sexta-feira, 29 de abril de 2016

Igreja Adventista lança Manual de Comunicação para igrejas e grupos


A Igreja Adventista acaba de lançar um manual de comunicação voltado às congregações locais (igrejas e grupos, que hoje somam mais de 25 mil em oito países sul-americanos). O objetivo é auxiliar o trabalho dos diretores de comunicação a compreender adequadamente seu papel na comunicação estratégica junto à igreja.

O material foi elaborado pelo professor Ruben Holdorf, coordenador do curso de Jornalismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, e pelo jornalista Márcio Tonetti, editor associado da Casa Publicadora Brasileira, e publicado pela sede sul-americana adventista. A coordenação geral foi feita pelo pastor Rafael Rossi, diretor do Departamento de Comunicação da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, com a revisão dos jornalistas Felipe Lemos e Márcia Ebinger. Segundo Rossi, na igreja local, a comunicação deve assessorar os anciãos e o pastor distrital, ou seja, a liderança da igreja.

“O comunicador deve transmitir e informar os membros a respeito dos fatos, mas só depois de apurar, consultar e organizar os dados para apresentá-los de forma correta”, explica. O manual ensina a preparar um boletim, microjornal e o mural da igreja. Além disso, aconselha o diretor de comunicação a ter o compromisso de servir a igreja e orientar todos os departamentos. E explora, também, a atuação do diretor frente às novas tecnologias digitais como oportunidades de aproximação, inclusive, com as pessoas que não são membros da igreja e querem ter contato.

Foram impressos mais de 27 mil exemplares, e encaminhados às Uniões e Associações (sedes administrativas da Igreja) do Brasil. O material também está disponível em PDF na internet (clique aqui para fazer o download) para todos os países que compõem a Igreja na América do Sul. A expectativa é de que cada templo tenha um manual à disposição.

A comunicação adventista
A Igreja Adventista do Sétimo Dia considera a comunicação uma necessidade estratégica para o cumprimento de sua missão: evangelizar todos os povos. A visão da comunicação adventista é construir e manter a imagem e reputação positivas da Igreja. Para alcançar essa meta a instituição deve ser apresentada como uma organização fundamentada na Bíblia, ativa, progressista, humanitária, responsável e respeitável.

Com informações de Notícias Adventistas

Filme promete “retrato autêntico” de Maria Madalena - Será mesmo?


A Universal Pictures está montando o elenco do filme sobre Maria Madalena. O roteiro é assinado por Helen Edmundson e Philippa Goslett e traz Garth Davis como diretor. A descrição do longa, ainda sem previsão de início das filmagens, é de um “retrato autêntico e humanista de uma das figuras mais enigmáticas e incompreendidas da História”. Seguidora de Jesus Cristo e figura feminina mais importante entre seus discípulos, Madalena esteve presente na crucificação e foi testemunha da ressurreição, segundo a Bíblia. Popularmente, no entanto, ela é conhecida como a prostituta que foi salva do apedrejamento por Jesus e a partir de então a Ele devotou sua vida.

Segundo o site Adoro Cinema, a atriz Rooney Mara (foto acima) irá interpretar o papel principal e Joaquin Phoenix está negociando com o estúdio para interpretar Jesus Cristo. O longa entrará em produção no início do segundo semestre e deverá ser lançado ano que vem.

Maria Madalena já foi interpretada nos cinemas por Monica Bellucci, Barbara Hershey, Anne Bancroft e Juliette Binoche, e também voltou à pauta por conta de O Código da Vinci (2006), que recuperou a teoria de que ela teria sido na verdade a esposa do Salvador.

Por uma questão de respeito à veracidade histórica dos relatos bíblicos, necessário se faz que se revise a difundida versão de que Maria Madalena e a personagem conhecida como "mulher adúltera" sejam a mesma pessoa. Nos evangelhos e nos escritos de Ellen White, nada há que dê substância a essa teoria. Partamos da premissa de que toda e qualquer tese precisa ter base exclusivamente no que está revelado. O que ultrapassa a isto são ilações, fantasias, romances, ficções, sem nenhum apoio na revelação. E o que se encontra revelado é que Maria Madalena e a assim chamada "mulher adúltera" são duas pessoas com identidades distintas, com histórias similares, mas não iguais. 

Um fato relevante a ser considerado é que nenhuma concordância bíblica relaciona os textos referentes a cada uma delas, identificando-os como sendo uma mesma pessoa! 

A rigor, é preciso registrar-se que os estudiosos bíblicos, em geral, identificam três personagens distintas: a "mulher adúltera", "Maria Madalena" e "Maria de Betânia". Nós, adventistas, acolhemos a versão de que Maria Madalena fosse irmã de Lázaro e Marta através dos escritos de Ellen White. 

No livro denominacional Bible Biographies - New Testament, v. 2, p. 23-30 (Ellen G.White, compilado por Walter T. Rea), o autor admite que nada há registrado, na Bíblia e nos escritos de Ellen White, que possa relacionar a "mulher adúltera" com Maria Madalena, mas que de igual modo, em sua opinião, não há nada que possa contradizer claramente essa tese. O SDABC (Comentário Bíblico Adventista) assume igual posição indefinida. 

Atenhamo-nos exclusiva e criteriosamente ao que está escrito: 

O evangelista João e Ellen White mencionam Lázaro, Maria e Marta como sendo três irmãos que viviam juntos em Betânia, em cuja casa Jesus gostava de Se hospedar. Todas as evidências apontam para o fato de que os três fossem solteiros, pois em nenhum momento se registra a presença de alguma esposa ou marido, mesmo nos dramáticos acontecimentos envolvendo a doença, morte e ressurreição de Lázaro (Jo 11; O Desejado de Todas as Nações, capítulo "Lázaro, Sai Para Fora"), ou no jantar em casa de seu tio Simão, quando Marta preparou os alimentos e serviu aos convidados, Maria ungiu a Jesus e Lázaro estava presente, após ser ressuscitado, o que atraiu a curiosidade de muitos, que foram a Betânia não para ver a Jesus, mas para ver a Lázaro (Jo 12; O Desejado de Todas as Nações, capítulo "O Banquete em Casa de Simão"). (É bom ressaltar que esse jantar provavelmente ocorreu na própria semana da crucifixão de Jesus ou na semana anterior, pois foi Lázaro quem conduziu o jumentinho no domingo, na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, segundo revela Ellen White no livro O Desejado de Todas as Nações). 

Maria, portanto, também devia ser solteira. Ela, particularmente, teria um forte motivo para não ter se casado: violentada por seu tio Simão, desonrada, abandonou sua casa, indo morar em Magdala, onde teria se tornado prostituta, pois nenhum homem da época se casaria com uma moça que não fosse mais virgem. 

A essa altura, seria bom ressaltar que, pela cultura judaica, além de se permitir que um homem tivesse várias mulheres, ele poderia, ainda, relacionar-se livremente com prostitutas. Judá, viúvo, teve relações sexuais com sua nora Tamar, que se disfarçara de prostituta. Ao saber que ela estava grávida, ordenou que fosse apedrejada. Confrontado, porém, com a revelação de que ele era o pai da criança, assumiu-a como esposa, embora nunca mais tenha tido relacionamento sexual com ela (Gn 38:11-26). Pelas leis judaicas, o "correto" seria que ambos fossem apedrejados. (Maravilhosa graça perdoadora divina! Jesus é descendente de Judá, através desse relacionamento ilegítimo!) 

