sexta-feira, 31 de março de 2017

Primeiro de abril - Sete mentiras sobre Deus

Primeiro de abril é conhecido como o dia da mentira. Tradicionalmente, pessoas pregam peças em amigos e desconhecidos e passam “trotes” com a desculpa de que é o dia da mentira. Às vezes, a brincadeira não traz consequências, e a pessoa iludida ri por ter acreditado, durante alguns instantes, em uma farsa. Outras vezes, a travessura leva alguém a ser prejudicado por imaginar que a ilusão fosse real.

Entre as mentiras com consequências mais trágicas, estão as mentiras sobre Deus. Deus é o Deus da verdade (Is 65:16), e é avesso à mentira (Pv 12:22; Hb 6:18). No entanto, o diabo existe e é o “pai da mentira” (Jo 8:44). Ele tem se empenhado em espalhar falsidades sobre Deus, a fim de que tenhamos um conceito incorreto de sua Pessoa divina (At 13:10; Gn 3:4, 5). As informações erradas sobre Deus são produto da especulação de filósofos sem compromisso com a revelação bíblica e justificativa para dogmas religiosos não fundamentados nas Escrituras Sagradas. Infelizmente, esses mitos levam muita gente a ter atitudes equivocadas para com o Único que pode salvar (At 4:12).

Com palavras poéticas, o profeta Isaías descreveu o estado de perdição espiritual em que se encontra quem crê numa mentira a respeito daquele que é a Verdade: 
“O seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio?” (Is 44:20)
A seguir, menciono sete mentiras muito populares sobre Deus, com a respectiva apresentação do que a Bíblia tem a dizer sobre quem o Senhor realmente é.

1. Deus determina tudo o que acontece. Muita gente entende mal um dos atributos de Deus: a sua soberania. Imagina que o Todo-Poderoso, que tem autoridade sobre todo o Universo, comande tudo o que acontece em sua vasta criação a ponto de determinar cada coisa que vai acontecer. Na verdade nem tudo o que acontece é por que Deus quer. Se Deus realmente determinasse tudo, seria impossível desobedecer-lhe!

Deus intervém na história humana (Dn 2:21), mas não determina tudo. Ele concedeu ao ser humano a faculdade de tomar as decisões que determinarão seu próprio destino (Dt 30:15-20; Js 24:15; 1Rs 18:21). Pessoas podem optar por dedicar a vida a Deus (Mc 9:24; At 8:37; At 16:13), ou podem escolher permanecer sob o domínio do pecado (Gn 4:6, 7; Is 66:3, 4), mesmo que a vontade de Deus seja que todos escolham o arrependimento e a salvação (2Pe 3:9). Deus deixa as pessoas praticarem sua própria vontade, mesmo que a vontade humana seja contrariar a vontade de Deus (Rm 1:24, 25). Ele dá liberdade para você e eu escolhermos se queremos acreditar ou não nele (Jo 3:16).

2. Quando alguém morre, é porque foi a vontade de Deus. Muito ao contrário, Deus não quer que ninguém morra, mas que se arrependa e tenha a vida eterna (2Pe 3:9). Quem deseja que pessoas morram é o diabo, que “vem para roubar, matar e destruir”. Mas Deus quer nos dar “vida completa” (Jo 10:10, NTLH).

Para Deus, a morte de uma pessoa que tem a vida entregue a Ele é um momento especial (Sl 116:15). É algo comparado a um sono, do qual Deus deseja despertar-nos (Jo 11:11; 1Ts 4:14). Portanto, Deus, além de não desejar a morte de ninguém, ressuscitará aqueles que pertencem a Ele (1Ts 4:16).

3. Deus é energia. No imaginário popular, Deus frequentemente é descrito como sendo uma “energia”, uma “luz”, que permeia o Universo; uma espécie de grande fantasma, invisível, sem forma, um espírito sem corpo que está em todos os lugares, algo impessoal. Nada poderia estar mais longe da verdade. A Bíblia descreve Deus com um Ser pessoal, com aparência física, apesar de diferente da nossa natureza humana, e extremante grandioso (1Co 15:40; 1Rs 8:27).

Deus, o Pai, é apresentado na Bíblia como tendo boca (Nm 12:8), costas (Êx 33:18-23), cabeça (Ez 1:26; Dn 7:9), rosto (Lv 10:1; Dt 5:4, 1Ts 1:9), olhos (Am 9:8), dedo (Êx 8:19; 31:18; Dt 9:10), mão (Êx 9:3), pés (Êx 24:10), se assentando num trono (Is 6: 1-6; Ez 1:26-28), usando roupas (Is 6:1; Dn 7:9), com cabelos brancos (Dn 7:9); enfim, com aparência de um ser humano (Ez 1:26). E não é para menos que Ele seja parecido conosco, uma vez que nos fez semelhantes à sua imagem (Gn 1:26, 27). Apesar de Ele ser agora invisível para nós (Cl 1:15; 1Tm 1:17; Hb 11:27), um dia os salvos verão a Deus (Mt 5:8).

Deus também tem uma personalidade. Ele tem desejos (Ef 5:17), sente ira (Dt 6:15), faz reconsiderações (Gn 6:6), se compadece (2Rs 13:23), enfim, Deus tem emoções e gostos. Deus é pessoal, conhece nossa experiência. Por meio de seu Espírito Santo, pode estar em todos os lugares (Sl 139), e podemos nos aproximar dele e conversar com Ele (Hb 4:16).

4. Deus nunca vai desistir de alguém. Essa afirmação é muito próxima da verdade, mas não deixa de ser incorreta. Deus deseja que todos se salvem (2Pe 3:9), enviou Cristo para morrer por todas as pessoas do mundo (Jo 3:16), e trabalha para persuadir cada uma a aceitar a salvação (Rm 2:4). Mas, como há pessoas que desistem completamente de Deus, não há nada que Ele possa fazer para convencê-las a se arrependerem de sua vida de pecado (Hb 6:4-7).

A Bíblia descreve algumas pessoas que, apesar de Deus ter demonstrado seu favor para com elas e de terem sido agraciadas com ricos privilégios espirituais, rejeitaram de modo tão obstinado a vontade de Deus para sua vida que o Senhor não pôde fazer mais nada para salvá-las. Um exemplo bíblico claro é Saul, que rejeitou a Palavra de Deus e foi, por isso, rejeitado por Deus (1Sm 15:26).

5. Deus é Deus de bênção, não de maldição! Esse lema pode até trazer segurança para o fiel, mas trata-se de uma inverdade. Deus abençoa aqueles que lhe obedecem e fazem a sua vontade (Dt 28:1, 2), mas adverte que maldições estão reservadas para os que não guardam os seus mandamentos (Dt 28:15-68).

6. Muitos caminhos levam a Deus. Não! Só há um único caminho, que é Jesus Cristo, e ninguém pode se achegar a Deus a não ser por meio dele (Jo 14:6). Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5). Outras alternativas espirituais além de Jesus Cristo são “vaidade. Suas obras não são coisa alguma” (Is 41:29), e quem procurar se aproximar de Deus por outros caminhos, além de Jesus Cristo, está percorrendo “caminhos de morte” (Pv 14:12; 16:25), ou “caminho que conduz para a perdição” (Mt 7:13).

7. Deus não condena ninguém. Deus não enviou Cristo ao mundo “para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3:17). No entanto, pessoas que rejeitam a salvação oferecida a elas por Deus receberão a condenação reservada aos desobedientes e incrédulos (Jo 3:18-21). Um dia, Deus, por meio de Jesus Cristo, vai julgar os segredos de todos (Rm 2:16), e castigará aqueles que terão rejeitado Cristo como seu Salvador (Hb 10:29), condenando-os à morte eterna (Mt 25:41).

