Nietzsche escreveu: “(...) o homem também quer apenas a verdade. Ele quer as consequências agradáveis da verdade, que conservam a vida; (...) frente às verdades possivelmente prejudiciais e destruidoras ele se indispõe com hostilidade, inclusive.” Parece absurdo. Entretanto a observação nos faz concordar com o filósofo. A verdade preferida é a que supre a necessidade emocional e/ou espiritual. A verdade que fere, magoa e entristece não é essencial e, inclusive é evitada (“o que os olhos não vêm o coração não sente”, “fulano não está preparado para ouvir a verdade”, “a verdade dói”). Isso é bem visível nas relações diárias.
Suprimir a verdade acaba gerando a superficialidade. Comentários superficiais, relações humanas superficiais, religião superficial. Falar o que é preciso ser dito é fundamental para estabelecer uma relação de confiança. O que se vê, no entanto, são relações baseadas em meias-verdades. Diz-se o agradável, suprime-se o desagradável. Assim é que colocamos nossas ‘máscaras’. Na Bíblia, no entanto, a verdade é dita doa quem doer. Por mais politicamente incorreto que possa ser, dizer a verdade é a única forma de libertação do ser humano.
Jesus não apenas dizia a verdade (de maneiras distintas – ora exaltado com um chicote na mão e chamando certas pessoas de ladrões, ora conversando tranquilamente de madrugada com um rico medroso), Ele viva a verdade, Ele é a verdade. “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14:6). “Conhecereis a Verdade e ela vos libertará” (João 8:32).
Uma realidade é que ao passarmos a viver com e na Verdade, nossas máscaras tendem a cair, a superficialidade dos nossos relacionamentos tendem a sumir, não porque saímos a apontar erros e defeitos verdadeiros nos outros, mas porque a Verdade falará por nós e em nós.
Dê um fim na superficialidade dos seus relacionamentos e nas meias-verdades que conduzem sua vida. Busque a Verdade, ainda que doa no início.
A verdade deve ser a base da vida do cristão. Sábias palavras.
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