Confirmando a mentalidade da época, Salomão declara: "Por uma prostituta o máximo que se paga é um pedaço de pão; mas a adúltera [casada!] anda à caça de vida, e vida preciosa" (Pv 6:26). [Leia ainda Ez 16:30-33.] Não encontramos nenhum texto bíblico que ordene o apedrejamento de prostitutas. Por incrível que possa parecer, os israelitas chegaram ao cúmulo de acolher até "prostitutos-cultuais" em seus cultos de adoração a Deus! (IRe 14:24). O apóstolo Paulo "pôs ordem na casa" ao proibir os cristãos de manter relações com meretrizes (I Co 6:15-20). 

O único registro bíblico sobre a "mulher adúltera" encontra-se no sucinto relato de João 8:3-11. Conclui-se que ela era casada, pelo fato de que, legalmente, essa era a condição civil para que ela fosse considerada adúltera, sendo que o homem com quem se relacionara também devia ser apedrejado (Lv 20:10; Dt 22:22). 

No livro O Desejado de Todas as Nações, p. 461, Ellen White ressalta: "Com toda a sua professada reverência pela lei, esses rabis, ao trazerem acusação contra a mulher, estavam desatendendo às exigências da mesma. Era dever do marido mover ação contra ela, e as partes culpadas deviam ser igualmente punidas. A ação dos julgadores era de todo carecida de autorização." 

Porque o evangelista, inspirado pelo Espírito Santo, preferiu manter anônima sua identidade, não sabemos. O certo é que nem mesmo Ellen White recebeu essa revelação. Pode até ser que ela fosse "a outra Maria" (Mt 27:61; 28:1) ou alguma dentre tantas "Marias" que surgem no cenário da crucifixão, sepultamento e ressurreição de Jesus (Lc 24:10; Mc 16:1), mas isso não passa de mera especulação. Quem sabe até seu nome não fosse Maria! 

Ao resumir a biografia de Maria Madalena, Ellen White não a identifica, em momento algum, como sendo a "mulher adúltera" como seria de se esperar caso ela o fosse. 

"Aquela que caíra, e cuja mente fora habitação de demônios, chegara bem perto do Salvador em associação e serviço. Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso unguento, e Lhe banhou os pés com as próprias lágrimas. Achou-se aos pés da cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador ressuscitado" (O Desejado de Todas as Nações, p. 416, 423; Lc 10:42,10:39; Jo 12:3,19:25, 20:1,11,16-18; Mc 16:9). 

O saudoso, querido e criterioso pesquisador da Palavra de Deus, pastor Roberto Rabello, compartilhava dessa conclusão, dentre tantos outros abalizados estudiosos.

Com informações de Revista Adventista

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O cristão e o Imposto de Renda - Fuga do leão


No início de 2013, o ator francês Gerard Depardieu foi registrado como residente da cidade russa de Saransk, onde abriria um restaurante. O motivo da nova cidadania não era seu amor pela Rússia, mas a fuga dos altos impostos na sua pátria. No ano anterior, ele já havia se mudado para a Bélgica a fim de evitar um imposto de 75% para os milionários na época.

Imposto é um mal necessário, mais mal do que necessário, que só sobrevive por força da lei. Onde há dinheiro, há imposto. E, às vezes, o imposto existe mesmo onde não há dinheiro. Exorbitante, geralmente injusto, mal empregado, o imposto é tão certo quanto a morte. Por sua natureza e seus efeitos, podemos concluir que o imposto também é parte do salário do pecado!

Na qualidade de bom cidadão, o cristão obedece às leis e paga impostos. O próprio Jesus disse que devemos dar ao imperador o que é do imperador e a Deus o que é de Deus. Mas, certamente, nem o cristão consegue pagar impostos de boa vontade quando sabe que um carro ou computador em seu país custa o dobro do preço em outros países que oferecem infraestrutura melhor.

Do imposto, não dá para fugir. Porém, podemos pagar "imposto" para alguém que concede uma restituição muito maior e melhor. Quando damos a Deus o que é de Deus, podemos ter certeza de que o investimento tem um retorno garantido.

Certa vez, um assessor fiscal foi até um cristão pobre para determinar a quan­tidade de impostos que ele teria que pagar. "Que propriedade você possui?", per­guntou o assessor. "Sou um homem muito rico", replicou o cristão. "Enumere seus bens, por favor", instruiu o assessor. O cristão disse:

Primeiro, tenho a vida eterna (Jo 3:16). 
Segundo, tenho uma mansão no Céu (Jo 14:2). 
Terceiro, tenho paz que excede todo o entendimento (Fp 4:7). 
Quarto, tenho alegria inexprimível (1Pe 1:8). 
Quinto, tenho amor divino que nunca falha (1Co 13:8). 
Sexto, tenho uma esposa fiel e virtuosa (Pv 31:10). 
Sétimo, tenho filhos obedientes e felizes (Êx 20:12). 
Oitavo, tenho amigos verdadeiros e leais (Pv 18:24). 
Nono, tenho canções à noite (Sl 42:8). 
Décimo, tenho a coroa da vida (Tg 1:12).
 
O assessor fechou o notebook e disse: "Você é verdadeiramente um homem muito rico, mas sua propriedade não está sujeita a impostos."

Dê a Deus o que é de Deus, e você, com uma nova cidadania, terá bens fora do alcance do Fisco. O Leão da tribo de Judá não pega ninguém na malha fina.

Hoje é Dia da Sogra - Bênção ou Maldição?


O Dia da Sogra é comemorado no Brasil no dia 28 de Abril. Na cultura popular moderna, a sogra é vista como um fardo a ser carregado, e muitas vezes, a palavra acaba por adquirir sentido pejorativo. O que não falta é piada de sogra. E aquelas frases escritas nos para-choques de caminhões nas rodovias brasileiras? Algumas delas: “Homem feliz foi Adão, não teve sogra nem caminhão”, “Sequestraram a minha sogra! Não aceito negociações!”. 

O saudoso sambista Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, era muito conhecido por compor músicas falando mal da sogra. Um dos seus sambas diz: “Vou fazer um bingo lá na casa da vovó, o prêmio é minha sogra, sai numa pedra só”. O escritor Andrey do Amaral lançou o sucesso 'Como Enlouquecer Sua Sogra', com diversas reimpressões. Outro livro sobre o assunto é "Como lidar com a sogra" de Gary Chapman. Tem também uma bastante popular página no facebook chamada "Minha sogra" com mais de 280 mil curtidas. Até a TV Novo tempo tratou do assunto no programa Consultório de Família em "Quando a sogra faz mal" (assista aqui).

Mas... por que se fala tanto mal da sogra? 

Uma teoria está na mitologia grega, no famoso complexo de Jocasta, mãe de Édipo, com o qual se casou sem saber que era seu filho. A linha de raciocínio é que para conquistar o filho, mãe e esposa lutam pelo mesmo homem, criando assim uma série de animosidades. 

Já na Bíblia, encontramos bons exemplos de sogras e sogros. Vejamos: Noemi foi uma sogra de que toda nora gostaria ter. O apego de Rute foi tão grande para com sua sogra que disse: “Não insista comigo que te deixes e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares, ficarei! O teu povo será o meu Deus! Onde morreres, morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo vigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti!” (Rute 1:16-17). 

Uma outra sogra que todo genro gostaria ter foi a sogra de Pedro. Não sabemos o seu nome, mas podemos deduzir pelo texto de Marcos 1:29-31 que tenha sido uma boa sogra. A Bíblia diz que ela estava com uma febre muito alta e muitos foram até Jesus pedindo para que Ele a curasse. Todos desejavam o pleno restabelecimento de sua saúde. Cremos, à luz desse fato, que era uma mulher querida por todos. Depois de seu restabelecimento, sua primeira atitude foi de servir aqueles que se encontravam na casa. Uma mulher pronta para abençoar as pessoas através do serviço. Pedro não tinha dificuldades com a sogra. Tanto, que o texto diz que ela estava na casa do discípulo de Jesus. 

