade que lhes está no coração. Revelam amor à tolice, à independência, ao ódio à restrição e à disciplina. Praticam o engano e proferem falsidades.

Mas... Nunca permitam que seu filho ouça vocês dizerem: "Não sei o que fazer com você." Enquanto pudermos ter acesso ao trono de Deus, devemos, como pais, envergonhar-nos de pronunciar essas palavras. Clamem a Jesus, e Ele os ajudará a levar seus filhos a Ele. 

Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e restringir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao seu Salvador com a oração: "Ensina-nos, o o que faremos pela criança?" Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e lhe será dada sabedoria conforme a necessitar.

Antigamente era considerada a autoridade paternal; então os filhos se achavam em sujeição aos pais, temiam-nos e os reverenciavam; nesses últimos dias, porém, a ordem está invertida. Alguns pais estão sujeitos aos filhos. Temem contrariar a vontade deles, e portanto cedem. Mas enquanto os filhos se encontrarem sob o teto paterno, dependendo dos pais, devem estar subordinados ao seu domínio. Os pais devem agir com decisão, exigindo que seus pontos de vista do direito sejam seguidos. 

A obra dos pais é contínua. Não deve ser realizada vigorosamente um dia e negligenciada no outro. Muitos estão prontos a começar a obra, mas não estão dispostos a perseverar nela. Estão ansiosos por fazer alguma grande coisa, um grande sacrifício; mas estremecem ante o cuidado e esforço contínuo nas coisas pequenas da vida diária, no podar e dirigir a cada instante as tendências obstinadas, na obra de instruir, reprovar e incentivar pouco a pouco conforme for necessário. Desejam ver os filhos corrigirem suas faltas e formarem bom caráter imediatamente, alcançando num salto o topo da montanha e não em passos sucessivos. E visto suas esperanças não se realizarem imediatamente, ficam desanimados. Que tais pessoas criem coragem ao se lembrarem das palavras do apóstolo: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido" (Gl 6:9). 

Por mais provocadores que vossos filhos possam ser em sua ignorância, não deis lugar à impaciência. Ensinai-os com paciência e amor. Sede firmes para com eles. Não permitais que Satanás os domine. Disciplinai-os apenas quando estiverdes sob a disciplina de Deus. Cristo será vitorioso na vida de vossos filhos, se aprenderdes dAquele que é manso e humilde, puro e incontaminado.

Quão terrível será, no último e grande dia, ver que aqueles com os quais nos associávamos em família se acham separados de nós para sempre; ver os membros de nossa família, talvez nossos próprios filhos, sem estarem salvos. Então dirigiremos a nós mesmos a pergunta: Foi porventura por causa de minha impaciência, minha disposição não cristã que a religião de Cristo se tornou para eles desagradável?

Estes textos foram extraídos dos livros Orientações da Criança, Conselhos para a Igreja e Serviço Cristão de Ellen G. White

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A linda falsa vida que muitos sentem a necessidade de mostrar

Há pessoas tão preocupadas em se mostrar bem e agradar, que acabam se perdendo de si mesmas. São tantos que vivem iludidos por espelhos de pequenas ilusões e escondidos atrás de cortinas de grandes mentiras, que com o passar do tempo, perdem a noção da realidade: já não conseguem viver sendo verdadeiros. E existe uma cobrança coletiva por baixo disso. Somos cobrados pelo sucesso alheio e incentivados a sermos iguais. Mal sabemos que, em algumas situações, por detrás de uma foto postada, quase sempre há máscaras. Quase sempre há pessoas com a alma ferida tentando se mostrar fortalecidas. Quando a pessoa se deixa seduzir pelas tentações de ego e de vaidade, acaba entregando a vida para uma viagem só de ida. Só na tela. Tentar competir com o mundo é a melhor e mais rápida maneira de ser derrotado.

Existe um enquadramento entre as redes sociais e sua fábrica de ilusões. Parece absurdo, mas, na maioria das vezes, só postamos aquilo que queremos que os outros vejam. Postamos aquilo que queremos ser (e muitas vezes não somos). A verdade nem sempre é mostrada. Poses e mais poses, filtros e mais filtros para se chegar na foto perfeita. Quantas são as vezes que, em busca de aprovação de outras pessoas, pintamos um quadro totalmente disforme da realidade. Nem sempre é o que parece, vemos pessoas que estão prestes a cair num precipício, mas querem que todos pensem o contrário. A busca doentia por “likes” transforma fulanos e fulanas em reféns de suas próprias mentiras. A postagem dos outros se torna uma provocação e é preciso se mostrar melhor. Mudar a aparência não é mais suficiente, é preciso fingir outra vida.

Na verdade, há casos em que a diferença de aparência entre a pessoa real e a pessoa mostrada na tela do computador é tão grande que, em grande parte das vezes, é algo inacreditável. São figuras distintas, quase que irreconhecíveis quando colocadas lado a lado. A sociedade se reconfigura quando se projeta uma imagem vitoriosa. Há uma aceitação maior. Há uma glorificação da figura do ser bonito, rico e perfeito. E não se enquadrar nisso é dolorido para pessoas (em sua maioria) com a autoestima abalada demais ou elevada demais. Umas de um lado, outras de outro. Paradoxos difíceis de compreender. Um sonho de consumo que faz muitos se sentirem inseguros e tristes. Um sonho de consumo que faz muitos se mostrarem alegres e bem-sucedidos. Um sonho de ser além do que as outras pessoas comuns aparentemente são. Os perfis são tão perfeitos, as pessoas tão alegres, as fotos tão bonitas, as comidas tão gostosas, as selfies mais incríveis, as festas mais chiques, os amigos tão sorridentes, as famílias tão impecáveis, empregos poderosos, romances maravilhosos, viagens inesquecíveis, as roupas mais caras: A melhor vida possível!

Depois desse prazer dos diversos likes, essas ações viciam e tendem a se repetir. Quando tudo isso é verdadeiro e realmente vivemos e temos essa vida, é bom demais expor as conquistas, ostentar sucesso e trabalhar o marketing pessoal, pode fazer parte, saudavelmente, do dia a dia do vaidoso, quando é sem muitos exageros, melhor ainda. O perigo é quando muita parte do que é exibido não é real, é montado, disfarçado, é fake. Existe o risco de ser descoberto e o castelo cair. O prazer pode virar dor, a luxuria pode virar amargura, aplausos viram vaias, beleza vira vergonha e sorrisos viram choro.

É complicado pensar que atualmente os níveis de felicidade, realização e sucesso das pessoas são calculados pelo número de likes e coraçãozinhos em seu perfil. Cliques esses, muitas vezes feitos por pessoas que nem se conhecem. Fica mais difícil saber que isso também nos atinge. Essa falsa prosperidade que encontramos na vida dos outros, nós tentamos concretizar na vida da gente também e nem sempre conseguimos. A vida não nos cobra perfeição, mas a sociedade sim, os amigos sim, a família sim e, com isso, projetamos uma imagem de vencedor para agradar. Esse limite entre o real e o virtual, nos traz para uma reflexão sobre o que fazemos e o quanto ficamos invejosos sobre o que os outros fazem melhor do que nós. É como se a felicidade interior só tivesse alguma serventia se as outras pessoas vissem e curtissem. Como se a felicidade alheia fosse algo para incitar inveja.

