À medida que você avança na vida cristã, estará constantemente crescendo rumo à medida da estatura da plenitude de Cristo. Em sua experiência, você provará a largura e o comprimento, a profundidade e a altura do amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento. Você sentirá sua indignidade. Não terá nenhuma disposição de reivindicar perfeição de caráter, mas somente de exaltar a perfeição de seu Redentor. Quanto maior e mais rica for sua experiência no conhecimento de Jesus, mais humilde você será aos seus próprios olhos. Quanto menor você se sentir ao pé da cruz, mais clara e mais exaltada será sua concepção de seu Redentor. […]
Assim, quando o servo de Deus contempla a glória do Deus do Céu, tal como Ele é revelado à humanidade, e percebe, mesmo que em pequeno grau, a pureza do Santo de Israel, confessará intensamente a corrupção de sua alma, em vez de se orgulhar de sua santidade. […]
Eu me assusto e me sinto indignada quando ouço um pobre e caído mortal exclamar: “Eu sou santo; estou sem pecado!”. Ninguém a quem Deus concedeu uma extraordinária visão de Sua grandeza e majestade jamais declarou algo semelhante. Ao contrário, eles se sentiam afundados na mais profunda humilhação da alma quando viam a pureza de Deus e, em contraste com ela, as imperfeições de sua própria vida e caráter. Apenas um raio da glória de Deus, um vislumbre da pureza de Cristo, penetrando na alma, torna cada mancha de corrupção dolorosamente distinta, e põe a descoberta a deformidade e os defeitos do caráter humano. Como pode alguém que é trazido perante o santo padrão da lei de Deus, a qual revela as intenções malignas, os desejos não santificados, a infidelidade do coração, a impureza dos lábios, e desnuda a vida – como pode tal pessoa ter qualquer pretensão de santidade? Seus atos de deslealdade ao quebrantar a lei de Deus, são expostos à sua vista, e seu espírito é quebrantado e afligido sob a perscrutadora influência do Espírito de Deus. Ele repugna a si mesmo, à medida que vê a grandeza, a majestade, a pureza e o imaculado caráter de Jesus Cristo.
Quando o Espírito de Cristo alcança o coração com seu maravilhoso poder renovador, há um senso de deficiência na alma, que leva à contrição de mente e a humilhação própria, em vez do orgulhoso alarde do que a pessoa tem alcançado ou feito. […]
Quem foi tocado por Deus desse modo jamais se encobrirá com justiça própria ou com uma pretensa veste de santidade; mas detestará seu egoísmo, abominará seu egocentrismo, e buscará constantemente, por meio da justiça de Cristo, aquela pureza de coração que está em harmonia com a lei de Deus e o caráter de Cristo.2
Enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: “Alcancei tudo completamente”. A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda. […] Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claro veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar. […] A cada passo para a frente em nossa experiência cristã, nosso arrependimento se aprofundará. Saberemos que nossa suficiência está em Cristo unicamente, e faremos nossa a confissão do apóstolo: “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Romanos 7:18).3 (grifo nosso).
Referências
1. Ellen White, Reavivamento Verdadeiro, p. 49.
2. Ellen White, Review and Herald, 16 de outubro de 1888.
3. Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 314.
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