E sobre os sogros? O sogro que todos nós conhecemos na Bíblia se chamava Jetro, sogro de Moisés (Êxodo 18). Uma leitura atenta desse capítulo irá nos fornecer muitas lições maravilhosas sobre como ser um bom sogro ou até mesmo uma boa sogra. 

Viver em harmonia na família, especialmente com as sogras ou sogros, é uma exercício que requer muita habilidade. Para cada relacionamento familiar, a Bíblia nos dá indicações preciosas de princípios que devem ser colocados em prática. Certamente, se estudarmos com atenção esses exemplos positivos de relacionamentos de sogras-noras e sogros-genros, podemos ser tremendamente beneficiados. 

Hoje é o Dia da Sogra. Em vez de lhe mandar uma vassoura, envie-lhe flores ou um cartão. Você vai ver que o gesto de carinho pode realizar milagres.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Como evitar equívocos e conflitos com outras denominações religiosas?


Para evitar equívocos ou conflitos em nossos relacionamentos com outras igrejas cristãs e organizações religiosas, vejamos algumas diretrizes que foram estabelecidas por Ellen G. White:

Uma tarefa cautelosa
Sejam cautelosos em seus trabalhos, irmãos, não ataquem com demasiado vigor os preconceitos das pessoas. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações, pois isso só cria um espírito combativo e fecha ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos uma obra a fazer, a qual não é derrubar, mas construir. – Evangelismo, p. 574

Evitar barreiras
Não devemos, ao entrar em um lugar, criar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de maneira que eles pensem que somos declarados inimigos seus. Não devemos despertar desnecessariamente preconceito na mente deles, fazendo ataques contra eles. – Evangelismo, p. 573

Enfatizar pontos em comum
Ao trabalharem em campo novo, não pensem ser dever de vocês declarar imediatamente ao povo: “Somos adventistas do sétimo dia; cremos que o dia de repouso é o sábado; acreditamos que a alma não é imortal”. Isso levantaria enorme barreira entre vocês e aqueles a quem desejam alcançar. Quando houver oportunidade, falem sobre pontos de doutrina sobre as quais vocês estão em harmonia com eles. Enfatizem a necessidade da espiritualidade prática. Deixem claro que vocês são cristãos, que desejam a paz e que amam essas pessoas. Que elas vejam que vocês são conscientes. Assim vocês ganharão a confiança; e depois haverá tempo suficiente para as doutrinas. – Obreiros Evangélicos, p. 119-120

Não afugentar as pessoas
Temos a solene responsabilidade de apresentar a verdade aos incrédulos da maneira mais convincente. Que cuidado devemos ter em não apresentá-la de maneira que possa afugentar homens e mulheres! Os mestres religiosos ocupam uma posição em que tanto podem realizar grande bem como grande mal. – Evangelismo, p. 143

Nossa missão não é atacar
É nosso trabalho retirar de todas as nossas apresentações qualquer coisa que tenha o sabor de retaliação ou desafio, aquilo que poderia causar ações contra igrejas ou indivíduos, pois esse não é o caminho nem o método de Cristo. — Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 244

Não publicar críticas e acusações
Todo artigo que escrevemos pode ser inteiramente verdadeiro, mas, se contiver uma gota de fel, será veneno para o […] leitor. Por causa dessa gota de veneno, alguém irá rejeitar todas as nossas boas e aceitáveis palavras. – O Outro Poder: Conselhos aos Escritores e Editores, p. 44

Líderes de outras denominações
É necessário que seja sempre manifesto que somos reformadores, mas não fanáticos. Quando nossos obreiros entram em um novo campo, devem buscar se relacionar com os pastores das várias igrejas do lugar. Muito se tem perdido por negligenciar isso. Se nossos ministros se mostrarem amigáveis e sociáveis, […] isso terá excelente efeito, e podem dar a esses pastores e a suas congregações impressões favoráveis da verdade. – Evangelismo, p. 143

Pregar em outras igrejas
Talvez vocês tenham a oportunidade de falar em outras igrejas. Aproveitando essas ocasiões, lembrem-se das palavras do Salvador: “Portanto sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas”. Não despertem a malignidade do inimigo com discursos denunciadores. Assim vocês fecharão as portas à verdade. […] Refreiem toda expressão áspera. Tanto na palavra como na ação, sejam prudentes para a salvação, representando Cristo a todos com quem entrarem em contato. – Evangelismo, p. 563

Quero ser cabra macho como Jesus


A expressão “cabra macho” no Ceará é dada àquele que é homem de verdade, corajoso, que não leva desaforo para casa, que “peita” todo mundo, que fala alto e grosso, que possui liderança.

Muitas das vezes ser “cabra macho” é conseguir sair ganhando em cima dos outros, é conseguir roubar de alguém, ludibriar o cliente e sonegar o imposto de renda. Ser “cabra macho” é aquele que na hora da briga “cai para dentro”, ou seja, não teme o adversário, resolve o conflito gerando mais conflito, mostrando ser o valente. Ser “cabra macho” é aquele que em casa consegue dominar sobre todos, principalmente, sobre a mulher. É aquele que não ajuda a esposa nas atividades domésticas, não ajuda no ensino do filho, não elogia a mulher, mas, mesmo a tratando dessa forma, quer que ela lhe retribua no final da noite. Ser “cabra macho” é ser pegador, é ter mais de uma mulher, é conseguir manter uma amante sem precisar se separar da atual esposa.

A figura do “cabra macho” está espalhada em todo lugar, até mesmo na igreja. Lá é onde encontramos os lobos em pele de cordeiro.

Infelizmente na igreja temos o dizimista fiel que sonega imposto; temos o mediador de conflitos dos outros, que não sabe dar a outra face, temos o marido exemplar, que subjuga a esposa dentro de casa, atacando-a com insultos e a traindo com outras mulheres.

O problema desse tipo de “cabra macho” é que o que sobra em valentia, falta em caráter. São homens que parecem não ter personalidade nenhuma, faltando-lhes coragem de dizer aos amigos que para ser homem de verdade não precisa ser desse jeito.

Eu quero ver é o cabra ser macho como Jesus. Um homem de caráter, liderança, valentia e coragem para fazer o que precisava ser feito.

O Jesus cabra macho não deixou de pagar um imposto sequer, antes ensinou aos seus discípulos a pagarem o que era devido.
“Mas, para não escandalizá-los, vá ao mar e jogue o anzol. Tire o primeiro peixe que você pegar, abra-lhe a boca, e você encontrará uma moeda de quatro dracmas. Pegue-a e entregue-a a eles, para pagar o meu imposto e o seu.” (Mateus 17:27)
O Jesus cabra macho não nos ensinou a revidar uma ofensa, mas nos disse para aprendermos a dar a outra face e a perdoar os que nos ofenderam.
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.” (Mateus 5:38-39)
O Jesus cabra macho nunca subjugou uma mulher, ele curou a mulher com fluxo de sangue, parou o que fazia para papear com Marta e Maria, evitou a valentia dos “cabras machos” da época quando quiseram apedrejar Maria Madalena, ofereceu água para a mulher do poço, enfim, ele deu a atenção necessária para as mulheres que conviviam com ele.

Ser macho como Jesus, é entender que a submissão da mulher ao homem é uma responsabilidade grande, pois significa ser para ela o macho que vai provê-la de sustento, amor e cuidado.

O Jesus cabra macho não se casou, mas ensinou que o homem deveria ter apenas uma única mulher e não se separar dela.
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração… todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério.” (Mateus 5:27,28, 32)
Por tudo isso, eu procuro me parecer mais com Jesus. Eu não devo ser cabra macho como muitos que conheço, mas devo ter a valentia e a coragem do mestre, sendo assim, prefiro ser cabra macho como Jesus.

Euriano Sales (via Minha Vida Cristã)

terça-feira, 26 de abril de 2016

Reflexão sobre pecados, julgamentos prévios e condenações


Quando o assunto é pecado, sempre aparece, mesmo sem ser convidado, um intruso chamado julgamento prévio. Esse tal às vezes vem escondido – se nos bolsos de paletós bem cortados ou na mochila surrada, não importa -, mas sempre vem. Diz-se por aí que é fácil identificar pecados na conduta das pessoas. Alguns chegam a se apoiar nas palavras bíblicas "pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:20) para explicar sua atitude covarde e desleal. O que não percebem é que o texto diz "pelos seus frutos os conhecereis" e não "pelos seus frutos os condenareis".

Condenar tem que ver com pecados, é verdade. Palavras ditas, roupas vestidas ou desvestidas, comidas e bebidas, presença em lugares "impróprios", ausências das mais diversas – isso, segundo a óptica vesga de quem ousa julgar, traduz o completo sentido do que seja pecado e essa é a munição de que precisam para seus ataques grosseiros e intempestivos.

Conhecer é algo totalmente diferente. Condenar é fácil, conhecer é difícil. Condenar só leva de nós um pouco de saliva e uma dúzia de palavras arrogantes. Conhecer exige mais. Exige atenção para observar o todo. Exige tempo para a maturação dos frutos (atos). Exige espaço para a dúvida. Exige humildade para perceber a ignorância. Exige ousadia para a repreensão. Exige consagração para a intercessão. Exige, sobretudo, um milagre: o perdão.

Quem simplesmente condena, desconhece a existência de algo errado na vida das pessoas erradas (e uma delas sou eu), algo além de seus muitos pecados: o pecado (em sua essência). Desconhecem a existência do vírus que percorre as veias dos atos e até dos pensamentos de todos nós, os azarados escolhidos para viver neste planeta errado.

Não faz muito tempo, ouvi a história de uma viagem num trem lotado. Era mais um daqueles dias que amanhecem frios e tristes do inverno europeu. Em um certo vagão iam pessoas normais, com destinos normais, para atividades normais, em um dia normal. Não queriam muita coisa, só o silêncio frio no vagão já lhes bastava. De repente, um choro de criança rouba-lhes o último privilégio. As pessoas acordaram, entreolharam-se, e como se o choro não fosse parar nunca mais, um homem se adiantou aos pensamentos da maioria e gritou: "Alguém aí dê um jeito nessa criatura!"... Silêncio por um momento. Mas a desculpa tímida veio do homem que tinha o bebê nos braços: "Desculpem-me, senhores. É que o meu bebê não dormiu a noite toda. Minha esposa morreu, seu corpo está no vagão de cargas. Vamos em direção à nossa cidade natal para enterrá-la, mas eu não sei muito bem como acalmar meu pequeno... desculpem-me". O primeiro homem se calou envergonhado, duas mulheres se aproximaram para ajudar, o nenê dormiu e a viagem seguiu.

O pecado é um grito desajeitado em meio ao silêncio harmonioso da criação de Deus. O pecado fez até o próprio Deus chorar. Há quem só perceba, e chegue mesmo a condenar, o choro das crianças no vagão dessa vida ingrata e desconheça a história do Pai que sofre.

Antes de usar os dedos para condenar, use os joelhos para orar.

Antes de condenar, conheça.

Pr. Cândido Gomes (via Para Ler, Reler e Treler) (Título original: Parêntesis)

Bono Vox, vocalista do U2, lança filme sobre os Salmos


O popular cantor e vocalista da banda U2, Bono Vox, fez uma parceria com o renomado escritor e pastor Eugene Peterson, para lançar um filme / documentário sobre o livro de Salmos. 

A produção tem lançamento previsto para esta terça-feira, 26 de abril, estando disponível online. Peterson é conhecido por ter lançado a conhecida paráfrase da Bíblia, "A Mensagem" - que se propõe ser uma versão popular e moderna das Escrituras. 

Com cerca de 20 minutos, o média-metragem leva o título de “Bono e Eugene Peterson: Os Salmos”. Trata-se de uma longa conversa entre o músico e o teólogo sobre a fé. Filmado na casa de Peterson, no interior de Montana, no ano passado, o material percorrerá inicialmente o circuito dos filmes de arte. David Taylor, produtor do filme, que também é professor de teologia, conta que trata-se de uma iniciativa do Centro Brehm de Culto, Teologia e Artes, ligado ao Seminário Fuller, na Califórnia.

“Nossa esperança é que, após assistir ao filme, as pessoas fiquem curiosas ou sintam-se inspiradas para ler os Salmos e descobrir este livro notável de poesia, parte das Sagradas Escrituras”, explica Taylor. Dirigido por Nate Clarke, é a primeira produção do Estúdio Fuller, sediado no Seminário.

Para seus idealizadores, pode ser uma ferramenta evangelística poderosa que deve atrair os fãs do U2, bem como mostrar para a igreja “a intersecção entre fé e cultura”. Algumas igrejas irão exibir o material e fazer discussões sobre o tema. (Com informações de News Boston Post)

Clique no vídeo abaixo para conferir o teaser do filme:

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Game of Thrones e o Grande Conflito


Após um longo ano de espera, a série Game of Thrones está de volta à HBO. GoT, como é conhecida, é uma trama épica sobre a disputa do Trono de Ferro dos Sete Reinos, localizado no continente fictício de Westeros. Por isso, o nome, que em português quer dizer Guerra dos tronos.

É de uma das personagens da série, Cersei Lannister, a frase de onde sai o título da série: 

“Quando você joga o jogo dos tronos, ou você ganha, ou você morre”. 

Jesus e Satanás jogam, de certo modo, o jogo dos tronos. Satanás quis subir acima das estrelas do Céu (lembrando que as estrelas são uma figura para anjos na simbologia bíblica), colocar seu trono nas extremidades do norte e assim ser “semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14). 

Jesus, jogando o jogo dos tronos, “abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz” (Filipenses 2:7 e 8). 

A lógica de Cersei Lannister parece funcionar até certo ponto na verdadeira batalha pelo trono que está acontecendo agora. Jesus de fato morreu. Mas Satanás não ganhou. Ao contrário, graças à atitude de Jesus, tão diferente da de seu oponente, “por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos” (Filipenses 2:9 e 10). 

Uau. E, se você considera que aí, do lado esquerdo de seu peito, há um trono, e que esses dois paradigmas (inflar-me até eu ser semelhante ao Altíssimo x esvaziar-me até ser um servo) estão disputando para assentar-se nele, saiba de uma coisa, amigo: quando se joga o jogo dos tronos, ou você escolhe o lado certo ou você morre. Não dá pra ficar em cima do muro. 

Adaptado de "O jogo dos tronos" de Marco Aurélio Brasil 

Nota: A humanidade, na visão de muitos guias religiosos ao longo da História, vive um perpétuo conflito entre as forças do bem e do mal. Uma das versões desse conflito é a da Igreja Adventista do Sétimo Dia, constituída com base em certa interpretação da Bíblia. Em 1858, Ellen G. White, uma de suas fundadoras, escreveu O Grande Conflito, uma narrativa do ‘grande embate entre Cristo e Satanás’ que existe desde a criação do mundo e perdurará até o dia de sua destruição final. 