Muitas vezes a gente se sente assim, não sendo suficiente. Sentimos inveja. Sentimos que não chegamos lá. Mas não queremos assumir e não pretendemos nos esconder. Mas, se você precisa mudar seu jeito e esconder suas verdades para caber no mundo, saiba que jamais nada disso o deixaria mais feliz. E nem mais aceito. E nem mais bonito ou bem-sucedido. Quando você se mostra grande em cima de algo que você não construiu, a queda é certa e sua pequenez será exposta algum dia. Não existe quem não precise de melhorias, sempre deve haver uma inspiração que nos guie aos acertos, mas é preciso repelir os erros, é preciso aceitar quem somos. Se a gente tiver um coração do bem, ele se abrirá e criará espaço para receber energia positiva. Somente um coração cheio de alegria e verdades pode fazer uma alma repleta de felicidade. A alma é que deve se mostrar feliz e não aquela foto maquiada da rede social. Só por isso já vale a pena a gente lutar para se mostrar como é. Não deixe que as vaidades te impeçam de andar somente pelos caminhos da verdade. Somente a verdade deve ser mostrada, mesmo que ela não te enobreça, mesmo que ela não te cresça, mesmo que ela não te coloque em palanques e palcos, não te traga prêmios e palmas. Mas, entenda que só ela importa. Só ela é nobre. Só ela interessa. A imagem verdadeira é a única coisa que a gente deve ter de melhor e mais belo a se mostrar.

Cleonio Dourado (via Conti Outra)
"Quantas vezes o orgulho, a paixão, o ressentimento pessoal, dão cores à impressão transmitida! Um olhar, uma palavra, a própria entonação da voz, podem estar cheios de mentira. Mesmo os fatos podem ser declarados de modo a dar uma falsa impressão. E o que passa da verdade é de procedência maligna. Tudo quanto os cristãos fazem deve ser tão transparente como a luz do Sol. A verdade é de Deus; o engano, em todas as suas múltiplas formas, é de Satanás; e quem quer que, de alguma maneira, se desvia da reta linha da verdade, está-se entregando ao poder do maligno. Não é, todavia, coisa leve ou fácil falar a exata verdade; e quantas vezes opiniões preconcebidas, peculiares disposições mentais, imperfeito conhecimento, erros de juízo, impedem uma justa compreensão das questões com que temos de lidar! Não podemos falar a verdade, a menos que nossa mente seja continuamente dirigida por Aquele que é a verdade." (Ellen G. White - O Maior Discurso de Cristo, p. 68)

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Ter ou não ter filhos no tempo do fim?

A Palavra de Deus predisse que o tempo do fim seria marcado por guerras, terremotos, fomes, epidemias e terror (Dn 8:17, 19; Lc 21:9, 10, 11, 26). A Bíblia alertou também que esse período decisivo na história humana seria um tempo de grandes mudanças sociais. Transtornos na vida familiar e imoralidade sexual estariam entre as coisas “difíceis de manejar” nestes críticos últimos dias (2Tm 3:1-5; Lc 17:28-30; Jd 1:7). Por que, neste tempo do fim, esses fatos tão amplos e poderosos poderiam influenciar a decisão dos cristãos quanto a ter ou não ter filhos?

Ellen G. White apoiou amplamente o plano original de Deus em relação ao matrimônio e a paternidade com bênçãos divinas para o homem. Ela comprovou com seu próprio exemplo ao casar-se e ter quatro filhos. Com respeito a oportunidade de ter ou não ter filhos neste tempo, é evidente que não vamos encontrar uma citação direta. Ellen White não escreveu muito acerca de ter filhos no tempo do fim, apesar de mencionar a atuação dos filhos e jovens ao serem usados por Deus na pregação final do evangelho.
“Nas cenas finais da história deste mundo, muitas destas crianças e jovens encherão de admiração o povo pelo seu testemunho em favor da verdade, o qual será dado de modo simples, no entanto com espírito e poder. Foi-lhes ensinado o temor do Senhor, e o coração se lhes abrandou por um estudo da Bíblia cuidadoso e acompanhado de oração. No próximo futuro, muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão na proclamação da verdade ao mundo uma obra que, naquela ocasião, não pode bem ser feita pelos membros mais idosos das igrejas.” (Conselhos aos Pais Professores e Estudantes, p. 166)
Ellen White também menciona que Deus permitirá que alguns filhos descansem antes dos tempos difíceis e finais.
“Frequentemente o Senhor me tem revelado que muitos pequeninos hão de ser levados ao descanso antes do tempo de angústia. Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais." (Carta 196, 1899 - Orientação da Criança, p. 566)
Ao verificarmos o que Ellen White escreveu sobre matrimônio e família (O Lar Adventista) e sobre filhos e paternidade (Orientação da Criança), não vemos nada que possamos supor que o plano do Senhor para os matrimônios é que evitem ter filhos. Presume-se que esses temas delicados são deixados para consideração da consciência de cada um, a busca por uma resposta concreta em oração e reflexão. 

Também é fato que Ellen White notava de maneira muito conveniente que alguns matrimônios que ela conhecia, optaram por ter filhos. As seguintes declarações ilustram essa questão:
O egoísmo, que se manifesta de variadas formas, segundo as circunstâncias e a constituição peculiar dos indivíduos, deve morrer. Se tivessem filhos, e seu pensamento fosse compelido a desviar-se de si mesmo para o cuidado deles, para instruí-los e ser-lhes um exemplo, ter-lhes-ia sido isso uma vantagem. [...] O cuidado de crianças em uma família exige bastante tempo no lar, com as atenções comuns da vida doméstica, dando oportunidade para o cultivo da mente e do coração.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 230-231)
“Daquilo que me foi mostrado, os adventistas guardadores do sábado têm um fraco sendo do imenso lugar que o mundo e o egoísmo ocupam em seu coração. Se têm desejo de fazer o bem o glorificar a Deus, há muitos modos de fazê-lo. Mas vocês não sentiram que esse é o resultado da verdadeira religião. Esse é o fruto que cada árvore boa produzirá. Não perceberam que lhes é requerido interessar-se pelos outros, considerar os casos deles como se fossem seus, e manifestar interesse altruísta por aqueles que estão em maior necessidade de ajuda. Vocês não têm se achegado aos mais necessitados. Se tivessem filhos próprios para exercitarem cuidado, afeição e amor, não estariam tão encerrados em si mesmos com seus interesses pessoais. Se os que não têm filhos e a quem Deus fez mordomos de recursos, abrissem o coração para amparar crianças que necessitam de amor, cuidado e afeição e de serem ajudadas com os bens deste mundo, poderiam ser muito mais felizes do que são hoje.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 328-329)
Há uma carta que menciona o tema de forma direta, e um dos parágrafos foi publicado numa compilação dos escritos de Ellen White:
“Na realidade não é prudente ter filhos agora. O tempo é curto, os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e as criancinhas, em grande parte, serão levadas antes disso.” (Carta 48, 1876 - Eventos Finais, p. 36)
Até onde se pode constatar, essa é a única consideração sobre o tema nos escritos de Ellen White. É pertinente verificar que, mais do que em qualquer outra apresentação, as cartas pessoais devem ser analisadas em seu contexto e em harmonia com as circunstâncias que as motivaram. Assim, impõe-se a necessidade de complementar de maneira breve as informações relativas aos conselhos de Ellen White acerca de não ter filhos no tempo do fim.

