sexta-feira, 31 de julho de 2020

Declaração da Igreja Adventista sobre transgêneros

Uma campanha publicitária da Natura para o Dia dos Pais virou polêmica, e o motivo foi por ela ter sido estrelada por Thammy Miranda, o filho transexual da cantora Gretchen e pai de Bento. O bebê é fruto de uma gestação por inseminação artificial com sua companheira Andressa Ferreira. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, não perdeu tempo e bradou na internet pelo boicote à marca por conta da campanha, que considerou “uma afronta aos valores cristãos”.

Em meio à toda essa polêmica, acho interessante revermos a declaração da Igreja Adventista sobre os transgêneros votada no dia 11 de abril de 2017 pelo comitê executivo da Igreja Adventista do Sétimo Dia durante seu encontro anual da primavera, em Silver Spring (EUA). A preocupação deste documento foi a de oferecer uma posição teológica e prover princípios bíblicos que ajudem a igreja a lidar com o assunto e, de forma cristã, com as pessoas envolvidas diretamente com o assunto.

Declaração da Igreja Adventista sobre transgêneros
A crescente familiaridade com as necessidades e desafios que homens e mulheres transgêneros enfrentam e o aumento das questões sobre transgêneros, com proeminência social no mundo todo, levantam perguntas importantes não apenas para os afetados pelo fenômeno transgênero, mas também para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora as lutas e os desafios daqueles que se identificam como transgêneros tenham alguns elementos em comum com as lutas de todos os seres humanos, reconhecemos a singularidade de sua situação e a limitação de nosso conhecimento em casos específicos. Contudo, cremos que a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à Igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas.

O fenômeno transgênero
Na sociedade moderna, a identidade de gênero denota tipicamente “o papel público (e geralmente reconhecido legalmente) vivido como menino ou menina, homem ou mulher”, enquanto o termo sexo se refere “aos indicadores biológicos de macho e fêmea”[1]. Geralmente, a identificação de gênero se alinha com o sexo biológico da pessoa no nascimento. Porém, pode ocorrer um desalinhamento nos níveis físico e/ou mental-emocional.

No nível físico, a ambiguidade na genitália pode resultar de anormalidades anatômicas e fisiológicas, de modo que não é possível estabelecer claramente se a criança é do sexo masculino ou feminino. Essa ambiguidade da diferenciação sexual anatômica é muitas vezes chamada de hermafroditismo ou intersexualidade.[2]

No nível mental-emocional, o desalinhamento ocorre com transgêneros cuja anatomia sexual é claramente masculina ou feminina mas que se identificam com o gênero oposto de seu sexo biológico. Eles podem se descrever como estando presos em um corpo errado. O transgenerismo, no passado clinicamente diagnosticado como “desordem de identidade de gênero” e agora definido como “disforia de gênero”, pode ser entendido como um termo geral para descrever a variedade de formas pelas quais os indivíduos interpretam e expressam sua identidade de gênero, diferentemente daqueles que determinam o gênero com base no sexo biológico.[3] “A disforia de gênero é manifesta de várias formas, incluindo o forte desejo de ser tratado como outro gênero, ou ser libertado de suas características sexuais, ou uma forte convicção de possuir sentimentos e reações típicos do outro gênero.”[4]

Devido a tendências contemporâneas de rejeitar o binário bíblico de gênero (homem e mulher) e substituí-lo por um crescente espectro de tipos de gênero, certas escolhas desencadeadas pela situação transgênera passaram a ser consideradas como normais e aceitas na cultura contemporânea. Porém, o desejo de mudar ou de viver como uma pessoa de outro gênero resulta em escolhas de estilo de vida biblicamente impróprias. A disforia de gênero pode, por exemplo, resultar no uso de roupas do sexo oposto,[5] cirurgia de redefinição de sexo e o desejo de ter um relacionamento conjugal com uma pessoa do mesmo sexo biológico. Por outro lado, o transgênero pode sofrer calado, vivendo no celibato ou se casando com um cônjuge do sexo oposto.

Princípios bíblicos relativos à sexualidade e o fenômeno transgênero
Visto que o fenômeno transgênero deve ser avaliado pela Escritura, os seguintes princípios e ensinos bíblicos podem ajudar a comunidade de fé a se relacionar com pessoas afetadas pela disforia de gênero num modo bíblico e semelhante a Cristo.

1. Deus criou o ser humano como duas pessoas que são respectivamente identificadas como homem e mulher em termos de gênero. A Bíblia associa inseparavelmente o gênero ao sexo biológico (Gênesis 1:27; 2:22–24) e não faz distinção entre os dois. A Palavra de Deus afirma a complementaridade, bem como as claras distinções entre homem e mulher na criação. O relato da criação de Gênesis é fundamental para todas as questões da sexualidade humana. 

2. A partir da perspectiva bíblica, o ser humano é uma unidade psicossomática. Por exemplo, a Escritura repetidamente chama o ser humano como um todo de alma (Gênesis 2:7; Jr 13:17; 52:28-30; Ezequiel 18:4; At 2:41; 1Co 15:45); um corpo (Efésios 5:28; Romanos 12:1–2; Apocalipse 18:13); carne (1 Pedro 1:24); e espírito (2 Timóteo 4:22; 1 João 4:1–3). Portanto, a Bíblia não endossa o dualismo no sentido de uma separação entre o corpo e a percepção da sexualidade. Além disso, a Bíblia não ensina que existe uma parte imortal nos seres humanos, porque somente Deus possui a imortalidade (1 Timóteo 6:14-16) e Ele a concederá àqueles que crerem nEle, por ocasião da primeira ressurreição (1 Coríntios 15:51-54). Portanto, o ser humano também deve ser uma entidade sexual indivisível, e a identidade sexual não pode ser independente do corpo da pessoa. De acordo com a Escritura, nossa identidade de gênero, como designada por Deus, é determinada por nosso sexo biológico no nascimento (Gênesis 1:27; 5:1–2; Salmos 139:13–14; Marcos 10:6). 

3. A Escritura reconhece, porém, que, devido à Queda (Gênesis 3:6-19), o todo do ser humano, ou seja, nossas faculdades mental, física e espiritual, foi afetado pelo pecado (Jeremias 17:9; Romanos 3:9; 7:14–23; 8:20–23; Gálatas 5:17) e necessita ser renovado por Deus (Romanos 12:2). Nossas emoções, sentimentos e percepções não são indicadores plenamente confiáveis dos propósitos, ideais e verdade de Deus (Provérbios 14:12; 16:25). Precisamos da orientação de Deus por meio da Escritura para determinar o que é de nosso melhor interesse e para viver de acordo com Sua vontade (2 Timóteo 3:16). 

4. O fato de alguns indivíduos alegarem uma identidade de gênero incompatível com seu sexo biológico revela uma grave dicotomia. Essa debilidade ou angústia, sentida ou não, é uma expressão dos efeitos danosos do pecado sobre os seres humanos e pode ter diversas causas. Embora a disforia de gênero possa não ser considerada intrinsecamente um ato pecaminoso, pode resultar em escolhas pecaminosas. Esse é outro indício de que, no nível pessoal, os seres humanos estão envolvidos no grande conflito. 

5. Desde que os homens e mulheres transgêneros estejam comprometidos em ordenar sua vida de acordo com os ensinos bíblicos sobre a sexualidade e o casamento, eles podem ser membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A Bíblia identifica clara e consistentemente qualquer atividade sexual fora do casamento heterossexual como pecado (Mateus 5:28, 31–32; 1 Timóteo 1:8–11; Hebreus 13:4). Estilos alternativos de vida sexual são distorções pecaminosas da boa dádiva da sexualidade dada por Deus (Romanos 1:21–28; 1 Coríntios 6:9–10). 

6. Visto que a Bíblia considera os seres humanos como entidades integrais e não faz distinção entre sexo biológico e identidade de gênero, a Igreja veementemente adverte os homens e mulheres transgêneros contra a cirurgia de mudança de sexo e contra o casamento, se tiverem passado por esse procedimento. Do ponto de vista holístico bíblico da natureza humana, uma completa transição de um gênero para outro e a obtenção de uma identidade sexual integrada não podem ser esperadas no caso da cirurgia de transgenitalização. 

7. A Bíblia ordena os seguidores de Cristo a amarem uns aos outros. Criados à imagem de Deus, todos devem ser tratados com dignidade e respeito. Isso inclui os homens e mulheres transgêneros. Atos de ridicularização, abuso ou bullying contra os transgêneros são incompatíveis com o mandamento bíblico “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:31). 

