A parábola das bodas (Mt 22:1-14) apresenta-nos uma lição da mais elevada importância. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as bodas.
Nesta parábola são ilustrados o convite do evangelho, sua rejeição pelo povo judeu e o convite da graça aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta-nos maior ofensa da parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível. O chamado para o banquete é um convite real. Procede de alguém que está investido de poder para ordenar. Confere grande honra. Contudo esta é desapreciada. A autoridade do rei é menosprezada, e o convite dele é recebido com insulto e morte. Trataram seus criados com escárnio e desprezo e os mataram. Contra os que ofenderam o rei foi decretada mais que a exclusão de sua presença e de sua mesa. "Enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade" (Mt 22:7).
Nesta parábola, o banquete é provido de convidados, e mostra que uma preparação precisa ser feita por todos os que a ele assistem. Quem negligencia esta preparação é expulso. "O rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 22:11-13).
O convite para o banquete foi transmitido pelos discípulos de Cristo. Nosso Senhor enviou os doze, e depois os setenta, proclamando que era chegado o reino de Deus, e convidando os homens a arrependerem-se e crerem no evangelho. O convite não foi atendido, porém. Os convidados para irem à festa não compareceram. Mais tarde os servos foram enviados com a mensagem: "Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas" (Mt 22:4). Esta foi a mensagem levada à nação judaica depois da crucifixão de Cristo; mas a nação, que se arrogava de ser o povo peculiar de Deus, rejeitou o evangelho a eles levado no poder do Espírito Santo. Muitos fizeram isso da maneira mais insolente. Outros ficaram tão exasperados com o oferecimento da salvação, e perdão por terem rejeitado o Senhor da glória, que se voltaram contra os mensageiros. Houve "uma grande perseguição" (Atos 8:1). Muitos homens e mulheres foram lançados na prisão, e alguns dos portadores da mensagem do Senhor, como Estêvão e Tiago, foram mortos.
Assim o povo judeu selou sua rejeição da misericórdia de Deus. O resultado foi predito por Cristo na parábola. O rei enviou "os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade" (Mt 22:7). O juízo pronunciado atingiu os judeus na destruição de Jerusalém e na dispersão do povo.
O terceiro convite para o banquete representa a pregação do evangelho aos gentios. O rei disse: "As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes" (Mt 22:8 e 9).
Os servos do rei que foram pelos caminhos, "ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons" (Mt 22:10). Era um grupo misto. Alguns deles não tinham maior respeito ao doador da ceia do que os que haviam rejeitado o convite. A classe primeiramente convidada não podia, como pensava, sacrificar os privilégios mundanos para comparecer ao banquete do rei. E entre os que aceitaram o convite havia muitos que pensavam somente em se beneficiar. Foram para partilhar das provisões do banquete, mas não tinham desejo de honrar ao rei.
Quando o rei entrou para ver os convidados, foi revelado o verdadeiro caráter de todos. A cada um foi provido um vestido de bodas. Essa veste era uma dádiva do rei. Usando-a, os convidados demonstravam respeito ao doador da festa. Um homem, porém, estava com seus trajes comuns. Recusara fazer a preparação exigida pelo rei. A veste provida para ele com grande custo, desdenhou usar. Deste modo insultou seu senhor. À pergunta do rei: "Como entraste aqui, não tendo veste nupcial?" (Mt 22:12) nada pôde responder. Condenou-se a si mesmo. Então o rei disse: "Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores" (Mt 22:13).
O exame dos convidados pelo rei representa uma cena de julgamento. Os convidados à ceia do evangelho são os que professam servir a Deus, cujos nomes estão escritos no livro da vida. Nem todos, porém, que professam ser cristãos, são discípulos verdadeiros. Antes que seja dada a recompensa final, precisa ser decidido quem está apto para participar da herança dos justos. Essa decisão deve ser feita antes da segunda vinda de Cristo, nas nuvens do céu; porque quando Ele vier, o galardão estará com Ele "para dar a cada um segundo a sua obra" (Ap 22:12). Antes de Sua vinda o caráter da obra de cada um terá sido determinado, e a cada seguidor de Cristo o galardão será concedido segundo seus atos.