Infelizmente, muita gente tem sido enganada com mentiras sobre Deus. Mas a Palavra de Deus é “em tudo verdade” (Sl 119:160). E, na Bíblia, a Palavra de Deus, podemos conhecer a verdade sobre Ele, ser libertos pela verdade (Jo 8:38), e ter a vida eterna, que advém de conhecer verdadeiramente a Deus (Jo 17:3).

Pr. Fernando Dias (via Revista Adventista)

As Igrejas Evangélicas, a Igreja Católica e o Golpe Militar de 64

O golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil durante a República. Qualificado pela história como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.

No início dos anos 60, a sociedade brasileira vivia os conturbados anos posteriores à renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961. Era uma época de incertezas. Jânio foi sucedido por seu vice, João Goulart, cuja postura mais à esquerda incomodava os setores conservadores e acendeu a "luz vermelha" nos Estados Unidos, que temiam o surgimento de uma Cuba no Cone Sul. A polarização entre esquerda e direita era inevitável, inclusive dentro das igrejas. Muitos setores criticavam o envolvimento da Igreja com a política, para eles o papel do crente era apenas pregar o evangelho.

Igrejas Evangélicas
O 31 de março de 1964 marcou mais do que uma reviravolta nos rumos do país. Foi também um momento crucial para as igrejas evangélicas no Brasil. O mesmo golpe que tirou do poder o presidente João Goulart, afetou também os púlpitos. Sobretudo aqueles onde o pregador tinha coragem de defender a cidadania e a liberdade de expressão. Muitos pastores foram presos, crentes torturados e até desaparecidos nos porões da ditadura. Quem era evangélico e tinha atuação política ou comunitária nos anos pós-64 tem lembranças amargas.

O Departamento de Mocidade da Confederação Evangélica do Brasil (CEB) foi a primeira entidade de orientação evangélica a sofrer a perseguição do regime. A CEB promovia a cooperação entre as igrejas nas áreas de ação social, educação cristã e atividades diaconais. Foi fechada sem direito de defesa. Reuniu algumas das principais correntes evangélicas do país, como as igrejas Presbiteriana, Luterana, Metodista, Assembléia de Deus e Congregacional. O Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas (SP), foi fechado e os alunos expulsos. Colégios e faculdades de teologia também expulsaram professores que tinham a visão de uma nova Igreja. Para os militares, os inimigos estavam em todos os lugares, inclusive nas igrejas. A Faculdade Metodista Rudge Ramos em São Paulo foi fechada por ordem do governo militar em 1967, depois que os formandos escolheram D. Helder Câmara, bispo de Olinda e Recife e inimigo declarado dos “fardados”, como paraninfo da turma. O templo da Igreja Metodista Central de São Paulo foi cercado pela policia e muitos jovens saíram presos. O pastor da Igreja Batista em Volta Redonda no Rio de Janeiro, Geraldo Marcelo, foi preso três vezes como agente da subversão, chegando a ficar 43 dias em poder dos militares. 

Neste tempo, o número de evangélicos no pais era na ordem de 4,5% da população. Então, por que uma comunidade tão pequena incomodava tanto o regime? As ações da repressão militar mostram que o pequeno grupo causava incômodo. A explicação é simples: num pais que tinha 39% de analfabetos, os evangélicos eram uma elite pensante, exercia influência política e era percebido socialmente. Nem todos os crentes no entanto faziam parte deste grupo. O medo das mudanças reforçou o conservadorismo, e muitas igrejas cediam seus púlpitos para propaganda a favor do regime militar. Muitos pastores entregaram membros de suas igrejas, acusando-os de comunistas. Os que entregavam colegas eram beneficiados pela Ditadura Militar. 

Leia também o excelente artigo da Revista ISTOÉ "Os evangélicos e a ditadura militar".

Igreja Católica
Brandindo a bandeira do combate ao comunismo, a Igreja Católica teve importante papel na preparação do golpe de 1964 e, mais tarde, na sustentação dos militares que sucederam o deposto presidente João Goulart. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade (foto acima), decisiva como suporte ideológico e popular ao movimento militar, evidenciava tais laços, uma vez que a Igreja Católica atuou fortemente na organização das manifestações. Anos depois, com o endurecimento do regime, setores progressistas da mesma igreja iriam atuar no sentido contrário, de crítica e combate à ditadura. Por causa disso, padres foram perseguidos, presos, torturados e mortos. Alguns bispos, como d. Paulo Evaristo Arns, d. Helder Câmara e d. Ivo Lorscheiter, tornaram-se símbolos da resistência ao arbítrio.

Leia mais sobre a participação da Igreja Católica durante o regime militar nos links: Memórias da Ditadura | Entrevista com Antônio Cechin | Documentário “O Santo Rebelde” | CPVSP

Comissão Nacional da Verdade (CNV)
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), grupo criado para investigar a violação dos direitos humanos durante o regime militar (1964-1985), instalou um grupo de trabalho para avaliar a atuação da igreja no período. O trabalho começou no dia 8 de novembro de 2012, com a análise de estudos acadêmicos sobre o tema. Diversos casos envolvendo fiéis e líderes das igrejas evangélicas e católica foram analisados. Foram investigados tanto casos de religiosos que deram abrigo a perseguidos políticos como daqueles que praticaram a deleção de ativistas. Um dos mais rumorosos é o de Anivaldo Padilha, crente metodista que foi denunciado aos militares por seus pastores. Na época ele dirigia o Departamento Nacional de Juventude da sua denominação. Preso, torturado e exilado, só voltou ao país com a Anistia em 1979.

Conclusão
Na realidade, o reino de Deus, o mundo melhor, começa no novo nascimento espiritual que se deve operar no ser humano. Tudo o que não transforme o coração humano não poderá conseguir a ruptura das cadeias de dor deste mundo. A conversão a Cristo, a obra do Espírito Santo, é a revolução mais radical e profunda que se pode efetuar para conseguir um mundo melhor. Esta foi a única revolução que Cristo ensinou. Esta é a revolução da graça, silenciosa, pacífica, eficaz e profunda, que Deus pode operar hoje em teu coração. E que a esperança na volta de Cristo molde nossas ações em todas as esferas da vida. Inclusive na política.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Você decide: Stairway to Heaven ou Highway to Hell?

Toda a humanidade aguarda um de dois destinos. Quais são eles?
"E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna." (Mateus 25:46)
"Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." (João 5:29)
"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. [...] Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte." (Apocalipse 21:1-4, 8)
"Ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe pois a vida, para que vivas com a tua posteridade." (Deuteronômio 30:19)
"Entrem pela porta estreita porque a porta larga e o caminho fácil levam para o inferno, e há muitas pessoas que andam por esse caminho. A porta estreita e o caminho difícil levam para a vida, e poucas pessoas encontram esse caminho." (Mateus 7:13-14)
Stairway to Heaven
O Céu é uma realidade. É um lugar. É onde Deus vive com os outros membros da Divindade e uma hoste de anjos não-caídos. Também é o lugar em que viveremos durante mil anos, se permanecermos ao lado de Deus. Quando Cristo voltar e tiver lugar a primeira ressurreição, os santos ressuscitados acompanharão seu Senhor para o Céu, onde permanecerão por mil anos (Apocalipse 20:4-6). Depois disso, ocorrerá uma série de eventos culminando com a criação de um “novo céu” e uma “nova Terra” (Apocalipse 21:1), em que os remidos então viverão para sempre. 