8. Como a comunidade de Jesus Cristo, a Igreja deve ser um refúgio e um lugar de esperança, de atenção e de compreensão a todos que estão confusos, aos sofredores, aos que passam por lutas e solidão, pois a Bíblia diz: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, […]” (Mateus 12:20). Todas as pessoas são convidadas a frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a desfrutar da comunhão de seus crentes. Aqueles que são membros podem participar plenamente da vida da igreja, desde que abracem a mensagem, a missão e os valores da Igreja. 

9. A Bíblia proclama as boas-novas de que os pecados sexuais cometidos por heterossexuais, e por homens e mulheres envolvidos em homossexualidade, transgenerismo ou outros, podem ser perdoados, e a vida pode ser transformada pela fé em Jesus Cristo (1 Coríntios 6:9-11). 

10. Aqueles que experimentam desajuste entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero são incentivados a seguir os princípios bíblicos ao lidar com sua angústia. Eles são convidados a refletir sobre o plano original de Deus de pureza e fidelidade sexual. Pertencendo a Deus, todos são chamados a honrá-Lo com seu corpo e suas escolhas de estilo de vida (1 Coríntios 6:19). Com todos os crentes, os homens e mulheres transgêneros são incentivados a esperar em Deus, e é-lhes oferecida a plenitude da compaixão divina, da paz e da graça, em antecipação da breve volta de Cristo, quando todos os verdadeiros seguidores de Cristo serão plenamente restaurados ao ideal de Deus.

[1] Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5a. ed. (DSM-5TM), editado pela Associação Americana de Psiquiatria (Washington, DC: American Psychiatric Publishing, 2013), 451.
[2] Indivíduos nascidos com genitália ambígua podem ou não se beneficiar de tratamento cirúrgico corretivo.
[3] Ver DSM-5TM, 451–459
[4] Esta sentença faz parte de um resumo sucinto de disforia de gênero provido para apresentar o DSM-5TM que foi publicado em 2013: https://www.psychiatry.org/File%20Library/Psychiatrists/Practice/DSM/APA_DSM-5-Gender-Dysphoria.pdf (acessado em 11 de abril de 2017).
[5] O uso de roupas do sexo oposto, também referido como comportamento travesti, é proibido em Deuteronômio 22:5.

[Com informações de Notícias Adventistas

quinta-feira, 30 de julho de 2020

A vida é muito curta

Parece que foi ontem! Esta é uma frase que ouvimos com muita frequência. Ela entra para o nosso repertório mais cedo do que esperamos, e comumente fazemos uso dela quando sentimos a sensação de que a passagem do tempo nos pegou de surpresa. Muito mais do que uma frase feita ou meramente um clichê, ela expressa uma verdade universalmente admitida: a transitoriedade da experiência humana.

A Bíblia também fala sobre a efemeridade da vida. Esse é um tema recorrente e abordado por diversos autores inspirados. Uma passagem que chama especialmente minha atenção é aquela encontrada em Tiago 4:14, em que o autor coloca diante de nós uma pergunta que suscita reflexão: “O que é a vossa vida?”. Ele mesmo responde: “É um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece."

Pensar sobre a vida, às vezes, gera um certo desconforto - exige profundidade. Mas algo que tortura ainda mais é pensar no que virá depois dela – provoca o desconhecido. No meio-termo dos pensamentos há a duração e o desenrolar da vida em seu curto espaço e rápido tempo.

Não é de hoje o falar, divagar e concluir sobre a nossa existência e em como a vida deve ser vivida. Muitos filósofos foram tão profundos que chegaram a um imenso vazio, e outros deixaram um valioso conhecimento. Sêneca, um filósofo que viveu nos tempos em que Jesus estava na Terra, abordou reflexões sobre a brevidade da vida até se chegar na questão de como viver plenamente. Oscar Wilde, no século 19, declarou que viver é a coisa mais rara do mundo, pois a maioria das pessoas apenas existe. Chaplin, no século passado, comparou a vida a uma peça de teatro que não permite ensaios, por isso o pretexto de vivermos a vida profundamente.  

Mas nenhum se compara ao sábio Salomão que desvendou o grande enigma de como devemos viver. De maneira especial, no capítulo 12 do livro de Eclesiastes, fala-se sobre a brevidade da vida e o quanto é necessário priorizarmos Deus em tudo o que fazemos enquanto somos jovens e temos tempo, e aguardamos ansiosos a vinda de Cristo.

Salomão, em sua sabedoria, ensina-nos que devemos viver a vida intensamente (Ec 12:1). Como? Fazermos tudo o que dá vontade? Sim. Desde que a nossa vontade esteja em sintonia com a vontade de Deus. Desfrutar dos prazeres criados por Deus no tempo certo e de maneira correta. Aproveitar o dia. Entregar nossos melhores dias e o nosso vigor a Ele, o quanto antes pudermos. Viver à disposição de Deus.

Salomão também aconselha-nos a viver a vida esperançosamente. Na continuação do capítulo 12, o autor retrata a velhice. E com isso podemos alegrar-nos, pois quem envelhece servindo a Deus e esperando nEle, é estimulado e fortalecido (Is 40:31). 

E por último, viver a vida sabiamente, temendo a Deus e obedecendo aos Seus mandamentos. Dessa forma, “pensar na vida” torna-se mais leve, não é? E com certeza acende em nós uma felicidade, na medida em que entendemos que a morte não é o nosso fim se vivermos para recebermos a vida eterna em Cristo Jesus. Ellen G. White declarou: "Temos uma alma a ser salva ou perdida, e devemos perguntar com a maior sinceridade: 'Que farei para obter a vida eterna?' No melhor dos casos, a vida é curta, e é necessário que vivamos esta curta vida em harmonia com a lei de Deus, a qual é a lei do Universo" (E Recebereis Poder, p. 362).

Como vimos, a administração sensata do nosso tempo é um assunto muito espiritual. O Senhor nos deu graciosamente o tempo e somos responsáveis ​​pelo sábio uso dele. Concluímos com este maravilhoso pensamento de Ellen G. White:

"Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é Seu, e estamos sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para Sua glória. De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais estrita conta do que de nosso tempo. Cristo considerava precioso todo momento, e assim devemos considerá-lo. A vida é muito curta para ser esbanjada. Temos somente poucos dias de graça para nos prepararmos para a eternidade. Não temos tempo para dissipar, tempo para devotar aos prazeres egoístas, tempo para contemporizar com o pecado. Agora é que nos devemos formar o caráter para a futura vida imortal. Somos advertidos a remir o tempo. O tempo esbanjado nunca poderá ser recuperado, porém. Não podemos fazer voltar atrás nem sequer um momento. A única maneira de podermos remir nosso tempo consiste em utilizar o melhor possível o que nos resta, tornando-nos coobreiros de Deus em Seu grande plano de redenção. A vida é muito solene para ser absorvida em negócios terrenos e temporais, em um remoinho de cuidados e ansiedades pelas coisas terrenas que são apenas um átomo em comparação com as de interesse eterno" (Parábolas de Jesus, pp. 342-345).

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Ostentação

Um dos principais malefícios que uma sociedade de consumo igual a nossa pode trazer é o desejo incontrolável e insaciável de ostentar. A ostentação nada mais é do que o ato de expor o máximo possível uma situação ou alguma coisa adquirida, o que, dentro da lógica consumista, fútil e alienada da sociedade contemporânea, é visto como natural. 

O padre Fábio de Melo, sacerdote católico, artista, escritor, professor universitário e apresentador, foi ao Instagram fazer uma reflexão sobre a ostentação de "confortos de que desfrutamos" durante o isolamento social em razão do coronavírus. O religioso argumentou que essa ação pode aumentar a angústia por parte dos mais pobres. "Neste tempo em que as pessoas estão vivendo muitas restrições, penso que é preciso ter cuidado com o que tornamos público sobre nós. Não acredito que seja hora de exibir os confortos de que desfrutamos na quarentena", escreveu na rede social.

"Ainda que tudo seja resultado de muito trabalho honesto, isso pode gerar ainda mais sofrimento nos que vivem privados de coisas tão básicas e elementares. Há pessoas enclausuradas em espaços exíguos, desprovidas de conforto e dignidade. O nosso exibicionismo pode ser afronta a quem tão pouco tem", concluiu.