Enquanto os homens ainda estão sobre a Terra, é que a obra do juízo investigativo se efetua nas cortes celestes. A vida de todos os Seus professos seguidores é passada em revista perante Deus; todos são examinados de conformidade com os relatórios nos livros do Céu, e o destino de cada um é fixado para sempre de acordo com seus atos.
Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado, que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja "que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente" (Ap 19:8), "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante" (Ef 5:27). O linho fino, diz a Escritura, "é a justiça dos santos" (Ap 19:8). A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado, é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal.
A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. Viviam eles em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Todas as suas afeições eram devotadas ao Pai celeste. Luz bela e suave, a luz de Deus, envolvia o santo par. Esse vestido de luz era um símbolo de suas vestes espirituais de celeste inocência. Se permanecessem leais a Deus, continuaria sempre a envolvê-los. Ao entrar o pecado, porém, cortaram sua ligação com Deus, e desapareceu a luz que os aureolava. Nus e envergonhados, procuraram suprir os vestidos celestiais, cosendo folhas de figueira para uma cobertura.
Isto fizeram os transgressores da lei de Deus desde o dia em que Adão e Eva desobedeceram. Coseram folhas de figueira para cobrir a nudez causada pela transgressão. Cobriram-se com vestidos de sua própria feitura; por suas próprias obras procuraram encobrir os pecados e tornar-se aceitáveis a Deus.
Isto jamais pode ser feito, porém. O homem nada pode idear para suprir as perdidas vestes de inocência. Nenhuma vestimenta de folhas de figueira, nenhum traje mundano, pode ser usado por quem se assentar com Cristo e os anjos na ceia das bodas do Cordeiro.
Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem. "Aconselho-te", diz Ele, "que de Mim compres... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez" (Ap 3:18).
Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter. "Todas as nossas justiças" são "como trapo da imundícia" (Is 64:6). Tudo que podemos fazer de nós mesmos está contaminado pelo pecado. Mas o Filho de Deus "Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado" (1Jo 3:5).
O pecado é definido como "o quebrantamento da lei" (1Jo 3:4). Mas Cristo foi obediente a todos os reclamos da lei. De Si mesmo, disse: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração" (Sl 40:8). Quando esteve na Terra, disse aos discípulos: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai" (Jo 15:10). Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová.
Os convidados às bodas foram inspecionados pelo rei. Só foram aceitos os que obedeceram aos seus requisitos e usaram o vestido nupcial. Assim ocorre com os convidados para a ceia do evangelho. Todos são examinados pelo grande Rei, e só serão recebidos os que trajarem as vestes da justiça de Cristo.
Justiça é fazer o bem, e é pelos atos que todos serão julgados. Nosso caráter é revelado pelo que fazemos. As obras mostram se a fé é genuína.
Não é bastante crermos que Jesus não é um impostor, e a religião da Bíblia não é uma fábula artificialmente composta. Podemos crer que o nome de Jesus é o único debaixo dos Céus pelo qual devemos ser salvos, e contudo podemos não torná-Lo pela fé nosso Salvador pessoal. Não é bastante crer na teoria da verdade. Não é bastante fazer profissão de fé em Cristo, e ter nosso nome registrado no rol da igreja. "Aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que Ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado" (1Jo 3:24). "E nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos" (1Jo 2:3). Esta é a evidência genuína da conversão. Qualquer que seja nossa profissão, nada valerá se Cristo não for revelado em obras de justiça.
A verdade deve estar plantada no coração. Deve dirigir o espírito e regular as afeições. Todo o caráter deve ser estampado com a expressão divina. Cada jota e cada til da Palavra de Deus deve ser introduzido na vida diária.
Aquele que se torna participante da natureza divina estará em harmonia com o grande padrão de justiça de Deus, Sua santa lei. Esta é a norma pela qual Deus mede as ações do homem. E esta será também a pedra de toque do caráter no juízo.
Muitos há que dizem que na morte de Cristo a lei foi revogada, mas nisto contradizem as próprias palavras de Cristo: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas. ... Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei" (Mt 5:17 e 18). Foi para expiar a transgressão da lei pelo homem que Cristo depôs Sua vida. Pudesse a lei ser mudada ou posta de lado, Cristo não precisaria ter morrido. Por Sua vida na Terra, honrou a lei de Deus. Por Sua morte, estabeleceu-a. Deu Sua vida como sacrifício, não para destruir a lei de Deus, não para criar uma norma inferior, mas para que a justiça fosse mantida, para que fosse vista a imutabilidade da lei e permanecesse para sempre.
