A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que até 2020 a depressão será a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. Estima-se que mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, e cerca de 850 mil suicídios/ano são provocados por ela. No Brasil, são aproximadamente 17 milhões de pessoas, sendo que 75% nunca receberam um tratamento adequado.
Depressão é diferente de tristeza e infelicidade. Também não é preguiça, falta de fé ou força de vontade. A depressão é uma desordem afetiva, em que a pessoa sente uma persistente tristeza ou vazio, perda de interesse pela vida, sentimentos de culpa ou desvalor, dificuldade de concentração e memória, diminuição da energia, podendo apresentar inclusive ideias suicidas quando parece não mais haver saída ou esperança de melhora. Alterações cerebrais podem ser vistas em exames de imagem, como a PET Scan, que evidencia diminuição da atividade do lobo frontal do cérebro.
Existem muitos fatores que podem contribuir para o surgimento da depressão, por exemplo: estilo de vida inadequado, deficiência de vitaminas, predisposição genética, alterações hormonais, divórcio e outros problemas conjugais, sentimento de abandono, morte de um ente querido, traumas e abusos, estresse, vícios e doenças físicas como o hipotireoidismo.
A primeira opção de tratamento que as pessoas buscam são os medicamentos antidepressivos. Em geral, esses medicamentos apresentam efeitos adversos e não resolvem o problema em todos os casos. Os medicamentos diminuem os sintomas depressivos, mas na verdade não curam o problema. Menos de 20% das pessoas que tomam antidepressivos se dizem curadas durante o tratamento, e 25 a 30% delas não melhoram com medicação nenhuma.
Não importa quais forem as causas, a depressão tem solução. Porém, muitas vezes o segredo não está na farmácia ou no médico, mas numa maneira diferente de pensar e viver, na adoção de um estilo de vida saudável, na correção de pensamentos distorcidos e na resolução das causas e conflitos.
Oito princípios de saúde vão ajudá-lo a sair da depressão e fortalecer o lobo frontal do cérebro. Estudos têm mostrado que a dieta vegetariana melhora a depressão, diminui a ansiedade, reduz o estresse e ainda promove relacionamentos interpessoais mais saudáveis. Além da dieta, exercício físico e abstinência de cafeína, álcool e cigarro também contribuem para a cura. As massagens e os tratamentos hidroterápicos contribuem para a melhora da circulação e produção de endorfinas e serotonina. Plantas medicinais com propriedades antidepressivas, usadas a critério médico, também podem ajudar.
Cultive pensamentos saudáveis. Ao reconhecer pensamentos distorcidos que influenciam negativamente seus sentimentos, você pode substituí-los pela verdade, provocando uma mudança do funcionamento cerebral. A depressão não é somente um assunto médico e psicológico, mas também espiritual. Por isso, confiança em Deus é um pilar importante na cura da doença.
O cristão e a depressão
Pode um cristão ficar deprimido? A depressão no cristão não é indicação de que ele não confia em Deus? É pecaminoso o sentimento depressivo?
Antes de considerar o assunto, vejamos algumas declarações de Davi: “Por que está abatida, oh! minha alma?” (Salmo 42:5). “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” (Salmo 42:6). “Por que te perturbas dentro de mim?” (Salmo 42:5). Agora vejamos a declaração de outros homens bíblicos. Elias disse: “Toma agora, ó Senhor a minha alma” (I Reis 19:4); e Jonas: “Melhor me é morrer do que viver” (Jonas 4:3). Quer ir um pouco mais adiante? Veja o que Jesus falou: “A Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mateus 26:38).
Geralmente, quando uma pessoa está deprimida, fica com o rosto triste, o semblante descaído, chora, perde o apetite e sente como se sua situação não tivesse saída. Para completar, a pessoa sente-se culpada porque acha que o cristão não pode ficar deprimido e aí o problema se complica mais.
O que fazer quando na vida surgirem momentos difíceis que nos levam ao desânimo? O conselho do salmista é: “Lança o teu fardo sobre o Senhor e Ele te susterá”.
O que significa isto? Primeiro: aceite-se como você é. Não tenha medo das situações adversas. Deus nos criou com temperamentos diferentes. Uns são mais duros e dificilmente tremem; outros, por sua vez, são mais sensíveis e sujeitos a sentir-se fracos diante da adversidade. Aceite-se a si mesmo do jeito que você é. Isto não quer dizer que a personalidade distorcida que podemos trazer antes da conversão deve dominar a nossa vida. Mas, deixe que o Espírito Santo complete em você a obra que iniciou. Então não desespere. Reconheça sua realidade e aceite-a.
Em segundo lugar, louve o nome de Deus mesmo que não sinta que deve louvar. Louve-O porque o amor de Deus, Sua misericórdia e as bênçãos que Ele está disposto a derramar sobre você, não dependem de como você se sente, mas de quanto você significa para Ele. Você é a coisa mais importante para Deus, ao ponto de enviar Seu Filho Unigênito para salvá-lo.
A palavra fardo [ou cuidados] usada em Salmo 55:22, no original hebraico é yehab e significa “carga pesada”. A Septuaginta usa a mesma palavra, mérinma, que significa “cuidado”, “ansiedade”, “preocupação” pelo que ainda não aconteceu.
O conselho divino para nós é então: “Filho, Eu o amo. Você não tem que andar preocupado pelos problemas que ainda não apareceram. Confie em Mim, lance sobre Mim o seu fardo. Eu o ajudarei a chegar descansado ao porto seguro.”
O dia de hoje está diante de você. Ao seu lado, embora você não possa vê-Lo, está Jesus, pronto a carregar o fardo que o oprime. Aceite o convite e parta para a luta na companhia dAquele que nunca falha.
Com informações da Clínica Adventista Vida Natural e Novo Tempo
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