segunda-feira, 14 de outubro de 2019

10 dicas para acabar com o mau humor

Sabe aqueles dias em que você acorda querendo brigar com a sombra, gritar com o filho porque ele derramou uma gota de leite na toalha da mesa e responder “bom dia, por quê?” quando alguém simplesmente o cumprimentou? Você com certeza despertou sob o domínio do mau humor, esse sentimento tão familiar a todos e infelizmente cada vez mais comum. 

A própria medicina considera o mau humor crônico uma enfermidade. Ela se chama distimia e pode ser definida como “a falta de prazer ou divertimento na vida, seguida por um constante sentimento de negatividade”. 

O que te deixa de mau humor? Mentiras, atrasos, desorganização, bagunça, música alta, arrogância, indolência, falta de planejamento, irresponsabilidade, traição, calor?  

Embora para muitos possa parecer algo banal – sem repercussões além da própria cara feia e do incômodo sentido por quem está por perto –, esse estado de espírito traz muito mais prejuízos à saúde e à vida espiritual em geral do que se imagina. O mau humor se instala em sua mente, de forma que você fica remoendo todas as formas em que foi injustiçado. Você se torna irritável e impaciente. Você explode com os outros e se justifica. Há uma categoria de ira justa (“Irai-vos, mas não pequeis”, diz Efésios 4:26), mas nunca há um mal humor justo. 

Vejamos alguns conselhos de Ellen G. White e da Bíblia para combater esse mau humor: 

1. Devemos olhar o lado brilhante das coisas 
Não permitais que as perplexidades e tristezas da vida diária aflijam vosso espírito e vos entristeçam o semblante. Se o permitirdes, tereis sempre alguma coisa que vos atormente e aborreça. A vida é o que dela fazemos, e encontraremos o que buscarmos. Se olharmos as tristezas e perplexidades, se estamos de mau humor de molde a ampliar pequenas dificuldades, encontraremos quantidades delas para nos absorver os pensamentos e a conversação. Mas se olhamos o lado brilhante das coisas, encontraremos o suficiente para nos fazer alegres e felizes. Se dermos sorrisos, eles nos serão devolvidos; se falarmos palavras prazerosas e alegres, assim nos falarão. (LA, 430) 

“Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal” (Provérbios 22:24-25 NVI).

2. Devemos carregar a alegria do Céu 
Quando os cristãos se mostram sombrios e deprimidos, como se sentissem sem amigos, dão uma impressão errônea da religião. Em alguns casos tem sido nutrida a ideia de que a alegria não é condizente com a dignidade do caráter cristão, mas isto é um erro. O Céu é todo alegria; e se carregamos para nossa alma a alegria do Céu e, tanto quanto possível o expressamos em palavras e no comportamento, seremos mais agradáveis a nosso Pai celestial do que nos mostrando deprimidos e tristes. (LA, 430) 

“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate” (Provérbios 15:13). 

3. Devemos cultivar a alegria e cuidar da alimentação 
É dever de cada um cultivar a alegria em vez de ruminar tristezas e pesares. Muitos não somente se fazem muito infelizes por este procedimento, mas sacrificam a saúde e felicidade por uma imaginação mórbida. Há ao seu redor coisas que não apreciam, e sua fisionomia mostra uma sombra contínua que, mais que palavras, expressam seu descontentamento. Essas emoções depressivas causam-lhes grande dano à saúde, pois embaraçando o processo digestivo, interferem com a nutrição. Ao passo que a preocupação e ansiedade não remediam um simples mal, podem produzir grande dano; mas alegria e esperança, ao mesmo tempo que iluminam o caminho de outros, 'são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo' (Provérbios 4:22). (LA, 431) 

Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor. (CSRA, 327) 

Podemos ter variedade de comida boa e saudável, preparada de maneira saudável, de maneira que seja aprazível a todos. É de importância vital saber cozinhar bem. A cozinha deficiente causa doenças e mau humor; o organismo fica desarranjado, e não se podem perceber as coisas celestiais. Há mais religião na boa cozinha do que podeis imaginar. (CSRA, 256) 

4. Devemos praticar a paciência 
Jesus não nos abandonou dando-nos razão para ficarmos espantados diante das provações e dificuldades. A respeito delas Ele tudo nos falou, e também nos disse que não ficássemos acabrunhados nem abatidos quando sobreviessem as provações. Olhemos para Jesus, nosso Redentor, alegremo-nos e nos regozijemos. As provações mais difíceis de suportar são as causadas por nossos irmãos, nossos próprios amigos íntimos; mas até essas provas podem ser suportadas com paciência. (CI, 55) 

Precisa-se de homens nesta obra que não murmurem nem se queixem por causa de dificuldades ou provações, sabendo que isso é parte do legado que Jesus lhes deixou. Devem estar dispostos a sair do acampamento e sofrer afronta e carregar fardos como bons soldados de Cristo. A paciência é uma virtude que deves praticar. Carregarão a cruz de Cristo sem queixas, sem murmuração ou mau humor e serão “pacientes na tribulação. (TI3, 423) 