Satanás declarara que era impossível ao homem obedecer aos mandamentos de Deus; e é verdade que por nossa própria força não lhes podemos obedecer. Cristo, porém, veio na forma humana, e por Sua perfeita obediência provou que a humanidade e a divindade combinadas podem obedecer a todos os preceitos de Deus.
"Mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome" (Jo 1:12). Este poder não está no instrumento humano. É o poder de Deus. Quando uma alma recebe a Cristo, recebe também o poder de viver a vida de Cristo.
Deus requer de Seus filhos perfeição. Sua lei é um transcrito de Seu caráter, e é o padrão de todo caráter. Essa norma infinita é apresentada a todos, para que não haja má compreensão no tocante à espécie de homens que Deus quer ter para compor o Seu reino. A vida de Cristo na Terra foi uma expressão perfeita da lei de Deus, e quando os que professam ser Seus filhos receberem caráter semelhante ao de Cristo, obedecerão aos mandamentos de Deus. Então o Senhor pode contá-los com toda a confiança entre os que formarão a família do Céu. Trajados com as vestes gloriosas da justiça de Cristo, participarão da ceia do Rei. Têm o direito de associar-se com a multidão lavada no sangue.
O homem que foi à ceia sem a veste de bodas representa a condição de muitos hoje em dia. Professam ser cristãos e reclamam as bênçãos e privilégios do evangelho; contudo não sentem a necessidade de transformação de caráter. Nunca sentiram verdadeiro arrependimento dos pecados. Não reconhecem a necessidade de Cristo, nem exercem fé nEle. Não venceram suas inclinações para a injustiça, herdadas e cultivadas. Contudo pensam ser bastante bons em si mesmos, e confiam em seus próprios méritos em vez de nos de Cristo. Como ouvintes da Palavra, vão ao banquete, mas não tomaram a veste da justiça de Cristo.
Muitos que se chamam cristãos são meros moralistas humanos. Recusaram a dádiva que, somente, podia habilitá-los para honrar a Cristo com representá-Lo ao mundo. A obra do Espírito Santo lhes é estranha. Não são praticantes da Palavra. Os princípios celestes que distinguem os que são um com Cristo dos que se unem ao mundo, tornaram-se quase indistintos. Os professos seguidores de Cristo não são mais um povo separado e peculiar. A linha de demarcação é imperceptível. O povo está-se subordinando ao mundo, às suas práticas, costumes e egoísmos. A igreja passou para o mundo, transgredindo a lei, quando o mundo devia passar para a igreja na obediência da mesma. Diariamente a igreja se está convertendo ao mundo.
Todos estes esperam ser salvos pela morte de Cristo, ao passo que recusam viver Sua vida de abnegação. Exaltam as riquezas da livre graça, e procuram cobrir-se com a aparência de justiça, esperando assim ocultar os defeitos de caráter, mas seus esforços serão vãos no dia de Deus.
A justiça de Cristo não encobrirá pecado algum acariciado. O homem pode ser intimamente transgressor da lei; todavia, se não comete um ato visível de transgressão, pode ser considerado, pelo mundo, possuidor de grande integridade. A lei de Deus, porém, lê os segredos do coração. Todo ato é julgado pelos motivos que o sugeriram. Somente quem estiver de acordo com os princípios da lei de Deus, permanecerá em pé no Juízo.
Deus é amor. Demonstrou Ele este amor na dádiva de Cristo. Quando "deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16), nada reteve de Sua possessão adquirida. Deu todo o Céu, do qual podemos tirar poder e eficiência para não sermos repelidos nem derrotados por nosso grande adversário. Mas o amor de Deus não O leva a desculpar o pecado. Não o desculpou em Satanás; não o escusou em Adão ou em Caim; nem o desculpará em qualquer outro homem. Não tolerará nossos pecados, e não passará por sobre nossos defeitos de caráter. Espera que vençamos em Seu nome.