O pastor e escritor Dr. Steven J. Lawson escreveu sobre o céu: "Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive. É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza!" (Heaven Help Us! Truths About Eternity That Will Help You Live Today, p. 16)

Highway to Hell
Mas o inferno também é uma realidade. A crença popular de um lugar em que os pecadores serão atormentados e queimarão por toda a eternidade não tem apoio bíblico. Mas também não tem esse apoio a ideia popular de que, no fim, todos serão salvos. Os que rejeitam as boas-novas de salvação e recusam obediência a Deus serão julgados, condenados e enfrentarão uma morte da qual nunca haverá ressurreição. Os que creem que todos serão salvos argumentam que um Deus de amor não permitiria que ninguém perdesse a felicidade eterna. Eles têm certa razão até onde dizem que Deus é o amor personificado e quer salvar a todos. Mas, tragicamente, nem todos querem ser salvos. Cristo não poderia ter expresso isso de maneira mais clara: 
“Eu lhes asseguro: quem ouve a Minha palavra e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna e não será condenado”, mas Ele também acrescenta que “os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados.” (João 5:24, 29)
Você decide
Vejamos o que os escritos de Ellen G. White dizem sobre essa fundamental decisão:
"Há muitas almas que vacilam entre o caminho do Céu e o do inferno. Há sutis e enganadoras influências que desviam almas de Deus e das coisas celestiais." (Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 49)

"Toda alma tem um Céu a ganhar, e um inferno a evitar. E as instrumentalidades angélicas acham-se todas prontas a vir em auxílio da alma tentada e provada." (Mensagens Escolhidas 1, p. 96)

"Escolheremos o lago de fogo e a companhia de demônios, ou, as alegrias do Céu com os anjos como nossos companheiros? Ouviremos vozes de lamento e a maldição dos perdidos por toda a eternidade, ou cantaremos louvores a Jesus diante do trono?" (Testemunhos para a Igreja 1, p. 24)

"O mundo caído é o campo de batalha para o maior conflito que o universo celestial e os poderes terrestres já presenciaram.. entre o bem e o mal, entre o Céu e o inferno. Ninguém pode ficar em terreno neutro." 
(Exaltai-o, p. 290)
Deus nos deu a vida, e durante a nossa existência temos uma escolha a fazer. A mais importante de todas. Esta decisão é em relação a nossa vida eterna. Aceitemos a Jesus e nos preparemos para o Céu. O Céu existe, sim, e está ao nosso alcance. O Céu é a morada de Deus, e será a morada daqueles que creem nEle. Jesus nos prometeu um lugar no Céu:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.” (João 14:1-3) 
O Céu pode ser nosso se escolhermos crer em Deus e estivermos dispostos a nos tornar discípulos de Seu Filho, Jesus Cristo. Portanto, escolhamos o caminho certo seguindo o conselho de Ellen White:
"Muitos estão perdendo o caminho certo, por pensarem que têm de conquistar o Céu; que têm de fazer algo para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores pelos próprios frágeis esforços. Isso jamais conseguirão realizar. Cristo abriu caminho morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande sumo sacerdote. Diz Ele: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida.” (João 14:6). Se por qualquer esforço nosso pudéssemos subir um único degrau na escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras. Mas quando aceitamos a Cristo, as boas obras aparecerão, como frutífera prova de que nos achamos no caminho da vida, que Cristo é nosso caminho, e que estamos palmilhando a vereda certa, que conduz ao Céu. (Mensagens Escolhidas 1, p.368)
Nota: O título do artigo é uma alusão às canções "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin e "Highway to Hell", do AC/DC. "Escada para o Céu" e "Estrada para o inferno" respectivamente.

Netflix prepara série sobre Jesus nos dias atuais - Messiah

Uma das novas produções anunciadas pela Netflix é uma série chamada “Messiah” [Messias], que mostrará como o mundo de hoje reagiria a um homem que começasse a fazer milagres no Oriente Médio. Classificado como “drama”, o material está em fase inicial e será escrito por Michael Petroni (“A Menina que Roubava Livros”). A ideia foi do casal de produtores Mark Burnett e Roma Downey, responsáveis pela minissérie “A Bíblia”, do canal History, que foi sucesso no mundo todo. Ambos são evangélicos e repetidas vezes disseram que pretendem usar seus talentos para anunciar o Evangelho. O Messias do título seria uma espécie de exercício teológico que coloca Cristo desenvolvendo Seu ministério hoje em dia de maneira similar ao que fez dois mil anos atrás. Ainda não há muitos detalhes sobre o roteiro, que acaba de receber o sinal verde da Netflix. Não há previsão de estreia, mas não deverá ser antes de 2018. (Gospel Prime)

quarta-feira, 29 de março de 2017

O que Ellen White disse sobre as competições esportivas?

Que ideia vem à sua mente quando ouve a palavra ESPORTE? Um pênalti que decidirá todo o jogo, torcidas gritando? Uma enterrada de basquete? Um bloqueio emocionante de vôlei? Para algumas pessoas é o prazer da competição, a demonstração de suas habilidades na quadra ou no campo ou o suspense por não saber quem vai ganhar. Para outros é apenas diversão, fazer exercícios e passar tempo com os amigos. Esportes podem ser divertidos e empolgantes. 

Embora Ellen White condene a competição extrema que muitos esportes entusiastas sugerem, ela enfatiza a prática de exercícios, em especial ao ar livre. Ellen White adverte contra os perigos de levar certas atividades ao extremo. Ela condena a obsessão pelos esportes. Seu conselho é que os esportes não desvirtuem algumas pessoas de sua educação, amizades e principalmente o relacionamento com Jesus. Com certeza, Ele ficaria triste em saber que algumas pessoas estão mais interessadas em destruir e vencer o outro time, não importa o quanto custe. 

Aqui apresentamos alguns princípios dos escritos de Ellen White e também algumas dicas que podemos usar para fazermos nossas escolhas na área das atividades físicas, esportes e recreação:

"Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isto, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso. Preocupam-me muito os resultados quase sempre inevitáveis que vêm na esteira de esportes competitivos. Eles levam a um gasto de dinheiro que devia ser aplicado em levar a luz da verdade às almas que não conhecem a Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão." (O Lar Adventista, p. 499)

"É a glória de Deus que se tem em vista nesses jogos? Eu sei que não é. O caminho de Deus e Seus propósitos são perdidos de vista. A maneira como seres inteligentes se aplicam, ainda em período de experiência, está se sobrepondo à revelada vontade de Deus e pondo em seu lugar as especulações e invenções do instrumento humano, com Satanás a seu lado a imbuir-lhes o espírito. ... O Senhor Deus do Céu protesta contra a ardente paixão cultivada pela supremacia nos jogos assim tão empolgantes." (O Lar Adventista, p. 500)

"Outros jogos atléticos, embora não tão embrutecedores, são pouco menos reprováveis, por causa do excesso com que são praticados. Estimulam o amor ao prazer, alimentando assim o desprazer pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir a graça pelas sóbrias realidades da vida e seus prazeres tranquilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados." (Educação, pp. 210 e 211)

“Em regra, o exercício mais proveitoso aos jovens será encontrado nas ocupações úteis. Desde a infância os esportes devem ser tais que promovam não somente o crescimento físico, mas também o mental e espiritual. Ao adquirir força e inteligência, achará o melhor recreio para ela em alguma espécie de esforços que sejam úteis. Aquilo que treina as mãos para a utilidade e ensina o jovem a encarar com a sua participação nos encargos da vida é o mais eficaz na promoção do crescimento do espírito e do caráter.” (Educação, p. 215 - adaptado)

“Quanto tempo é gasto por seres humanos inteligentes em jogos de bola! Mas acaso a satisfação nesses esportes dá aos homens o desejo de conhecer a verdade e a justiça? Mantêm a Deus em seus pensamentos? Levá-los-á a indagar: Como vai com a minha alma?” (Conselhos Professores, Pais e Estudantes, p. 456)

“Não tenho conseguido encontrar nenhum caso em que Jesus tenha ensinado os Seus discípulos a empenharem-se na diversão do futebol [americano] ou em jogos de competição, a fim de fazerem exercício físico, ou em representações teatrais; e, no entanto, Cristo era nosso modelo em todas as coisas. Cristo, o Redentor do mundo, deu a cada um a sua obra, e ordena: 'Negociai [ocupai-vos, na versão inglesa] até que Eu venha.' (Lucas 19:13).” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 229)

“Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo as mesmas características que desenvolviam os jogos da antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a juventude um poder desmoralizador que nos aterra.” (Conselhos sobre Saúde, p. 189)

“Exercícios ginásticos ocupam um lugar útil em muitas escolas, mas se não houver uma supervisão cuidadosa eles podem ser levados ao extremo. Muitos jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm trazido sobre si lesões para toda a vida”. (O Lar Adventista, p. 499)

"O lugar que devia haver sido ocupado por Jesus foi usurpado por vossa paixão por jogos. Preferistes vossos divertimentos aos confortos do Espírito Santo. Não seguistes o exemplo de Jesus, que disse: 'Eu desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou.' (João 6:38)." (Mensagens Escolhidas 1, p. 136)

"Os esportes enervantes despertam ao máximo todas as paixões." (Testemunhos Seletos 3, p. 231)

"Aqueles cujos hábitos são sedentários devem, quando o tempo permitir, fazer exercício ao ar livre todos os dias, de verão e de inverno... O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde." (A Ciência do Bom Viver, p. 238 e 240)

“Nós não deveríamos ignorar as atividades que proveem exercício e recreação. Contudo, essas atividades devem ser manejadas dentro dos limites, a fim de que não percam o seu propósito e alimentem o egoísmo”. (Manuscript Releases, v. 1, p. 391)

"Na presente época a vida se tornou artificial e os homens degeneraram. Conquanto não possamos voltar completamente aos hábitos simples daqueles tempos primitivos, deles podemos aprender lições que tornarão nossos momentos de recreio o que este nome implica: momentos de verdadeira construção de corpo, espírito e alma." (Educação, p. 211)

Talvez, você tenha percebido que o Espírito de Profecia não é contra nós nos exercitarmos, pelo contrário, somos estimulados a movimentarmos nosso corpo em benefício do templo do Espírito Santo. Mas, para mostrar a preocupação de Ellen White com os esportes competitivos, confira um trecho do livro The Ellen G. White Encyclopedia, escrito por Denis Fortin e Jerry Moon:

"Ellen White evitou esportes competitivos em praticamente todas suas formas. De fato, seus escritos deixam claro que ela matinha pouco ânimo quanto a atividades esportivas de qualquer espécie. A origem de sua oposição se explica tanto pelo espírito combativo inerente à maioria dos esportes, como porque, de maneira geral, eles desviam a mente das atividades mais sérias da vida.” 

Ellen White nunca condenou um jogo de bola de fundo de quintal ou uma partida de basquete, mas ela advertiu sobre os perigos potenciais dos esportes. Ela alertou que os jogadores podem ás vezes se tornar tão obcecados em demonstrar sua superioridade ou em vencer que isso pode os levar à disputa e orgulho. Além do mais, os esportes às vezes trazem os piores prejuízos aos estudantes, pais, comunidade e fans. Ela observou que era a competição, a rivalidade e o desejo de ser melhor do que os outros que causou a queda de Satanás do céu. O que ela quer que lembremos é que os verdadeiros vencedores são aqueles que ajudam os outros a vencer.

Talvez todos nós façamos a pergunta: “Os esportes que eu escolho tornam mais fácil ou mais difícil pensar sobre o céu?” (Colossenses 3:1-3). Bom esporte a todos!

Médico adventista explica riscos do consumo de carne

Diante das suspeitas em relação à qualidade da carne produzida no Brasil, muitos internautas têm demonstrado dúvidas quanto ao consumo do alimento. Para esclarecê-las, a Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) conversou com o diretor do departamento de Saúde da Igreja Adventista em oito países sul-americanos, o médico oncologista Rogério Gusmão, que comparou o valor nutricional da carne com a alimentação vegetariana.

As notícias que envolvem a suposta falta de qualidade na carne produzida no Brasil indicam que, principalmente no atual contexto, há riscos em seu consumo?

Sem dúvida. A corrupção em órgãos fiscalizadores põe em risco todo o sistema que é bem montado e validado internacionalmente, segundo os mais rigorosos padrões da controle de qualidade do mundo.

Quanto à sua utilização, a carne é necessária para o organismo, dispensável ou pode ser substituída por outros alimentos sem prejuízo ao corpo?

Totalmente substituível. Mesmo para vegetarianos estritos ou veganos, existe como substituí-la com segurança, mantendo um padrão nutricional no mesmo nível do que os que fazem constante uso da carne, inclusive para atletas de alta performance.

Qual é a grande vantagem da alimentação vegetariana estrita ou ovolactovegetariana?

Possuir o mesmo valor nutricional com menor risco de contaminação, doenças e toxicidade. Imagine uma goiaba deteriorada e cheia de bichos. Isso é fácil de identificar e rejeitar. Porém, ainda que você consuma esse alimento de maneira desavisada, temos de admitir que os efeitos serão muito menos graves do que se isso acontecer com um produto cárneo. Portanto, a alimentação vegetariana é muito mais saudável e segura.

Qual é a orientação da Igreja Adventista quanto à ingestão de carne?

A Igreja orienta que ela deve ser substituída por diversas razões. Algumas delas:

– Os animais foram criados para ser nossos amigos e não nossa fonte de alimento. Assim será na eternidade, e nós estamos nos preparando para viver esse período.

– O alimento cárneo envolve a morte de criaturas que possuem sentimentos e emoções, e o processo de transporte e abate, e às vezes até a criação desses animais em confinamento insano, leva as pessoas envolvidas a um embrutecimento e insensibilidade com o sofrimento e a morte.

– A carne está muito mais associada a doenças transmissíveis e não transmissíveis que o alimento vegetariano.

– O fator segurança é importante, pois se sabe que de 1 a 5% dos animais podem morrer no transporte e que outros tantos serão reprovados no exame clínico antes e depois de sua morte por um médico veterinário criterioso. O descarte desse produto representa renúncia de milhões de dólares e o dinheiro sempre será um convite à fraude, suborno e busca por abatedouros menos criteriosos. [Com informações da ASN]

Nota: Há mais de cem anos, a escritora inspirada Ellen White já havia dado o recado:
"Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isso como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos estimulados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne como é ao bêbado o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança.
Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. 
O lugar da carne deve ser preenchido com alimento são e pouco dispendioso. A esse respeito, muito depende da cozinheira. Com cuidado e habilidade se podem preparar pratos que sejam ao mesmo tempo nutritivos e saborosos, substituindo, em grande parte, o alimento cárneo. Em todos os casos, educai a consciência, aliciai a vontade, supri alimento bom, saudável, e a mudança se efetuará rapidamente, desaparecendo em breve a necessidade de carne.
Não é o tempo de todos dispensarem a carne da alimentação? Como podem aqueles que estão buscando tornar-se puros, refinados e santos a fim de poderem fruir a companhia dos anjos celestes continuar a usar como alimento qualquer coisa que exerça tão nocivo efeito na alma e no corpo? Como podem tirar a vida às criaturas de Deus a fim de consumirem a carne como uma iguaria? Volvam antes à saudável e deliciosa alimentação dada ao homem no princípio, e a praticarem e ensinarem a seus filhos a misericórdia para com as mudas criaturas que Deus fez e colocou sob nosso domínio."
[A Ciência do Bom Viver, p. 316-317]
"Pensem na crueldade que o regime cárneo envolve para com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar as criaturas de Deus. [...] Os animais são muitas vezes transportados a longas distâncias e sujeitos a grandes sofrimentos para chegar ao mercado. Tirados dos verdes pastos e viajando por fatigantes quilômetros sobre cálidos e poentos caminhos, ou aglomerados em carros sujos, febris e exaustos, muitas vezes privados por muitas horas de alimento e água, as pobres criaturas são conduzidas para a morte a fim de que seres humanos se banqueteiem com seu cadáver."
[Conselhos sobre Regime Alimentar, p. 314-315]
“A carne nunca foi o alimento melhor; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as moléstias nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. [...] Quando os que conhecem a verdade tomarão atitude ao lado dos princípios corretos para o tempo e a eternidade? Quando serão fiéis aos princípios da reforma de saúde? Quando aprenderão que é perigoso usar alimentos cárneos? Estou instruída a dizer que, se em algum tempo foi seguro comer carne, não o é agora”
[A Ciência do Bom Viver, p. 313]

