Ao longo da história, a religião tem sido usada como uma desculpa, ou a força motriz, para algumas das piores atrocidades imagináveis. Da pré-história à história moderna, a religião é, para muitas pessoas, apenas uma desculpa para matar outras pessoas. Essa lista destaca oito das piores atrocidades (mas não necessariamente o top 8).
8 – Sacrifícios humanos na Birmânia budista
Os sacrifícios humanos ainda ocorriam na Birmânia budista por volta de 1850. Quando a capital foi transferida para Mandalay, 56 homens “imaculados” foram enterrados sob as muralhas da cidade nova, para santificar e proteger a lugar. Quando dois dos locais de sepultamento foram, mais tarde, encontrados vazios, os magos reais decretaram que 500 homens, mulheres, meninos e meninas, deveriam ser mortos e enterrados de uma vez, ou a capital seria abandonada. Cerca de 100 foram realmente enterrados antes de governadores britânicos pararem as cerimônias.
7 - Assassinatos pela Seita Thug
Na lndia, membros da seita Thug (os vilões de "Caçadores da Arca Perdida") estrangulavam pessoas como sacrifícios para apaziguar a ira da deusa sanguinária Kali, prática iniciada em 1500. O número de vítimas foi estimada no absurdo e elevado número de mais de 2 milhões. Os - ditos - sacerdotes estavam reivindicando cerca de 20.000 vidas por ano, até que em 1800, com a interferência de governantes britânicos, os rituais foram interrompidos e os religiosos devidamente presos. Em um julgamento em 1840, um único réu foi acusado de matar 931 pessoas. Ainda hoje, alguns sacerdotes hindus sacrificam cabras para Kali.
6 - Massacre de Mountain Meadows
O Massacre de Mountain Meadows ocorreu com o assassinato em massa de passageiros migrantes do vagão de trem Fancher-Baker, em Mountain Meadows, território americano de Utah, na sugestiva data de 11 de setembro de 1857, chacina essa cometida por um grupo de mórmons e índios Paiute. Os migrantes saíram do Arkansas, tendo como destino a Califórnia, tendo sua saída ocorrido pouco antes de iniciada a Guerra de Utah. Mórmons em todo o território juntaram-se para lutar contra a invasão do exército americano, crendo que o governo tinha a intenção de destruir sua comunidade.
A desastrosa operação de retaliação contra o imaginário inimigo foi orquestrada por dois homens, líderes da igreja local, além da organização política e militar entre os mórmons, Isaac C. Haight e John D. Lee. Esse segundo foi quem conspirou em levar milicianos disfarçados de índios americanos, juntamente com um contingente de homens da tribo Paiute, em um ataque.
Os migrantes revidaram o ataque e um cerco se seguiu, descobrindo então que os passageiros nada mais eram que civis em viagem. Descoberto isso, e com o intuito de não deixar testemunhas da cumplicidade Mórmon no cerco, o que evitaria represálias que complicariam a Guerra de Utah, os milicianos levaram os migrantes a se render e desistir de suas armas. Depois de escoltá-los para fora da seus leitos, os milicianos e seus auxiliares indígenas executaram todos, cerca de 120 homens, mulheres e crianças.
5 - A Inquisição
A Inquisição medieval foi a criação de uma série de inquisições (organismos da Igreja Católica destinados a levantar heresias) iniciada por volta de 1184, incluindo a Inquisição Episcopal (1184-1230) e mais tarde, a Inquisição papal (1230). Foi uma tentativa de resposta a grandes movimentos populares de toda a Europa, considerados apóstatas ou heréticos para o cristianismo, em particular, o catarismo e valdenses no sul da França e norte da Itália. Estes foram os primeiros movimentos de inquisição de muitos que viriam a seguir, muito mais bárbaros e mortíferos, com fogueiras queimando gente viva, em praça pública.
A tortura foi usada a partir de 1252. Em 15 de maio, o Papa Inocêncio IV publicou uma bula papal, intitulado Ad exstirpanda, que autorizou o uso da tortura pelos inquisidores. Até ali, estes eram proibidos de usar métodos que resultassem em derramamento de sangue, mutilações ou morte. Uma das formas mais comuns de tortura usadas pela inquisição medieval era conhecido como strappado: as mãos eram amarradas atrás das costas com uma corda, e o acusado era suspenso dessa maneira, deslocando as juntas em ambos os braços dolorosamente. Pesos eram adicionados para as pernas, deslocando essas juntas também.
