Organizações Não-Governamentais (ONGs) presentes à RIO+20, defenderam na semana passada a legalização do aborto como forma de alcançar o desenvolvimento sustentável.
Para Alexandra Garita, representante da Internacional Women Health Coalison (Coalisão Internacional pela Saúde das Mulheres), os países devem garantir às mulheres a possibilidade de abortar com segurança e evitar o nascimento de crianças que não terão acesso a saúde, educação e padrões mínimos de qualidade de vida.
O coordenador da Federação Internacional de Estudantes de medicina, Mike Kamus, também defendeu o aborto como forma de garantir desenvolvimento sustentável. Segundo ele o aborto pode ser incentivado, desde que seja com segurança. Milhares de mulheres morrem tentando abortar. As que levam uma gravidez indesejada até o fim, muitas vezes, não têm condição de dar uma vida de qualidade aos filhos. Mike disse ainda que é preciso “dar aos jovens o direito de decidir.”
Contra essas propostas, estão um grupo de países com forte tradição religiosa, como Malta, Egito, Chile, Polônia, Rússia, Honduras, República Dominicana, Nicarágua, Síria e Costa Rica e a Santa Sé, grupo de observadores da Vaticano que não tem poder de veto, mas que exerce influência sobre os países católicos mais conservadores. “Durante as sessões de negociação, os observadores da Santa Sé se manifestaram intensamente contra a inclusão dos direitos de sexualidade e reprodução das mulheres no texto final da Rio +20″, diz um dos diplomatas.
O fato é polêmico e exige discussões. Com seriedade, dinamismo e buscando informações além da notícia, o Conexão Novo Tempo abordou este assunto nesta quarta-feira. Conversamos com a repórter Meire Tommazzi que falou ao vivo do Rio de Janeiro, direto da RIO +20 e tivemos ainda opinião do professor, Dr. em climatologia pela USP, Ricardo Felício, que é perito em assuntos ambientais.
O incentivo ao aborto pode ser considerado uma boa medida de sustentabilidade ao planeta? Ouça aqui
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Por Bianca Oliveira - Novo Tempo
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