Ao tocar nesse assunto corro seriamente o risco de sapecar meus dedos em alguma fogueira por aí. Mas, vamos lá. As chamadas festas juninas começam com Santo Antonio, na véspera do dia 12 e terminam com São Pedro, dia 29. Mas tem a de São João, justamente hoje, 24 de junho. E haja alegria, quadrilhas, quentão, pipoca e pinhão para tantas homenagens…
Todas essas festanças tem origem nas tradições portuguesas. Os chamados “santos populares” correspondem aos diversos feriados municipais dos patrícios de além mar: Santo Antonio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal e São João, no Porto, Braga e Almada.
O forte da festa de São João, aqui no Brasil, acontece no nordeste. Canjica, pamonha e comidas tradicionais abastecem os festejos juninos. Alguns países europeus católicos, ortodoxos e protestantes também realizam, cada um ao seu modo, esse tipo de comemoração.
Algumas linhas sobre os três principais homenageados: o Antonio (“o santo casamenteiro”) nem está na Bíblia. Foi um frei português que nasceu em Lisboa, em 1195. O nome nem era Antonio. Chamava-se Fernando. Já Pedro foi discípulo de Jesus e João Batista o precurssor do Messias. Pedro é conhecido pelos católicos como “o santo protetor das viúvas e pescadores”. A brincadeira mais comum na festa é a do pau-de-sebo. A comemoração mais famosa, porém, é para “São João”, com balões e fogueiras de todos os tipos e tamanhos.
Na Bíblia não tem festa junina. Aliás, o conceito bíblico de “santo” é muito diferente do que é propagado ou conhecido por aí. Para adoração, somente a Deus, que é imortal e santo (I Timóteo 1:17). Porém, essa qualidade, a santificação – separação daquilo que não tem nada a ver com Deus – deve ser buscada diariamente por todo o crente vivo (Hebreus 12:14). Paulo costumava chamar os membros das igrejas que havia fundado de “santos” (Colossenses 1:2, Filipenses 1:1, etc).
Pedro, segundo a tradição, foi morto entre os anos 64 e 67 DC, crucificado de cabeça para baixo. João Batista foi decapitado por ordem de Herodes Antipas. Já o Antonio (ou Fernando) morreu na Itália em 1231.
Antonio, João e Pedro viveram exemplarmente aquilo que conheceram. Hoje, porém, eu posso garantir pela Bíblia que os três dormem o sono da morte. São pó. Nada mais do que isso! O que você acabou de ler pode soar como um rojão barulhento ao seu coração. Mas é verdade! Os mortos – todos eles, bons e maus – estão na sepultura. No céu, há somente um suficientemente intercessor: Jesus. Este sim, Santo na plenitude da palavra.
Porém, no desfecho da História, os “santos” e os “ímpios” acordarão do sono da morte. A Bíblia chama isso de ressurreição. Aliás, Jesus acrescenta a informação de que serão duas ressurreições. Uma para a vida eterna (quando Ele retornar segunda vez) e a outra, para a morte eterna (João 5:29). O intervalo entre elas será de mil anos, conforme o livro do Apocalipse, capítulo 20.
Entre a tradição e a Bíblia, fique com a Bíblia!
Pr. Amilton Menezes - Novo Tempo
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