Como faz todos os anos, a Missão Portas Abertas divulgou o ranking Mundial de Perseguição, que apresenta um panorama da intolerância religiosa contra os cristãos. Segundo os dados do levantamento que cobre o período de 1º de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018, houve um aumento de 40,4% na comparação com a pesquisa anterior.
Atualmente, 245 milhões de cristãos em todo o mundo estão sujeitos à perseguição. No ano passado morreram pelo menos 4.305 pessoas pelo simples fatos de serem cristãs. O relatório não considera os dados de mortes causadas por contextos políticos ou de conflitos étnicos.
A Portas Abertas aponta ainda o crescimento de 65% no total de pessoas detidas sem julgamento, sentenciadas e presas – 3.150 cristãos – e de 133% nos ataques a igrejas e edifícios cristãos no período: 1.847 templos.
O crescimento da perseguição aos cristãos ocorre principalmente no Oriente Médio, na África e na Ásia Oriental, onde grupos extremistas são os principais responsáveis pela violência. Desde 2003, a Coreia do Norte ocupa a primeira posição do ranking, mas a Nigéria é o país que mostra o maior crescimento de práticas violentas contra cristãos.
Em 2018, 3.731 pessoas morreram no Norte e no Cinturão Médio do país mais populoso da África. No ano anterior, foram 2.000. Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas no Brasil, destaca que esse aumento se deu na região dos 12 estados que adotaram a sharia, lei religiosa islâmica.
Por exemplo, no estado nigeriano de Plateau, a Câmara dos Representantes chegou a classificar como “genocídio” as mortes de cristãos devido à sua fé. Recordista no país, esse estado registrou 1.885 assassinatos, segundo o levantamento da Portas Abertas.
“O governo nigeriano não tem tomado iniciativas para reduzir essas perseguições e nem sequer as reconhece”, explica Cruz.
No continente africano, República Centro-Africana (RCA), Somália e Etiópia ocupam as posições seguintes do relatório. As mortes e perseguições a cristãos são causadas principalmente por grupos terroristas. Além do Boko Haram, com sede na Nigéria, o Exército da Resistência de Deus (na RCA) e o Al-Shabab (na Somália e Etiópia) são responsáveis pelos ataques.
Conforme explica Cruz, “os radicais muçulmanos atuam em favor do enrijecimento de regras locais contra outras religiões e até mesmo para proibir o acesso de cristãos às escolas e aos empregos.”
Em países como a Coreia do Norte e a China, a perseguição é promovida pelos próprios governos, declaradamente comunistas. A Portas Abertas calcula que existam entre 200.000 e 400.000 norte-coreanos e entre 50.000 e 70.000 deles estão confinados em campos de trabalhos forçados.
Já a China é campeã em detenção de cristãos sem julgamento e em prisões. Em 2019, o país fez isso com 1.131 pessoas que professavam a fé cristã. O contraste é enorme, já que na pesquisa anterior esse total era de 134.
O maior “destaque” negativo do ranking atual fica com a Índia, que ocupa agora a 10ª posição. Cinco anos atrás era a 28ª! Por lá são os grupos nacionalistas hindus que representam o maior perigo à liberdade religiosa. O país que no passado foi conhecido pelos movimentos de “não violência” agora vê a perseguição aos cristãos se tornar cada vez mais comum, incluindo destruição de igrejas, espancamentos e morte de fiéis que não negam sua fé em Jesus. (Gospel Prime)
Confira aqui o ranking 2019 divulgado pelo Portas Abertas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário