segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Com crítica à Igreja Católica, "Spotlight" vence Oscar de melhor filme


Apesar de "O Regresso" ter dominado as indicações, com 12 categorias, o Oscar de melhor filme foi para "Spotlight: Segredos Revelados". O filme narra com detalhes uma investigação jornalística do jornal "Boston Globe" que revelou os abusos sexuais a menores por padres da Igreja Católica. 

Ao subir ao palco, o produtor Michael Sugar disse que o filme "deu voz aos sobreviventes, e este Oscar amplifica essa voz que esperamos que se torne um coral que vai ressoar até o Vaticano. Papa Francisco, é hora de proteger as crianças e restaurar a fé. Obrigado". A também produtora Blye Pagon Faust falou sobre o trabalho jornalístico: "Não estaríamos aqui sem os esforços heroicos dos nossos repórteres. Eles não só produzem mudanças globais como também nos mostram a absoluta necessidade do jornalismo investigativo". 

Seguindo os passos de outros filmes sobre investigações jornalísticas – como "Todos os Homens do Presidente" –, o diretor, que assina o roteiro com Josh Singer, estrutura o longa na forma de um suspense. O filme de Tom McCarthy venceu também como melhor roteiro original e já havia ganhado o prêmio do Sindicato dos Atores (SAG Awards), um dos termômetros da temporada pré-Oscar.


O filme é baseado em uma história real – que deu origem ao livro, vencedor do Pulitzer –, escrito pelo mesmo time que participou da apuração do caso. Aos poucos, Walter Robinson (Michael Keaton) e sua equipe, composta pelos repórteres Mike Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James) vai descobrindo uma série de relatos de pedofilia praticados por membros da Igreja Católica na cidade de Boston, todos, devidamente acobertados.

Ao posicionar o espectador dentro da redação – e, principalmente, na rua, acompanhando a apuração e descobrindo os fatos ao lado dos jornalistas –, o filme não diz apenas da maneira como o jornalismo é feito (ou, pelo menos, deveria), mas da motivação profissional que justifica a denúncia da hipocrisia de uma parte da Igreja, da burocracia imposta pelos poderosos e, principalmente, do abuso decorrente da fragilidade socioeconômica dos mais desfavorecidos.

Com informações de UOL e AdoroCinema 

Nota: Assista ao vídeo apresentado pelo líder sul-americano, pastor Erton Köhler, que mostra a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia a respeito da pedofilia.(https://youtu.be/c5pgX6bN4Ac)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Moradores de rua de São Paulo podem ganhar igreja adventista


O microempresário Michel Prado, 34 anos, afirma que trabalhar no projeto voluntário com os moradores de rua tem sido a atividade mais interessante que já realizou nos 15 anos de ministério na Igreja Adventista. O grupo Arautos da Noite nasceu após uma iniciativa na Semana de Oração Jovem de distribuir lanches quentes para moradores de rua no inverno de julho de 2013. “Depois daquela semana a igreja comprou a ideia”, conta o organizador.

Cerca de 20 voluntários da igreja adventista do Parque São Rafael, no bairro São Matheus (Zona Leste de São Paulo), se reúnem todas as sextas-feiras para acolher a comunidade carente, desfalcada de um lar, alimentação e higiene.

Em sua página no Facebook, o grupo mostra que até em datas comemorativas, como as festas de final de ano, o grupo permanece com o projeto. “Em 2014, realizamos uma semana de oração jovem na rua”, lembra. Já a leitura da Bíblia aconteceu por 4 meses com os moradores de rua.


Reabilitação – De acordo com o censo da cidade de São Paulo, a maior parte dos habitantes em condições de rua são pessoas da faixa etária ativa. Para o coordenador, um dos objetivos é ajudar essas pessoas que, muitas vezes, são dependentes químicos na reabilitação social, física e espiritual. Atualmente, três pessoas foram enviadas para a Clínica de Reabilitação Peniel, que trabalha como parceira do projeto.

Igreja destinada para moradores de rua - O projeto existe, assim como a casa e o terreno no bairro São Matheus. A igreja especialmente para moradores de rua é um projeto que abrange as necessidades de seus futuros membros. “A igreja teria desde os cultos que temos nas outras igrejas adventistas à espaços que eles possam tomar banho, se alimentar e ter terapia”, relata o coordenador. A ideia é congregar 50 pessoas no local. Porém o lançamento tem ficado em espera. “Nós temos um empasse. O grupo conta com 20 pessoas, todas praticantes ativas da igreja do Parque São Rafael, se todos formos nos dedicar apenas à nova igreja, temos medo de desfalcar a outra. Precisamos de mais pessoas, talvez a ajuda de outras igrejas, não sei”, afirma Prado.

Congresso da ASA – O grupo irá contar seu testemunho no Congresso da Ação Solidária Adventista (ASA), intitulado Compassion, que vai acontecer neste sábado, 26, no Colégio Adventista da Vila Matilde. O evento é destinado a 600 pessoas, líderes, associados e interessados nas ações do departamento. Serão dois dias de workshops e palestras sobre como atender as diversas necessidades da comunidade. [Equipe ASN, Michelle Martins - Foto, Marcos Junior]

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

As revistas da sala de espera

Todo consultório de dentistas (não só de dentistas) tem uma sala de espera. Salas de espera geralmente têm revistas, raramente revistas atuais, quase sempre são revistas com noticias antigas, falando de romances já acabados, cobrindo festas que já estão no esquecimento, revelando escândalos que nem são mais tão escandalosos assim e uma porção de matérias que servem apenas para tornar o momento na sala de espera, um pouco menos entediante. O objetivo é tornar a espera mais agradável. 

Um fato inquestionável é que ninguém marca uma consulta no dentista para ler a revista Caras da sala de espera, tanto que, uma vez chamado, todo o paciente deixa a revista de lado e vai cumprir o propósito que o levou até o consultório. 

Definitivamente ler revistas da sala de espera não é o objetivo. Precisamos entender que este mundo é uma sala de espera. Tudo o que vemos, experiências que passamos, coisas que conquistamos, realizações que alcançamos, tudo isso funciona como revistas.

Tudo isso foi feito para aproveitarmos, mas sem jamais nos esquecer que nosso propósito não é ler revistas. Não estamos neste mundo para admirar realizações e correr desenfreadamente atrás de sucesso. Nosso propósito é permanecer atento. Assim como um dentista chama seu paciente, Cristo também nos chamará em breve. Da mesma forma que um dentista não quer que seus pacientes digam: "Agora não dá pra eu levantar daqui, eu preciso terminar de ler esta matéria", Cristo também não quer lhe ouvir dizendo que não quer ir até onde Ele está, porque ainda não acabou de completar suas construções, não passou pelos lugares que queria e nem conheceu as pessoas que gostaria.

Lembre-se: Aproveite as revistas, mas não se apegue demais a elas. 

Oscar 2016 - Qual é o perfeito protagonista?


A 88.ª cerimônia de entrega dos Academy Awards (Oscar 2016) produzida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para premiar os melhores atores, técnicos e filmes de 2015, acontecerá neste domingo (28) no Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia. O anfitrião será o comediante Chris Rock. Quem serão os grandes protagonistas da noite? Bryan Cranston, Matt Damon, Leonardo DiCaprio, Michael Fassbender, Eddie Redmayne, Cate Blanchett, Brie Larson, Jennifer Lawrence, Charlotte Rampling ou Saoirse Ronan? Confira aqui a lista de todos os indicados ao Oscar deste ano.