Compassion, Ellen White e as novas abordagens para a evangelização das grandes cidades

Compassion - Ministérios urbanos que transformam
Mais de 800 adventistas de diversas partes do país participaram da segunda edição do Compassion, realizado nos dias 25 e 26 de março na capital paulista. Único do gênero no Brasil, o evento busca capacitar e orientar os membros da igreja para a evangelização nas grandes cidades. Neste ano, palestrantes como Douglas Venn, da sede mundial da denominação, e o doutor Wagner Kuhn, da Andrews University (EUA), compartilharam suas experiências como missionários. Além de assistir às apresentações gerais, os inscritos puderam escolher entre os 19 workshops oferecidos. Entre outros temas, as oficinas mostraram como usar o Youtube, o ciclismo, o artesanato, o cuidado com animais e outras atividades para desenvolver ministérios relevantes para o contexto urbano. 

Ellen White e os novos métodos de evangelismo
Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem pessoas que Ele chamará para o Seu serviço – pessoas que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido no passado. […] Em nossas grandes cidades, a mensagem deve avançar como uma lâmpada ardente. Deus levantará trabalhadores para a Sua obra, e Seus anjos irão à frente deles. Que ninguém impeça essas pessoas de cumprirem a missão que Deus lhes deu. Não as impeçam. Deus lhes deu uma tarefa. Que a mensagem seja proclamada com tanto poder que os ouvintes se convençam. [1]

Não deve haver regras fixas; nossa obra é progressiva, e deve haver oportunidade para os métodos serem melhorados. Porém, sob a direção do Espírito Santo, a unidade deve ser preservada e o será. [...] Há necessidade de pessoas que orem a Deus pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho e inventar novos planos e métodos modernos de despertar o interesse dos membros da igreja, alcançando os homens e as mulheres do mundo. [2]

Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, as pessoas não podem se interessar por esforços medíocres. Os ministros designados por Deus acharão necessário realizar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, precisam apresentar mensagens tão fora do comum que o povo fique desperto e esclarecido. Precisam usar todos os meios que possam ser planejados para fazer com que a verdade seja apresentada. [...] Cada um que trabalha na vinha do Senhor deve estudar, planejar, idealizar métodos a fim de alcançar as pessoas onde elas estão. Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos que prender a atenção. [3]

Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em seguir os Seus passos, irão atrair grande número de pessoas, mantendo a atenção delas, como Cristo fazia. [4]

Seja qual for que tenha sido a sua prática anterior, não é necessário repeti-la sempre e sempre, da mesma maneira. Deus deseja que sigamos métodos novos e ainda não experimentados. […] Surpreenda as pessoas. [5]

A tarefa de levar pessoas a Cristo exige cuidadoso preparo. Não se deve começar o serviço do Senhor sem a necessária instrução e, ainda assim, esperar o maior êxito. […] Perguntem ao arquiteto, e eles lhes dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E a mesma coisa é feita em todas as profissões. Deveriam os servos de Cristo ser menos dedicados em se preparar para uma tarefa infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes a respeito dos meios e maneiras a ser usados para alcançar as pessoas? Saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito ao bem-estar eterno delas requer conhecimento da natureza humana, profundo estudo, meditação e fervorosa oração. [6]

Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm se esforçado para dar nova vida aos antigos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. [7]

A prevalecente monotonia da rotina religiosa em nossas igrejas precisa ser modificada. A influência da atividade necessita ser introduzido, para que os membros da igreja possam trabalhar em novos ramos e planejar novos métodos. O poder do Espírito Santo moverá corações à medida que for quebrada essa monotonia morta, sem vida, e muitos que nunca antes haviam pensado em ser além de espectadores ociosos começarão a trabalhar com vigor. […] Devem ser feitos esforços para fazer algo enquanto é dia, e a graça de Deus se manifestará, a fim de que pessoas possam ser alcançadas para Cristo. [8]

Tenho uma mensagem aos cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus lhes mostrou a verdade, não para que vocês a retenham, mas para que a comuniquem aos outros. […] Enquanto trabalham e elaboram planos, novos métodos surgirão na mente de vocês a todo o momento, e, pelo uso, as habilidades intelectuais de vocês aumentarão. [9]

Deus chamará pessoas ao Seu serviço, pessoas que não promoverão o trabalho da maneira desanimada como tem sido promovido no passado. […] Que ninguém desanime a esses fervorosos trabalhadores. Eles cometerão erros em algumas coisas, e precisarão ser corrigidos e instruídos. Mas, vocês que estão há mais tempo na igreja, também não têm cometido enganos e necessitado de correção e instrução? Quando cometeram erros, o Senhor não os expulsou, mas os curou e fortaleceu. […] Deus escolhe os Seus mensageiros, e lhes dá a Sua mensagem; e Ele diz: “Não [os] impeçam” (Lucas 18:16, NVI). Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus precisa despertar para a necessidade do tempo em que está vivendo. [10]

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia], haverá admirável manifestação do poder de Deus, mas ele não influirá sobre os que não têm se humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas ideias e expectativas, eles combaterão a obra. “Por que”, dizem eles, “não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?” [11]

[1] Evangelismo, p. 70
[2] Evangelismo, p. 105
[3] Evangelismo, p. 122
[4] Evangelismo, p. 124
[5] Evangelismo, p. 125
[6] Evangelismo, p. 128
[7] Evangelismo, p. 252
[8] Testemunhos para Ministros, p. 204
[9] Beneficência Social, p. 204
[10] Refletindo a Cristo, p. 234
[11] Eventos Finais, p. 209

Para estudo adicional, veja:
Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation (Boise, ID: Pacific Press, 2008); Kleber Gonçalves, “A Critique of the Urban Mission of the Church in the Light of an Emerging Postmodern Condition” (tese de Ph.D., Andrews University, 2005); Journal of Adventist Mission Studies (2005 –); Bruce L. Bauer e Kleber O. Gonçalves, eds., Revisiting Postmodernism: An Old Debate on a New Era (Berrien Springs, MI: Andrews University, 2013) e materiais produzidos pelo Center for Secular and Postmodern Studies (Associação Geral da IASD). 

terça-feira, 28 de março de 2017

Princípios bíblicos ou costumes culturais?

Uma das tarefas mais urgentes no adventismo atual é fazer distinção entre princípio bíblico e costumes culturais. O primeiro é imutável. O segundo, não. Compreender e separar as duas coisas é essencial para a fidelidade a Deus, liberdade e leveza espiritual, além de facilitar os relacionamentos humanos. A dificuldade é que, ao mesmo tempo em que buscamos ser fiéis à vontade de Deus, estamos inseridos numa cultura.

Inicialmente, vamos definir de maneira simples o que é princípio bíblico e o que é cultura. O primeiro diz respeito às revelações de Deus a todas as pessoas e transcende tempo e espaço, história e geografia. Ou seja, princípios bíblicos são aplicáveis a todas as pessoas, em qualquer tempo histórico e em todos os lugares. Por exemplo, amar a Deus sobre todas as coisas e amar Sua criação é um princípio bíblico. Por outro lado, cultura tem que ver com sistemas mais ou menos integrados que informam a maneira pela qual as pessoas pensam, sentem e se comportam. A tarefa de distinguir as duas coisas exige um esforço contínuo.

Um bom exemplo para entendermos a diferença é o tema do sábado. Os adventistas acreditam que a obediência ao quarto mandamento seja um princípio bíblico desde a criação. Como princípio, ele é aplicável a todas as pessoas, em todos os tempos e em qualquer lugar do mundo. Porém, a forma de se observar o sábado varia.