Portanto, crente que ostenta posição, bens ou qualquer outro atributo está indo diretamente contra aquilo que o Mestre ensinou. Ellen G. White diz:

"Não obstante, Jesus fugia à ostentação. Durante todos os anos de Sua residência em Nazaré, não fez exibição de Seu miraculoso poder. Não buscou altas posições, nem pretendeu nenhum título. Sua vida quieta e simples, e mesmo o silêncio das Escrituras a respeito dos primeiros anos de Sua vida, ensinam importante lição" (O Desejado de Todas as Nações, p. 43).

A Palavra de Deus também nos deixa um aviso importante sobre esse assunto:

"Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do mundo" (João 2:16).

É verdade que o mundo de hoje não incentiva nem um pouco a modéstia. Mas isso não surpreende quem estuda a Bíblia. Como assim? Ao falar dos “últimos dias”, a Bíblia predisse que os humanos, no geral, seriam “avarentos, vaidosos... e cheios de orgulho" (2 Timóteo 3:1-5, BLH). Nesse contexto social, pessoas que ostentam seus bens se sentem bem à vontade. Mas Deus nos incentiva a ‘ficar longe dessa gente’, para que não nos tornemos como elas.

Segue abaixo alguns alertas de Ellen G. White sobre os perigos da ostentação em vários contextos:

1. OSTENTAÇÃO E POMPA 
"Que valem a pompa e a ostentação exteriores? Que ganham os homens e mulheres com o orgulho e a condescendência própria? O tesouro terreno é transitório. Somente por Cristo poderemos obter riquezas eternas. A riqueza que Ele dá está acima de toda avaliação” (Conselhos sobre Mordomia, p. 54).

2. OSTENTAÇÃO NA CASA DE DEUS
"É bastante certo que o orgulho de posição que prevalece no mundo e a opressão aos pobres, existe também entre os professos seguidores de Cristo. Os homens se apropriam de dons que lhes haviam sido confiados para com eles abençoar a outros. Os ricos oprimem os pobres e usam os meios assim obtidos para satisfazerem o orgulho e o amor da ostentação até mesmo na casa de Deus" (The Review and Herald, 20 de Junho de 1893).

3. OSTENTAÇÃO NO VESTUÁRIO, JÓIAS E ORNAMENTOS
"No professo mundo cristão o que é gasto em extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, daria para suprir as necessidades de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do necessário alimento nem do vestuário confortável. O fim de todas as coisas está perto e Deus convida os homens a lançarem fora os seus ídolos, a se separarem de cada desejo extravagante, a não condescenderem com nada que seja simplesmente para ostentação e exibicionismo" (The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878).

4. OSTENTAÇÃO NA OBRA DE DEUS
"O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação. Sobre toda a igreja recai a solene responsabilidade de fazer prosperar cada ramo da obra. É preciso que haja muito maior humildade, muito maior distinção do mundo, entre os adventistas do sétimo dia, doutro modo Deus não nos aceitará, seja qual for nossa posição ou o caráter da obra em que estivermos empenhados. Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus" (Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 131).

5. OSTENTAÇÃO NAS FAMÍLIAS
"Pais, por amor de Cristo não empreguem o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de seus filhos. Não os ensinem a procurar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Será que isso vai ajudá-los a salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Seus filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade" (Conselhos para a Igreja, p. 288).

6. OSTENTAÇÃO NOS LARES
"Uma residência dispendiosa, mobília trabalhada, ostentação, luxo e conforto não proporcionam as condições essenciais a uma vida útil e feliz" (A Ciência do Bom Viver, p. 365).

7. OSTENTAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES
"Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto vise mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas. Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso" (Conselhos sobre Educação, p. 195).

8. OSTENTAÇÃO NO TESTEMUNHO
"São servos infiéis os que tentam dirigir outros, tendo a pretensão de guiar almas no caminho da santidade, enquanto sua própria vida revela o orgulho, o amor dos prazeres e da ostentação. Sua vida não está de acordo com sua profissão; sua influência é uma ofensa a Deus" (Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 91).

terça-feira, 28 de julho de 2020

Oração pelos doentes

Deus está hoje desejoso de restabelecer os doentes... e Cristo é agora o mesmo compassivo médico que era durante Seu ministério terrestre. NEle há bálsamo curativo para toda doença, poder restaurador para toda enfermidade.

Seus discípulos de nossos dias devem orar pelos doentes tão verdadeiramente como os de outrora. E seguir-se-ão as curas; pois "a oração da fé salvará o doente" (Tiago 5:15). Temos o poder do Espírito Santo, a calma certeza da fé, de que podemos reivindicar as promessas de Deus. A promessa do Senhor: "Imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão" (Marcos 16:18), é tão digna de fé hoje como nos dias dos apóstolos. Ela apresenta o privilégio dos filhos de Deus, e nossa fé deve lançar mão de tudo quanto aí se encerra. Os servos de Cristo são os instrumentos de Sua operação, e por meio deles deseja exercer Seu poder de curar. É nossa obra apresentar o enfermo e sofredor a Deus, nos braços da fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico.

O Salvador deseja que animemos os enfermos, os desesperançados, os aflitos a apegarem-se a Sua força. Mediante a fé e a oração, o quarto do doente pode se transformar numa Betel. Por palavras e atos, os médicos e as enfermeiras podem dizer, tão positivamente que não possa ser mal compreendido: "Deus está neste lugar" para salvar, e não para destruir. Cristo deseja manifestar Sua presença no quarto do doente, enchendo o coração dos médicos e enfermeiros com a doçura de Seu amor. Se a vida dos assistentes do enfermo é de maneira a Jesus os poder acompanhar ao leito dele, ao mesmo sobrevirá a convicção de que o compassivo Salvador está presente, e essa convicção por si só fará muito em benefício tanto de sua alma como do corpo.

E Deus ouve a oração. Cristo disse: "Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei" (João 14:14). Noutro lugar, Ele diz: "Se alguém Me serve, ... Meu Pai o honrará" (João 12:26). Se vivemos em harmonia com Sua palavra, toda preciosa promessa dada por Ele em nós se cumprirá. Somos indignos de Sua misericórdia, mas, ao entregar-nos a Ele, recebe-nos. Ele operará em favor e por intermédio daqueles que O seguem.

Condições para que a oração seja atendida
Mas unicamente vivendo em obediência a Sua palavra podemos pedir o cumprimento das promessas que nos faz. O salmista diz: "Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá" (Salmos 66:18). Se Lhe prestamos apenas uma obediência parcial, com a metade do coração, Suas promessas não se cumprirão em nós.

Temos na Palavra de Deus instruções relativas à oração especial pelo restabelecimento de um doente. Mas tal oração é um ato soleníssimo, e não o devemos realizar sem atenta consideração. Em muitos casos de oração pela cura de um doente, o que se chama fé não é nada mais que presunção.

Muitas pessoas chamam sobre si a doença pela condescendência consigo mesmas. Não têm vivido segundo as leis naturais ou os princípios da estrita pureza. Outros têm desconsiderado as leis da saúde em seus hábitos de comer e beber, vestir ou trabalhar. Frequentemente é alguma forma de vício a causa do enfraquecimento mental ou físico. Obtivessem essas pessoas a bênção da saúde, e muitas delas continuariam a seguir o mesmo rumo de descuidosa transgressão das leis naturais e espirituais de Deus, raciocinando que, se Ele as cura em resposta à oração, elas se acham em liberdade de prosseguir em suas práticas nocivas, condescendendo sem restrições com apetites pervertidos. Se Deus operasse um milagre para restaurar à saúde essas pessoas, estaria animando o pecado. É trabalho perdido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que cura suas enfermidades, a menos que seja também ensinado a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a Lei de Deus, tanto a natural como a espiritual.

Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento que a violação da Lei de Deus, quer natural quer espiritual, é pecado, e que, a fim de receber Suas bênçãos, ele deve ser confessado e abandonado.

Havendo os erros sido endireitados, podemos apresentar as necessidades do enfermo ao Senhor com fé tranquila, como Seu espírito nos indicar. Ele conhece cada indivíduo por nome, e cuida de cada um como se não houvesse na Terra nenhum outro por quem houvesse dado Seu bem-amado Filho. Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, o doente deve ser estimulado a confiar nEle e ficar esperançoso. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois "os olhos do Senhor estão sobre... os que esperam na Sua misericórdia" (Salmos 33:18).

Ao orar pelos doentes, cumpre lembrar que "não sabemos o que havemos de pedir como convém" (Romanos 8:26). Não sabemos se a bênção que desejamos será para o bem ou não. Portanto, nossas orações devem incluir este pensamento: "Senhor, Tu conheces todo segredo da alma. Estás familiarizado com estas pessoas. Jesus, seu Advogado, deu a vida por elas. Seu amor por elas é maior do que é possível ser o nosso. Se, portanto, for para Tua glória e o bem dos aflitos, pedimos, em nome de Jesus, que sejam restituídas à saúde. Se não for da Tua vontade que se restaurem, rogamos-Te que a Tua graça as conforte e a Tua presença as sustenha em seus sofrimentos."