Esse parágrafo da obra Eventos Finais foi retirado de uma carta de três páginas do Arquivo de Cartas e Manuscritos do Centro White (Carta 48, 1876). Ellen White se dirige nessa ocasião ao pastor Van Horn e sua esposa Adélia. Suas palavras são proferidas com compaixão, porém também são firmes, e ao escrever, ela se manifesta com um sentimento de pena. A família Van Horn tinha ido trabalhar em Oregon, onde uma grande obra evangelizadora a esperava. Ao mesmo tempo, Ellen White os adverte que Satanás tinha planos para frustrar os propósitos de Deus.

A maior parte da carta se aplica especialmente a Adélia, uma mulher com grandes talentos, mas ao mesmo tempo com perigosas limitações. A irmã White a descreve como uma pessoa emotiva, perigosa, às vezes negligente e muito ansiosa. Ellen White lhe diz que o cuidado dos filhos intensifica ainda mais essas características e cessa a obra que ela poderia realizar.
“Adélia, meu coração sente muito pesar porque você tem falhado, porque rouba a Deus. Você é naturalmente temerosa e se apossa de dificuldades emprestadas. Você não poderia ter descanso ou paz mental separada dos seus filhos, e por sua disposição ansiosa, o caminho para a realização da sua obra se fechou. E isso não é tudo: o trabalho é grandemente realizado de maneira descuidada.”
É evidente que o conselho de ter filhos se dirige a uma mulher com características peculiares e com desafios especiais como esposa de pastor. Não parece sensato aplicar esses conselhos a todos os matrimônios em qualquer circunstância. De qualquer maneira, apesar das exigências da obra de Deus e da adequação pessoal para uma paternidade responsável, é um dever inevitável para todo filho de Deus que está avaliando o fato de trazer filhos ao mundo nesse tempo especial.

A paternidade é, sem dúvida, um privilégio e uma sagrada responsabilidade. Porque os filhos hão de ser preparados para este tempo e para a eternidade.
“A todos os pais que professam crer na breve volta de Cristo, é dada uma solene obra de preparo, para que eles e seus filhos possam estar prontos para receber o Senhor, na Sua vinda." (Nos Lugares Celestiais, p. 212)
Sobre esses assuntos complexos, o Pai do céu outorgará sabedoria do alto a todos os que agirem com humildade.

(Adaptação de texto do Centro White)

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Eu não me envergonho do evangelho

"Pois não me envergonho do evangelho." (Romanos 1:16)

O texto a seguir foi escrito por um jovem pastor cristão no Zimbabwe - África. Foi encontrado em seu escritório, pouco depois de ele haver sido martirizado por causa de sua fé em Jesus. Está citado no livro O Evangelho Maltrapilho de Brennan Manning, na página 28:

“Sou parte da fraternidade dos que não se envergonham. Tenho o poder do Espírito Santo. A sorte foi lançada. Transpus a linha. A decisão foi tomada. Sou um discípulo dEle. Não olharei para trás, não pararei, não diminuirei o ritmo, não retrocederei e não ficarei parado.

Meu passado está redimido, meu presente faz sentido, e meu futuro está seguro. Já coloquei um basta na vida vulgar, no andar pela vista, nos joelhos frouxos, nos sonhos sem cor, nas imagens sem vida do futuro, no falar mundano, no doar pouco, nos alvos pequenos.

Já não preciso mais de preeminência, de prosperidade, posição, promoções, aplausos ou popularidade. Não tenho de estar certo, de ser o primeiro, de estar por cima, de ser reconhecido, elogiado, considerado ou recompensado. Agora vivo pela fé, me apoio em Sua presença, ando pela paciência, sou edificado pela oração, e trabalho com poder.

Estou decidido, meu passo é rápido, meu alvo é o Céu, minha estrada é estreita, meu caminho é acidentado, meus companheiros são poucos, meu Guia é confiável, e minha missão é clara. Não posso ser comprado, dissuadido, desviado, atraído para outra coisa, impelido a voltar atrás, iludido ou atrasado. Não recuarei em face do sacrifício, não hesitarei em presença do inimigo, não ficarei tentando entrar no poço da popularidade, nem ficarei dando voltas no labirinto da mediocridade.

Não desistirei, não me calarei, não me deterei até ter ido até o fim em permanecer firme, em acumular, em orar, em pagar, em pregar pela causa de Cristo. Sou um discípulo de Jesus. Preciso prosseguir até que Ele venha, doar-me até minhas forças se esgotarem, pregar até que todos saibam, e trabalhar até que Ele me detenha. E, quando Ele vier para os Seus, não terá problemas para me reconhecer. Minha bandeira estará clara!”
"O evangelho de Cristo confere personalidade àqueles que creem, tornando-os epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Deste modo é comunicado à multidão o fermento da piedade. Os seres celestiais conseguem discernir os verdadeiros elementos de grandeza de caráter; pois somente a bondade é considerada eficiência à vista de Deus." (Ellen G. White - Fundamentos da Educação Cristã, p. 200)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Você é um cristão palmeira?

"O justo florescerá como a palmeira." (Salmos 92:12)

Foi pela contemplação da natureza, enquanto pastoreava os rebanhos de seu pai, que Davi foi levado a fazer essa bela comparação entre o justo e a palmeira. Pela força vital, pela longevidade, pelos abundantes frutos, pela variada utilidade, pelo porte nobre e atraente, a palmeira é um símbolo dos que amam a Deus e andam em Seus caminhos. Eis algumas das qualidades dessa árvore majestosa que ilustram a vida do verdadeiro cristão. 

1. A palmeira cresce no deserto 
Onde não há chuva ela floresce. Ao seu redor há só areia escaldante, mas sua copa é sempre verde, porque suas raízes se aprofundam em busca da água e do alimento revitalizantes. Assim é o cristão. Vive neste mundo árido. Ao seu redor prolifera toda espécie de males, mas ele floresce e viceja porque busca a seiva de sua vida nas profundezas, nas fontes refrescantes da comunhão com Deus, ocultas aos olhos humanos, mas poderosas e inesgotáveis. A oração e o estudo da Palavra de Deus nos colocam em contato com o manancial da água viva: Deus. 

2. A palmeira é de grande utilidade para o homem 
Dizem os hindus que ela pode ser utilizada em 360 maneiras diferentes. Sua sombra protege os viajantes cansados. Seu fruto alimenta. Sua presença é sempre motivo de alegria e esperança para as caravanas errantes do deserto. As palmeiras foram os oásis, nos quais há sempre uma fonte a jorrar. Assim é o cristão. Sua presença é uma bênção constante aos que vivem ao seu redor. Ele espalha alegria e esperança aos que estão cansados e desanimados. Ele se transforma em uma fonte de água viva, como afirmou Jesus à mulher samaritana. Mas tudo isso não é originário dele. Ele recebe de sua comunhão com Deus. 

3. A palmeira produz frutos 
E seus frutos mais saborosos são produzidos dos 30 aos 100 anos de idade. Um só cacho de tamareiras pode pesar até 200 quilos. E a palmeira produz frutos a vida inteira. E em média ela vive mais de 100 anos. Assim, quem está em Cristo também "produz muitos frutos". A Bíblia fala desses frutos como os frutos do Espírito, entre os quais estão o amor, a bondade, a longanimidade, o domínio próprio, a paz e a alegria. Se permanecemos em Cristo, nossa vida inteira pode ser de inspiração e ajuda aos que conosco convivem. "Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes" (Sl 92:14).