A organização está ativa até hoje sob o nome da “Congregação para a Doutrina da Fé”. Antes de se tornar o Papa Bento XVI, o Cardeal Ratzinger era o chefe da congregação.
4 - A caça às bruxas
Quando os puritanos se estabeleceram em Massachusetts em 1600, criaram um estado de polícia religiosa, onde o desvio doutrinário poderia levar a flagelação, pillorying (aquela canga que prendia o condenado pelas mãos e cabeça), enforcamento, corte de orelhas, ou chato através da língua com um ferro quente. A divulgação da doutrina Quaker era considerada ofensa capital. Quatro Quakers teimosos desafiaram essa lei e foram enforcados. Em 1690, o medo de bruxas acabou por gerar pânico na colônia. Vinte supostas bruxas foram mortas e outras 150, presas.
3 - A perseguição romana aos cristãos
Os cristãos foram os primeiros, e horrivelmente, alvo de perseguição, por parte do imperador Nero em 64 dC. Um incêndio colossal estourou em Roma, e destruiu grande parte da cidade. Rumores abundavam que o próprio Nero foi o responsável.
Para desviar a atenção dos rumores, Nero ordenou que os cristãos fossem caçados e mortos. Alguns foram dilacerados por cães, outros queimados vivos como tochas humanas. Ao longo dos próximos cem anos - ou mais, os cristãos foram perseguidos de forma esporádica. Então, em meados do século terceiro, imperadores iniciaram perseguições ainda mais intensas.
"A Grande Perseguição", foi considerada a pior: começando com uma série de quatro decretos que proibiam rituais cristãos, e ordenando a prisão do clero cristão, a perseguição intensificou-se até que todos os cristãos no império fossem ordenados a sacrificar aos deuses romanos, ou ser condenado à execução imediata. Esta perseguição seria a última, já que Constantino I assumiria o Império em 313 e legalizaria o Cristianismo como religião oficial.
2 – O sacrífico humano pelos astecas
Os astecas começaram elaborar sua teocracia por volta de 1300, atribuindo os bons anos de suas colheitas aos sacrifícios humanos. Cerca de 20.000 pessoas eram mortas anualmente para apaziguar a ira dos deuses, especialmente o deus sol, que precisava de "alimento" diário de sangue. Corações de vítimas de sacrifício eram cortados, e alguns corpos eram canibalizados como parte da cerimônia. Outras vítimas morriam afogadas, decapitadas, queimadas ou lançadas de grandes alturas. Em um ritual para o deus da chuva, crianças, aos prantos, eram mortas em várias regiões do país, na intenção de fazer as lágrimas produzirem chuva. Em um ritual para a deusa do milho, uma virgem dançou durante 24 horas, em seguida, foi morta e esfolada, tendo sua pele usada por um sacerdote, para a continuidade da dança.
Relatos registram que na coroação do Rei Ahuitzotl, 80.000 prisioneiros foram massacrados para agradar os deuses.
Um filme interessante sobre o tema é a produção de Mel Gibson, Apocalypto, gravado totalmente em dialeto maia.
Jihads (guerras santas islâmicas), mandatadas pelo Corão, mataram milhões ao longo de 12 séculos. Nos primeiros anos, os exércitos muçulmanos espalharam a fé rapidamente: de leste a oeste, na Índia e Marrocos. Mesmo assim, pequenas seitas restaram, e não demoraram a ser classificados como infiéis e declarada jihad contra eles. Os Kharijis lutaram contra governantes sunitas. Os Azariqis decretaram a morte a todos os "pecadores" e suas respectivas famílias que não confessavam a fé islâmica. Em 1804, um homem santo sudânes, Usman dan Fodio, travou sangrenta jihad, quebrando a influência religiosa exercida pelo então Sultão de Gobir. Por volta de 1850, um outro sudanês da religião, Omar al-Hajj, liderou uma sangrenta jihad para conversão de pagãos de tribos africanas.
Fonte: Cristão Confuso | Listverse
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