Na versão adventista, o pecado passou a existir quando Satanás, um anjo criado para viver no Céu em comunhão com Deus, encheu-se de orgulho e insatisfação com a vida sob as leis do Senhor. Movido pela ânsia de autonomia e igualdade com Deus, ele liderou uma rebelião que resultou em sua expulsão do Paraíso. O campo de batalha deslocou-se, então, para a Terra, onde Satanás infectou Adão e Eva com seu orgulho e persuadiu-os a desobedecer a Deus, que, como castigo, privou-os do domínio que lhes fora concedido sobre a Terra. Depois de outorgar-se o título de ‘príncipe deste mundo’, Satanás deu continuidade à sua rebelião a partir da nova base de operações terrena, onde sua queda foi, finalmente, decidida pelo abnegado sacrifício de Cristo na cruz. 

Para os adventistas do sétimo dia, o grande conflito envolve o caráter, a soberania e o governo de Deus sobre todo o Universo. A rebelião de Satanás contesta a lei de Deus, denunciando-a como arbitrária e opressiva. Questiona, também, o caráter de Deus como imperfeito e nega-lhe o direito de governar o Universo. E esse conflito permanente afeta todos os aspectos da nossa vida.

Há bases bíblicas para o feminismo?

"Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância." Simone de Beauvoir

Se dependesse de alguns, ainda estaríamos vivendo nos moldes da era vitoriana. É muito fácil pagar uma de defensor da família tradicional, paladino da moral e dos bons costumes, e com isso, detonar qualquer movimento social que não caiba nesta moldura. E é assim que se critica as feministas, como se estas fossem as principais responsáveis pela deterioração da família. Já li e ouvi de alguns líderes religiosos que o número crescente de homossexuais se deve ao fato das mulheres terem deixado seus afazeres domésticos e o seu papel de mãe para se dedicarem a uma carreira profissional. Não precisa ser nenhum sociólogo/psicólogo para perceber a desfaçatez desta alegação.

Creio, sem medo de errar, que as sementes que fizeram eclodir o movimento feminista estão todas espalhadas ao longo das páginas da Bíblia Sagrada. Nem a forte misoginia das culturas antigas conseguiu cimentar o solo onde estas “sementes de mostarda” foram deliberadamente depositadas. Daí encontrarmos figuras como Sara, a quem Deus ordenou que Abraão desse ouvidos. Rebeca que participou ativamente da conspiração para transferir a bênção de Esaú para Jacó. Raquel que era pastora de ovelhas, atividade então restrita aos homens. Débora, juíza em Israel, numa época em que os juízes governavam no lugar de monarcas. Poderíamos citar inúmeros exemplos (se veio atrás de versos bíblicos, perdeu sem tempo. Vou deixar para outra ocasião). Ademais, ninguém valorizou mais as mulheres do que Jesus, a ponto de aceitá-las como discípulas, o que nem os filósofos gregos com toda a sua genialidade aceitaram.

Mas gostaria de destacar uma mulher com a qual costumamos ser injustos: Vasti. Quando seu marido, rei Assuero, resolveu dar um banquete em seu palácio, Vasti, sua esposa, não deixou por menos, e promoveu também seu próprio banquete. Ao ser convocada para deixar tudo e atender a Assuero que pretendia ostentá-la diante dos convidados devido à sua exuberante beleza, Vasti simplesmente se negou a atender. Aquela era uma mulher à frente de seu tempo, que não queria ser vista como um objeto decorativo, mas um ser humano portador de dignidade intrínseca, que sabia pensar por si, que tinha sentimentos, vontade própria, e como qualquer outra mulher, não merecia ser subestimada. Sentindo-se constrangido diante dos convidados, Assuero, orientado por seus conselheiros, resolveu destituí-la, deixando vago o seu trono.

Foi Ester, uma linda jovem judia que venceu o concurso de beleza que visava substituir a rainha rebelde. Quero crer que todos conheçam esta história, e os que porventura não a conhecerem, sugiro que pesquisem. É uma das mais lindas histórias de empoderamento feminino registradas nas Escrituras Sagradas. Ester era bem mais do que um rostinho lindo, um corpo escultural. Graças a ela, seu povo não sofreu um verdadeiro genocídio. Foi sua atuação junto ao rei que impediu que um homem chamado Hamã lograsse êxito em seu intento de extinguir os judeus que viviam na Pérsia. Como o decreto já havia sido estabelecido, o rei não pôde revogá-lo. Mas deu aos judeus o direito de se defenderem do ataque opressor patrocinado pelo próprio estado. Até hoje os judeus celebram o Purim, festa alusiva àquele episódio de sua história. Naquele dia, eles puderam se defender de um estado opressor, fazendo uso de qualquer recurso que estivesse às mãos, inclusive lanças e espadas. Mas jamais foram chamados de terroristas por isso. 

Se pensarmos bem, a ousadia de Ester se deveu ao caminho deixado aberto por Vasti. Mesmo que discordemos de sua antecessora em sua petulância, que a enxerguemos como uma quase vilã (o que não é verdade!), sem ela, Ester não teria encontrado a mesma facilidade para fazer o que fez. Ester simplesmente rompeu com todos os protocolos, arriscou a própria pele para salvar o seu povo.

Vejo hoje uma geração de mulheres desfrutando de direitos que foram conquistados lá trás graças ao atrevimento de muitas Vastis. É fácil criticar aquela geração de mulheres que saiu às ruas fazendo fogueira com seus sutiãs. Mas se não fosse por elas, talvez ainda hoje as mulheres não usufruíssem do direito ao voto. A maioria teria que se contentar com os adjetivos de bela, recatada e do lar. 

Em momento algum flagramos Ester desdenhando de Vasti. Deveríamos, portanto, seguir seu exemplo, e valorizar quem lutou em muitos movimentos sociais, não apenas as feministas, para que vivêssemos numa sociedade mais justa e igualitária. Não fossem por esses, quiçá ainda convivêssemos com a vergonha da escravidão. Talvez não tivéssemos o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, a Lei Maria da Penha, etc.

Eu, particularmente, acredito que ainda haja muita coisa para mudar até que tenhamos uma sociedade mais justa e equilibrada. Por isso, prefiro colocar-me ao lado dos que lutam por direitos, e não dos que preferem que tudo permaneça do jeito que sempre foi. A única coisa que pretendo conservar é meu idealismo, sem o qual, corro o risco de ser cortejado pelo cinismo e pela hipocrisia.

Se depender de mim, farei coro com quem peita o sistema, esperançoso de que minhas filhas viverão num mundo mais belo, bom e justo do que viveram suas avós. Se quiserem ser dondocas, que sejam. Pelos terão escolhido isso por conta própria e não por alguém lhes impor tal padrão.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Livro missionário 2016 "Esperança Viva" já pode ser compartilhado!!!


Está no ar o site do livro Esperança Viva, de autoria do pastor e apresentador Ivan Saraiva. 

Milhões de exemplares do livro serão distribuídos nesse ano pelos adventistas em oito países sul-americanos gratuitamente dentro do projeto Impacto Esperança. A obra apresenta doutrinas bíblicas consideradas por alguns pouco conhecidas, impopulares e até polêmicas. As abordagens vão desde a guarda do sábado e passam por temas como estado dos mortos, teologia da prosperidade, a controvérsia entre criacionismo e evolucionismo, uso de línguas estranhas em cultos religiosos, entre outros tópicos. Segundo Saraiva, que é apresentador do programa Está Escrito, da TV Novo Tempo, e que grava vídeos regularmente para compartilhamento nas mídias sociais, “o objetivo desse livro é alcançar pessoas que não acreditam mais em igrejas e, por consequência, no próprio evangelho.

Esse fenômeno pós moderno se dá, sobretudo, por dois fatores: pela superficialidade do conhecimento bíblico e pelo alto índice de rejeição ao evangelho vulgar e descontextualizado que encontramos nos veículos de comunicação. Por isso, a intenção é mostrar que a Bíblia também não concorda e não aceita qualquer outro evangelho além do que o que ela mesmo apresenta”. 