Deus conhece o fim desde o princípio. Conhece de perto o coração de todos os homens. Lê todo segredo da alma. Sabe se aqueles por quem se fazem as orações haviam ou não de resistir às provações que lhes sobreviriam, houvessem eles de viver. Sabe se sua vida seria uma bênção ou uma maldição para si mesmos e para o mundo. Esta é uma razão pela qual, ao mesmo tempo que apresentamos nossas petições com fervor, devemos dizer: "Todavia, não se faça a minha vontade, mas a Tua" (Lucas 22:42). Jesus acrescentou estas palavras de submissão à sabedoria e vontade de Deus, quando, no jardim de Getsêmani, rogava: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice" (Mateus 26:39). Se elas eram apropriadas para Ele, o Filho de Deus, quanto mais adequadas são nos lábios dos finitos e errantes mortais!

A atitude coerente é expor nossos desejos a nosso sábio Pai celeste e então, em perfeita segurança, tudo dEle confiar. Sabemos que Deus nos ouve se pedimos em harmonia com a Sua vontade. Mas insistir em nossas petições sem um espírito submisso não é direito; nossas orações devem tomar a forma, não de uma ordem, mas de uma intercessão.

Há casos em que o Senhor opera decididamente por Seu divino poder na restauração da saúde. Mas nem todos os doentes são sarados. Muitos são postos a dormir em Jesus. João, na ilha de Patmos, foi mandado escrever: "Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam" (Apocalipse 14:13). Vemos por aí que, se as pessoas não forem restituídas à saúde, não devem ser por isso consideradas sem fé.

Todos nós desejamos respostas imediatas e diretas às nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados quando a resposta é retardada ou vem por uma maneira que não esperávamos. Mas Deus é demasiado sábio e bom para atender nossas petições sempre justamente ao tempo e pela maneira que desejamos. Ele fará mais e melhor por nós do que realizar sempre os nossos desejos. E como podemos confiar em Sua sabedoria e Seu amor, não devemos pedir que nos conceda a nossa vontade, mas buscar identificar-nos com Seu desígnio, e cumpri-lo. Nossos desejos e interesses devem-se fundir com Sua vontade. Estas experiências que provam a fé são para nosso bem. Por elas se manifesta se nossa fé é verdadeira e sincera, repousando unicamente na Palavra de Deus, ou se depende de circunstâncias, sendo incerta e instável. A fé é revigorada pelo exercício. Devemos permitir que a paciência tenha a sua obra perfeita, lembrando-nos de que há preciosas promessas nas Escrituras para aqueles que esperam no Senhor.

Nem todos compreendem esses princípios. Muitos dos que buscam as restauradoras graças do Senhor pensam que devem ter uma resposta direta e imediata a suas orações, ou se não sua fé é falha. Por essa razão os que estão enfraquecidos pela doença precisam ser sabiamente aconselhados, para que procedam prudentemente. Eles não devem desatender ao seu dever para com os amigos que lhes sobreviverem, nem negligenciar o emprego dos agentes naturais.

Há muitas vezes perigo de erro nisto. Crendo que hão de ser curados em resposta à oração, alguns temem fazer qualquer coisa que possa indicar falta de fé. Mas não devem negligenciar o pôr em ordem os seus negócios como desejariam se esperassem ser tirados pela morte. Nem também temer proferir palavras de ânimo ou de conselho que estimariam dirigir aos seus amados na hora da partida.

Os que buscam a cura pela oração não devem negligenciar o emprego de remédios ao seu alcance. Não é uma negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todo recurso para restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais. Tendo orado pelo restabelecimento do doente, podemos trabalhar com muito maior energia ainda, agradecendo a Deus o termos o privilégio de cooperar com Ele, e pedindo-Lhe a bênção sobre os meios por Ele próprio fornecidos.

Temos a sanção da Palavra de Deus quanto ao uso de remédios. Ezequias, rei de Israel, estava doente, e um profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que haveria de morrer. Ele clamou ao Senhor, e Este ouviu a Seu servo, e mandou-lhe dizer que lhe seriam acrescentados quinze anos de vida. Ora, uma palavra de Deus haveria curado instantaneamente a Ezequias; mas foram dadas indicações especiais: "Tomem uma pasta de figos e a ponham como emplasto sobre a chaga; e sarará" (Isaías 38:21).

"Porque no dia da adversidade me esconderá no Seu pavilhão; no oculto do Seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha. Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão ao redor de mim; pelo que oferecerei sacrifício de júbilo no Seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor" (Salmos 27:5 e 6).

Certa ocasião, Cristo ungiu os olhos de um cego com terra, e mandou-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé. ... Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo" (João 9:7). A cura poderia ser operada unicamente pelo poder do grande Médico; todavia, Cristo fez uso de simples agentes da natureza. Conquanto Ele não favorecesse as medicações de drogas, sancionou o emprego de remédios simples e naturais.

Ao termos orado pela restauração de um enfermo, seja qual for o desenlace do caso, não percamos a fé em Deus. Se formos chamados a sofrer a perda, aceitemos o amargo cálice, lembrando-nos de que é a mão de um Pai que no-lo chega aos lábios. Mas, sendo a saúde restituída, não se deveria esquecer que o objeto da misericordiosa cura se acha sob renovada obrigação para com o Criador. Quando os dez leprosos foram purificados, apenas um voltou em busca de Jesus para dar-Lhe glória. Que nenhum de nós seja como os inconsiderados nove, cujo coração ficou insensível diante da misericórdia de Deus. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação" (Tiago 1:17).

(Ellen G. White - A Ciência do Bom Viver, pp. 225-233)

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Você quer ficar curado?

“Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos, esperando o movimento das águas” (João 5:2-3).

A certos períodos as águas desse poço eram agitadas, e acreditava-se geralmente que era o resultado de um poder sobrenatural, e que aquele que primeiro descesse à água depois do movimento dela seria curado de qualquer doença que tivesse. Centenas de sofredores visitavam esse lugar; mas tão grande era a multidão quando as águas eram agitadas, que se precipitavam para diante, atropelando homens, mulheres e crianças mais fracos que eles. Muitos não podiam se aproximar do poço. Muitos também que tinham conseguido chegar à beira dele, ali morriam. Haviam sido construídos abrigos em volta do lugar, a fim de proteger os doentes do calor do dia e do frio da noite. Alguns passavam a noite nesses alpendres, arrastando-se para a margem do tanque dia após dia, na vã esperança de cura. 

Jesus achava-Se em Jerusalém. Caminhando sozinho, em aparente meditação e oração, chegou ao poço. Viu os míseros aflitos vigilantes por aquilo que julgavam sua única oportunidade de cura. Ele almejava exercer Seu poder restaurador, curando cada um daqueles sofredores. Mas era sábado. Multidões estavam se dirigindo ao templo para o culto, e Ele sabia que tal ato de cura despertaria o preconceito dos judeus, os quais cerceariam Sua obra. 

Mas o Salvador viu um caso de supremo infortúnio. Era o de um homem que estava inválido há trinta e oito anos. Sua doença era, em grande parte, resultado de seus hábitos maus, e era considerada como um juízo de Deus. Sozinho e sem amigos, sentindo-se excluído da misericórdia de Deus, o enfermo havia passado longos anos de miséria. Na hora em que se esperava o movimento das águas, os que se compadeciam de seu desamparo o levavam para os alpendres. Mas, no momento exato, ninguém o ajudava a entrar. Ele vira a agitação das águas, mas jamais conseguira chegar além da margem do tanque. Outros mais fortes que ele imergiam primeiro. O pobre e impotente enfermo não podia competir com a multidão mais ágil e egoísta. Os persistentes esforços na perseguição daquele único objetivo, e a ansiedade e contínua decepção, estavam minando rapidamente as forças que lhe restavam. 