4. A palmeira da tâmara
Quando ferida, ela deixa correr do corte um líquido doce e aromático. Assim é o cristão. Ele paga o mal com o bem. Como Cristo, ele também pode dizer: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Que símbolo mais apropriado poderia haver dos verdadeiros filhos de Deus? No oriente, a palmeira é chamada "árvore abençoada". E realmente assim é. O sertanejo, mais do que outras pessoas, em nossos longínquos sertões, usufruem das virtudes da palmeira. Com seu tronco constroem sua casa. Com suas folhas, a cobrem. Dela tiram a lenha para o fogo, e dos seus cachos, os frutos para o alimento da família e o óleo para iluminar a casa à noite. 

Que nós possamos ser assim como as palmeiras. Que cresçamos em beleza, em vigor, em utilidade, em experiência, em frutos, e, como suas copas verdes que contrastam com o azul do céu, possamos nós também subir sempre, em toda nossa vida, em direção a Deus.

Tércio Sarli (via Revista Adventista)
"Como a palmeira no deserto é guia e consolação ao viajante desfalecido, assim deve ser o cristão para o mundo. Deve ele guiar às águas vivas os cansados, tomados de inquietação e prestes a perecer no deserto do pecado. Deve indicar aos semelhantes Aquele que faz a todos o convite: “Se alguém tem sede, que venha a Mim e beba” (João 7:37). Pode o céu ser de bronze, a areia ardente castigar as raízes das palmeiras, amontoando-se-lhe em volta do tronco. Entretanto, a palmeira continua viva, luxuriante e vigorosa. Removei a areia, e descobrireis o segredo de sua vitalidade; as raízes aprofundam-se até a ocultos veios de água no interior da terra. Assim é que se dá com o cristão. Sua vida está escondida com Cristo em Deus. Jesus é para ele uma fonte de água, que salta para a vida eterna. Sua fé, como as pequenas raízes da palmeira, penetra até além das coisas visíveis, tirando vida da Fonte da vida. E em meio a toda a corrupção do mundo, é ele verdadeiro e leal a Deus. Circunda-o a doce influência da justiça de Cristo. Sua influência enobrece e abençoa." (Ellen G. White - Nos Lugares Celestiais, p. 240)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Vamos falar sobre... os livros apócrifos

O termo apócrifo, é comumente usado para a coleção de 14 ou 15 livros ou partes de livros que em algum tempo foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamentos. Para nós, designa os livros que não faziam parte do Cânon Hebraico, que não são inspirados, porém, foram anexados à Septuaginta e à Vulgata Latina.

Etimologicamente a palavra significa oculto, escondido longe. É uma das palavras que tem sofrido várias transformações semânticas, pois seu sentido tem variado com o tempo e com diferentes grupos sociais que a têm empregado. Nos dias de Jerônimo, designava a literatura “falsa”, isto é, não inspirada.

O vocábulo tem sido usado diferentemente por estudiosos católicos e protestantes. Para os protestantes apócrifo significa que o livro não fazia parte do cânon hebraico, portanto não inspirado, enquanto os católicos designam estes livros como deuterocanônicos e denominam de apócrifos os livros que os estudiosos protestantes chamam pseudo-epígrafos.

Estes livros foram escritos durante os dois últimos séculos A.C. e no primeiro século A.D.

A literatura apócrifa é uma importante fonte, não apenas para o conhecimento da história, cultura e religião dos judeus, mas também utilíssima para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários.

Nossos opositores, por vezes, afirmam que as Bíblias protestantes são incompletas, falsas, por não possuírem os livros apócrifos; por isto, este assunto precisa ser bem estudado, para que se possa dar uma resposta correta e autorizada sobre este problema. Uma atenta comparação entre esses livros e os textos inspirados, reconhecidos unânime e universalmente pela Igreja de Deus, desde sempre, mostra a profunda e radical diferença que há entre os primeiros e os segundos, no assunto, no estilo, na autoridade e até nos idiomas usados. 

Só em 15 de abril de 1546, se lembrou a Igreja Católica Romana, pelo Concílio de Trento, de incluir esses livros no cânon Bíblico, como inspirados, impondo-os assim aos seus fiéis. São livros de leitura histórica edificante e úteis como subsídio aos estudos das antiguidades religiosas judaicas.

Lista dos Livros Apócrifos
Embora haja muita divergência quanto ao número dos livros apócrifos, o Comentário Bíblico Adventista, vol. VIII, páginas 50-53, citando pela ordem em que eles aparecem na RSV, apresenta a seguinte lista:

1. O Primeiro Livro de Esdras;
2. O Segundo Livro de Esdras;
3. Tobias;
4. Judite;
5. Adições ao Livro de Ester;
6. A Sabedoria de Salomão;
7. A Sabedoria de Jesus o Filho de Siraque, ou Eclesiástico;
8. Baruque;
9. A Carta de Jeremias;
10. A Oração de Azarias e o Canto dos Três Jovens;
11. Susana;
12. Bel e o Dragão;
13. A Oração de Manassés;
14. O Primeiro Livro dos Macabeus;
15. O Segundo Livro dos Macabeus.

Os Sete Apócrifos Mais Importantes
Os sete mais importantes são: I e II Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruque. Os quatro primeiros são históricos; Sabedoria de Salomão e Eclesiástico são poéticos, mas também chamados de Sapienciais, Baruque é profético.

Sinteticamente tratam dos seguintes assuntos:

- Os livros de Macabeus contam a história da revolta contra a opressão síria, liderada pela família dos Macabeus.

- Tobias é um conto para ilustrar o mérito de uma vida caritativa e virtuosa.

- Judite é uma lição de patriotismo, na ação destemida de uma viúva judia, que se serviu dos artifícios de sua beleza para assassinar o general do exército inimigo.

- Sabedoria é um louvor à sabedoria de Deus. O autor se apresenta na pessoa de Salomão. É certamente uma ficção literária, Foi escrito no primeiro século a.C.

- Eclesiástico, em grego chamado “Sabedoria de Jesus, Filho de Siraque”, é um compêndio de ética. O texto original se perdeu; resta a tradução grega.

- Baruque, profeta quase completamente desconhecido.

Em relação aos livros considerados apócrifos pelos protestantes, existem razões de sobra para não considerá-los inspirados. Eles ensinam, por exemplo, que: (1) dar esmola purifica o doador de seu pecado (Tb 2:8, 9; Eclo 3:30); (2) é possível expulsar demônios com feitiçaria (Tb 6:8, 18); (3) a alma é imortal (Br 3:4; Sb 3:1-4); (4) pode-se orar e fazer sacrifício pelos mortos (2Mc 12:40-46); (5) vingança, crueldade e egoísmo são atitudes não condenáveis (Jt 9:2; Eclo12:5, 6; 33:27; 42:4). Além disso, nem Jesus nem os apóstolos citaram esses livros, certamente porque não os consideravam inspirados. Aliás, nem os autores dos apócrifos reivindicaram inspiração para seus escritos (2Mc 15:37-39).