Os que rejeitam o dom da justiça de Cristo estão rejeitando os atributos de caráter que os constituiriam filhos e filhas de Deus. Rejeitam aquilo que, unicamente, lhes poderia conceder aptidão para um lugar na ceia de bodas.
Na parábola, ao perguntar o rei: "Como entraste aqui, não tendo veste nupcial?" (Mt 22:12) o homem emudeceu. Assim será no grande dia de Juízo. Os homens agora podem justificar seus defeitos de caráter, mas naquele dia não apresentarão desculpas.
As igrejas professas de Cristo nesta geração desfrutam dos mais altos privilégios. O Senhor Se tem revelado a nós numa luz sempre crescente. Nossos privilégios são muito maiores que os do antigo povo de Deus. Temos não somente a grande luz proporcionada a Israel, mas também a evidência crescente da grande salvação trazida a nós por Cristo. Aquilo que para os judeus era o tipo e símbolo, é para nós realidade. Eles tinham a história do Antigo Testamento; nós temos essa e a do Novo. Temos a certeza de um Salvador que veio, um Salvador que foi crucificado, ressurgiu, e, à borda do sepulcro de José, proclamou: "Sou a ressurreição e a vida" (Jo 11:25). Em nosso conhecimento de Cristo e de Seu amor, o reino de Deus está posto no meio de nós. Cristo nos é revelado em sermões e cantado em hinos. O banquete espiritual é-nos apresentado em farta abundância. A veste de bodas provida com infinito custo, é oferecido liberalmente a toda pessoa. Pelos mensageiros de Deus nos são expostas a justiça de Cristo, a justificação, as excelentes e preciosas promessas da Palavra de Deus, o livre acesso ao Pai por Cristo, o conforto do Espírito, e a bem-fundada certeza da vida eterna no reino de Deus. Que poderia Deus fazer por nós, que não tenha feito em prover a grande ceia, o banquete celestial?
No Céu é dito pelos anjos ministradores: Executamos a obra para que fomos enviados. Repelimos os exércitos dos anjos maus. Enviamos luz e claridade à mente dos homens, avivando-lhes a memória do amor de Deus expresso em Jesus. Atraímos-lhes os olhares para a cruz de Cristo. Seu coração foi movido profundamente pelo sentimento do pecado, que crucificou o Filho de Deus. Foram convencidos. Viram os passos que devem ser dados na conversão; sentiram o poder do evangelho; seu coração foi sensibilizado ao verem a excelência do amor de Deus. Contemplaram a beleza do caráter de Cristo. Mas com a maioria, foi tudo em vão. Não quiseram submeter seus próprios hábitos e caráter. Não quiseram depor as vestes terrenas para serem trajados com as do Céu. Seu coração era dado à avareza. Amavam mais a companhia do mundo do que a de Deus.
Solene será o dia da decisão final. Em visão profética, o apóstolo João o descreve: "Vi um grande trono branco e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o Céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20:11 e 12).
Triste será o retrospecto naquele dia em que os homens defrontarem face a face a eternidade. Toda a vida se apresentará justamente como foi. Os prazeres, riquezas e honras do mundo não parecerão tão importantes. Os homens hão de ver que somente a justiça que desprezaram é de valor. Verão que formaram o caráter sob a sedução enganadora de Satanás. As vestes que escolheram são o estigma de sua aliança ao primeiro grande apóstata. Então hão de ver a consequência de sua escolha. Terão conhecimento do que significa transgredir os mandamentos de Deus.
Não haverá oportunidade futura em que os homens se poderão preparar para a eternidade. Nesta vida é que devemos trajar as vestes da justiça de Cristo. Esta é a nossa única oportunidade de formar caráter para o lar que Cristo preparou para os que obedecem aos Seus mandamentos.
Rapidamente, os dias de graça estão terminando. O fim está próximo. É-nos feita a advertência: "Olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia" (Lc 21:34). Vigiai para que não vos encontre desapercebidos. Acautelai-vos para que não sejais achados na ceia do rei sem vestes nupciais.
"Porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis" (Mt 24:44). "Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas" (Ap 16:15).
[Ellen G. White - Parábolas de Jesus, pp. 307-319]
Ilustração: Eugène Burnand - The Wedding Feast
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