E por falar em cinema e protagonistas, fique com este delicioso texto de Beatriz Rustiguel da Silva...

Cinema é algo fascinante. É a melhor forma de contar uma história. 

Os sons, as imagens, fazem qualquer coisa ganhar vida. E quando estamos em uma sala de cinema, sentimos como se cada uma das personagens tivesse vida própria.

Eu acho fascinante como todos nós, de uma forma ou outra, buscamos ser os protagonistas de nossas próprias histórias. Cada um tem seu gênero favorito. Uns vivem um drama, outros uma comédia, alguns um romance, ainda tem aqueles que preferem um filme de terror. Mas, a diversidade geralmente acaba ai. Porque todos tentam viver o mesmo papel - o papel principal.

E o engraçado é que não queremos ser protagonistas que vivem histórias como as da era de ouro do cinema. Não queremos ser Rick Blaine (Casablanca) que abre mão do objeto de seu desejo em favor de um amor sacrificial. Também, não queremos ser Holly Golightly (Bonequinha de Luxo) que desiste dos sonhos de grandeza, vazios e baratos, e por fim decide amar e se deixar ser amada. Não queremos ser Elizabeth ou Mr. Darcy (Orgulho e Preconceito) que abrem mão do preconceito e do orgulho como armas para ferir seus amados, preferindo o dano próprio e a perda.

Não queremos nenhum desses papeis.

Nós queremos os grandes títulos, os 'blockbusters'.

Nós queremos ser Bruna Surfistinha (O Doce Veneno do Escorpião) que de menina pobre, subiu na vida e conquistou tudo que queria, mesmo com alto custo, vendendo não só o corpo, mas a alma e o caráter também. Ou, queremos ser um Jack Sparrow (Piratas do Caribe), um anti-herói, bêbado, egoísta, desleal, infiel, sem qualquer senso de moralidade. Alguns ainda querem ser com Benjamin Button (O Curioso Caso de Benjamin Button), e passam a vida lutando contra o tempo, e ao invés de crescerem em sabedoria e experiência, buscam a fonte da eterna juventude. Ainda tem aqueles que preferem ser como Bella Swan (Saga Crepúsculo) uma mocinha bobinha, que só abria a boca para gerar pérolas da estupidez. Como se não bastasse, a mocinha se apaixona por uma criatura das trevas, fria e sem vida, e implora para que ele consuma toda sua vida.

Qual é o seu gênero de filme? Qual é o seu tipo de personagem?

Será que você está tentando ser seu próprio protagonista?

Pra quem tenta ser protagonista de sua própria história, só existem dois resultados possíveis: ou a frustração, porque você percebe que não vai contar lá uma grande história; ou a ilusão, porque você acha que é o mocinho perfeito pra sua própria história.

Eu não te conheço, mas independente de quem seja, posso afirmar com absoluta certeza que você não irá interpretar um mocinho convincente.

Eu sei que você deve estar lembrando de meia dúzia de frases chavão agora, bem no estilo de Oprah Winfrey, ou aqueles livros baratos de auto ajuda, como: "Se um dia alguém disser que você não fez algo importante, não ligue, pois o importante já foi feito: VOCÊ", ou "Tudo pode ser, se quiser será. O sonho sempre vem pra quem sonhar." (Xuxa), ou ainda "Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela." (essa última é do Paulo Coelho).

Fazendo a análise de todas elas eu responderia: o caminho mais rápido para a queda é a exaltação do próprio ego, e que os otimistas são muito mal informados.

Se você for honesto, irá concordar comigo. Irá perceber que nós não somos interessantes o suficiente, ou bonitos o suficiente, ou bons e virtuosos o suficiente, nem ao menos capazes o suficiente para contar uma boa história. Se assumirmos o papel de protagonista iremos, indubitavelmente, contar uma história medíocre, com enredo previsível e nada construtivo.

Acha que eu sou pessimista? Imagina! Eu apenas conheço as limitações do meu coração e me dei conta que os coadjuvantes têm melhores chances. O coadjuvante não precisa alcançar um padrão muito alto em relação a nada. Não sente a pressão e a necessidade da perfeição. Ele é quem ajuda o protagonista acertar o 'timing' da piada, e ele é o braço direito do herói, ele é quem cai repetidamente em problemas e precisa ser salvo (e será). Mas, não dá para fazer de qualquer um, o protagonista da nossa história. Tem que ser o tipo certo de protagonista, de acordo com o gênero e com a história.

Na minha história, eu preferiria interpretar o soldado de um líder destemido, um rei leal ao seu amor e que em cada passo caminha para o auto sacrifício (Leonidas, do filme 300). Seria honroso interpretar e viver uma história assim, ao lado de um rei assim. Ficaria contente em interpretar uma criança inexperiente e dependente que foi chamada, a um mundo mágico, para ajudar a lutar contra uma terrível bruxa malvada. Lutando ao lado de um rei nobre e forte (Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia do filme As Crônicas de Nárnia) contra a frieza e a morte. Ou ainda, estar lado a lado com amigos fiéis lutando em favor de um rei, de um reino e contra o domínio da maldade (Frodo de O Senhor dos Anéis).

Esse é o meu papel: coadjuvante. Eu tenho um protagonista. Ele é um Rei, um Leão, um Senhor. Ele é o único justo o suficiente, bom e virtuoso o suficiente, belo e interessante o suficiente. Ele é o perfeito protagonista. Ele é o herói. Ele interpretou perfeitamente seu papel e fez história. Não existe nada mais honroso do que ser um coadjuvante na história dEle.

Esse é o meu papel. A única ambição é interpretá-lo bem. Não preciso de um Oscar ou um Golden Globe, apenas um “Bem fizeste, servo bom e fiel!” do meu protagonista, me basta.

Texto de Beatriz Rustiguel da Silva

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Comer uma pizza por dia ajuda emagrecer, diz chefe italiano


Comer uma pizza margherita por dia pode ajudar a emagrecer. Essa é a ideia de uma dieta criada em Nova York por um napolitano, o chefe Pasquale Cozzolino, de 38 anos, que é dono, junto a Rosario Procino, da pizzaria Ribalta, a poucos passos da movimentada região da Union Square.

O italiano, que agora aparece nas primeiras páginas dos jornais dos Estados Unidos, diz que perdeu 50 quilos com uma dieta à base de uma pizza margherita por dia durante cinco meses. Para os norte-americanos, e para tantas outras pessoas que consideram o alimento uma "junk food", o resultado é no mínimo surpreendente. A pizza é um alimento completo. Ele contém proteínas, carboidratos, vitamina C, minerais e antioxidantes que agem na prevenção dos tumores. E foi com ele que o italiano, de 1,97 m, passou de 170 kg para 124 kg. O seu objetivo ainda é o de chegar a 105 kg.

"Uma margherita tem entre 540 e 570 calorias e te deixa satisfeito. Já de noite eu costumo comer peixe e verduras. Eu faço a dieta cinco dias por semana. E em um dos dias eu tenho um dia de folga, quando como o que quiser", conta. (Com informações de ANSA via UOL)

Nota: Antes de mais nada, um pouquinho de história... A pizza margherita foi criada no ano de 1889 pelo pizzaiolo Rafaelle Esposito que nomeou a pizza para homenagear a rainha Margherita di Savoia durante sua visita à cidade de Nápoles. Os ingredientes usados foram escolhidos de forma que às cores fizessem referência as três cores da bandeira da Itália: sendo o branco representado pela mozzarella, o verde pelo manjericão e o vermelho pelo tomate. 

Pra quem ficou interessado na matéria, segue abaixo receita da nossa pizza margherita vegetariana. Mas se você planeja perder mesmo alguns quilinhos, com uma dieta mais saudável, leia esta matéria - "Plano Alimentar de Emagrecimento", elaborada pela nutricionista Alessandra Araújo (Vida & Saúde).

Pizza Marguerita Vegetariana
Massa de tomate – camada leve, direto na massa
Camada caprichada de molho pronto (manjericão, azeite de oliva, castanha do Pará e sal)
Rodelas de tomate finas espalhadas
Folhas de manjericão fresco por cima, caprichadas
Azeitonas pretas
Tofupiry sem exagero
Orégano por cima

Outdoor de Deus


Não sou nenhum fã de metrópoles. Para ser sincero, cidades grandes me assustam. Nas poucas vezes em que estive em São Paulo, lembro de ter visto mais carros que gente, mais fumaça que céu, mais prédios que casas; e esse não é um cenário que me atrai, definitivamente. Mas em meio aos carros, buzinas e motos uma coisa me chama atenção: os (também) grandes anúncios de publicidade que formam como que um muro em torno dos sobreviventes dessa corrida maluca.

Na vida também temos um monte de coisas a dizer. Algumas delas precisam ser verbalizadas, outras devem ser ditas com o silêncio de uma vida correta e equilibrada. São os anúncios, as desculpas, as respostas que temos, mas que nem sempre encontram espaço nas ruas movimentadas de nossa vida desatenta. Se eu tivesse direito a um grande outdoor na maior avenida da maior cidade do maior dos mundos, em uma palavra eu conseguiria expressar muito do que devo e preciso dizer – ERREI!, e com um grande ponto de exclamação.

Meu desejo sincero seria que esse grito alcançasse quem andou e ainda anda pela minha vida. Que os óculos de meus pais conseguissem enxergá-lo num jeito carinhoso e respeitoso de tratá-los. Que meus irmãos o escutassem em cada ligação telefônica encerrada com a certeza de um “amo você”. Que meus amigos de perto o sentissem em olhares humildes e que os de longe o percebessem em correspondência constante… 

Temo não ter encontrado espaço em minhas ações, palavras e pensamentos para dizê-lo, até aqui. É que o orgulho e o egoísmo cobram de mim um aluguel muito caro. Lamento ter errado tanto – nos começos e nos finais, nas idas e nas voltas, nas pressas e nas demoras, amando e deixando de amar, encontrando e escondendo -, mas lamento ainda mais todas as vezes que errei sem nem querer acertar, meus erros irresponsáveis, despreocupados, que tanto mal trouxeram. Quando olho para os anúncios de soberba, suficiência e passividade espalhados pelas ruas de trás dos meus dias, tenho vergonha. Errei, eu sei.

Esse seria um discurso frustrado, se Deus não tivesse também um outdoor. É, Ele tem. E escolheu colocá-lo na Bíblia. É fácil de achar. Anote aí: Rua João, número 3:16. Lá está escrito, e com letras maiores do que as maiores que o homem possa escrever: EU PERDOEI!!!, e com três pontos de exclamação. Eu errei, Deus já perdoou. No entanto, só descobre isso quem passa pelas ruas certas – as ruas do calvário, as ruas da Bíblia. Essas ruas andam meio vazias esses dias, mas isso tem explicação e explica a vida apressada e confusa de tanta gente por aí.

O amor de Deus é um mundo novo. A Bíblia, o lugar certo por onde andar. Quanto tempo faz que você não passa por lá?

A gente se encontra.

Texto do pastor Cândido Gomes

Filme produzido pelo Unasp será lançado nos Estados Unidos


O lançamento do filme Opostos acontecerá durante a semana que vem na Associação Geral da Igreja Adventista, localizada nos Estados Unidos. A nova versão vem sendo filmada desde 2012. Foi produzida pela Núcleo Produtora com a direção de Tuiu Costa. A história de superação dos dois moradores de rua será lançada no próximo dia 27.

Inicialmente desenvolvido como um trabalho de conclusão de curso, o videodocumentário “Opostos” (assista abaixo) foi apresentado em dezembro de 2009 pelos alunos Andreson Bastos, Marison Roberto e Rodrigo Torres, formados em jornalismo no Unasp EC no mesmo ano. A produção chamou a atenção da liderança mundial da Igreja Adventista, que resolveu patrocinar o filme.

Infância, amizade e caráter foram os aspectos destacados pelos autores. O longa conta a história de dois amigos que, após enfrentarem contextos desfavoráveis em seus lares, foram para as ruas da cidade de São Paulo. A amizade entre os dois meninos foi fundamental para enfrentar a vida nas ruas da maior cidade da América Latina. Muitas foram as oportunidades de se desviar dos caminhos da dignidade, mas os dois garotos se mantiveram firmes. A produção evidenciou que a grande inspiração de Luís e Daniel, os protagonistas, foi a busca incansável pelo conhecimento através da leitura. 

Outros dois aspectos foram de grande importância para o desfecho do filme: a fé em Deus e a dedicação pessoal dos personagens. “A soma dessas características na biografia do Dr. Luiz Cietto e Dr. Daniel da Silva nos convenceram de que essa história precisava ser contada. Uma história com surpresas, emoção, forte apelo motivacional e convite à reflexão”, revela Andreson, um dos autores.

Em tempos de popularidade e sucesso imediato, a história impressionou a muitos. Um deles foi o líder mundial do departamento de comunicação da Igreja Adventista, Pastor Williams Costa Jr. “A primeira vez que eu vi o vídeo do Opostos eu fiquei impressionado com a história. Não existe nada que seja mais significativo pra mudar o destino e o futuro de uma pessoa do que a educação cristã”, frisa.

No próximo dia 25 uma comitiva do Unasp campus Engenheiro Coelho irá para Silver Spring, Maryland, para lançar o filme na sede mundial da Igreja. O vice-reitor do Unasp, Martin Kuhn, estará lá e acredita que este é um projeto que traz orgulho a todos os envolvidos. “O Opostos mostra a qualidade daquilo que é feito aqui no curso de Jornalismo do Unasp, que levou outras pessoas a acreditar e investir no projeto. A dimensão que ele tomou só demonstra a força de uma grande ideia e de algo bem feito”, destaca. No Brasil, o filme tem previsão de estreia para agosto deste ano.

Mauren Fernades - ABJ Notícias

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Para os cristãos de vida dupla...


Nenhum de nós está completamente isolado da vida contemporânea [ou “secular”]. Ainda que desliguemos o celular, a televisão e o rádio, continuamos a ser influenciados. Quando ligamos para um banco, uma loja ou uma operadora de cartão de crédito, ouvimos alguma música popular enquanto esperamos ser atendidos. Quando vamos ao supermercado ou ao shopping fazer compras, esse tipo de música está sendo tocado ao fundo. É impossível viver plenamente em um mundo diferente daquele no qual vivemos. Assim, quando o culto deixa de falar ao mundo no qual vivemos, é fácil viver uma vida dupla: uma é a vida que temos quando estamos na igreja ou nos relacionamos com outros membros da igreja; outra é a vida que temos enquanto trabalhamos, jogamos ou assistimos televisão. Esse tipo de vida compartimentalizada [separada em compartimentos ou categorias] não nos livrará da “correnteza secular” nem atrairá pessoas seculares à nossa fé [nem nos tornará mais consagrados]. […]

Um importante aprimoramento do culto no contexto secular pós-moderno consiste em garantir que tudo o que acontece na manhã de sábado seja relevante para fora da igreja. Em outras palavras, tenha muito uso prático fora das horas sabáticas. As pessoas precisam ouvir aquilo que pode ser aplicado, por exemplo, nas manhãs de segunda, terça e quarta-feira. Uma demonstração de cristianismo prático e vivo é uma força atrativa que convida as pessoas a se aprofundarem em nossa mensagem. No entanto, os cultos adventistas geralmente contêm muito pouco conteúdo que possa ser colocado em prática no mundo real em qualquer outro dia da semana. Esta declaração ainda é relevante: 
“É triste que o motivo por que muitos acentuam tanto a teoria e tão pouco a piedade [ou espiritualidade] prática é não terem Cristo no coração. Não possuem viva ligação com Deus” (Ellen G. White, Testemunhos para a igreja, v. 4, p. 395-396).
Seremos eficazes em mostrar como um cristão lida com a manhã de segunda-feira quando nós mesmos lutarmos com os problemas que as pessoas enfrentam em casa, na vizinhança e no trabalho. Quando nós próprios soubermos como andar com Deus a cada dia da semana, seremos capazes de ajudar outros a fazerem o mesmo. As igrejas que estão fazendo a diferença na sociedade dominante são as que enfatizam o cristianismo prático. Com isso, não estou de modo algum subestimando as doutrinas. Mas as doutrinas devem estar relacionadas com a vida como um todo, e não apenas com alguns momentos de estudo.

Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation (Boise, ID: Pacific Press, 2008), p. 178-179. Paulien, Ph.D., é diretor da Faculdade de Teologia da Universidade de Loma Linda (EUA). (via Missão Pós-moderna)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Parábola do Rato


Era uma vez, uma menina que não tinha um rato. Mas, talvez influenciada pela popularidade de figuras como Mickey Mouse, Topo Gigio, Tom e Jerry, a garotinha resolveu que queria porque queria um... Assim, toda manhosa, foi contar para o pai de sua mais nova e estranha necessidade.

Mas o pai não concordou com a ideia, explicando o perigo de ter um ratinho - as doenças, a sujeira, e essas coisas. A menina insistiu, chorou, esperneou, mas nada mudou a ordem estabelecida. O tempo passou e o pai teve que fazer uma viagem. Iria passar dias longe, trabalhando. A família ainda se despedia na sala, quando a ideia veio. 

A pequena correu para o quarto, abriu uma das gavetas e encontrou o cofrinho. Não pensou duas vezes: quebrou o porco, pensando no rato, juntou as moedas e saiu de casa, dando à mãe uma desculpa qualquer. Foi à loja de animais que ficava ali perto. 

Aproximou-se do balcão e, mesmo sem conseguir enxergar quem estava do outro lado, entregou o saco de moedas, dizendo: "Me dá um rato, moço". O moço, que não tinha nada com a história, pegou as moedas e lhe entregou o bicho. A mocinha voltou para casa toda feliz. Trancou-se no quarto e começou a brincar com o novo amigo. E brincou, brincou, brincou... e fim. 

O problema é que enquanto a menina amar mais o rato que ao pai, ela não vai querer que o pai volte. Mas ele vai voltar. Por isso, cuidado com os ratos. 

Quem lê, entenda. 

Texto do pastor Cândido Gomes

Entrevista: Física adventista ajuda na detecção das ondas gravitacionais


Uma física adventista do sétimo dia faz parte da equipe internacional que ocupou as manchetes mundiais ao anunciar a primeira detecção das ondas gravitacionais, uma descoberta que promete abrir uma nova era na astronomia.

Tiffany Summerscales, professora associada de Física na Universidade Andrews, nos Estados Unidos, auxiliou na pesquisa realizada pelo LIGO Collaboration, que detectou as ondas gravitacionais provocadas pela colisão de dois buracos negros a bilhões de anos luz da Terra.

Segundo ela, a descoberta, publicada na revista Physical Review Letters há duas semanas, dá aos cientistas uma nova ferramenta para explorar o universo. “Imagino as ondas gravitacionais como sendo a verdadeira ‘música das esferas’”, pontua Tiffany. “Os detectores do LIGO são os rádios que construímos a fim de podermos ouvir essa música. Até agora obtivemos apenas a primeira nota – bem, um gorjeio, na verdade – mas sabemos que há mais que poderemos ouvir quando aprendermos a sintonizar melhor os nossos rádios.”

Graduada em 1999 pela Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, ela começou a trabalhar com a equipe do LIGO Collaboration, com mais de mil físicos, enquanto fazia o doutorado, uma década e meia atrás, na Penn State University, na Pennsylvania.

Tiffany falou sobre a importância da descoberta e do que a física significa para ela como adventista do sétimo dia, em uma entrevista para a Adventist Review.

Adventist Review – Qual foi exatamente sua contribuição nesse projeto?

Tiffany Summerscales – Sou membro do LIGO Collaboration há 15 anos ou mais. Esse é o grupo de pessoas que ajudam na concepção e melhoria dos detectores, analisam os dados produzidos e fazem ciência com esses dados.

Especificamente, eu tenho trabalhado em dois tipos de projetos. Meus alunos e eu fazemos parte de uma equipe que trabalha no desenvolvimento e testes de um dos algoritmos de computador que analisa os dados e tenta caracterizar os sinais das ondas gravitacionais que são encontradas. Nós também participamos em atividades educacionais e de sensibilização pública.

AR – O que a descoberta das ondas gravitacionais significa para você pessoalmente?

Tiffany – É muito emocionante. Todos nós na Collaboration trabalhamos em prol deste momento, por muito tempo – alguns por mais décadas do que eu. Foi necessário um longo tempo para tornar os detectores suficientemente sensíveis para medir essas tênues ondas do espaço. Agora que as medimos, podemos nos tornar os astrônomos de ondas gravitacionais que sempre desejamos ser. Usar as ondas gravitacionais para investigar os mistérios do universo será formidável. Eu espero surpresas.

AR – Você pode dar alguns palpites das possíveis surpresas?

Tiffany – As ondas se produzem melhor diante de alguns eventos astronômicos dos quais temos o mínimo conhecimento. Até agora, só fomos capazes de ver as estrelas e as nuvens de gás orbitando ao redor e sendo atraídas aos buracos negros. Os buracos negros em si não emitem luz, mas sim produzem ondas gravitacionais. Ao medir essas ondas, seremos capazes de ver como é o espaço imediato ao redor dos buracos negros. Atualmente, não temos uma boa forma de testar como se comportam as regiões de gravidade muito forte.

Outro exemplo é o das explosões de supernovas que resultam no colapso de uma estrela maciça no final de sua vida. Vemos a explosão pelo lado de fora, mas não podemos ver o que acontece no centro. O núcleo da estrela entra em colapso até que ele se torna tão denso que os átomos se esmagam, até que todo o núcleo se torna uma grande bola de nêutrons, um tipo como um único átomo imenso (menos os prótons). Ninguém sabe como se comporta essa substância nêutron-estrela, porque não podemos fazer isso no laboratório, mas as ondas gravitacionais serão produzidas a partir do centro da supernova e trarão informações de como se parece esse tipo de matéria.

AR – O que essa descoberta significa para os adventistas?

Tiffany – Uma vez que os adventistas são seres humanos, significa que temos um novo tipo de astronomia para aprender mais sobre o universo. Para mim, aprender mais a respeito do universo é muito inspirador, pois ele contém ecos da grandeza de Deus.

AR – Ampliando esse pensamento, como você vê a mão de Deus em seu trabalho?

Tiffany – O espaço é vasto, impressionante e de uma beleza “de cair o queixo”. Na verdade, diariamente eu passo ainda mais tempo trabalhando com os alunos. Há muitas oportunidades aí para ver Deus operando na vida deles e os levando a se tornarem jovens adultos com grande potencial para impactar o positivamente mundo.

AR – Qual é seu verso bíblico favorito e por quê?

Tiffany – Posso escolher dois? Miqueias 6:8 e Eclesiastes 3:11. O primeiro porque resume nosso relacionamento com Deus e destaca o que é mais importante: a justiça, a misericórdia e a humildade, que são diferentes aspectos do amor. Eclesiastes 3:11 destaca a maravilha de Deus e de Sua criação, e a parte “pôs na mente do homem a ideia da eternidade”, me faz lembrar de como me sinto quando penso na vastidão do espaço.

AR – Há algo que você gostaria de acrescentar e que eu não lhe perguntei?

Tiffany – Eu gostaria de incentivar os leitores a buscar mais informações. Há vídeos online com gráficos realmente legais que fazem um trabalho melhor de explicar o que foi descoberto que é fácil transmitir com palavras. Um bom lugar para começar é: ligo.caltech.edu/detection

Equipe ASN, Andrew McChesney

8 marcas de um cristão espiritualmente saudável


Quais são as marcas de um cristão espiritualmente saudável? Em 1 Tessalonicenses 1:6-10, encontramos Paulo dando graças a Deus por cristãos espiritualmente saudáveis. Ele diz aos tessalonicenses – que eram relativamente recém convertidos – um número notável de verdades sobre eles. Eu não acho que haja em nenhum outro lugar do Novo Testamento em que um relatório tão explicitamente positivo seja feito de uma igreja e seus membros. Quais são, então, essas características espiritualmente saudáveis que Paulo os elogia por terem?

1. Eles se tornaram imitadores dos apóstolos e do Senhor. 
Ele reforça esse ponto no versículo 2:14. Eles se tornaram como seus mestres, que, por sua vez, estavam imitando o Senhor. Na prática (não apenas na união orgânica com Cristo), os tessalonicenses se tornaram parecidos com Cristo. Isso quer dizer que em pensamento, palavras e ações, sua conduta era a mesma de seu Salvador. Cristãos espiritualmente saudáveis são aqueles que se parecem com o Senhor (Mateus 5:13-16).

2. Eles receberam a palavra com alegria, mesmo tendo sido afligidos por isso. 
Muitos vão à igreja semanalmente, se forçando a permanecer acordados, alertas e sem se distrair. Todos já passamos por isso, sem dúvida. Isso, salvo em casos muito especiais, dificilmente é a imagem de um cristão espiritualmente saudável. Receber a Palavra com alegria – até que ela dê fruto – é uma marca de alguém que está imitando Cristo. Os tessalonicenses receberam a Palavra de Deus com alegria, sabendo que era fonte de vida. Eles o fizeram mesmo sendo perseguidos por isso (veja Atos 17). Cristãos saudáveis se deleitam em receber a Palavra de Deus ao longo de suas vidas.

3. Eles se tornaram exemplo para outros cristãos. 
Paulo diz “vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia”. Que afirmação maravilhosa! O apóstolo diz que esses novos convertidos tinham se tornado um exemplo regional de piedade, prática e zelo pelo Reino. Em outras palavras, cristãos ao redor do mundo estavam olhando para eles e seguindo seu exemplo, conforme eles mesmos seguiam o exemplo dos apóstolos. Cristãos espiritualmente saudáveis, sem tomar para si a atenção que deve ser de Cristo, se tornam bons exemplos para outros crentes seguirem.

4. Eles davam testemunho da Palavra. 
Deles “repercutiu a palavra do Senhor” em toda a região. Isso é muito, muito importante. Sua reputação regional era baseada não nas programações da igreja ou na reputação de seu pastor famoso, mas na Palavra de Deus “ecoando” a todo o redor deles. Parece que os membros da igreja de Tessalônica não conseguiam conter seu entusiasmo pelo evangelismo. Eles sabiam do dever que tinham de compartilhar a palavra, e assim o faziam. Cristãos saudáveis não apenas debatem todos os pontos das doutrinas do Evangelho, mas também falam aos outros sobre esse Evangelho.

5. Sua fé era evidente. 
Paulo enfatiza que “se divulgou a vossa fé para com Deus”. Eu creio que o apóstolo, ao inserir essa ideia, está falando sobre o fato de que o testemunho deles da Palavra não se dava apenas em palavras, mas também em ações. Sua fé também era conhecida. Como? Presumivelmente pelo fato de que era uma fé real, vibrante e visível, que se manifestava em ação. Cristãos espiritualmente saudáveis são vistos e conhecidos pela sinceridade de sua fé.

6. Eles tinham boa reputação por sua fé e fidelidade. 
Paulo afirma que os apóstolos não precisaram falar sobre os membros da igreja de Tessalônica, porque os crentes da Macedônia e da Acaia já sabiam sobre eles – sobre como eles tinham recebido Paulo em seu meio. Em outras palavras, sua reputação de igreja que se parece com Cristo era conhecida. A igreja ou o cristão não conseguem controlar sempre o que as pessoas pensam deles, mas que testemunho poderoso é ser conhecido por ser parecido com Cristo. Cristãos espiritualmente saudáveis não precisam necessariamente ter boa reputação com todos, mas entre os crentes verdadeiros eles certamente terão.

7. Eles verdadeira e obviamente se arrependeram de sua vida anterior. 
Uma das realidades mais tristes desse mundo caído é que veremos o mal ser chamado de bem e o bem de mal – mesmo na igreja de Cristo! Os tessalonicenses eram idólatras, presumivelmente envolvidos em toda aquela idolatria daqueles dias; entretanto, eles se converteram (isso é, se arrependeram) de seu pecado, o deixaram para trás e olharam para Deus. De fato, sua conduta foi uma mudança drástica e completa. Eles serviam aos ídolos, se arrependeram e passaram a servir “o Deus vivo e verdadeiro”. Ao contrário do que alguns ensinam hoje nas igrejas, nós não podemos permanecer nos velhos pecados e afirmarmos que Cristo é nosso Salvador. Sim, cristãos espiritualmente saudáveis, tendo encontrado as misericórdias de Deus em Cristo, continuamente se arrependem de seus pecados e buscam nova obediência e serviço.

8. Eles viviam em expectativa. 
Paulo diz que os tessalonicenses aguardavam “do céu o Seu Filho”. Parte de sua alegria como cristãos (e podemos assumir que isso é uma das coisas que levava ao seu zelo evangelístico) era a expectativa pela segunda vinda de Cristo. Eles sabiam que haviam sido salvos da “ira vindoura” e desejavam o mesmo para os outros. Eles aguardavam a vinda de Cristo com ansiedade. Cristãos espiritualmente saudáveis anseiam o retorno de Jesus, e se comportam à luz de Sua volta.

Essa lista está longe de ser exaustiva; mas nela, Paulo parece ter um objetivo particular em mente – encorajar os frutos que já eram manifestos nas vidas dos crentes visando aumentar a proclamação do evangelho, em obras e palavras. Se essa descrição não nos representa – seja individualmente ou corporativamente, devemos orar para que Deus assim o faça. Ele prometeu, em Cristo, nos dar a graça – por sua Palavra e pelo poder do Espírito – de termos em nós essas características para o avanço do Reino.