Apócrifos do Novo Testamento
Os apócrifos do Novo Testamento não constituem nenhum problema, porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. Não podíamos esperar algo diferente diante da fragilidade de seus escritos. 

1. Evangelhos: Evangelho segundo os Hebreus; Evangelho dos Egípcios; Evangelho dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago; Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe; Evangelho de Bartolomeu; Evangelho de Nicodemos; Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade.

2. Epístolas: I Clemente, As Sete Epístolas de Inácio; aos Efésios, aos Magnésios; aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; a Epístola de Barnabé.

3. Atos: Atos de Paulo; Atos de Pedro; Atos de João; Atos de André; Atos de Tomé.

4. Apocalipses: Apocalipse de Pedro; o Pastor de Hermas; Apocalipse de Paulo; Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.

5. Manuais de Instrução: Didaquê ou o ensino dos Doze Apóstolos: II Clemente; Pregação de Pedro.

O prof. Leandro Quadros também fala a respeito dos livros apócrifos e o cânon bíblico:


[Maiores informações em Sétimo Dia e Revista Adventista]

Saiba como lidar melhor com suas preocupações

A preocupação parece ser o único pecado que a maioria das pessoas não teme cometer. Costumávamos temer a Deus; agora tememos todas as outras coisas. Nicholas Berdyaev afirma: "O primeiro dever espiritual do homem é vencer os seus medos." Ellen G. White fala que o medo revela incredulidade:
"Quando as tempestades das tentações se levantam, fuzilam os terríveis relâmpagos e as ondas se avolumam por sobre nossa cabeça, sozinhos combatemos contra a tormenta, esquecendo-nos de que existe Alguém que nos pode socorrer. Confiamos em nossa própria força até que nos foge a esperança, e vemo-nos quase a perecer. Lembramo-nos então de Jesus, O invocamos para nos salvar e não ficamos decepcionados. Embora reprove, magoado, a incredulidade e a confiança em nós, nunca deixa de nos conceder o auxílio de que necessitamos. Seja em terra ou no mar, se temos no coração o Salvador, nada há a temer. A fé viva no Redentor acalma o mar da vida, e Ele nos protege do perigo da forma que sabe ser a melhor." (O Desejado de Todas as Nações, p. 336)
Os medos, assim como os bebês, crescem quando são nutridos. Se permitirmos, o medo cresce mais rapidamente do que um adolescente. Disraeli constata: "Nada e mais marcante na vida do que a desnecessária ansiedade que aturamos — em geral criada por nós mesmos." Precisamos agir apesar dos nossos temores — e não em função deles. Se você temer subir ao pódio para ser homenageado jamais vencerá um torneio. 

"O medo é a crença de que não irá dar certo", ponderou a irmã Mary Tricky. A Bíblia registra no Salmo 46: "Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, o auxílio sempre presente na adversidade. Por isso não temeremos." Não tema, pois o Senhor é contigo. Jamais deixará que você enfrente os seus problemas sozinhos. 
"Milhões de criaturas humanas acham-se presas a falsas religiões, na escravidão de um temor servil, de estulta indiferença, trabalhando como animais de carga, destituídos de esperança, alegria ou inspiração, e tendo apenas um tolo temor do além. É unicamente o evangelho da graça de Deus que pode dar sentido à vida." (O Desejado de Todas as Nações, p. 478)
Lucy Montgomery concluiu: "Só nos sentimos fazendo alguma coisa quando estamos preocupados." A preocupação não ajuda a resolver os problemas futuros, no entanto, com certeza, destrói a felicidade presente. "Um dia de preocupações é mais desgastante do que um dia de trabalho" (John Lubbock).  
"Não é o trabalho que mata; é a preocupação. A única maneira de evitara preocupação é levar a Cristo toda e qualquer dificuldade. Não olhemos ao lado escuro. Cultivemos a disposição animosa do espírito." (Carta 208, 1903)
Se você se preocupar com o futuro, logo não terá mais um futuro com que se preocupar. Uma pessoa sempre espera poder viver o seu futuro, não importa o quanto tenha receio dele. Infelizmente existem mais pessoas que se preocupam com o futuro do que pessoas que se preparam para ele.
"Posto que sejam supridas suas necessidades presentes, muitos não estão dispostos a confiar em Deus para o futuro, e se acham em constante ansiedade, receosos de que a pobreza lhes sobrevenha, e seus filhos venham a sofrer. Alguns estão sempre a ver antecipadamente o mal, ou a aumentar as dificuldades que realmente existem, de modo que seus olhos ficam cegos às muitas bênçãos que lhes reclamam gratidão." (Patriarcas e Profetas, pp. 293 e 294)
Nunca se aborreça com os transtornos, até que os transtornos o aborreçam. Arthur Roche afirmou: "A preocupação é um fino córrego de medo a escoar pela mente. Se a alimentarmos, ela acabará se rompendo em um canal através do qual todos os outros pensamentos serão drenados." Em vez disso, siga o conselho do Dr. Rob Gilbert: "Não há problema algum em se sentir nervoso. Apenas cuide para não perder o controle." 

O medo sempre é gerado em sua mente. Jesus declarou: "Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar um único côvado à sua altura?" Escolhemos aquilo que nos causa alegria e medo, muito antes de experimentá-lo. Por isso concordo com Helen Keller: "Considero um grande consolo o fato de as coisas visíveis serem temporais e as invisíveis serem eternas." Como nos alertou George Porter: "Fique sempre atento contra a sua imaginação. Quantos leões ela não cria em seu caminho, e de um modo tão fácil! E como sofremos, caso não nos façamos de surdo às suas tolices e sugestões!" 
"A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas Jesus vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um meio preparado para trazer alívio." (O Desejado de Todas as Nações, p. 330)
A preocupação não pode consertar nada. Shakespeare escreveu: "Nossa incerteza é uma traidora e nos faz perder o que muitas vezes estamos para ganhar porque receamos até mesmo tentar." Emanuel Celler disse: "Não arregace a bainha de sua calça antes de chegar ao riacho." 
"Não atravesseis uma ponte antes de chegar a ela. Não forjeis um tempo de angústia antes que venha. Chegareis a ele bastante cedo, irmãos. Devemos pensar no dia de hoje, e se cumprirmos bem os deveres de hoje, estaremos prontos para os deveres de amanhã." (Manuscrito 7, 1888)
"Se ficar angustiado por qualquer coisa externa, a aflição não se deve à coisa em si, mas à avaliação que você fez dela; e isso é algo que pode ser revogado a qualquer instante" (Marco Aurélio). O medo nos engana e pode nos impedir de chegar onde poderíamos ser vitoriosos. Sempre há duas vozes ressoando em nossos ouvidos — a voz do medo e a voz da fé. Uma é o clamor dos nossos sentidos e a outra é o sussurro de Deus. Não permita que os seus temores roubem os seus sonhos e o impeçam de segui-los.
"Não te preocupes. Olhando às aparências e queixando-te quando sobrevêm dificuldades e opressão, revelas uma fé doentia, enfraquecida. Por tuas palavras e tuas obras mostras que tua fé é invencível. O Senhor é rico em recursos. Ele é dono do mundo. Olha para Ele, que tem luz, e poder e eficiência. Ele abençoará a todos os que procurem comunicar luz e amor." (Testimonies, vol. 7, p. 212)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Morre Billy Graham, um dos maiores pregadores do mundo

O evangelista americano Billy Graham, conselheiro espiritual de diversos presidentes que pregou para milhares de pessoas no mundo todo, morreu nesta quarta-feira (21) aos 99 anos.

