As festividades de fim de ano geralmente representam uma época de diversão e celebração, mas para muitas pessoas isso nem sempre acontece. Enquanto a depressão clínica pode acontecer em qualquer momento do ano, o estresse, a ansiedade e o estado depressivo atinge inúmeras pessoas nos meses de novembro e dezembro (e até janeiro), provocando uma sensação de solidão e vazio.
O professor e psicólogo da Universidade de Toronto Adam K. Anderson acredita que parte do problema é o bombardeio midiático durante o período de festas, destacando imagens e situações felizes e satisfeitas de forma exagerada –para não dizer forçada. “As pessoas podem começar a questionar a qualidade de seus próprios relacionamentos”, menciona o professor.
A exibição constante de momentos felizes dos outros pode servir como um lembrete doloroso da felicidade e de amor que está faltando em nossas próprias vidas. Por esta razão, o mês de dezembro pode ser uma época particularmente difícil do ano para aqueles que lidam com conflitos familiares, perda, rompimento, divórcio, solidão e problemas de saúde mental.
Muito além da levianidade das comemorações e eventos em família estilo “comercial de margarina” que presenciamos tanto na mídia quanto nas redes sociais, outros fatores podem desencadear a depressão de forma mais assertiva, devendo ser identificada para controlarmos a reação emocional negativa.
O isolamento social é um dos maiores preditores da depressão, especialmente durante as festas de final de ano. Pessoas que estão sozinhas ou que têm sentimentos de desconexão muitas vezes evitam interações sociais nesta época. Infelizmente, tal afastamento muitas vezes agrava os sentimentos de solidão e os sintomas de depressão. Esses indivíduos podem ver outras pessoas passando o tempo com a família ou divertindo-se com amigos –principalmente nos dias de hoje, com a exposição excessiva da vida alheia– e se perguntam: “Por que não pode ser eu?” ou “Por que todo mundo é mais feliz do que eu?”. Neste caso, a melhor solução é procurar interagir com outras pessoas, por mais difícil que isso possa parecer. É preciso encarar a solidão assim como encaramos a sede: procuramos inverter o quadro com uma atitude contrária à situação.
Para muitas pessoas, a época de festas de fim de ano são uma lembrança dolorosa do que um dia já foi. Isto é especialmente verdade para as pessoas que tenham sofrido uma perda significativa, como a morte de um cônjuge ou o término de um relacionamento. Para estes indivíduos, é importante gerenciar as expectativas, dizem os psicólogos. Ao imaginar como este período irá se desdobrar após uma perda, é preciso incluir todos os altos e baixos em suas expectativas. É recomendável participar de momentos reconfortantes como procurar distrações, caminhar ao ar livre, praticar algum hobbie e se alimentar corretamente. Lembre-se que o luto não é motivo de vergonha!
Como lidar com a depressão durante as festividades
Para aqueles que sofreram alguma perda e sentem um enorme vazio nesta época do ano, é importante realizar algumas ações que aliviam a depressão, como:
- Iniciar uma nova tradição. Planejar uma viagem em família ao invés de passar o feriado em casa.
- Não se sinta obrigado a nada. Caso se sinta mal em algum evento ou situação, você tem todo o direito de ir embora.
- Voluntariado. Organize uma ação para distribuir presentes à crianças carentes ou alimentos para ceia em comunidades pobres.
- Entrar em contato com a natureza. Uma caminhada no parque ou na praia ajuda muitas pessoas a se sentirem melhor.
Buscando ajuda profissional de um psicólogo
Se apesar dos esforços você se encontra deprimido, ansioso ou com sintomas físicos como dificuldades para dormir, irritabilidade e aperto no peito, é preciso procurar ajuda profissional para reverter o quadro de depressão. Procure ajuda profissional se você precisar dele. O auxílio de um psicólogo pode ser muito valioso para que seja possível superar de vez essa sensação tão angustiante que custa a passar.
Não deixe que as festas de fim de ano sejam desagradáveis e traumáticas. Ao invés disso, procure prevenir a depressão ao reconhecer os gatilhos que disparam a tristeza nessa época do ano e contorne a situação de forma planejada e sistemática. A sua saúde mental e espiritual agradecem!
Thaiana Brotto (via Psicólogo e Terapia)
Nota: O relacionamento com Deus e o envolvimento com Sua obra também são excelentes remédios para o deprimido. No relacionamento com Deus encontramos a esperança que afasta a desesperança da depressão, e a alegria que afasta a tristeza, assim como a segurança que afasta o medo. No serviço do Senhor, focamos em beneficiar os outros e, tirando o olhar de nós mesmos, podemos ter uma perspectiva mais positiva da vida, além do senso de utilidade que uma vida de serviço nos trás. O Deus Criador é um Deus de amor. Ele deseja ver todos bem e felizes, inclusive você. Ore agora e peça ajuda a Ele para que você consiga superar suas dificuldades e passe um feliz final de ano!
"Não ceda à depressão, mas deixe que a confortadora influência do Espírito Santo seja bem-vinda em seu coração, para lhe dar conforto e paz. Se quiser obter preciosas vitórias, encare a luz que procede do Sol da justiça. Fale em esperança e fé, e ações de graças a Deus. Seja animada, esperançosa em Cristo. Aprenda a louvá- Lo. Esse é o grande remédio para as doenças da mente e do corpo." (Ellen G. White - Carta 322 - 1906)
"Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, os doentes devem ser estimulados a confiar nEle e ficar animosos. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois 'os olhos do Senhor estão sobre os que esperam na Sua misericórdia' (Salmos 33:18)." (A Ciência do Bom Viver, p. 229)
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