Jazia o enfermo em sua esteira, erguendo às vezes a cabeça para olhar o tanque, quando o terno e compassivo rosto se curvou para ele, e lhe prenderam a atenção as palavras: 
“Você quer ficar curado?” (João 5:6)
Nasceu-lhe no coração a esperança. Sentiu que, de alguma maneira, lhe viria auxílio. Mas logo se dissipou o clarão dessa esperança. Lembrou-se de quantas vezes tentara chegar ao poço, e tinha agora pouca probabilidade de viver até que ele fosse novamente agitado. Voltou-se fatigado, dizendo: 
“Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim” (João 5:7).
Jesus ordena-lhe: 
“Levanta-te, toma a tua cama e anda” (João 5:8). 
Renovada a esperança, o enfermo olha para Jesus. A expressão de Seu semblante e o tom da voz são diferentes de tudo o mais que vira antes. Sua própria presença parece irradiar amor e poder. A fé do paralítico apega-se à palavra de Cristo. Sem replicar, dirige sua vontade no sentido da obediência e, assim fazendo, todo o seu corpo corresponde. 

Cada nervo, cada músculo, vibra com uma nova vida, e sadia ação vem aos membros paralisados. Num salto, ei-lo de pé e põe-se a caminho com passo firme e desenvolto, louvando a Deus, e regozijando-se no vigor que acabava de receber. 

Jesus não dera ao inválido qualquer certeza de auxílio divino. O homem poderia ter dito: “Senhor, se me puseres são, obedecerei à Tua palavra.” Poderia haver-se detido para duvidar, tendo assim perdido seu único ensejo de cura. Mas não, ele creu na palavra de Cristo, creu que estava são; fez imediatamente o esforço, e Deus lhe deu o poder; determinou andar, e andou. Agindo segundo a palavra de Cristo, foi curado.

Pelo pecado, fomos separados da vida de Deus. Nossa alma acha-se paralítica. Não somos, por nós mesmos, mais capazes de viver uma vida santa do que o impotente homem era capaz de andar. Muitos compreendem sua impotência; anelam aquela vida espiritual que lhes trará harmonia com Deus, e estão-se esforçando por obtê-la. Mas em vão. Em desespero, clamam: 
“Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24)
Que essas almas abatidas, em luta, olhem para o alto. O Salvador inclina-Se sobre a aquisição de Seu sangue, dizendo com inexprimível ternura e piedade: 
“Você quer ficar curado?” (João 5:6) 
Manda-vos levantar em saúde e paz. Não espereis sentir que estais são. Crede na palavra do Salvador. Ponde vossa vontade do lado de Cristo. Determinai servi-Lo, e agindo em obediência a Sua palavra, recebereis forças. Seja qual for a má prática, a paixão dominante que, devido a longa condescendência, prende tanto a alma como o corpo, Cristo é capaz de libertar, e anseia fazê-lo. Ele comunicará vida aos seres “mortos em ofensas” (Efésios 2:1). Porá em liberdade o cativo, preso por fraqueza e infortúnio e pelas cadeias do pecado.

O senso do pecado tem envenenado as fontes da vida. Mas Cristo diz: “Eu tirarei vossos pecados; dar-vos-ei paz. Comprei-vos com Meu sangue. Sois Meus. Minha graça fortalecerá vossa vontade enfraquecida; o remorso do pecado, Eu hei de remover.” Quando vos assaltam tentações, quando vos rodeiam cuidado e perplexidade, quando, deprimidos e desanimados, vos achais prestes a ceder ao desespero, olhai a Jesus, e as trevas que vos envolvem dissipar-se-ão ao brilho de Sua presença. Quando o pecado luta pelo predomínio em vossa alma, e sobrecarrega a consciência, olhai ao Salvador. Sua graça é suficiente para subjugar o pecado. Que vosso grato coração, trêmulo de incerteza, se volva para Ele. Apoderai-vos da esperança posta diante de vós. Cristo espera adotar-vos em Sua família. Sua força ajudará vossa fraqueza; conduzir-vos-á passo a passo. Colocai nas Suas a vossa mão, e deixai que Ele vos guie.

Nunca julgueis que Cristo está distante. Ele está sempre perto. Sua amorável presença vos rodeia. Procurai-O como a Alguém que deseja ser achado por vós. Deseja que não somente Lhe toqueis as vestes, mas caminheis com Ele em constante comunhão. 

(Ellen G. White - A Ciência do Bom Viver, pp. 46-48)

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Influencers de Cristo

Digitals influencers têm se tornado cada vez mais comuns e mais procurados; são a nova celebridade. São indivíduos que utilizam uma rede social para expressar análises e influenciar a opinião de outros indivíduos, através de publicações em texto ou vídeo online e, que são seguidos por um determinado público.

Influencer nada mais é do que Influenciador. Todos nós somos influencers na vida de alguém. Já parou pra pensar nisso? Suas escolhas, suas ações, seus sentimentos, sua vida podem ser o que está guiando uma pessoa. Uau!! Chega a ser assustador quando pararmos pra analisar de fato. 

Para a psicóloga Carolina Raupp é possível identificar o tipo de influência que se está exercendo. “Devemos avaliar o seguinte: as pessoas sentem prazer em estar na nossa companhia? Nossas conversas estão focadas mais em necessidades próprias ou em ouvir quem nos procura?”, exemplifica.

Além disso, é necessário exercitar constantemente a disposição em servir. “Estar disposto a ser um agente de mudança, buscando e aproveitando oportunidades para isso, já é uma grande contribuição. Como diz um ditado popular, ‘uma ação vale mais que mil intenções’”, completa Carolina.

O ponto é que, num mundo tão carente de boas referências, a sociedade espera bons exemplos, sobretudo dos cristãos. São vários os métodos utilizados na pregação do evangelho, mas talvez o mais eficaz deles seja a influência pessoal. E, segundo Ellen G. White, o cristão deve utilizá-la em favor da humanidade. “Mediante Cristo, Deus conferiu ao homem uma influência que lhe tornaria impossível viver para si próprio. […] É propósito de Deus que cada um se sinta imprescindível ao bem-estar dos outros, e procure promover a sua felicidade” (Serviço Cristão, p. 26).

Vejamos também o que Ellen G. White nos diz sobre a importância dos efeitos de nossa influência como cristãos:

"Nós mantemos uma soleníssima relação uns com os outros. Nossa influência é sempre ou a favor ou contra a salvação de pessoas. Estamos ou juntando com Cristo, ou espalhando por volta. Devemos andar humildemente e fazer retos caminhos, para que não desviemos outros do caminho certo. 

Devemos observar a mais estrita castidade, em pensamento, na palavra e no comportamento. Lembremo-nos de que Deus põe nossos pecados secretos à luz do Seu rosto. Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, os quais molestam mesmo o melhor dos homens; mas se eles não são acalentados, se são repelidos como odiosos, a mente não se mancha com culpa, e nenhuma outra pessoa é desonrada por sua influência. Oh! que cada um de nós se possa tornar um cheiro de vida para vida aos que nos cercam! 

As boas qualidades que muitos possuem acham-se ocultas e, em vez de atrair pessoas para Cristo, eles as repelem. Caso essas pessoas pudessem ver a influência de suas maneiras descorteses e rudes expressões, sobre os incrédulos, e quão ofensiva é tal conduta aos olhos de Deus, haviam de reformar seus hábitos; pois a falta de cortesia é uma das maiores pedras de tropeço para os pecadores. Cristãos egoístas, azedos, queixosos, barram o caminho, de modo que os pecadores não se interessam em aproximar-se de Cristo.

Que Cristo seja visto em tudo que fazeis. Vejam todos que sois vivas epístolas de Jesus Cristo. Cada palavra que proferis, cada ato que praticais, tem para com os que convosco se associam uma influência para bem ou para mal; e, oh! quão necessário é que, pela fé, tenhais a Cristo habitando em vosso coração, a fim de que vossas palavras sejam palavras de vida, e vossas obras, atos de amor. 

Aquele que procura transformar a humanidade deve compreender ele próprio a humanidade. Unicamente pela simpatia, fé e amor podem os homens ser atingidos e enobrecidos. Neste ponto, Cristo Se revela o Mestre por excelência; de todos os que viveram sobre a Terra, somente Ele tem perfeita compreensão da alma humana" (Mente, Caráter e Personalidade 2, pp. 431-440).

Então, se você se assusta em pensar que alguém pode estar sendo influenciado por você, sugiro que mude esse sentimento. Se espelhe em Cristo, e deixe que Ele apareça através de você, todos os dias.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Violência contra a mulher: a pandemia que não cessa

Por conta do confinamento causado pela pandemia do Covid-19, as mulheres enfrentam um duplo medo: um vírus assustador e a violência doméstica.

Pesquisas apontam que as denúncias de violência doméstica cresceram em todo país neste período de isolamento social, mesmo com a queda de registros telefônicos em todos os estados. Esse fato se deu por conta de o medo da mulher realizar a denúncia com o agressor presente.