William Franklin Graham Jr. morreu em sua casa em Montreat, na Carolina do Norte, de acordo com Jeremy Blume, porta-voz da Associação Evangélica Billy Graham.

Graças a seu carisma, Graham conseguiu atrair as massas, que o seguiam através de seus programas de rádio e televisão. Ele propagava sua mensagem também por linhas telefônicas e satélites.

Cerca de 77 milhões de pessoas o assistiram pessoalmente e outras 215 milhões viram seus discursos pela TV ou por links via satélite, disse um porta-voz.

O reverendo se tornou capelão não oficial da Casa Branca para todos os presidentes desde Harry Truman (1945-1953), além de ter se encontrado com diversos líderes mundiais.

Segundo a associação que leva seu nome, Graham pregou em 185 dos 195 países do mundo e converteu ao Cristianismo mais de 3 milhões de pessoas.

"Ele foi provavelmente o líder religioso mais importante de sua era", disse William Martin, autor de um livro sobre ele.

"Não havia ninguém como ele", afirmou o presidente Donald Trump em seu Twitter depois que a morte dele foi noticiada. "Ele fará falta aos cristãos e a todas as religiões. Um homem muito especial", escreveu.

O ex-presidente americano George H. W. Bush também comentou a morte de Graham, a quem classificou como um amigo pessoal e mentor de vários de seus filhos, incluindo do também ex-presidente George W. Bush. "Acho que Billy tocou os corações não só dos cristãos, mas de pessoas de todas as crenças, porque ele era um homem muito bom", afirmou.

O ex-presidente Barack Obama disse no Twitter que Graham foi um "servo humilde que rezava por muitos". "Com sabedoria e graça, ele deu esperança e orientação a gerações de americanos", acrescentou. (Com informações de G1)

Não há futuro no passado

Se olhar demais para trás, logo estará andando naquela direção. Mike Murdock aconselhou: "Pare de olhar para onde esteve e comece a olhar para onde pode estar." O seu destino e chamado na vida é sempre para frente, nunca para trás. Katherine Mansfield sugeriu: "Tenha como regra de vida jamais se lamentar e nunca olhe para trás. Lamentar-se é um terrível desperdício de energia que nada pode produzir de bom. Só e bom para que nos afundemos ainda mais." 

Ellen G. White, em A Ciência do Bom Viver, p. 515, disse: "Quaisquer que tenham sido os erros ou insucessos do passado, podemos, com o auxílio de Deus, levantar-nos acima deles." Considere as palavras do apóstolo Paulo: "Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:13-14). Existe uma propensão maior para cometermos erros quando agimos com base apenas em experiências passadas. Não podemos ter pensamentos alegres acerca do futuro enquanto alimentamos as tristezas do passado.

Certa vez, um fazendeiro contou que a sua mula tinha sempre um pé atrás quanto a seguir em frente — isso é verdade com relação a muitas pessoas hoje em dia. Você mantém um pé atrás quando precisa avançar? Como mencionou Phillip Raskin: "Aquele que desperdiça o hoje lamentando o ontem desperdiçará o amanhã lamentando o hoje." Deixe os "bons tempos" definitivamente para trás.

O passado sempre será o que já foi um dia. Pare de tentar mudá-lo. O seu futuro contém muito mais felicidade do que qualquer passado de que você possa se lembrar. Creia que o melhor ainda está por vir. 

"Ninguém é tão rico a ponto de poder comprar seu passado de volta", declarou Oscar Wilde. Pense sobre o que comentou W. R. Ing: "Os eventos do passado podem, com certa dificuldade, ser classificados entre os que provavelmente nunca ocorreram, e os que não importam." Quanto mais se olha para trás, menos se avança. Thomas Jefferson estava certo ao proferir: "Gosto mais dos sonhos sobre o futuro do que da História." Muitos que "já se foram" vivem da reputação de sua reputação.

Hubert Humphrey pronunciou: "Acredite-me: os bons tempos nunca foram assim tão bons. Os verdadeiros bons tempos são hoje, e tempos melhores ainda virão amanhã. Ainda não entoamos nossas melhores canções." Em geral, quando estamos deprimidos, estamos vivendo no passado. Quer conhecer um segredo da estagnação em sua vida? Quando vive no passado às custas do futuro você pára de crescer e começa a definhar. Repare no que aconselha Eclesiastes 7:10: "Não diga: 'Por que os dias do passado foram melhores que os de hoje?'. Pois não é sábio fazer esse tipo de pergunta."

Concordo com o conselho de Laura Palmer: "Não desperdice o presente lamentando o passado em vez de construir uma memória para o futuro." David McNally disse: "O seu passado não pode ser modificado, entretanto você pode mudar o seu futuro através de suas atitudes no presente." Nunca permita que o passado ocupe todo o seu presente. Satchel Paige falou uma verdade: "Não olhe para trás; pode ter alguma coisa se aproximando de você." 

"Viver no passado é algo cansativo e solitário; olhar para trás pode dar torcicolo e levá-lo a esbarrar nas pessoas que estão no caminho contrário" (Edna Ferber). A primeira regra da felicidade é: evite pensar demais no passado. Não há nada tão distante quanto uma hora atrás. Charles Kettering acrescenta: "Você não conseguirá ter um futuro melhor se ficar o tempo todo pensando no passado." O seu passado jamais se igualará ao seu futuro.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Como transformar um pensamento negativo em positivo?

O mundo pode ser dividido em dois: o daqueles que têm um pensamento cujo padrão geral os conduz a focar o que é positivo; e o dos que têm seu foco nos acontecimentos negativos. 

O mundo vai cair sobre sua cabeça se continuar com o pensamento “por que tudo vai mal para mim?”, em vez de “como posso mudar isso?”

Muitas pessoas não sabem que podem modificar o padrão negativo de pensar. Creem que aquele seu jeito de pensar é o único que podem ter. A verdade é que podemos desenvolver um modo melhor de pensar, com mais conteúdos saudáveis embutidos em nossos pensamentos. Também é verdade que não é fácil mudar a corrente dos pensamentos, porque habituamo-nos a tê-los num sentido (pessimista ou otimista, negativo ou positivo, sem esperança ou com ela, etc.) ao longo da vida. É importante compreender que muito do que sentimos depende do que pensamos, da nossa maneira de pensar e do que mais pensamos. Em parte nos tornamos aquilo em que mais pensamos.
“Mais precioso do que as barras de ouro de Ofir é o poder do pensamento positivo. Precisamos dar elevado valor ao controle correto de nossos pensamentos, pois tal controle nos prepara para trabalhar pelo Mestre. É necessário para a nossa paz e felicidade nesta vida que nossos pensamentos se centralizem em Cristo. Como o homem imagina em sua alma, assim ele é.” (Refletindo a Cristo, p. 300)
A informação não utilizada tende ao desaparecimento; em contrapartida, a que está mais presente na memória adquire maior força e influência sobre nossa conduta. Insira pensamentos positivos e permanentes em sua mente. Reforce-os com a repetição. Dê as boas-vindas a qualquer pensamento desejado que influencie sua conduta e suspenda todo aquele que lhe reforce o hábito de pensar de maneira negativa. 
"Como nós não pertencemos a nós mesmos, visto como fomos comprados por bom preço, é dever de todo que professa ser cristão, manter seus pensamentos sob o controle da razão e impor-se o dever de ser bem-humorado e feliz. Por amarga que seja a causa de sua tristeza, deve ele cultivar um espírito de repouso e quietude em Deus. O repouso que há em Cristo Jesus, a paz de Cristo, quão preciosa, quão salutar sua influência, quão calmante para o espírito opresso! Por escuras que sejam suas perspectivas, nutra ele um pensamento de boa esperança. Ao passo que coisa alguma se ganha pelo desânimo, muito por ele se perde. Ao passo que o bom ânimo e uma calma resignação e paz tornarão felizes e sadios os outros, ao mesmo tempo serão de maior benefício a si mesmo." (Mente, Caráter e Personalidade 2, p. 662)
Vejamos algumas dicas práticas para mudarmos nossa maneira de pensar:

