Em Filipenses 4:5 recebemos o seguinte conselho: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.” Paulo diz que Jesus está voltando e que uma das maneiras de testemunharmos às outras pessoas sobre Ele é sendo moderados em tudo o que fazemos. Por isso, acredito que esse versículo precisa ser levado em conta nesse tipo de resposta que pretendo dar no artigo.
Sabemos que os ovos de chocolate são usados para sustentar a máquina capitalista. Todavia, não acredito que isso seja um bom argumento para proibirmos uma simples manifestação de apreço por um filho ou amigo. Afinal, o capitalismo também é sustentado com os computadores e roupas que compramos – e com uma infinidade de outros produtos dos quais fazemos uso. Portanto, deixamos de lado esse argumento.
Também há a questão do cuidado com nossa saúde, que não deve ser passada por alto. Nossa alimentação precisa ser saudável e precisamos nos esforçar para atingirmos essa meta, pois, através de nossa alimentação Deus é glorificado (1Co 10:31). Além disso, com um corpo e uma mente saudável podemos nos comunicar melhor com o Espírito Santo.
O ideal é que nenhum de nós coma qualquer tipo de doce, porém, nem todos têm a mesma facilidade para tomar tal decisão. Por isso, precisamos ter paciência com as pessoas que estão no processo de crescimento. Cada um deve decidir por si quando será o tempo ideal para não comer doce algum.
Alguns farão total abstinência, enquanto que outros usarão doces (incluindo chocolates) em pouca quantidade. Os dois grupos precisam ser respeitados. Afinal, o cristão tem que olhar para a sua própria vida e não para o prato dos outros.
Certo é que, depois de receber algumas manifestações sobre o assunto cheguei à conclusão de que faz menos mal dar um presentinho de páscoa do que encher a boca de críticas e despejar tudo nos outros…
Se Jesus Cristo for o primeiro em nossas vidas, aprenderemos a ser tolerantes com os demais e moderados em nossas opiniões. Encontraremos o equilíbrio necessário para vivermos o cristianismo sem desanimar os outros com atitudes extremistas que não levam a nada.
Desse modo, mesmo que o sacrifício de Cristo por nós deva ser lembrado todos os dias, não deixe a páscoa passar em branco. Poderá usar esse momento para falar ao coração das pessoas que o personagem central do período pascal é o Salvador. Esse é um momento do ano em que todos estão mais sensíveis (assim como no Natal) e não deveríamos perder a oportunidade.
Também não diga aos seus filhos que ganhar um ovinho de páscoa “é algo pagão”. Respeite a sensibilidade das crianças e ensine-as a viver com moderação em tudo aquilo que fazem, para que na fase adulta reflitam melhor o caráter de Deus.
E, não se esqueça de ensinar às crianças que a melhor maneira de celebrarmos a páscoa é participarmos da Santa Ceia (Jo 13; 1Co 11:17-34), como estabelecida pelo Senhor: com a presença do pão sem fermento (símbolo do corpo de Cristo sem pecado), do vinho sem álcool (símbolo do perfeito sangue de Cristo derramado na cruz) e do Lava-pés (símbolo de humildade e de reconhecimento do valor de nosso irmão na fé).
Fale a elas que, quando tiverem idade suficiente para compreenderem melhor o que Jesus fez por cada ser humano, poderão participar da Ceia, até o dia em que Jesus voltará para nos buscar e levar-nos para o lar eterno que Deus preparou para aqueles que O amam:
“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” (1Co 11:26)
Leandro Quadros - Novo Tempo
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