Quando eu pastoreava uma igreja multicultural com mais de trinta nacionalidades em Dubai, nos Emirados Árabes, percebi que era visível a diferença na prática do sábado entre diferentes culturas. Pessoas de países africanos localizados na região abaixo do deserto do Saara, em geral, vinham para o culto pela manhã preparados para ficar o dia todo nas dependências do prédio da igreja. Após o culto, eles se sentavam em grupos ao redor do prédio e conversavam sem pressa até o pôr do sol. Outros saíam para visitas e depois voltavam para mais bate-papo. Por sua vez, alguns participavam de grupos de oração ou cânticos em roda, todos muito espontâneos e sem preocupação com formato ou o horário.

Já os filipinos encontravam um lugar reservado para um almoço tipo “junta panelas”, normalmente frequentado por amigos da mesma etnia. Imediatamente após o almoço, seguiam uma agenda rígida de programação que durava a tarde toda, sem sair de dentro do auditório principal.

Canadenses, americanos, alemães e brasileiros costumavam sair logo ao fim do culto e passavam o restante do sábado com a família e os amigos. Todos seguiam o mesmo princípio, mas moldados pelo costume de seu próprio país.

Compreender a diferença entre princípio e cultura é essencial para a fidelidade a Deus. No evangelho de Mateus, Jesus expôs exatamente essa realidade quando afirmou aos fariseus que a tradição deles anulava a Palavra de Deus (15:6). É comum pensar que inovações tendem a enfraquecer a firmeza doutrinária. Em muitos casos, o que acontece é que um costume cultural tende a enrijecer o princípio bíblico e a se transformar em regra. É uma forma sutil de fossilizar o princípio.

A natureza do princípio é flexível e, por isso, relevante para todo tempo, lugar e grupo de pessoas. Porém, quando se torna rígido e inflexível, normalmente passa a ser ferramenta de controle, um meio de exercer poder ou manipular. Quando isso acontece, confundimos fidelidade a Deus com o cumprimento de uma regra comportamental rígida a qual Jesus chama de hipocrisia, porque permite que a fidelidade seja medida pela “honra com os lábios”, isto é, pelo comportamento. Enquanto isso, “o coração está longe” (Mt 15:8). Jesus disse que esse tipo de suposta fidelidade é falsa, vazia e nula.

Em segundo lugar, saber a diferença entre princípio e cultura comunica liberdade e leveza espiritual. Alguns pensam que a fé verdadeira é sacrificada e carrancuda; a tal religião do “não pode”. Confundir cultura com princípio bíblico normalmente exige uma submissão sem reflexão. Por outro lado, confundir princípio bíblico com cultura leva a uma fé egoísta que seleciona de acordo com a conveniência.

É verdade que espiritualidade requer sacrifício em muitos casos. Mas, mesmo nessas circunstâncias, ela proporciona leveza e sensação de liberdade porque o sacrifício é uma escolha de fé consciente e não de submissão forçada. A consequência é paz mesmo em meio à dificuldade.

O terceiro ponto é que reconhecer o que é princípio bíblico e o que é cultura facilita os relacionamentos humanos. Quando o princípio é enrijecido, ele costuma ser acompanhado de julgamento e acusação, o que, em muitos casos, se transforma em constrangimento ou dissenção. Já o princípio bíblico, por ser flexível e adaptável sem perder sua essência, permite diferenças.

A fidelidade a princípios idênticos não impede a variedade e riqueza de práticas. Quando entendemos isso, passamos a celebrar as diferenças e não a condenar porque lá se faz diferente de cá.

A vida cristã bem avaliada, consciente dos princípios que abraçamos e ajustada à cultura em que fomos formados, permitirá sermos fiéis a Deus e a vivermos integrados socialmente e em harmonia com todos.
“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5:16).
Paulo Cândido é doutor em Ministério e está cursando PhD em Estudos Interculturais no Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, Califórnia (EUA) - (via Revista Adventista)

Como será a Volta de Jesus segundo Ellen G. White

Os textos abaixo foram extraídos do livro Eventos Finais, pp. 272-283, de Ellen G. White:

A sétima praga
Há um grande terremoto “como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto”. (Ap 16:18). O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. A terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniquidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. Grandes pedras de saraiva, cada um “do peso de um talento”, estão a fazer sua obra de destruição. (Ap 16:19-21).

A ressurreição especial
Abrem-se sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. (Dn 12:2). Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Ap 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes. 

Deus anuncia o tempo da vinda de Cristo
Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. 

O terror dos perdidos
Quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro de Seu povo, há um terrível despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida. Os ganhos de uma vida inteira foram em um momento varridos. Os ricos lastimam a destruição de suas soberbas casas, a dispersão de seu ouro e prata. Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade. 

Jesus desce com poder e glória
Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes — milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar.

A reação dos que o traspassaram
Os que desempenharam a parte mais saliente na rejeição e crucifixão de Cristo ressuscitam para vê-Lo como Ele é, e os que rejeitaram a Cristo ressurgem e vêem os santos glorificados, e é nessa ocasião que os santos são transformados num momento, num abrir e fechar d’olhos, e são arrebatados para o encontro com o seu Senhor nos ares. Os mesmos que puseram nEle o manto de púrpura e Lhe colocaram sobre a fronte a coroa de espinhos, e os que Lhe perfuraram as mãos e os pés com os cravos, olham para Ele e pranteiam. Então os que O traspassaram clamarão às rochas e montanhas para que caiam sobre eles e os escondam da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro. 

A ressurreição dos justos
As nuvens começam a enrolar-se como um pergaminho e eis ali o brilhante e claro sinal do Filho do homem. Os filhos de Deus sabem o que essa nuvem significa. Ouvem-se sons musicais, e, à medida que se aproximam, abrem-se as sepulturas e os mortos são ressuscitados. “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão.” (Jo 5:28-29). Essa voz ressoará em breve por todas as hostes dos mortos, e todo santo que dorme em Jesus despertará e deixará sua prisão. Os preciosos mortos, desde Adão aos últimos santos que morrerem, hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e sairão dos sepulcros para a vida imortal. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória. 

Os ímpios são mortos
Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. Anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem o Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. 

Rumo ao lar!
Os justos vivos são transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos”. À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar com seu Senhor nos ares. Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: “Rumo ao lar!” 

Os anjos cantam: Cristo venceu!
Nesse dia, os remidos resplandecerão com o resplendor do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória — os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão.

Assista Opostos - produção adventista em parceria com Unasp

O filme Opostos é uma produção do Departamento de Comunicação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia em parceria com a Escola de Comunicação do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp-EC). Lançado no último dia 22, em todo o Brasil, o documentário é uma inspiração principalmente para jovens estudantes. Foi com base nessa ideia, que a Rede de Educação Adventista resolveu fazer uma distribuição em massa do conteúdo da produção para mais de 300 mil alunos em oito países sul-americanos, incluindo o Brasil.

Filmado no Brasil, na Inglaterra, na Itália e nos Estados Unidos, Opostos mostra os dois lados da mesma história. A figura do menino Luiz que saiu cedo de casa, fugindo da violência do pai, e viveu durante três anos nas ruas da maior metrópole do país, contrasta com a do professor universitário adventista Cietto que, com esforço e determinação, chegou ao topo da carreira acadêmica.

Digna das telas, a história deles já foi contada em outro videodocumentário produzido em 2009 por formandos do curso de Jornalismo da instituição. Na época, o enredo acabou chamando a atenção da liderança mundial da Igreja Adventista, que decidiu patrocinar algo maior.

Exibição na TV Novo Tempo31/03 às 21h, 01/04 às 13h30 e 20h, e 02/04 às 14h.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Teste: O Reavivamento e Reforma já aconteceram em sua igreja?