5. Devemos ter cuidado com as palavras e atos 
Não permitais que escape de vossos lábios nenhuma palavra de mau humor, aspereza ou ira. A graça de Cristo espera vosso pedido. Seu Espírito dominar-vos-á o coração e a consciência, presidindo vossas palavras e atos. (OC, 219) 

Tornem os seguidores de Cristo a Palavra de Deus atrativa para os jovens. Não manifesteis um espírito de murmuração; mas conquistai-os para santidade de vida e obediência a Deus. Alguns crentes professos, com seu mau humor, repelem os jovens. (FEC, 51) 

Lembremo-nos de que quando estamos de mau humor e pensamos ser nosso dever chamar à ordem toda pessoa que de nós se aproxima, jamais estamos em terreno vantajoso. Se cedermos à tentação de criticar os demais, apontar-lhes as faltas e demolir o que fazem, podemos estar certos de que não estamos fazendo a nossa parte de forma nobre e correta. (TI9, 184) 

“Livre-se do mau humor e suas manifestações: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade” (Ef 4:31). 

6. Devemos praticar a gratidão e cortesia 
Muitos anseiam intensamente por amizade e simpatia. Devemos ser abnegados, procurando sempre oportunidades, mesmo nas pequenas coisas, para mostrar gratidão pelos favores que temos recebido de outros e procurando ocasião de alegrar a outros e aliviar-lhes as tristezas e as cargas por atos de amável bondade e pequenos atos de amor. Esses atenciosos atos de cortesia que, começando na família se estendem fora de seu círculo, ajudam na soma do que faz feliz a vida; e a negligência dessas pequenas coisas ajudam na soma do que torna a vida amarga e triste. (TI3, 539, 540) 

7. Devemos servir com alegria 
Que todos quantos professam haver encontrado a Cristo, sirvam, como Ele fez ao bem dos homens. Nunca deveríamos dar ao mundo a falsa impressão de que os cristãos são uma gente triste, descontente. (DTN, 152) 

8. Devemos possuir o amor da pureza e simplicidade 
Guarda-te da irritabilidade e do mau humor, e de um espírito atormentador. Busca a piedade de coração. Sê cristão coerente. Possui o amor da pureza e humilde simplicidade, e sejam estas inseridas em tua vida. (TI2, 314) 

“Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto; ao contrário, bendigam” (1Pe 3:9). 

“Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (Tg 1:19). 

9. Devemos ter mais de Cristo e menos do mundo 
Um serviço a meio, amando o mundo, amando o eu, amando divertimentos frívolos, faz um servo tímido, covarde; segue a Jesus de longe. O serviço feito de boa vontade e de coração a Jesus, produz uma religião radiante. Os que seguem a Cristo bem de perto não se mostram sombrios. Em Cristo há luz, paz e alegria permanentes. Necessitamos mais de Cristo e menos do mundo, mais de Cristo e menos do próprio eu. (Manuscrito 1, 1867) 

10. Devemos viver um cristianismo genuíno 
Viu-me alguma vez triste, acabrunhada, queixosa? Eu tenho uma crença que me impede isto. É uma concepção errônea do verdadeiro ideal do caráter e do serviço cristãos que leva a essa conclusão. É a falta de genuína religião que produz acabrunhamento, desalento, tristeza. O cristão fervoroso procura imitar a Jesus, pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. É realmente essencial ter correta compreensão da vida de Cristo, dos hábitos de Cristo, para que Seus princípios possam ser reproduzidos em nós que desejamos ser semelhantes a Cristo. (LA, 431) 

Conclusão 
Jesus convida os cansados, mau humorados e acabrunhados filhos e filhas de Adão a virem ter com Ele, e a lançarem sobre Ele os seus pesados fardos. Muitos, porém, que ouvem esse convite, embora anseiem por descanso, prosseguem no áspero caminho, aconchegando os seus fardos ao coração. Jesus os ama e almeja levar-lhes os fardos e a eles mesmos em Seus fortes braços. Quer remover os temores e as incertezas que lhes arrebatam a paz e o descanso; mas primeiro precisam ir ter com Ele, e contar-Lhe os secretos dissabores do coração. Solicita a confiança de Seu povo como prova de seu amor por Ele. 

Que não vivamos e nem fiquemos mau humorados, se bem que muitas vezes fatigados, tristes, cheios de pesar; o inverno não há de perdurar para sempre. O estio da paz, da alegria e do prazer eterno está prestes a vir. Então Cristo habitará conosco e nos guiará às fontes de águas vivas, e enxugará toda lágrima de nossos olhos. 

Que possamos guardar as palavras de Jesus, pois elas são fonte de alegria: “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15:11).

Nenhum comentário:

Postar um comentário