O diretor de Marketing Digital da sede sul-americana adventista, Carlos Magalhães, enfatiza que a meta é que até 1 milhão de downloads sejam feitos do livro no formato digital. Esperança Viva pode ser baixado em formato PDF e o link do site também pode ser compartilhado nas redes sociais.

Mensagem do pastor Saraiva sobre o livro:



Com informações de Notícias Adventistas

Uma breve reflexão sobre o desabamento da ciclovia no Rio de Janeiro



Deparei-me hoje na Web com essas duas imagens chocantes, do mesmo fato: o desabamento da ciclovia no RJ. Uma mostra os dois mortos, estendidos na areia, enquanto um rapaz, totalmente alheio ao drama, bate, despreocupado, a sua bolinha na areia. E no outro, a esposa de um daqueles mortos, desesperada, reconhece o corpo do marido.

Talvez o rapaz nem tenha percebido o que se passava. O que eu quero refletir é sobre a banalidade da vida, ou seja, quão efêmera ela é. Logo, ao cabo de alguns anos, que sempre consideraremos poucos, sejam eles 5, 10, 20, 40, 100 anos, cada um de nós será uma lembrança, depois uma referência distante, e mais tarde, apenas antepassado de alguém. 

Já dizia o cantador dos Salmos:
"O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa." Salmos 104:4 
Portanto, aproveitemos, diariamente, as oportunidades que a vida nos dá e desfrutemos com nossos queridos todos os bons momentos possíveis, mesmo aqueles que não sejam assim tão bons, prazerosos e felizes. 

Em razão dessa existência acanhada e limitada que é a vida humana, é que devemos considerar coisas com as que Renato Russo dizia lindamente: “Para os erros: o perdão. Para os fracassos: uma nova chance. Para os amores impossíveis: tempo.” 

E eu complemento: "Para a falta de amor, amor. Deus é amor. Ame sempre e muito." Ainda temos pela frente uma outra possibilidade de vida, a que realmente conta, a eterna. 

Mário Jorge Lima (via facebook) (Título original: Amor)

O descobrimento e a chegada do cristianismo no Brasil


Ao pisar no Brasil, a primeira ação tomada pelo navegador Pedro Álvares Cabral e seus tripulantes foi organizar uma missa que comemorava a chegada em novas terras. Nesse simples gesto, percebemos que os europeus não tinham somente um projeto de caráter econômico no Brasil. Sendo nação de forte fervor religioso católico, Portugal trouxe membros da Ordem de Jesus que teriam a incumbência de ampliar o número de fiéis no Novo Mundo. 

O alvo primordial dessa conversão seriam os índios, que desde as primeiras anotações feitas por Pero Vaz de Caminha são descritos como povos inocentes que iriam se converter sem maiores problemas. A relação entre Estado e Igreja nessa época era próxima, na medida em que ambas empreendiam medidas que colaboravam com seus interesses mútuos. Enquanto os jesuítas tinham apoio na catequização dos nativos, o Estado contava com auxílio clerical na exploração do território e na administração. 

Sob tal aspecto, devemos relembrar que o interesse da Igreja em ocupar e evangelizar o Novo Mundo se dava também pelas várias transformações ocorridas na Europa do século XVI. Nessa época, as religiões protestantes surgiam como uma alternativa ao milenar poderio religioso católico. Para reagir à significativa perda de fiéis, a Igreja aprovou a concepção da Ordem de Jesus, criada em 1534 por Inácio de Loyola, com objetivo de pregar o cristianismo nas Américas. 

Seguindo atribuições diretas do rei Dom João III, o governador-geral, Tomé de Sousa, chegou ao Brasil em 1549 trazendo vários padres jesuítas que deveriam propagar a fé católica. Fundando colégios e missões pelo litoral e interior do Brasil, os jesuítas passaram a não só tratar da conversão dos nativos, bem como a administrar as principais instituições de ensino da época e auxiliar os mais importantes órgãos de administração e controle da metrópole. 
"Sem qualquer respeito pelas práticas religiosas indígenas, os colonizadores procuraram impor a estes povos a religião católica. Os pajés ou xamãs, que são os líderes espirituais dos povos indígenas, foram discriminados e chamados de "representantes do diabo" pela igreja católica e pelos colonizadores portugueses..." Extraído do livro 'O Jongo de Tamandaré: Guaratinguetá/SP'
Mesmo salientando o apoio oficial, não podemos deixar de falar dos conflitos que envolveram os jesuítas e os colonizadores. Nas primeiras décadas da colonização, a enorme dificuldade para se obter mão de obra escrava africana motivou vários colonos a buscarem a força de trabalho compulsória dos índios. Logo de início, os jesuítas se opuseram a tal prática, já que a transformação dos índios em escravos dificultava imensamente o trabalho de evangelização. 

Na segunda metade do século XVIII, a presença dos jesuítas no Brasil sofreu um duro golpe. Nessa época, o influente ministro Marquês de Pombal decidiu que os jesuítas deveriam ser expulsos do Brasil por conta da grande autonomia política e econômica que conseguiam com a catequese. A justificativa para tal ação adveio da ocorrência das Guerras Guaraníticas, onde os padres das missões do sul armaram os índios contra as autoridades portuguesas em uma sangrenta guerra. 

Apesar desse episódio, a herança religiosa dos jesuítas ainda se encontra manifesta em vários setores da nossa sociedade. Muitas escolas tradicionais do país, bem como várias instituições de ensino superior espalhadas nos mais diversos pontos do território brasileiro, ainda são administradas por setores dirigentes da Igreja Católica. Somente no século XIX, foi que as escolas laicas passaram a ganhar maior espaço no cenário educacional brasileiro. (Com informações de Mundo Educação)

Ellen White escrevia há mais de 100 anos advertindo-nos em relação aos jesuítas: 

"Em toda a cristandade o protestantismo estava ameaçado por temíveis adversários. Passados os primeiros triunfos da Reforma, Roma convocou novas forças, esperando ultimar sua destruição. Nesse tempo fora criada a ordem dos jesuítas - o mais cruel, sem escrúpulos e poderoso de todos os defensores do papado. Separados de laços terrestres e interesses humanos, insensíveis às exigências das afeições naturais, tendo inteiramente silenciadas a razão e a consciência, não conheciam regras nem restrições, além das da própria ordem, e nenhum dever, a não ser o de estender o seu poderio. O evangelho de Cristo havia habilitado seus adeptos a enfrentar o perigo e suportar sem desfalecer o sofrimento, pelo frio, fome, labutas e pobreza, a fim de desfraldar a bandeira da verdade, em face do instrumento de tortura, do calabouço e da fogueira. Para combater estas forças, o jesuitismo inspirou seus seguidores com um fanatismo que os habilitava a suportar semelhantes perigos, e opor ao poder da verdade todas as armas do engano. Não havia para eles crime grande demais para cometer, nenhum engano demasiado vil para praticar, disfarce algum por demais difícil para assumir. Votados à pobreza e humildade perpétuas, era seu estudado objetivo conseguir riqueza e poder para se dedicarem à subversão do protestantismo e restabelecimento da supremacia papal. 

