As Olimpíadas de Londres estão a todo vapor. Treinamentos exaustivos e superação de limites físicos e mentais são as condições aceitas pelos competidores, a fim de alcançarem tempo e força quase sobre-humanos. As vitórias fazem os atletas se esquecerem das dores por que passaram, e ainda incentivam o mundo inteiro a se espelhar, usando-as de forma análoga frente às competições pessoais de cada um.
Se pensarmos bem, a vida cristã passa por estes dois importantes aprendizados – treinamento e superação. Após conhecermos e sermos tocados pela palavra revelada por Deus, normalmente passamos a estudar sobre seus detalhes, os motivos de cada um de seus estágios, a sua razão principal de existência, e os personagens que compuseram a sua história ao longo de séculos.
No entanto, a partir desse instante não há como não nos depararmos com as dificuldades enfrentadas pelos homens que viveram amparados pela fé que vem de Deus, superando assim os infortúnios da exclusão social ou o medo da morte que esta escolha lhes proporcionasse.
Por falar em superação, quem não se lembra da suíça Gabrielle Andersen nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984? Participante da primeira competição de maratona feminina, Gabrielle entrou no estádio olímpico debaixo de forte calor para completar os últimos metros da prova. Seu estado físico estava comprometido. Desidratada e sofrendo pelas câimbras, ela cambaleou entre uma raia e outra até cruzar a linha de chegada, e tudo debaixo de aplausos emocionados do público que a assistia. Só aí então aceitou ser amparada por três pessoas que a esperavam com os braços abertos. Tornou-se um símbolo da superação e da persistência.
Muitas vezes os esforços que levam o atleta ao caminho da vitória, ele os encontra nas últimas reservas de energia que lhe restam. O mesmo pensamento deve nortear àqueles que buscam a ressurreição no dia da volta de Jesus a esta terra. O treinamento e a superação dos que abraçam a verdade revelada por Cristo ocorre até o momento de nosso último suspiro, e se alguma provação lhe parecer impossível, a fé se apresenta como a reserva a ser usada. Assim como no esporte de competição, também a palavra de Deus nos ensina a observarmos estas fases.
O treinamento se dá pela leitura diária da palavra, pela oração intercessora, pelo evangelismo, pela adoração a Deus, pela comunhão entre os irmãos de fé, e nos instantes em que estendemos às mãos ao necessitado, alimentando assim nosso espírito para que no momento da superação, estejamos preparados. E esta, mesmo sendo incompreensível aos olhos do mundo, certamente é a fase que nos conduzirá à vitória. Pela superação podemos esperar, por exemplo, momentos de perdão em que pareça ser insano ter que concedê-lo, abrir mão de hábitos tidos por ingênuos, ou ainda, aceitarmos por amor a Cristo, a possível exclusão do seio familiar ou social.
Por mais que pareçam rigorosos todo este treinamento e superação apresentados pela palavra de Deus, contamos com a presença do Espírito Santo, e assim como Gabrielle Andersen foi amparada por três pessoas na chegada da maratona das Olimpíadas de Los Angeles, nós estamos sendo esperados no momento da ressurreição pelo Pai, pelo Filho Jesus e pelo Espírito Santo, tendo a nossa volta não uma multidão de homens e mulheres movidos pela compaixão de nosso esforço, mas por milhares de anjos celestiais que entoarão cantos de louvor a Deus, fazendo com que o mundo inteiro ouça que a obra de redenção se completou.
Fonte: Nova Semente
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