1. O Reavivamento já aconteceu na sua igreja? Sério? 

2. A Palavra de Deus tem sido fielmente pregada onde você congrega? 

3. Na sua comunidade de crentes o Espírito de Deus tem acompanhado a mensagem dos Seus servos? 

4. E a Palavra tem sido proclamada com poder? 

Hum… então vamos ver!

5. Como pecadores, vocês aí, na sua congregação local, sentiram despertar-lhes a consciência? 

6. A “luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas” (João 1:9) iluminou-lhes os recessos íntimos da alma, e as coisas más que estavam ocultas vieram à tona? 

7. Coração e espírito passaram a ser possuídos de profunda convicção? 

8. As pessoas se convenceram do pecado?

9. Da justiça?

10. E do juízo vindouro? 

11. Os participantes passaram a ter a intuição da justiça de Jeová e a sentir terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações? 

12. Você viu os adoradores angustiados exclamando: “Quem me livrará do corpo dessa morte?” (Romanos 7:24)

13. Quando a cruz do Calvário, com o pleno sacrifício pelos pecados humanos, foi revelada, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões, e que somente esses méritos poderiam reconciliar as pessoas com Deus? 

14. Então, será mesmo que vocês, membros, com fé e humildade, passaram a aceitar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ou seja, tiveram realmente a “remissão dos pecados passados” (Romanos 3:25) pelo sangue de Jesus?

Além disso, se você quer saber se já houve também a Reforma na sua igreja, continue respondendo. 

15. Bom, se realmente creram, foram batizados e se levantaram para andar em novidade de vida como novas criaturas em Cristo Jesus, os “reavivados” produziram frutos dignos de arrependimento? 

16. Pararam de se conformar com os desejos anteriores e, pela fé no Filho de Deus e seguindo os Seus passos, passaram a refletir-Lhe o caráter e a se tornarem puros assim como Ele é puro? 

17. Passaram os membros a amar coisas que antes odiavam, e a odiar coisas que amavam? 

18. Os orgulhosos e presunçosos se tornaram mansos e humildes de coração? 

19. Os vaidosos e arrogantes se fizeram sérios e acessíveis? 

20. Os profanos se tornaram reverentes? 

21. Os bêbados, sóbrios?

22. E os devassos, puros? 

23. As modas vãs do mundo foram postas de lado? 

24. Os cristãos substituíram a busca pelo “enfeite […] exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos” pela procura do “homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1 Pedro 3:3-4)?

Enfim…

25. O projeto de Reavivamento e Reforma na sua igreja foi um despertamento que resultou em profunda humildade, reflexão e exame de coração e conduta? 

26. Se caracterizou pelos solenes e fervorosos apelos ao pecador e pela terna simpatia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo? 

27. Homens e mulheres oraram e lutaram com Deus pela salvação de outras pessoas? 

28. Os irmãos passaram a se considerarem dignos de sofrer e de serem provados por amor a Cristo? 

29. Ficou notória uma transformação na vida dos que professam o nome de Jesus ao ponto de a sociedade passar a ser beneficiada por sua influência? 

30. Ou seja, se julgados por seus frutos, os membros da sua igreja dão a impressão correta de que são verdadeiramente abençoados por Deus para salvação de pessoas e para reerguimento da humanidade?

Se você teve facilidade para responder a essas trinta perguntas afirmativamente, por favor, me convide para ir à sua igreja! Sim, quero conhecê-la! Mas se você se sentiu desconfortável para dar a estes questionamentos um simples “sim”, eu poderia até aceitar o convite, mas com outra finalidade. Contudo, não basta que choremos e lamentemos juntos, pois o recado é direto: ou aconteceu de fato o movimento de Reavivamento e Reforma, ou a igreja está sem vida e sem forma; errada e morta. Você entende como já passou da hora de levarmos esse papo a sério? 

Deixando bem claro: se o Reavivamento e a Reforma não podem ser vistos, é porque você e eu falhamos em fazer a nossa parte para que isso acontecesse. Porque a vontade que Deus tem de nos conceder o Espírito Santo é maior que o desejo que qualquer mãe tenha de dar um bom presente ao seu filho (Mateus 6:25-34; 7:7-11). O que você me diz?

(Este artigo é uma paráfrase das páginas 15 e 16 do livro Reavivamento Verdadeiro de Ellen White)

Valdeci Júnior (via Reavivamento e Reforma)

domingo, 26 de março de 2017

Tire suas dúvidas sobre divórcio e novo casamento na Bíblia

A Bíblia menciona as orientações divinas sobre casamento e divórcio. O assunto costuma gerar discussões entre cristãos. O Manual da Igreja Adventista (2015) traz alguns capítulos sobre divórcio e novo casamento com conselhos e princípios que norteiam a temática. Vejamos alguns deles:

O divórcio é contrário ao propósito original de Deus ao instituir o matrimônio (Mt 19:3-8; Mc 10:2-9), mas a Bíblia não é silenciosa a esse respeito. Visto que o divórcio ocorreu como parte da experiência humana caída, uma regulamentação bíblica foi dada para limitar o dano que ele tem causado (Dt 24:1-4). A Bíblia procura consistentemente enaltecer o matrimônio e desencorajar o divórcio descrevendo as alegrias do amor e da fidelidade conjugal (Pv 5:18-20; Ct 2:16; 4:9; 5:1), referindo-se ao relacionamento de Deus com seu povo comparando-o com o casamento (Is 54:5; Jr 3:1), enfocando as possibilidades de perdão e restauração matrimonial (Os 3:1-3), e indicando a aversão de Deus pelo divórcio e a miséria que ele causa (Ml 2:15, 16).

Jesus restaurou o conceito original do casamento como um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher e entre o casal e Deus (Mt 19:4-6; Mc 10:6-9). Muitas instruções bíblicas confirmam o casamento e procuram corrigir os problemas que tendem a enfraquecer ou destruir o seu fundamento (Ef 5:21-33; Hb 13:4; 1Pe 3:7). O casamento baseia-se nos princípios do amor, lealdade, exclusividade, confiança e amparo mantidos por ambos os cônjuges em obediência a Deus (Gn 2:24; Mt 19:6; 1Co 13; Ef 5:21-29; 1Ts 4:1-7). Quando esses princípios são violados, as Escrituras reconhecem que trágicas circunstâncias podem destruir o casamento.

A graça divina é o único remédio para os males do divórcio. Quando o casamento falha, os ex-cônjuges devem ser encorajados a examinar sua experiência e procurar conhecer a vontade de Deus para sua vida. Deus provê conforto para os que foram feridos. O Senhor também aceita o arrependimento de pessoas que cometeram os mais destrutivos pecados, mesmo aqueles que trazem consigo consequências irreparáveis (2Sm 11; 12; Sl 34:18; 86:5; Jl 2:12, 13; Jo 8:2-11; 1Jo 1:9). As Escrituras reconhecem o adultério e a fornicação (Mt 5:32) e o abandono por parte de um cônjuge incrédulo (1Co 7:10-15) como motivos para o divórcio.

Não há na Escritura nenhum ensinamento direto sobre novo casamento após o divórcio. Existe, no entanto, uma forte implicação nas palavras de Jesus em Mateus 19:9 no sentido de permitir o novo casamento de uma pessoa que permaneceu fiel, cujo cônjuge foi infiel ao voto matrimonial.

Posição da Igreja Sobre Divórcio e Novo Casamento 
Reconhecendo os ensinos bíblicos acerca do casamento, a Igreja está ciente de que as relações matrimoniais ficam, em muitos casos, abaixo do ideal. O problema do divórcio e do novo casamento só poderá ser visto em sua verdadeira luz se for observado do ponto de vista do Céu, tendo como pano de fundo o Jardim do Éden.