De acordo com um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP, o número de denúncias de violência contra a mulher cresceu principalmente em seis estados brasileiros em comparação à 2019, são eles: São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará.

São dados preocupantes e alarmantes para uma sociedade que já é recheada de preconceitos e violência. Para atentar a população sobre esse crescimento, diversos Institutos, Empresas e Militantes criaram conteúdos para diversos veículos e mídias sociais que demonstram o que é considerado violência doméstica e com o objetivo de conscientização e, em casos mais sérios, de denúncias.

Para denunciar, ligue para o número 180. Este serviço público e gratuito é uma Central de Atendimento à mulher em situação vulnerável e o seu registro é realizada de forma anônima/confidencial. Caso você esteja em outro país, consulte o número de telefone para denúncias clicando aqui: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/ligue-180.

E é possível realizar a denúncia também pelo 190 – Polícia Militar, serviço público e gratuito. 

E para você que ainda não conhece sobre o assunto, deixamos como dica fundamental o site do Instituto Maria da Penha, organização sem fins lucrativos (ONG) lançada em 2009, que tem como um dos propósitos elevar a qualidade de vida física, emocional e intelectual das mulheres. Para conhecer, é só clicar aqui: https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-somos.html.

Conheça também o projeto Quebrando o Silêncio, promovido desde 2002 pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul com o objetivo de prevenir a violência doméstica.

A ajuda a mulheres em situação de violência pode vir da sua rede de relacionamentos, como amigos, vizinhos, colegas de trabalho, entre outros. Pode ser que você conheça alguém que esteja passando por uma situação semelhante por perto, seja de violência física, verbal, psicológica ou sexual, ou quem sabe ser a própria vítima. 

O silêncio perpetua a ação do abusador ou agressor, portanto, o maior desafio de alguém que deseja ajudar, é vencer o medo e romper o silêncio. 

Ao olhar para a condição atual de uma sociedade em sofrimento, há o desafio em tempos de quarentena, de preservar relacionamentos saudáveis, criando um ambiente de respeito, diálogo e afeto, principalmente na dinâmica familiar. Em situações de adoecimento psicológico, a busca por ajuda profissional é o aconselhável. Como comunidade cristã, o trabalho de conscientização e suporte espiritual é uma ferramenta importante no contexto de promover de qualidade de vida e apoio a saúde espiritual.

Para concluir, confira abaixo mensagens fundamentais que Ellen G. White deixou para os maridos abusivos, ditatoriais, dominadores, egoístas e intolerantes no livro O Lar Adventista, p. 225-227:

"Muitos maridos não compreendem e não apreciam suficientemente os cuidados e perplexidades que suas esposas suportam, geralmente confinadas o dia todo à incessante rotina dos deveres domésticos.

Tua vida seria muito mais feliz se não sentisses que estás investido de absoluta autoridade porque és marido e pai. Tua conduta mostra que interpretas mal tua posição de marido, isto é, laço de união do lar. És nervoso e ditatorial e muitas vezes manifestas grande falta de senso, de maneira que em qualquer tempo que considerares tua conduta nessas ocasiões, ela não pode parecer razoável para com tua esposa e teus filhos. Uma vez havendo tomado uma posição, raramente te mostras disposto a dela afastar-te. Estás determinado a executar teus planos, quando muitas vezes não estás seguindo reto curso e devias notá-lo. O que necessitas é mais, muito mais, de amor, de longanimidade, e menos de determinação de seguir tua maneira de sentir tanto em palavras como em obras. No curso que estás agora perseguindo, em vez de seres um laço de união da família, serás como um torno para comprimir e martirizar a outros. 

Procurando forçar outros a seguir tuas idéias em todo sentido, muitas vezes fazes maior mal do que se abrisses mão desses pontos. Isto é verdade mesmo quando tuas idéias são corretas em si mesmas, mas não o são em muitas coisas; eles são sobrecarregados como resultado das peculiaridades de tua administração; assim inculcas as coisas erradas de maneira forte e irrazoável. 

Tens pontos de vista peculiares com respeito à condução da família. Exerces um poder independente, arbitrário, que não permite liberdade de opiniões em torno de ti. Pensas que és suficiente para ser a cabeça em tua família e entendes que tua cabeça é suficiente para mover cada membro, como uma máquina funciona nas mãos do operador. Ditas e assumes autoridade. Isto desagrada o Céu e fere os santos anjos. Tens-te conduzido em tua família como se unicamente fosses capaz de autogoverno. Ofendes-te se tua esposa se aventura a opor-se a tuas opiniões ou questione tuas decisões.

Esperas demasiado de tua esposa e filhos. Censuras demais. Se encorajasses em vós mesmo um temperamento alegre e feliz e lhes falasses bondosa e ternamente, levarias para teu lar luz em vez de sombras, tristezas e infelicidade. Preocupas-te demasiado com tua opinião; tomas posições extremas, e não tens permitido que tua esposa tenha no seio de tua família o peso que deveria ter. Não tens encorajado o teu próprio respeito por tua esposa nem educado os filhos para que lhe respeitem o julgamento. Não a tendes feito tua igual, antes tens tomado em tuas mãos as rédeas do governo e controle, e as tens mantido firmemente. Não possuis disposição de afeição e simpatia. Necessitas cultivar esses traços de caráter se queres ser um vencedor e se desejas as bênçãos de Deus em tua família.

Devem os maridos ser cuidadosos, atentos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. Quando o marido tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que deve possuir todo verdadeiro cristão isso será manifesto na relação matrimonial. Ele procurará conservar a esposa com boa saúde e ânimo. Esforçar-se-á por falar palavras de conforto, criar uma atmosfera de paz no círculo familiar."

quarta-feira, 22 de julho de 2020

O pensamento e sua influência

O pensamento é aquilo que é trazido à existência através da atividade intelectual. Por esse motivo, pode-se dizer que o pensamento é um produto da mente, que pode surgir mediante atividades racionais do intelecto ou por abstrações da imaginação.

A palavra pensar tem origem no latim “pensare”, que significa pesar ou avaliar o peso de algo. Logo, o pensamento é um processo mental que reside na mente humana e proporciona ao ser humano modelar a sua percepção do mundo.

Quantos pensamentos temos por dia?
Um grupo de cientistas da Queen’s University (Canadá) criou um novo método que, de maneira inédita, foi capaz de fazer a detecção indireta quando um pensamento é concluído e um novo se inicia. O Dr. Jordan Poppenk, Ph.D. em psicologia, e sua aluna de mestrado, Julie Tseng, inventaram um modo para isolar as “minhocas do pensamento”, que são instantes sequenciais nos quais alguém está com o foco na mesma ideia. O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications. Usando suas medições de quando um pensamento começa e termina, Tseng e Poppenk preveem que uma pessoa tenha cerca de 6,2 mil pensamentos por dia. (Hypescience)

Os pensamentos formam o caráter
Muitos pensamentos fazem a história não escrita de um só dia; e esses pensamentos têm muito que ver com a formação do caráter. Nossos pensamentos devem ser estritamente guardados; pois um pensamento impuro causa uma profunda impressão na alma. Um mau pensamento deixa uma impressão má no espírito. Se os pensamentos são puros e santos, o homem se torna melhor por havê-los nutrido. Por eles é avivado o pulso espiritual, aumentando a capacidade de fazer o bem. E como uma gota de chuva prepara o caminho para outra no umedecer a terra, assim um bom pensamento prepara para outro o caminho. Está dentro das possibilidades de qualquer, escolher os tópicos que ocuparão os pensamentos e moldarão o caráter.

Educação dos pensamentos
Ninguém senão vós mesmos podereis dominar vossos pensamentos. Na luta para alcançar a mais elevada norma, o êxito ou o fracasso depende muito do caráter, e da maneira por que são disciplinados os pensamentos. Os pensamentos precisam ser educados. A verdadeira disciplina da vida é composta de pequeninos fatos. A educação dos pensamentos é essencial. A educação do coração, o controle dos pensamentos, em cooperação com o Espírito Santo, levarão ao controle das palavras. Isto é verdadeira sabedoria, e assegurará a calma mental, contentamento e paz.

Obrigação de controlar os pensamentos
No Sermão da Montanha, Cristo apresentou ante Seus discípulos os vastos princípios da lei de Deus. Ensinou aos ouvintes que a lei é transgredida pelos pensamentos antes de ser o mau desejo posto em prática. Estamos na obrigação de controlar nossos pensamentos e levá-los em sujeição à lei de Deus. As nobres faculdades da mente nos foram dadas pelo Senhor a fim de que as possamos empregar na contemplação de coisas celestes. Deus fez abundante provisão para que a pessoa possa fazer contínuo progresso na vida divina. Por toda parte colocou Ele instrumentos para nos ajudarem no desenvolvimento quanto ao conhecimento e a virtude. 

