sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

JARDINS

Algumas das principais histórias da Bíblia aconteceram em jardins. De fato, o destino da humanidade foi definido neles. O primeiro foi o Éden. Tudo que existe de mais belo hoje em nosso planeta não passaria de uma pálida recordação do que foi o jardim original. Tudo estava bem até que o inimigo entrou pela porta dos fundos, disfarçou-se de serpente e tentou atrapalhar o plano original. Usando meias-verdades, ele enganou o primeiro casal e os fez comer do fruto proibido. Satanás ficou satisfeito. Para ele, essa era a prova de que Deus era um ser tirano e de que Suas exigências não eram razoáveis. Ou o Criador eliminaria a humanidade, revelando-Se cruel, ou teria que desconsiderar a desobediência, sendo forçado a readmitir no Céu Satanás e os anjos caídos.

Mas, quando o diabo estava prestes a dar seu grito de vitória, Deus disse: “Ainda não acabou.” Uma nova batalha seria travada em outro jardim. No Getsêmani, Aquele a quem Paulo se refere como o segundo Adão seria tentado e testado pelo diabo (Rm 5:19). Se, fazendo Adão e Eva pecarem, o inimigo não pôde se declarar vitorioso, fazer Jesus fracassar significaria pôr fim às esperanças humanas.

O maligno usou sua melhor estratégia. Deixou Jesus aparentemente abandonado. Fez cair sobre os discípulos um tipo de sono sobrenatural, para que, ao olhar para eles, Jesus Se questionasse se valia mesmo a pena entregar a vida para salvar a humanidade. Além disso, o diabo usou Judas, um dos discípulos, para trair Jesus e entregá-Lo aos romanos. Cristo estava só. Suava gotas de sangue. Estando cercado por um exército que tinha como missão prendê-Lo e levá-Lo a julgamento, Jesus Se levantou e disse: “Sou Eu.” Quando fez isso, toda a estratégia do mal foi ao chão. Observe um interessante contraste: No Éden, Adão cai. No Getsêmani, Jesus Se levanta. No Éden, Deus tem uma palavra que dá origem a tudo que existe de bom. No Getsêmani, Jesus tem uma palavra que é capaz de derrotar todo o mal.

No Éden e no Getsêmani, pecado e salvação se encontram. Nossa salvação vem de Deus, um Pai que nos ama tanto a ponto de não poupar nenhum esforço para nos trazer de volta para Seus braços. O relato de Sua ação salvadora na luta entre o bem e o mal é a maior história jamais contada. É o drama das eras.

Nesta história, dois jardins compõem o palco para acontecimentos cruciais. Do primeiro jardim vêm pecado, perda, vergonha e morte. Do segundo, fluem esperança, alegria e vida. 

Os dois jardins nos convidam a contemplar, em espírito de oração, o preço de nossa salvação. Neles vemos não só o quanto Cristo sofreu por nós, mas também quão grande é a graça de nosso maravilhoso Deus. Ellen G. White diz: "O Jardim do Éden, com sua pútrida mancha de desobediência, deve ser cuidadosamente estudado e comparado com o Jardim do Getsêmani, onde o Redentor do mundo sofreu agonia sobre-humana quando os pecados do mundo todo foram depostos sobre Ele" (Cristo Triunfante, p. 21).

Satanás não venceu no Éden. Também não pôde vencer no Getsêmani. Mas continua tentando vencer no “jardim do coração humano”. O segredo da vitória neste jardim é ter Jesus no centro. Abra a porta e permita que Ele reine em sua vida.

[via CPB e Sétimo Dia]

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