Matthew Holst | Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A Igreja Adventista, o Desemprego e a Economia Criativa


O brasileiro sentiu no bolso o momento ruim da economia do país. Em 2015, o desemprego nacional fechou em quase 9%. Uma análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) avalia que o desemprego supera 10% da população em 2016. São mais de 2 milhões de postos de trabalho que deixarão de existir. É mais sofrimento e é mais desesperança.

Há algo de terra arrasada quando olhamos apenas por esta perspectiva. Mas, em um mercado de trabalho tão castigado como o brasileiro, existem surpresas interessantes. A economia criativa é um exemplo. Em todo o País, ocorreu um aumento de quase 70% no PIB desse setor, entre 2004 e 2013. Só para comparação, nesse mesmo período, a média de crescimento na economia nacional foi de 36,4%. A quantidade de trabalhos formais na economia criativa aumentou em 90%.

A ideia de economia criativa vem de “indústrias criativas”. A expressão surgiu pela primeira vez na Austrália, em 1994. Uma definição nova para um novo tipo de revolução: aquela que supera a manufatura, a agricultura e o comércio, formas tradicionais de economia e potencialmente o que define até hoje o mercado de trabalho formal, para concentrar seu poder de atuação em bens e serviços criativos. Inclua nesse pacote todas atividades baseadas no conhecimento e na produção de bens intelectuais e criativos, tangíveis e intangíveis, com inegável valor econômico em seu conteúdo.

Essas atividades estão na cultura, na web, na moda, no design, em serviços audiovisuais, na fotografia, na música, no artesanato, na gastronomia. As possibilidades são amplas. Uma startup é uma incubadora criativa, e aquele seu amigo empenhado em desenvolver um aplicativo representa esse universo. Há ainda aquele trabalha com pães artesanais. Ainda é possível envolver quem trabalha em atividades de televisão, rádio e nos diferentes serviços de internet – desde novas formas de comunicação até seu uso como mercado.

São situações novas, que trazem possibilidades interessantes. No momento de crise que o país atravessa, é possível ter muitas pessoas em nossas igrejas e nas comunidades em que os adventistas estão inseridos que estão sofrendo com a perda do emprego, ou da redução do poder da renda familiar, causando perdas e tensões em vários aspectos. A igreja pode ser uma fonte de orientação para preparar as pessoas para esse novo mercado. Muitos dos serviços da economia criativa fazem parte do cotidiano de nossas congregações: a música, a fotografia, a promoção de eventos, a gestão do som. Como a igreja pode aproveitar essa oportunidade para atrair ainda mais a comunidade para sua agenda e para a sua evangelização?

Ideias
Uma iniciativa interessante seria a realização de oficinas criativas em nossos templos. Entre os seguidores da igreja, certamente há aqueles que trabalham com artesanato, gastronomia, fotografia, audiovisual, web design. As igrejas podem mapear esses profissionais e desafiá-los a ser voluntários nessas oficinas profissionalizantes. Imaginem que relevante seria para a comunidade ter igrejas que abram espaço em sua agenda para a realização dessas oficinas criativas capazes de preparar para esse novo mundo do trabalho. Elas poderiam acontecer, por exemplo no domingo à tarde, ou durante a semana no período da noite. Igrejas com estrutura suficiente para isso poderiam inclusive promover aulas usando redes sociais, produzindo vídeos tutoriais sobre como usar técnicas artesanais como alternativas para geração de renda, por exemplo, ou como usar a fotografia como profissão e por meio dessa expressão garantir o sustento.

Tenho muita convicção de que nossas igrejas podem se tornar cada vez mais relevantes nas comunidades onde estão inseridas, e iniciativas como essas ajudam nesse propósito. Igrejas amadas pela comunidade são igrejas capazes de ampliar seus resultados missionários. Gosto muito do senso de vida comunitária da Igreja no livro de Atos, especialmente no final do capítulo 2, onde está escrito que as pessoas de fé “louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas” (Atos 2:47). Acredito realmente que nossas igrejas, nesse tempo tão confuso dos dias de hoje, podem ser essa igreja do tempo do Pentecostes: criativa, inspirada, atuante, comunitária e transformadora.

Eron Santana (via Notícias Adventistas)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Por que gosto do Sábado?



Feliz Sábado!
É uma saudação bastante conhecida em nosso meio adventista. Mas você já parou para pensar no peso que tem esse cumprimento e o que ele realmente significa para você? Bom, hoje eu desejo vos falar sobre minha relação com esse dia especial, o por que de o mesmo ser um tempo feliz para mim e por que desejo que ele seja um dia feliz para as pessoas também. Leia e descubra se você tem realmente sentido essa felicidade em sua vida...

Gosto do Sábado. 
E, ao contrário do que muitos pensam, não é porque não trabalho ou não estudo nesse dia. Também não é porque fico dormindo o dia todo ou, ao contrário, passo o dia dentro da igreja. Ao contrário do que muitos pensam também, talvez seja o dia em que mais me mantenho ocupada. Mas é uma ocupação prazerosa, com uma sensação absolutamente diferente da de estudar ou trabalhar.

O Sábado me traz a sensação de liberdade. 
Uma sensação sentida somente possível uma vez a cada sete dias. Uma liberdade sentida pelos judeus logo após serem libertos da escravidão e opressão do Egito. O que eles não sabiam é que a escravidão continuaria, ultrapassaria os séculos e perduraria até os dias de hoje.

Eu e você somos escravos. 
Escravos do trabalho, das horas, do comércio, da hierarquia. Somos patrões ou empregados, alunos ou professores. Passamos nossos dias em uma correria desenfreada atrás de ganharmos o sustento. Esquecemos muitas vezes dos outros e passamos a pensar apenas no “eu”. Durante 6 dias na semana somos manipulados e manipulamos, vemos apenas carros e fumaças, prédios e construções feitas por mãos de homens. Passamos a nos preocupar sempre com as coisas “urgentes” deixando de lado as mais importantes. Inconscientemente nossa alma e nosso corpo pedem um descanso. Vinte quatro horas para se renovar.

Isso é o Sábado. 
É um dia em que deixamos de ser escravos e sentimos o gosto da liberdade. Entramos no descanso de Deus (Hebreus 4). Neste sagrado dia não existe hierarquia. Não existe aluno e professor, chefes ou subordinados. Todos somos iguais. Não trabalhamos e nem pedimos que trabalhem. Não compramos e nem vendemos. Somos levados a dar mais importância ao “importante” e não ao “urgente”. Deixamos de correr atrás do sustento e permitimos que as bênçãos de Deus nos alcancem. Deixamos de ser criadores para ser criações. E enxergamos o mundo e o homem como as mais belas criações de Deus.

E sabe qual a melhor parte disso tudo? 
O Sábado não foi feito só para mim, ou para os adventistas, ou até mesmo para os judeus. Todos podem usufruir deste tempo sagrado. Ele foi dado por Deus como uma benção a toda a humanidade nos primórdios de nosso mundo, antes de existirem você que me acompanha, ou adventistas, ou judeus e qualquer outra religião existente.É um tempo para ser compartilhado com todos. É um dia que dinheiro no mundo jamais poderá comprar, por isso todos podem adquiri-lo e por todos deve ser desfrutado. Como disse certo rabino: É um dia em que paramos de ganhar a vida e simplesmente vivemos.