Satanás não pode ler os pensamentos
O adversário das pessoas não tem permissão de ler os pensamentos dos homens; é, porém, perspicaz observador, e nota as palavras; registra-as e adapta habilmente suas tentações de modo a se ajustarem ao caso dos que se colocam em seu poder. Caso trabalhássemos para reprimir os pensamentos e sentimentos pecaminosos, não lhes dando expressão em palavras ou ações, Satanás seria derrotado pois ele não poderia preparar suas especiais tentações para adaptar ao caso. Mas quantas vezes, por sua falta de domínio próprio, professos cristãos abrem a porta ao adversário das pessoas!

A única esperança é pensar correto
Precisamos de um constante senso do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da danosa influência dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros, pois a única segurança para qualquer pessoa é o pensar correto. Devemos usar todos os meios que Deus pôs ao nosso alcance, para o governo e o cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr a mente em harmonia com a mente divina. Sua verdade nos santificará, corpo, alma e espírito. 

Evitar o pensamento negativo
Como nós não pertencemos a nós mesmos, visto como fomos comprados por bom preço, é dever de todo que professa ser cristão, manter seus pensamentos sob o controle da razão e impor-se o dever de ser bem-humorado e feliz. Por amarga que seja a causa de sua tristeza, deve ele cultivar um espírito de repouso e quietude em Deus. A tristeza e o falar em coisas desagradáveis, é o mesmo que animar cenas desagradáveis, trazendo sobre si o efeito ruim. Deus quer que esqueçamos tudo isso - não olhar para baixo mas para cima, para cima!

Perigo de demorar o pensamento em coisas terrenas
Se vossos pensamentos, vossos planos e desígnios são todos dirigidos no sentido de acumulação de coisas terrenais, vossa ansiedade, vosso estudo, vossos interesses, centralizar-se-ão todos no mundo. As atrações celestes perderão sua beleza. Vosso coração estará com o vosso tesouro. Não tereis tempo para devotar ao estudo das Escrituras e à fervorosa oração para que possais escapar aos ardis de Satanás.

Rumo do caráter íntegro
Precisamos de um constante senso do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da danosa influência dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros, pois a única segurança para qualquer pessoa é o pensar correto. Devemos usar todos os meios que Deus pôs ao nosso alcance, para o governo e o cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr a mente em harmonia com a mente divina.

Textos extraídos do livro Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2 de Ellen G. White.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Vida familiar no Céu

As Sagradas Escrituras afirmam enfaticamente que Jesus voltará e não tardará (Jo 14:1-3; Hb 10:37). Ele levará os fiéis de todos os tempos para o Céu, onde passarão mil anos. Após esse longo período, a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, descerá do Céu para a Terra. Esta será purificada pelo fogo. Quando não mais existir pecado e pecadores, está terra será renovada para ser o lar eterno dos santos por toda a eternidade. Será o Éden restaurado perdido pelos nossos primeiros pais (Ap 20:1-15).

A morte será abolida para sempre, mesmo no reino animal. Tudo será paz. Não haverá necessidade de lágrimas, pois não mais haverá morte, tristeza, pranto ou dor. A vida como a conhecemos agora será banida para sempre (Ap 21:4). A maior das alegrias dos cristãos que viveram para Cristo nesta vida será ver face a face Aquele por quem trabalharam e viveram. Paulo diz: “Porque, agora, vemos como espelho, obscuramente; então, veremos face a face” (1Co 13:12). O Apocalipse diz que os remidos “contemplarão a Sua face, e na sua fronte está o nome dEle” (Ap 22:4). Quantas coisas maravilhosas e fantásticas nos aguardam no perfeito e encantador Mundo de Amanhã, na “Terra Renovada”!

As perguntas que surgem, de pronto, quando estudamos esse tema é: Na Nova Terra, continuaremos como família assim como somos aqui nesta Terra? Esposo, esposa e filhos continuarão sendo família, e morarão juntos? Haverá relações conjugais no mundo vindouro?

Antes de tentarmos responder a essas questões, é preciso primeiro considerarmos o seguinte: “Há coisas que não sabemos, e elas pertencem ao Eterno, o nosso Deus; mas o que ele revelou, isto é, a sua lei, é para nós e para os nossos descendentes, para sempre. Ele fez isso a fim de que obedecêssemos a todas as suas leis” (Dt 29:29, BLH). Deus não nos revelou tudo a respeito da vida futura. As “‘coisas encobertas’ são as que Deus não achou aconselhável nos revelar. (...) As coisas que Ele revelou sobre a lei e a vida podemos contemplar. Nas escrituras temos a vontade divina revelada; ela pertence a nós” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, p. 1164).

Cremos que a Palavra de Deus revela tudo o que é absolutamente necessário ao conhecimento da salvação em Cristo Jesus e todas as coisas a ela relacionadas. Aquilo que não é essencial para a nossa salvação, “Deus achou não achou aconselhável nos revelar”. Logo, não podemos nos demorar em questões que Deus não nos revelou. Do contrário, pode levar a uma especulação descomedida que resulta, não raras vezes, em crendices e exageros sem fundamentação bíblica. Portanto, todo cuidado é pouco quando se trata de interpretar o que a Bíblia diz e especialmente o que ela não diz.

Ao invés de tomarmos tempo com tais especulações devemos ter a confiança de que em Sua providência Ele traçou planos para nossa completa felicidade futura:

“Os obreiros de Deus não devem gastar tempo especulando quanto às condições que hão de reinar na Nova Terra. É presunção ocupar-se com suposições e teorias relativamente a assuntos que o Senhor não revelou. Ele tem tomado todas as providências para nossa felicidade na vida futura, e não nos compete especular quanto a Seus planos a nosso respeito. Nem devemos calcular as condições da vida futura pelas desta vida. (...) Assuntos de importância vital são revelados na Palavra de Deus, e esses são merecedores de nossa mais profunda meditação. Mas não devemos indagar assuntos sobre os quais Deus silenciou. Quando se erguem questões sobre as quais nos achamos incertos, perguntemos: Que diz a Escritura? E, se ela guarda silêncio quanto a tal assunto não se torne ele objeto de discussão.” (Obreiros Evangélicos, p. 314).

Tendo esse princípio em mente, vamos à resposta das questões levantadas anteriormente. No que se refere às relações sexuais, o pensamento prevalecente entre os adventistas, é de que não haverão novos casamentos, nem relacionamento conjugal (sexual) na Nova Terra, pois o modo de vida será diferente do que temos atualmente sob o pecado.

Porém, existem algumas teorias de que o casamento foi instituído por Deus no Éden, e que não há nenhum problema no casamento santo e fiel entre marido e mulher. Portanto, para estas pessoas, mesmo durante a eternidade, continuarão a existir os relacionamentos conjugais normais que existem hoje, em nosso mundo. Mas entendemos que não existirá relacionamento conjugal, novos casamentos, nem contatos íntimos na Nova Terra, mesmo entre os que já são casados aqui.

Um indicativo de que a estrutura familiar humana será modificada é a declaração de Jesus acerca de casamentos na vida futura: “Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (Mt 22:30). Há pessoas que não se conformam com a possibilidade de que na sociedade da Nova Terra não mais existam relacionamento sexual. Tais coisas devem-se à realidade humana sobre a Terra. Não temos garantias de sua continuidade, mas, certamente sabemos que Deus não nos privará de algo valioso sem substituir em maior dimensão por outras coisas que nos proporcionem alegrias e prazeres eternos. Jesus afirmou no mesmo texto de Mateus 22:29 que as pessoas que duvidam da capacidade de Deus são como os saduceus aos quais ele afirmou: “errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.”

Ellen G. White de forma inspirada mencionou que preocupações desta natureza não deveriam invadir nossa mente: “Homens há, hoje em dia, que exprimem sua crença em que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; aqueles, porém, que acreditam nas Escrituras, não podem aceitar tais doutrinas. A doutrina de que nasçam crianças na Nova Terra não é parte da 'firme palavra da profecia' (...) É presunção condescender com suposições e teorias quanto a temas que Deus não nos deu a conhecer em Sua Palavra. Não necessitamos entrar em especulação relativamente ao nosso estado futuro” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pp. 172 e 173).