1) Modifique seus pensamentos a partir de sua linguagem
Quando fala, você atua em duplo cenário: de um lado, transmite seus pensamentos aos demais; de outro, suas palavras se transformam em comunicação para si mesmo. 
“Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São essas coisas que contaminam o homem.” (Mateus 15:18-20)
"Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios ficará satisfeito. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.” (Provérbios 18:20-21)
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Efésios 4:29)
“Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.“ (Efésios 5:19)
Nossa percepção determina nossos pensamentos, que determinam nossa linguagem, que determinam nossas opções, que determinam nossa conduta (modo de agir), que determinam nossos resultados, que realimentam nossa percepção!
"A tristeza e o falar em coisas desagradáveis, é o mesmo que animar cenas desagradáveis, trazendo sobre si o efeito ruim. Deus quer que esqueçamos tudo isso - não olhar para baixo mas para cima, para cima!" (Carta 1, 1883)
 2. Circule em um ambiente positivo - Crie um ambiente de fé 
- Transforme-se no anjo das boas notícias. Não divulgue episódios negativos e repita muitas vezes fatos positivos! 
- Fuja do grupo de pessoas cuja principal função é propagar más notícias.
- Selecione amizades que tragam alguma “contribuição” a seus propósitos. Cada um é responsável pelo ambiente e pelas pessoas que o cercam. 
- Cuidado com as notícias que chegam aos seus ouvidos. 
- Não acompanhe pormenores de notícias violentas e desalentadoras. 
- Informe-se, mas sem excesso.
"Devemos fazer todo o possível para nos colocarmos, e a nossos filhos, em posição onde não vejamos a iniquidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente nossa habilidade de ver e ouvir, para que essas coisas más não entrem em nossa mente. Quando os jornais chegam em casa, quase desejo escondê-los, para que as coisas ridículas e sensacionalistas não sejam vistas. Parece que o inimigo é responsável por muitas coisas que aparecem nos jornais. Todo mal que pode ser encontrado é descoberto e desnudado perante o mundo. [...] Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à mente; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a mente vagará em trevas." (Fundamentos do Lar Cristão, p. 133)
"O que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue, e fecha os seus olhos para não ver o mal. Este habitará nas alturas." (Isaías 33:15, 16)
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4:8)
"Precisamos de um constante senso do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da danosa influência dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros, pois a única segurança para qualquer pessoa é o pensar correto. Devemos usar todos os meios que Deus pôs ao nosso alcance, para o governo e o cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr a mente em harmonia com a mente divina. Sua verdade nos santificará, corpo, alma e espírito." (Carta 123, 1904)
3. Mude o tema da conversa 
- Controle rigorosamente seu modo de se referir ao cotidiano (ex. reclamar do trânsito). Qual é a utilidade desses comentários? Eles auxiliam na resolução de situações, ou antes, exercem uma influência negativa sobre você e os demais ouvintes? 
- Não dirija insultos a si mesmo, nem a outros e nem às instituições.
 - Inicie a mudança por si mesmo e ela se projetará nos demais. 
"As palavras e o caráter de Cristo devem ser muitas vezes o assunto de nossos pensamentos e nossa conversação, e cada dia se deve dedicar algum tempo a uma devota meditação sobre esses temas sagrados." (Review and Herald, 3 de maio de 1881)
"Ninguém senão vós mesmos podereis dominar vossos pensamentos. Na luta para alcançar a mais elevada norma, o êxito ou o fracasso depende muito do caráter, e da maneira por que são disciplinados os pensamentos. Caso estes estejam bem cingidos, como Deus determina que o sejam dia a dia, estarão nos temas que nos ajudarão no sentido de maior devotamento. Se os pensamentos são justos, então, em resultado, as palavras o serão também; as ações serão de natureza a trazerem alegria e conforto e serenidade a outros." (Nossa Alta Vocação, p. 112)
4. Renove sua mente pela Palavra de Deus 
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
Transformar-se (mudar) pela renovação da nossa mente. Como? Substituindo a maneira de pensar de dúvida, incredulidade, ansiedade por fé e confiança.
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmos 1:1-2)
"Meditar na Palavra de Deus de dia e de noite. Por quê? Pelo fato de que a Palavra tem os subsídios que você precisa para mudar os seus padrões de pensamento." (Josué 1:8)
"Os misericordiosos alcançarão misericórdia, e os limpos de coração verão a Deus. Todo pensamento impuro contamina o coração, debilita as faculdades morais, e tende a extinguir as impressões do Espírito Santo. Além disso, obscurece a visão espiritual, de modo que os homens não possam contemplar a Deus. O Senhor pode perdoar, e perdoa o pecador arrependido; mas embora perdoado, sua mente fica prejudicada. Toda impureza no falar e no pensar precisa ser evitada por aquele que deseja ter um claro discernimento da verdade espiritual." (Refletindo a Cristo, p. 300)

Vamos falar sobre... surdez espiritual

Aproximadamente 360 milhões de pessoas ao redor do mundo têm problema de audição, segundo a Organização Mundial de Saúde. E 1,1 bilhão de jovens correm esse risco por causa da exposição a ruídos excessivos. Mas o que não costuma ser contabilizado é outro tipo de perda auditiva: a surdez espiritual. Esse é um problema real que pode afetar todos nós.

Ouvir é uma experiência que começa cedo. Adam S. McHugh iniciou seu premiado livro The Listening Life (InterVarsity, 2015) com estas palavras:
“Ouvir vem primeiro. Você ouve mesmo antes de ter consciência disso. De dentro do útero, o bebê já ouve a voz dos pais. Depois do nascimento, ele passará os meses seguintes ouvindo as palavras que eles falam, sussurram e cantam para ele, até que um dia começará a ecoar essas palavras, uma sílaba imperfeita de cada vez.”
Entretanto, em algum momento, conforme o autor reconhece, começamos a violar essa regra e a inverter a ordem natural das coisas: em vez de ouvir, primeiro falamos. E alguns falam sem parar… Talvez seja por isso que Tiago (1:19) aconselha cada um a ser pronto para ouvir, mas cuidadoso ao falar.

Na antiguidade, em sociedades com baixo nível de alfabetização e limitado acesso a fontes escritas, a comunicação era basicamente oral. Portanto, ouvir era uma arte, e algumas pessoas chegavam a memorizar livros inteiros. Não é por acaso que a palavra “ouvir”, ao lado de suas variações, aparece mais de 1.500 vezes na Bíblia, a começar pelo primeiro “credo”: “Ouve, Israel” (Dt 6:4).