O Sábado é meu dia de esperança. 
Esperança de que um dia a dor e maldade acabarão e viverei eternamente com meu Senhor e Salvador em um lugar onde “desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” (Isaías 66:23) . Podemos e devemos viver essa esperança no Sétimo Dia. Podemos até mesmo respirar a atmosfera celestial existente nele.
“O sábado foi feito para o homem, para lhe ser uma bênção mediante o desviar-lhe a mente do trabalho secular para a contemplação da bondade e glória de Deus.” (Ellen G. White - Conselhos para a Igreja, p. 205)
Meu desejo é que entremos nesse abençoado e sanificado dia com espírito alegre e contente. Principalmente, que usemos esse maravilhoso tempo não para nós mesmos, mas em adoração ao Senhor, estudo de Sua Palavra e convívio com nossos irmãos. Feliz Sábado! =)
“Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.” (Isaías 58:13-14)
Annik Catunda (via Cooltura Adventista

Papa Francisco sobre Donald Trump: Construir muros “não é cristão”


Antes de embarcar de volta ao Vaticano após visita ao México, o papa Francisco alfinetou o republicano durante conversa com jornalistas. "Uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que seja, em vez de construir pontes, não é uma pessoa cristã", disse o pontífice, conforme informou a BBC britânica. A afirmação faz referência à proposta de Donald Trump de construir um muro entre o México e os Estados Unidos. O pré-candidato republicano se irritou com o comentário e disparou de volta. "Um líder religioso questionar a fé alheia é vergonhoso. Eu tenho orgulho de ser cristão", bradou Trump, conforme noticiado pela rede TMZ. (Com informações de iG)

José Maria Barbosa Silva em Meditações Diárias Momentos de Graça, p. 292 diz:

As pontes são símbolos de aproximação, diálogo, convivência e reconciliação. Elas unem pessoas, povoados, cidades e países. Parece que somos mais especialistas em construir muros em lugar de pontes. Tanto que o maior muro feito pelo homem é visível da Lua: a Grande Muralha da China. Existe também preconceito e discriminação: construímos muros invisíveis entre vizinhos, denominações, grupos étnicos e países. Cristo passou a maior parte do tempo derrubando muros. Paulo diz que Jesus veio para derrubar o muro de separação: 
“O objetivo dEle era criar em Si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo […]. Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto.” (Efésios 2:15-17)
A figura que Paulo usa aqui é muito clara. Ele se valeu do templo com suas seções. A separação era: gentios, mulheres, israelitas, levitas, sacerdotes e sumo sacerdotes. Paulo disse: “Jesus é a ponte: o muro desapareceu. Jesus é nossa paz.” A graça de Deus não quer deixar ninguém de fora. Infelizmente, excluímos as pessoas por medo, orgulho ou ignorância. Nós as classificamos assim: quem está dentro e quem está fora. Os líderes religiosos da época de Jesus consideravam virtude não se relacionar com quem não vivia à altura dos seus padrões. Jesus, por outro lado, foi o maior construtor de pontes que o mundo já viu.

Somos convidados a ser construtores de pontes. “Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo” (1Pe 2:5). Quando Pedro diz que devemos assumir nossa missão, ele usa uma palavra que resume nossa identidade como povo de Deus, a palavra “sacerdócio”.

O comentarista bíblico Barclay salienta algo interessante sobre o significado da palavra “sacerdote”, em latim. A palavra latina para sacerdote é pontifex, ou seja, construtor de pontes. 

Esta é nossa identidade: somos construtores de pontes. Pontes de esperança, de justiça e de graça. Devemos construir pontes para outras pessoas se aproximarem de Deus. Pontes de aproximação para conhecerem o evangelho de Cristo. Ponte de aproximação para que entrem no reino do Céu.
"Vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade." (Efésios 2:13, 14)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Projeto Chega Mais Perto com o Pr. Luís Gonçalves ao vivo pelo Periscope


Num tempo em que as pessoas não têm muito tempo, queremos realizar um programa mais informal, especialmente para internautas. Usando o Periscope, o pastor Luís Gonçalves deseja conversar com você, mandar abraços, conversar com sua família, responder algumas perguntas, fazer apelos para pessoas as quais você deu estudos bíblicos e estão indecisas, enfim, queremos chegar mais perto.

Também vamos apresentar um tema interessante da Palavra de Deus, onde seremos alimentados espiritualmente. Faremos a primeira experiência no dia 22 de fevereiro, às 20h, e depois, planejamos realizar um encontro a cada três meses.


Periscope é uma rede social de transmissões ao vivo. Você vai precisar de instalar o Periscope no seu celular ou tablet, criar a sua conta e seguir o Pr. Luís Gonçalves – @PrLuisGoncalves

- Ore por este projeto, pois com certeza, Deus tem planos para a vida de muitas pessoas.
- Siga o pastor Luís Gonçalves no Twitter e no Periscope. @PrLuisGoncalves.
- Convide seus amigos para seguir o pastor Luís Gonçalves nestas redes sociais.
- Você pode assistir ao programa, juntamente com os seus amigos e familiares.

Com informações de Notícias Adventistas

Rivotril nunca mais


Creio que poucas coisas estão mais em moda do que a ansiedade. Dos males contemporâneos já é sabido que essa figura está entre os principais. E não podia deixar de ser! A crise, desemprego, insegurança, doenças e morte só não são maiores que a cobrança de se estar sempre preparado para o que vier. Daí a vasta gama de comercialização de seguros - de carro, casa e até de vida.

Dificilmente quando paramos para uma auto análise, não nos vemos preocupados com o ingresso na faculdade, o final do curso, o ingresso no mestrado, a busca do primeiro emprego, prestação do carro, casa própria, a possibilidade do câncer, a volta do filho ao colégio… Verdadeiramente é um tempo sufocante. Incrível mesmo é como o Senhor lida com essas coisas: 
“Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa?” (Mateus 6:25)
É quase inacreditável, não acha? A ordem parece louca! Como assim não se preocupar? Ora, se não formos nós, quem vai correr atrás? Esta é a razão: 
“Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida”? (Mateus 6:27)
O Deus soberano que criou todo o universo não está descansando. Ele cuida de nós de forma ativa. O mesmo poder que criou tudo que existe do nada está empenhado em fazer com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam. (Romanos 8:28).
“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda.” (Salmos 127:1)
Nossa preocupação não tem poder de mover um só centímetro. Precisamos resgatar a noção de que o Senhor está presente em cada mínimo evento da história. Não existe acaso para os que acreditam no Deus da Bíblia.

E o mais fantástico disso tudo é a forma como Deus manifesta essa intervenção em favor dos seus: 
“Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem.” (Mateus 7:9-11)
Deus não apenas está no controle supremo de todas as coisas, mas também suas ações são motivadas pelo profundo amor e carinho que estende a nós. Ele não só guia os acontecimentos como o faz rearranjando-os a demonstrar seu cuidado em cada detalhe. Somos adotados! Foi Ele que nos ensinou a chama-Lo de Paizinho (Aba – Romanos 8).

Quando a ansiedade vier lhe assaltar te lembrando da imprevisibilidade do futuro, lembre-se que sua esperança não está nas coisas desta terra. Ainda que todos os males lhe acometam de uma só vez, se a sua vida está nAquele que comanda tudo com sua poderosa mão, alegre-se: suas tribulações estão produzindo pra você um peso de glória incomparável. E mesmo sem entender, é precisamente o melhor.

Busque em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça. Se apegue ao Senhor. Ame-O de todo o seu coração. Finque seus pés o mais fundo que puder na Rocha e agarre-se com todas as suas forças à cruz do Seu filho. Por mais incrível que possa parecer, o que resta a você é descansar. É dEle e somente dEle todo o trabalho!

Bons sonhos!