Há uma outra declaração de Ellen G. White que contribui para esclarecer a origem das crenças referentes a casamento na nova terra. Em carta endereçada a determinado irmão ela afirmou:

"O inimigo ganha muito quando consegue levar a imaginação de um dos escolhidos servos de Jeová a demorar o pensamento nas possibilidades de associação, no mundo por vir, com uma mulher a quem ama, e ali criar família. Não precisamos desses quadros aprazíveis. Todos esses pontos de vista se originam da mente do tentador. Temos a clara afirmação de Cristo de que no mundo vindouro os redimidos “não se casam, nem se dão em casamento. Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”. (Lc 20:35 e 36). Foi-me apresentado o fato de que as fábulas espirituais estão levando cativos a muitos. Tua mente é sensual e, a menos que venha uma mudança, isso se demonstrará tua ruína. A todos os que condescendem com fantasias profanas, desejo dizer: Parai por amor de Cristo, parai exatamente onde estais. Estais em terreno proibido. Arrependei-vos, eu vos rogo, e convertei-vos" (Carta 231, 1903).

Desse modo, pode-se perceber que os ensinos relacionados com a realização de casamentos, relações sexuais e procriação a terem lugar na Nova Terra têm sua origem e inspiração com Satanás, o inimigo de Deus. Como bem se pode constatar, não haverá relacionamento conjugal na vida pós-ressurreição, no sentido de relações íntimas e procriação. Por outro lado, haverá convivência familiar. Com relação à questão se continuaremos unidos à nossa família após a volta de Jesus, existem três declarações de Ellen G. White que oferece esclarecimento.

Para um irmão que perdeu a esposa, Ellen White escreveu:

"Oraremos por vós e por vossos preciosos pequeninos, para que possais, mediante paciente continuação em fazer o bem, conservar vossa face e vossos passos sempre em direção do Céu. Oraremos para que tenhais influência e êxito em guiar vossos pequenos, a fim de que, com eles, possais alcançar a coroa da vida, e no lar lá de cima, que agora está sendo preparado para nós, vós e vossa esposa e filhos possais ser uma família reunida, feliz e jubilosa, para nunca mais vos separardes" (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pp. 262-263).

Escrevendo para crianças que perderam o pai, Ellen G. White as encoraja com estas palavras:

“Dai vosso coração ao amante Salvador, e fazei tão-somente aquilo que é agradável a Sua vista. Não façais nada que entristeça vossa mãe. Lembrai-vos de que o Senhor vos ama, e que cada um de vós pode tornar-se membro da família de Deus. Se fordes fiéis aqui, quando Ele vier nas nuvens do céu revereis vosso pai, e sereis uma família unida” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pp. 265-266).

Ellen G. White também escreve essa tocante passagem:

“Ao surgirem os pequeninos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 260).

Portanto, mesmo que o relacionamento sexual íntimo deixe de existir na Nova Terra, as famílias que forem salvas permanecerão juntas por toda a eternidade.

Ellen G. White, que teve o privilégio de ter uma visão do mundo de amanhã, diz-nos: “Foi-me revelada a glória do mundo eterno. Quero dizer-vos que vale a pena alcançar o Céu. Deve ser o objetivo de vossa vida habilitar-vos para o convívio dos remidos, dos santos anjos, de Jesus, o Redentor do mundo” (Maranata, o Senhor Vem!, p. 353).

Alguns não conseguem compreender por que na nova ordem da vida pós-ressurreição não haverá casamento, relações sexuais e procriação. Argumentam que aquilo que era bom e não tinha relação com o pecado deveria continuar na eternidade. Pareceria uma injustiça privar os salvos da intimidade do relacionamento conjugal. Neste aspecto, trata-se de uma subestimação pueril do caráter e poder de Deus. É bom lembrar as palavras do apóstolo Paulo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Co 2:9). É preciso confiar, Deus tem algo infinitamente melhor entesourado para os Seus filhos redimidos do que casamento e sexo. Certamente os relacionamentos na vida por vir serão mais íntimos do que no casamento, e a comunicação, mais profunda do que o sexo.

Adaptação de textos de Centro WhiteA Verdade Como é em Jesus

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Dia do Amigo

O Dia do Amigo, celebrado a 20 de julho, foi primeiramente adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo. A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Com a chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, ele enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e idiomas com o intuito de instituir o Dia do Amigo. Febbraro considerava a chegada do homem a lua “um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis”. 

O Senhor Jesus Cristo nos deu a definição de um verdadeiro amigo: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer" (João 15:13-15). Jesus é o exemplo puro de um verdadeiro amigo, pois Ele deu a sua vida por seus "amigos".

Outra verdadeira definição de um amigo de verdade vem do apóstolo Paulo: "Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:7-8).

Além disso, qualquer um pode tornar-se Seu amigo por confiar nEle como o seu salvador pessoal, nascendo de novo e recebendo nova vida nEle. Ellen G. White afirma: “Sentimentos de desassossego e de saudade ou solidão podem ser-vos benéficos. Vosso Pai celeste pretende ensinar-vos a encontrar nEle a amizade e o amor e consolação que satisfarão vossas mais ferventes esperanças e desejos. Vossa única segurança e felicidade está em fazer de Cristo vosso constante Conselheiro. Podeis ser felizes nEle ainda que não tenhais nenhum outro amigo no vasto mundo” (Nossa Alta Vocação - Meditações Matinais, 1962, p. 257).

Há um exemplo de verdadeira amizade entre Davi e Jônatas, filho de Saul, que, apesar do seu pai perseguir e tentar matar Davi, permaneceu ao lado do seu amigo. Você pode achar essa história em 1 Samuel, do capítulo 18 até o capítulo 20. Algumas passagens pertinentes são 1 Samuel 18:1-4; 19:4-7; 20:11-17, 41-42. Ellen G. White relata: Preciosos foram os momentos que estes dois amigos passaram na companhia um do outro" (Patriarcas e Profetas, p. 660).

Provérbios é uma outra boa fonte de sabedoria a respeito de amigos. "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Provérbios 17:17). "O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão" (Provérbios 18:24). A questão aqui é que, para ter um amigo, é preciso ser um amigo. "Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Provérbios 27:6). "Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo" (Provérbios 27:17).

O princípio da amizade também é encontrado em Amós. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" (Amós 3:3). Os amigos compartilham os mesmos interesses. Um amigo é alguém em quem se pode ter total confiança. Um amigo é alguém com quem se compartilha respeito mútuo, não com base em mérito, mas com base em uma semelhança de espírito.

Vejamos também o que Ellen G. White sabiamente nos diz sobre a verdadeira amizade através destes textos:

“O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu” (A Ciência do Bom Viver, p. 360).

“É natural buscar companheirismo. Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade, será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, e influenciarão e serão influenciados” (Conselhos Sobre Saúde, p. 414).

“Cristo nunca fez paz mediante qualquer coisa como a transigência. O coração dos servos de Deus transbordará de amor e simpatia pelos errantes, como nos é apresentado na parábola da ovelha perdida; não terá, porém, palavras suaves para o pecado. Mostram a mais verdadeira amizade os que reprovam o erro e o pecado sem parcialidade e sem hipocrisia” (Evangelismo, p. 368).

“Podemos mostrar mil pequenas atenções em palavras de amizade e olhares de bondade, o que se refletirá de novo sobre nós. Cristãos indiferentes manifestam por sua negligência de outros que não estão em união com Cristo. É impossível estar em união com Cristo e ainda ser desconsiderados para com outros e negligentes de seus direitos” (O Lar Adventista, p. 428).

“Pois bem, recusarão os cristãos professos associar-se aos não-convertidos, procurando não ter qualquer comunicação com eles? Não; devem estar com eles, no mundo e não do mundo, mas não participar de seus caminhos, nem ser impressionados por eles, e não ter o coração aberto para seus costumes e práticas. Suas relações de amizade devem ter o propósito de atrair outros para Cristo” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 231).

"Ao pegardes na mão de um amigo, esteja em vossos lábios e coração um louvor a Deus. Isso há de atrair seus pensamentos para Jesus" (Caminho a Cristo, p. 119).

Deus nos chama para sermos discípulos autênticos e isso inclui o valor de nossa amizade sincera para com as pessoas. Antes de pensar em fazer um prosélito, é preciso fazer um amigo, pois “muitos anseiam intensamente por amizade e simpatia. Devemos ser abnegados, procurando sempre oportunidades, mesmo nas pequenas coisas, para mostrar gratidão pelos favores que temos recebido” (Testimonies, vol. 3, p. 539). 

Faça amigos para Deus e transforme vidas!