Quando apareciam como membros de sua ordem, ostentavam santidade, visitando prisões e hospitais, cuidando dos doentes e pobres, professando haver renunciado ao mundo, e levando o nome sagrado de Jesus, que andou fazendo o bem. Mas sob esse irrepreensível exterior, ocultavam-se frequentemente os mais criminosos e mortais propósitos. Era princípio fundamental da ordem que os fins justificam os meios. Por este código, a mentira, o roubo, o perjúrio, o assassínio, não somente eram perdoáveis, mas recomendáveis, quando serviam aos interesses da igreja. Sob vários disfarces, os jesuítas abriam caminho aos cargos do governo, subindo até conselheiros dos reis e moldando a política das nações. Tornavam-se servos para agirem como espias de seus senhores. Estabeleciam colégios para os filhos dos príncipes e nobres, e escolas para o povo comum; e os filhos de pais protestantes eram impelidos à observância dos ritos papais. Toda a pompa e ostentação exterior do culto romano eram levadas a efeito a fim de confundir a mente e deslumbrar e cativar a imaginação; e assim, a liberdade pela qual os pais tinham labutado e derramado seu sangue, era traída pelos filhos. Os jesuítas rapidamente se espalharam pela Europa e, aonde quer que iam, eram seguidos de uma revivificação do papado." (O Grande Conflito, pp. 234-235)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Liberdade, Liberdade - Tiradentes é o Jesus Cristo brasileiro?

“Martírio de Tiradentes”, óleo sobre tela de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1893)
Neste 21 de abril, mesmo dia em que, no ano de 1792, o alferes Joaquim José da Silva Xavier era enforcado pelo crime de "lesa-majestade", o rosto de Tiradentes, este grande herói nacional, ainda é um verdadeiro mistério. Sua face mítica, reproduzida nos mais diversos livros de História do Brasil, foi reforçada cerca de um século após a sua morte, no burburinho republicano.

Os adeptos do novo regime precisavam gerar um levante patriótico e, convenhamos: nada melhor do que tornar o mártir uma referência republicana e, por que não, fazer do episódio a própria Paixão de Cristo moderna? Afinal, bastou colocar uma barba ali, um Judas acolá... Nem Pedro faltaria para renegar o humilde alferes... 

Dito e feito. Não teve para ninguém. As semelhanças entre Tiradentes e Jesus Cristo eram inegáveis: o nosso aprendiz de dentista foi traído por trinta dinheiros, carregava a tiracolo seus 12 apóstolos e, na ressurreição cívica, sua biografia foi sendo composta ao sabor das paixões e necessidades políticas, sem maior compromisso com a veracidade. 

Por isso, embora estivesse com barba e cabelo raspados diante da sentença - como costume entre prisioneiros da época -, diversos pintores começaram a retratar Tiradentes com as feições de um Jesus brasileiro, vestido com uma imaculada túnica branca. 

E assim, a imagem resignada de nosso mártir cívico-religioso, porta-voz dos fracos e oprimidos, vem a calhar com a memória propagada pela política vigente do período, esquartejada e distribuída como saber didático em todo o país. 

Joaquim José da Silva Xavier, então, é considerado herói da independência brasileira e patrono cívico da nação. Tornou-se mártir porque lutou pela liberdade do Brasil do domínio português.

Mas acima de qualquer herói humano, está Jesus, o Mártir dos mártires. Deixou as cortes celestes, desceu ao fosso em que se encontrava a humanidade, foi alvo de uma conspiração tramada pelos líderes de então, e crucificado com todos os requintes de maldade. Mas, na verdade, Ele chamou a si a responsabilidade por todos os nossos pecados. Dali em diante, a cruz tornou-se um símbolo de amor, desprendimento e, ao mesmo tempo, admiração. O apóstolo Paulo afirma: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” (Gálatas 6:14).

Paulo gloriava-se na cruz porque ela fora o meio pelo qual Jesus nos libertou do jugo do pecado. Na cruz, o Céu pagou o preço da nossa independência. Por isso podemos dizer com alegria: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8:1).

O caminho da liberdade foi aberto por Cristo. Quem anda por ele, sente o desejo de partilhar com outros o prazer da libertação espiritual. No livro Nisto Cremos, à página 245, lemos o seguinte: “O vasto abismo existente entre o Céu e nós, o abismo atravessado por Cristo, torna insignificante o pequeno trecho de rua que nós temos de caminhar para podermos alcançar o nosso irmão.”

O ato heroico de nosso Salvador mostra que ninguém é sem valor. Todos são desejados.

Pensamento para reflexão: Por que andar em pecado, se na cruz Cristo nos libertou?

"Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." (Isaías 53:5).

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Mulher adventista fica sem comer para honrar o sábado na Venezuela


Alguns adventistas do sétimo dia na Venezuela estão lutando para comer por causa do Sábado ou por limitações financeiras, e os salários de pastores têm sido duramente atingidos pela economia instável. Mas os membros da igreja permanecem alegres e fiéis a Deus - e a igreja está crescendo rapidamente, disseram os líderes da Igreja.

Ricardo Marin, um líder de igreja nos países vizinhos da Costa Rica e Nicarágua, disse que foi surpreendido depois de testemunhar em primeira mão como os membros da igreja confiam em Deus, mesmo quando eles não têm qualquer alimento. Marin, que se juntou a 51 pastores da Divisão Inter-americana da Igreja em reuniões evangelísticas na Venezuela na semana passada, conheceu um membro da igreja que não tinha sido capaz de comprar qualquer alimento por mais de uma semana, porque seu dia designado para a compra de alimentos foi o sábado.

"Ela decidiu confiar em Deus, em vez de ir comprar no sábado, e teve que dispensar o alimento", disse Marin, secretário executivo da União Sul-Americana Central da Igreja Adventista. Ele conheceu a mulher enquanto pregava na igreja Adventista em Alto del Aguila, na periferia de Caracas.

"Eu fiquei espantado ao ver todos os nossos membros cheios de amor e dedicados a compartilhar o amor de Deus com o pouco que têm ou não têm", disse Marin. "Eles não se importam se estão com fome. Eles acreditam e confiam em Deus ".

"Deus fez grandes coisas na Venezuela, e nós somos gratos de que existe liberdade religiosa aqui", disse Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana, cujo território abrange Venezuela, vários outros países do norte da América do Sul, e os países da América Central e Caribe.

Leito disse que os membros estavam dando - e dando generosamente - seu dízimo e ofertas. No entanto, o valor de dízimos e ofertas em relação ao dólar diminuiu drasticamente em meio às condições econômicas difíceis. O salário de um pastor era o equivalente a US$ 1.400 por vários anos, mas hoje caiu para cerca de US$ 25 por causa da desvalorização da moeda nacional.

Josney Rodriguez, presidente da União Leste da Venezuela, disse que também tinha visto a fidelidade dos membros. Uma mulher contou em sua classe da Escola Sabatina em Caracas, em 09 de abril, que estava louvando a Deus, porque mesmo que ela não tivesse sido capaz de comprar qualquer alimento, ela tinha encontrado duas bananas em sua casa, o suficiente para uma refeição.

"Sua força é a mesma de nossos membros em todo o nosso território da União", disse Rodriguez. "Deus tem nos abençoado imensamente e continua a fazê-lo mesmo com os desafios que estamos enfrentando." (Com informações de Adventist Review)

Ninguém durma!

"Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos." Romanos 13:11
Se você gosta de música erudita, talvez conheça estas palavras em italiano: "Nessun dorma! Nessun dorma! Tu purê, o Principessa.." Trata-se do início da famosa ária "Nessun Dorma" (Ninguém Durma), que faz parte da ópera Turandot, composta por Giacomo Puccini. Interpretada por nomes como Plácido Domingo, José Carreras, Sarah Brightman, Paul Potts, David Phelps e Andréa Bocelli, foi Luciano Pavarotti quem a tornou popular ao redor do mundo, especialmente com a versão apresentada durante a Copa do Mundo da Itália, em 1990.