Raphael Cavalcanti (via Minha Vida Cristã)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Livro cristão infantil ilustrado propõe um olhar diferente à deficiência física


Me dá um abraço conta a incrível história de Nick Vujicic, palestrante motivacional internacionalmente reconhecido. Nick poderia passar toda a vida reclamando das dificuldades que enfrenta pela condição física, mas descobriu que poderia contar sua história ao mundo e mudar a vida de outras pessoas. Ele nasceu sem os braços e pernas devido à rara síndrome denominada tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária. Evangelista que já viajou para 57 países e falou para mais de seis milhões de pessoas, sua vida é um exemplo extraordinário de superação e fé.

Nick Vujicic
Me dá um abraço fala sobre a importância do amor como meio para vencer as diferenças. Em oito capítulos ricamente ilustrados, Nick narra alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que influenciaram positivamente sua trajetória.

Logo no primeiro capítulo, Vujicic faz o emocionante relato acerca de um encontro com uma garotinha de mais ou menos três anos de idade, a qual o olhava espantada, mas, para a surpresa dele, aproximou-se para abraçá-lo com os braços para trás.
"Que jeito mais especial de abraçar! Esticou o pescoço, apoiou a cabeça em meu ombro e pressionou seu pescoço de leve contra o meu. Nós nos abraçamos como duas girafas!”.
Nos capítulos 2 e 3, Nick destaca a importância dos pais, os primeiros a lhe mostrar o que era ser amado; e dos professores, grandes incentivadores na construção da identidade forte o suficiente para superar a deficiência.

No quarto capítulo, o autor fala sobre o bullying que sofreu ao longo da vida.
"Uma vez alguém me chamou de monstro. Outra pessoa me chamou de alienígena. E ainda outra pessoa disse que eu era o esquisitão da cadeira de rodas”.
Mas, para Nick, quem fez a diferença mesmo foi uma amiga que através de palavras simples e de gestos de carinho, como um anjo, apagou a tristeza de ter sofrido tantas humilhações.

O autor apresenta ainda a felicidade como escolha, mesmo em meio às dificuldades. Apesar de suas limitações, ele encontrou um motivo para ser grato e com sua “coxa de frango”, como diz, aprendeu a escrever, a digitar, nadar, mergulhar, surfar, jogar futebol, andar de skate, jogar golfe…
"Sabe por que consigo fazer tudo isso? Porque não tenho medo de dificuldades! E eu me esforço bastante!”.
Vujicic formou-se na faculdade, casou-se e é pai.
"O que é o amor verdadeiro? É amar tudo em uma pessoa: tanto aquilo que ela tem como aquilo que ela não tem, bem como suas forças e fraquezas”.
Me dá um abraço, lançamento da Editora Mundo Cristão, é um livro para toda a família. O testemunho de superação, as belíssimas ilustrações e sua mensagem de motivação e esperança fazem da obra uma experiência de leitura deleitosa para a mente e o coração de pequenos e grandes. Tudo em uma linguagem fácil de entender e que os pequenos vão amar!

A novidade já está à venda nas livrarias de todo o Brasil. (via Vá de Cultura)


Há base bíblica para levantar as mãos no louvor?

Há base bíblica para a prática, cada vez mais comum, de levantar as mãos durante o canto congregacional?
Essa pergunta pode parecer sem importância, porém revela que estamos muito interessados em um tipo de culto que esteja biblicamente fundamentado e que não viole as instruções bíblicas. Mostra, também, que o movimento das mãos enquanto cantamos está criando certa tensão. Vou falar do uso das mãos durante os atos de adoração. Ficará claro que, na Bíblia, o ritual do uso das mãos acontecia, principalmente, durante a oração.

1. Atos não-verbais. As expressões corporais desempenham papel importante na expressão de ideias e emoções. Estudos sobre o papel dos atos não-verbais na adoração nos ajudam a entender um pouco melhor seu significado.

Na Bíblia, temos apenas a linguagem da postura, gestos, movimentos e expressões faciais. As artes do antigo Oriente Médio ilustram muitos desses gestos. Os gestos das mãos, mencionados na Bíblia, eram também comuns no ambiente de adoração e culto no antigo Oriente Médio.

2. Levantar das Mãos. As expressões "levantar as mãos [yãdím]" ou "levantar as palmas (mãos) [kappayim]" são praticamente sinônimas. São usadas em diferentes contextos e, em alguns casos, expressam significados distintos. "O ato de levantar as mãos" é um gesto que expressa adoração no contexto do culto. Os que ministravam no templo eram exortados assim: "Levantem as mãos na direção do santuário e bendigam o SENHOR!" (SI 134:2, NVI).

O gesto indicava que o objeto de louvor era o Senhor e que todo o indivíduo estava envolvido nesse ato. Era também usado para apresentar ao Senhor as orações e súplicas (SI 28:2), como se a oração fosse colocada na palma da mão e levantada ao Senhor pedindo-Lhe que aceitasse (SI 141:2).

Em outros casos, o gesto aparece para expressar a vontade do adorador de receber do Senhor o que pediu (SI 63:4, 5; Lm 2:19). Mas o levantar das mãos parece expressar algo profundo, algo relacionado com o coração humano: "Derrame o seu coração como água na presença do Senhor. Levante para Ele as mãos" (Lm 3:41, NVI). O levantar das mãos correspondia ao levantar do íntimo do ser adorador ao Deus adorado, em comunhão com Ele.

3. Movimentar as Mãos. Neste caso, o verbo é pãrash ("acenar"), expressando a ideia de que as mãos acenam em frente da pessoa, não necessariamente levantadas. Às vezes, parece que o adorador acena as mãos em direção ao templo, ao Céu (l Rs 8:38, 39, 54; SI 44:20) ou ao Senhor (Êx 9:33). O movimentar das mãos era usado, particularmente, durante as orações de súplica (l Rs 8:54; Is 1:15; Êx 9:29; Lm 1:17) ou quando havia uma profunda necessidade da presença de Deus (SI 143:6). No salmo 88:9, lemos: "A minha vista desmaia por causa da aflição. SENHOR, tenho clamado a Ti todo o dia, tenho estendido para Ti as minhas mãos".

A necessidade do salmista é tão intensa que ele implora pela ajuda do Senhor. Embora em necessidade profunda, o adorador vai ao Senhor e estende as mãos a Ele, pedindo ajuda. Esse gesto mais intenso era uma expressão pessoal de de¬pendência de Deus (SI 44:20) e a devoção do coração ao Senhor (Jo 11:13).

4. E Então? Tanto quanto posso apurar, não há aceno com as mãos durante o culto na Bíblia. O levantar das mãos é comum (cf. l Tm 2:8). A Bíblia não prescreve gestos das mãos na adoração, mas os descreve como prática comum aceitável.

A arte dos cristãos primitivos indica que eles costumavam orar com os braços e as mãos estendidas para os lados, formando um crucifixo com o corpo. Hoje, unimos nossas mãos, tanto atrás como na frente do corpo, ou simplesmente as deixamos soltas.

Ocasionalmente, podemos juntar as palmas das mãos e entrelaçar os dedos, uma prática comum entre os antigos romanos e sumerianos. Em outros tempos, as palmas eram colocadas juntas com os dedos estendidos, ato comum no budismo e hinduísmo.

A introdução de novidades em nossas igrejas, influenciadas pelo sistema carismático de adoração, pode perturbar um culto que deveria estar centrado em nosso Criador e Redentor e na Sua Palavra. Seria melhor seguir as práticas comuns da congregação onde coletivamente adoramos o Senhor. 

Angel Manuel Rodríguez (via Adventist World)