Jesus usou várias vezes a expressão “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 11:15; 13:9, 43; Mc 4:9, 23; Lc 8:8; 14:35). É como se Ele estivesse pedindo: “Preste atenção! Isto é importante.” A frase aparece repetidamente também em Apocalipse 2 e 3, incluindo o conhecido apelo de 3:20.

Para o apóstolo Paulo, a fé vem por ouvir a mensagem da Palavra (Rm 10:17). Naturalmente, ler a Palavra é um ato com um poder indiscutível. Porém, ouvi-la, no sentido literal e metafórico, tem um efeito maravilhoso. Ellen White comentou: 
“A Bíblia é a voz de Deus a falar-nos exatamente como se pudéssemos ouvi-Lo com os nossos ouvidos.” (Nos Lugares Celestiais, p. 135)
Ao ouvir, concentramos a mente e o coração em algo ou alguém além de nós mesmos e o Espírito Santo nos impressiona a agir em determinada direção.

O problema é que, muitas vezes, apenas ouvimos, mas não escutamos. Há uma sutil diferença entre os dois verbos: enquanto o primeiro está mais ligado ao sentido físico e à captação do som, o segundo tem mais a ver com prestar atenção e compreender o significado, retendo a mensagem.

Os cristãos comprometidos acham que têm que falar, falar e falar, e em voz alta, o que é verdade. Mas a dimensão do ouvir não pode ser esquecida. Deus reclamou várias vezes de que Seu povo não O ouvia (Sl 81:11; Jr 17:23; Ez 3:27; Zc 7:11). Ser surdo por não querer ouvir é sinal de rebeldia.

Ouvir é uma disciplina espiritual que precisa ser resgatada e praticada. Não no sentido místico, mas no sentido de entender e obedecer. Se você quer que Deus o ouça, precisa primeiro aprender a ouvi-Lo. Isso exige atenção e senso de urgência. Certos sons, como gritos e choros, têm o poder de chamar nossa atenção imediatamente. A voz de Deus também deve ser ouvida com rapidez.

Marcos de Benedicto (Editorial da Revista Adventista de fevereiro de 2018)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Igreja Adventista oferece assistência às famílias de vítimas de tiroteio em escola da Flórida

O Serviço Comunitário Adventista de Resposta a Desastres (ACS DR, sigla em inglês) da Flórida, nos Estados Unidos, está oferecendo auxilio emocional e espiritual as pessoas afetadas pelo tiroteio ocorrido em uma escola de ensino médio em Parkland, no Sul do Estado, no dia 14 de fevereiro. O atirador, um ex-aluno da instituição, matou 17 pessoas e deixou outros 14 feridos.

Naquela tarde, W. Derrick Lea, diretor do ACS DR, pediu aos diretores das associações regionais da Flórida e Sudeste para contatarem seus provedores locais de atenção emocional/espiritual para avaliar a disponibilidade. Lea também falou com a liderança da Cruz Vermelha americana, que estava averiguando que ajuda a escola poderia necessitar da comunidade de resposta a desastres.

“Falamos também com a Florida Voluntary Organizations Active in Disasters (VOAD) para saber como o ACS DR poderia ajudar”, conta Lea. Ele soube que a escola tem pessoas ali para prover atenção emocional e espiritual em tais situações. As equipes do ACS DR de ambas as associações adventistas locais se reuniram para coordenar o estabelecimento de um centro de ajuda na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Pompano Beach, na noite de sexta-feira e no sábado à tarde (16 e 17 de fevereiro).

A igreja de Pompano Beach é a que está mais perto da escola. “Nossos planos locais do ACS DR são para oferecer essa ajuda à comunidade, se as pessoas desejaram vir e conversar com provedores certificados de atenção emocional e espiritual, e estar preparados para ajudar se surgirem outras necessidades”, esclarece Lea.

Samantha Grady
Cenário preocupante
Esta é a 18ª escola a sofrer tiroteio nos Estados Unidos somente neste ano. Samantha Grady, desbravadora que estuda em Parkland, é uma das feridas neste último tiroteio. De acordo com o relatório da NBC’s Today.com, Grady contou que acatou o conselho de sua melhor amiga de usar um livro para se proteger das balas que voavam pela sala de aula, onde ela e outros se agruparam atrás dos móveis.

A história da NBC diz que Grady estava trabalhando em uma tarefa sobre o Holocausto quando ouviu dois tiros no corredor. Sua melhor amiga a puxou para baixo e as duas então correram até uma grande estante de livros. Ela incentivou Grady a pegar um livro e o usar como proteção. A amiga da Grady, que estava frequentando a igreja com ela, de acordo com seus familiares, não sobreviveu.

A Divisão Norte-Americana dos Adventistas do Sétimo Dia pediu para os membros orarem. “Por favor, mantenham nossas comunidades em oração”, pediu o líder regional.

(Com informações de Notícias Adventistas)

Remédio para os pobres de espírito

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus." (Mateus 5:3)

Essas palavras de conforto proferidas por Cristo não são dirigidas ao orgulhoso, tampouco ao prepotente e presunçoso, mas àqueles que reconhecem a própria fraqueza e pecaminosidade. Os que choram, os mansos que se sentem indignos do favor de Deus e os que têm fome e sede de justiça; todos estão incluídos no termo “pobre de espírito”. 

Os pobres de espírito sentem sua pobreza, sua necessidade da graça de Cristo. Percebem que conhecem pouco a respeito de Deus e de Seu grande amor, e que precisam de luz a fim de conhecer e guardar o caminho do Senhor. Não ousam enfrentar a tentação amparados na própria força, pois sabem que não dispõem de força moral para resistir ao mal. Não encontram prazer em se lembrar de sua vida passada, e têm pouca confiança ao olhar para o futuro, pois são enfermos de coração. Para tais, Cristo diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito.” Cristo viu que aqueles que sentem sua pobreza podem ser feitos ricos. 

Que grande privilégio se encontra ao alcance dos que sentem a pobreza de seu espírito e se submetem à vontade de Deus! O remédio para a pobreza de espírito se encontra unicamente em Cristo. Ao ser o coração santificado pela graça, ao possuir o cristão a mente de Cristo, ele tem o amor de Cristo – riquezas espirituais mais preciosas do que o ouro de Ofir. Porém, antes que possa existir o intenso desejo pela riqueza contida em Cristo, disponível a todos que sentem sua pobreza, deve existir o senso de necessidade. Quando o coração está repleto de presunção e preocupado com as coisas superficiais da Terra, o Senhor Jesus repreende e disciplina a fim de que a pessoa possa se dar conta de sua verdadeira condição. 

Achegue-se a Jesus com fé e sem demora. A provisão dEle é farta e gratuita, Seu amor é abundante, e Ele lhe concederá graça para tomar Seu jugo e levar Seu fardo com alegria. Você pode reivindicar o direito à bênção dEle em virtude de Sua promessa. Pode entrar em Seu reino, que é Sua graça, Seu amor, Sua justiça, Sua paz e alegria no Espírito Santo. Se você se sente na mais profunda necessidade, pode ser suprido com toda a Sua plenitude, pois Cristo disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2:17). Jesus o chama.