A história de Turandot, nome que significa "a filha de Turan", uma região da Ásia central, parte do antigo império persa, foi extraída de uma coleção de contos intitulada Mil e Um Dias. A linda e fria princesa Turandot, em vingança pela morte de uma ancestral, não quer se apaixonar e propõe três enigmas que devem ser respondi­dos por qualquer pretendente. Quem não conseguir é morto. O príncipe Calaf, apai­xonado, bate no gongo e anuncia seu desejo de se candidatar. Ele acerta os enigmas, mas dá uma chance à desolada princesa: ela poderá matá-lo se descobrir seu verda­deiro nome até o dia seguinte. Turandot então determina que ninguém durma, para tentar descobrir o nome do príncipe desconhecido.

O ato 3 se inicia com o príncipe Calaf, certo da vitória, cantando confiantemente a ária: "Que ninguém durma! Que ninguém durma! Você também, ó Princesa, em seu quarto frio, olhe as estrelas, tremendo de amor e de esperança, mas meu segredo permanece guardado dentro de mim..." Por fim, depois de cenas dramáticas, Calaf diz seu nome para que a princesa o anuncie. Ele está pronto para morrer por ela. Vencida e conquistada, a princesa revela que o nome dele é amor, e terminam abraçados. (Assista a apresentação do tenor Luciano Pavarotti interpretando Nessun Dorma):


Em outro enredo, que daria a maior das óperas e a mais bela das árias, outro Príncipe (Jesus) fez uma proposta a uma princesa (igreja), que, assim como Turandot, parece assustada com a ideia de se unir a ele. Num gesto incompreensível para muitos, esse Príncipe foi além de Calaf, não apenas propondo um enigma e se dispondo a morrer, mas dando realmente a vida pela princesa.

Assim como a princesa da ópera, apavorada com a ideia do amor, ordenou que seu reino não dormisse, o escritor bíblico, deslumbrado pela demonstração de amor, conclama o reino da luz a despertar do sono. Indiferentes à situação ao redor, muitos estão dormindo. Não percebem o drama ao redor. É hora de acor­dar, de descobrir o verdadeiro nome do Príncipe, que é Amor.

Que ninguém durma! Que ninguém durma!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Filme cristão "Milagres do Paraíso" estreia nesta quinta-feira


A produção será distribuída pela Sony Pictures e apresenta a reflexão sobre pequenos milagres que acontecem diariamente enquanto aguardamos os grandes milagres, mesmo que às vezes não percebemos. A estreia do longa no Brasil acontece nesta quinta-feira, 21 de Abril.

Milagres do Paraíso é baseado na incrível história real da família Beam. Quando Christy (Jennifer Garner) descobre que sua filha de 10 anos de idade Anna (Kylie Rogers) tem uma doença rara e incurável, ela se torna uma defensora feroz de sua cura enquanto procura uma solução.

Depois de Anna se envolver em um acidente misterioso e cair de uma altura de cerca de três andares, um milagre se revela na sequência de seu resgate dramático; deixando médicos especialistas perplexos, sua família restaurada e sua comunidade inspirada.

Para celebrar o filme, a Sony Pictures e a Sony Music se uniram para criar um single para o filme Milagres do Paraíso. “Tua Palavra” é a música interpretada por Paulo César Baruk e Priscilla Alcântara. A canção é uma versão de “Your Words”, da banda Third Day. Confira aqui

Assista ao trailer:

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Igreja Adventista: Vencedores do Prêmio Comunicando Jesus na Web


O resultado da 12ª Edição do Prêmio Comunicando Jesus na Web já está divulgado no site do Grupo Adventista de Desenvolvedores da Web (GADW). Foram 7.056 votos (somando todas as categorias). O prêmio Comunicando Jesus na Web é uma iniciativa destinada a apontar as melhores páginas relacionadas à Igreja Adventista do Sétimo Dia, objetivando incentivar o seu aprimoramento. 

Os vencedores desta edição foram:

Categoria Blog (1.374 votos): Blog do Daniel Locutor – 54,9% – 755 votos

Categoria Evangelismo (1.312 votos): Rede Maranatha – 53,3% – 699 votos

Categoria Igreja (386 votos): IASD Pinheiros – 28,0% – 108 votos

Categoria Portal (1.093 votos): Oro por Você – 42,5% – 469 votos

Categoria Facebook (1.276 votos): Cristão Declarado – 20,9% – 267 votos

Categoria Aplicativo (1.605 votos): WGospel.com – 65,2% – 1.046 votos

A premiação com um troféu foi realizada durante o GAIN – Global Adventist Internet Networking – evento mundial promovido pela Igreja Adventista para discutir estratégias de comunicação e evangelismo no mundo virtual. O programa foi realizado em Jacareí (SP), na sede da Rede Novo Tempo de Comunicação entre os dias 13 a 17 de abril.

Para mais informações sobre o Prêmio Comunicando Jesus na Web, acesse o site Comunique Jesus.

Menções a Deus na votação do impeachment - Deixem Deus fora disso!


Neste domingo (17) o Brasil parou para acompanhar a votação dos deputados em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao serem chamados, cada deputado poderia justificar seu voto e então afirmar se era favorável ou contrário ao impedimento. O que mais se ouviu dos parlamentares foram menções à Deus, afirmando que em nome dEle se posicionariam a respeito da pauta do dia. A certa altura da votação, um deputado resolveu ser irônico em relação às falas dos deputados que citaram Deus. “Nunca na minha vida eu ouvi, em um espaço, usarem tanto o nome de Deus como se fosse um panfleto”, disse Luiz Sergio (PT-RJ). Deus foi onipresente numa votação que nada tinha a ver com ensinamentos bíblicos.

Entre as falas mais comentadas, está o voto dado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no processo do Petrolão, que disse: “Que Deus tenha misericórdia dessa nação."
“Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim." (Mateus 15:8 NTLH)
No livro Os Escolhidos de Ellen G. White (versão na linguagem de hoje do livro Patriarcas e Profetas), no capítulo 27, lemos: “Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o Seu nome em vão” (Êxodo 20:7). Esse mandamento nos proíbe de usar o nome de Deus de maneira descuidada. Ao mencionar Deus impensadamente na conversação comum e pela frequente repetição irrefletida de Seu nome, nós O desonramos. Seu santo nome deve ser pronunciado com reverência e solenidade. 

Todas as ideologias querem Deus como seu garoto propaganda. E assim, Sua mensagem vai se adequando à agenda política de cada grupo. 

Nem Adolf Hitler abriu mão de associar sua ideologia à imagem e mensagem de Deus. O Führer demonstrava acreditar que o cristianismo era “a fundação inabalável da moral e do código moral da nação”. Dizia, ainda, que o Governo do Reich estava decidido a empreender a purificação moral e política da vida pública alemã, criando e assegurando as condições necessárias para uma renovação profunda da vida religiosa. “Como cristão”, dizia Hitler, “tenho a obrigação de lutar pela justiça”. Justificando a sua pérfida luta contra os judeus, ocasionando na morte de cerca de 6 milhões deles, ele teria dito: “Hoje acredito que estou agindo de acordo com a vontade do Criador Todo-Poderoso: – ao defender-me contra os judeus, estou lutando pelo trabalho do Senhor.” Ele se considerava um escolhido de Deus para iniciar no mundo um período de mil anos de paz, conhecido entre os cristãos como o Milênio. Um dos símbolos usados pelo nazismo era… adivinha? A cruz. A chamada “Cruz de Ferro” também era usada como adorno em escudos e espadas dos Cavaleiros Templários. Deu no que deu… Milhões de mortos em nome de um nacionalismo estúpido e cego.

O nome de Deus não cabe dentro de qualquer arranjo ideológico. Também não é cabo eleitoral de candidatura alguma. Os nobres deputados não deveriam ousar conferir tom partidário à Sua mensagem. Os regimes políticos, bem como as ideologias que os justificam, tendem a corromper-se, mas os ideais do Reino de Deus permanecem para sempre.