Central no plano sagrado de Deus para o nosso mundo foi a criação de seres feitos à sua imagem, que se multiplicassem e enchessem a terra e vivessem juntos em pureza, harmonia e felicidade. Ele criou Eva do lado de Adão e a deu a ele como sua esposa. Assim foi instituído o matrimônio. Deus, o Autor da instituição, também foi o Oficiante do primeiro casamento. Depois de o Senhor ter revelado a Adão que Eva era verdadeiramente osso de seus ossos e carne de sua carne, nunca poderia lhe surgir na mente dúvida de que os dois fossem uma só carne. Nem deveria surgir dúvida na mente de nenhum dos dois no santo par que Deus queria que seu lar durasse para sempre. 

A Igreja adota, sem reserva, esse conceito do casamento e do lar, crendo que qualquer diminuição dessa elevada visão é, na mesma medida, uma diminuição do ideal celestial. A crença de que o casamento é uma instituição divina se baseia nas Sagradas Escrituras. Por conseguinte, todo pensamento e argumento no intrincado campo do divórcio e novo casamento deve ser constantemente harmonizado com aquele santo ideal revelado no Éden. A Igreja crê na lei de Deus e também na misericórdia perdoadora de Deus. Crê que vitória e salvação podem ser seguramente encontradas por aqueles que transgrediram nesse assunto de divórcio e novo casamento da mesma forma que por aqueles que falharam em quaisquer outras sagradas normas de Deus. Nada do que é apresentado aqui tem a intenção de minimizar a misericórdia de Deus ou do seu perdão. 

No temor do Senhor, a Igreja estabelece aqui os princípios e práticas que se devem aplicar nessa matéria de casamento, divórcio e novo casamento. Embora o casamento tenha sido realizado primeiramente por Deus só, sabe-se que as pessoas hoje vivem sob governos civis; portanto, o casamento tem dois aspectos: o divino e o civil. O aspecto divino é regido pelas leis de Deus; o civil, pelas leis do Estado. Em harmonia com esses princípios, as seguintes declarações estabelecem a posição da Igreja: 

1. Quando Jesus disse: “Não o separe o homem”, Ele estabeleceu uma regra de conduta para a Igreja sob a dispensação da graça, a qual deve transcender todas as legislações civis que vão além de sua interpretação da divina lei que governa as relações de casamento. Aqui Ele dá uma norma à qual seus seguidores devem aderir mesmo quando as leis civis ou os costumes prevalecentes permitam maior liberdade. “No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal” (O Maior Discurso de Cristo, p. 63; ver Mt 5:32; 19:9). 

2. A infidelidade ao voto matrimonial geralmente tem sido considerada alusão ao adultério ou fornicação. No entanto, a palavra do Novo Testamento usada para fornicação inclui algumas outras irregularidades sexuais (1Co 6:9; 1Tm 1:9, 10; Rm 1:24-27). Portanto, perversões sexuais, incluindo incesto, abuso sexual de criança e práticas homossexuais, são também reconhecidas como um abuso das faculdades sexuais e uma violação do plano divino no casamento. Como tais, essas práticas são uma causa justa para separação e divórcio. Se bem que as Escrituras permitam o divórcio pelas razões mencionadas acima, bem como por abandono por parte do cônjuge incrédulo (1Co 7:10-15), a igreja e as pessoas envolvidas devem fazer esforços diligentes para a reconciliação, apelando aos cônjuges que manifestem um ao outro um espírito de perdão e restauração. A igreja é instada a tratar amorável e redentivamente o casal a fim de auxiliar no processo de reconciliação. 

3. Na eventualidade de não se conseguir a reconciliação, o cônjuge que permaneceu fiel ao consorte que violou o voto matrimonial tem o direito bíblico de obter o divórcio e também de se casar novamente. 

4. O cônjuge que violou o voto matrimonial (ver itens 1 e 2) estará sujeito à disciplina pela igreja local (ver p. 64-70). Se se arrependeu genuinamente, poderá ser posto sob censura por um tempo determinado em vez de ser removido do rol de membros da igreja. Se não deu evidências de completo e sincero arrependimento, deve ser removido do rol de membros. Em caso de violações que tenham trazido vergonha pública sobre a causa de Deus, a igreja, a fim de manter suas elevadas normas e seu bom nome, pode remover o indivíduo da lista de membros. Qualquer dessas formas de disciplina deve ser aplicada pela igreja de uma maneira que procure alcançar os dois objetivos da disciplina: corrigir e redimir. No evangelho de Cristo, o lado redentivo da disciplina sempre está vinculado a uma transformação autêntica do pecador em uma nova criatura em Jesus Cristo. 

5. Um cônjuge que tenha violado o voto matrimonial e se tenha divorciado não tem o direito moral de casar-se com outra pessoa enquanto o cônjuge que permaneceu fiel ao voto ainda vive e permanece sem casar-se e casto. Se ele se casar, deverá ser removido do rol de membros. A pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida do rol de membros. 

6. Reconhece-se que algumas vezes as relações matrimoniais se deterioram a tal ponto que é melhor para marido e mulher que se separem. “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher” (1Co 7:10, 11). Em muitos desses casos, a guarda dos filhos, o ajuste dos direitos de propriedade ou mesmo a proteção pessoal, podem tornar necessária uma mudança no status matrimonial. Em tais casos, em alguns países, pode ser permissível obter o que é conhecido como separação legal. Contudo, em algumas jurisdições essa separação só pode ser obtida por meio do divórcio. Uma separação ou divórcio que resulta de fatores como violência física ou em que não está envolvida a “infidelidade ao voto matrimonial” (ver itens 1 e 2) não dá a nenhum dos cônjuges o direito bíblico de se casar novamente, a menos que no ínterim a outra parte se tenha casado novamente, haja cometido adultério ou fornicação ou tenha morrido. Se um membro da igreja que se tenha assim divorciado se casar novamente sem essas bases bíblicas, deve ser removido do rol de membros; e a pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida (ver p. 64-70). 

7. O cônjuge que tenha quebrado o voto matrimonial e se tenha divorciado e sido removido do rol de membros e tenha se casado novamente, ou quem se tenha divorciado por outros motivos que não as bases apresentadas nos itens 1 e 2 e se tenha casado novamente e sido removido do rol de membros, deve ser considerado inelegível à qualidade de membro, exceto nos casos previstos a seguir: 

8. O vínculo do casamento é não apenas sagrado, mas também possivelmente mais complexo quando, por exemplo, envolve filhos. Assim, em um pedido para readmissão à qualidade de membro, as opções disponíveis à pessoa arrependida podem ser severamente limitadas. Antes que a decisão final seja tomada pela igreja, o pedido de readmissão deve ser submetido pela igreja, por meio do pastor ou líder distrital, à Comissão Diretiva da Associação para conselho e recomendação quanto aos passos que a pessoa ou as pessoas arrependidas podem dar para obter tal readmissão. 

9. A readmissão ao rol de membros da igreja daqueles que tenham sido removidos pelas razões dadas nos parágrafos anteriores, se dá normalmente com base no rebatismo (ver p. 51, 69, 70). 

10. Quando uma pessoa que tenha sido removida do rol de membros for readmitida, conforme estabelece o parágrafo 8, todo cuidado deve ser exercido para salvaguardar a unidade e harmonia da igreja, não se concedendo à pessoa responsabilidade como líder, especialmente em um ofício que requeira o rito da ordenação, a não ser com cuidadosa consideração junto à administração da Associação. 

11. Nenhum pastor tem o direito de oficiar em uma cerimônia de novas núpcias de uma pessoa que, sob a estipulação dos parágrafos precedentes, não tenha o direito bíblico para o novo casamento.

Leia também Casamento, divórcio e novo casamento nos escritos de Ellen G. White.

Entrevista com o pastor Alacy Barbosa
Saiba mais sobre divórcio e novo casamento nesta conversa com o pastor Alacy Barbosa, diretor do Ministério da Família da Igreja Adventista para oito países sul-americanos.