O filme “The Conjuring” [A Invocação] teve uma surpreendente arrecadação de 41 milhões de dólares no final de semana passado, quando estreou nos cinemas americanos. Ficou em primeiro lugar nas bilheterias, batendo as animações “Meu Malvado Favorito 2” e ‘Turbo”. Deve chegar ao Brasil em breve com título de “Invocação do Mal”.
Com atores desconhecidos e filmado com baixo orçamento, vem chamando atenção da mídia por ser considerado um sucesso inesperado. Também contribuiu o fato de ter como diretor James Wan, da série “Jogos Mortais”.
O longa tem todas as características típicas de um filme de horror: portas que rangem, coisas misteriosas que surgem na noite, bonecos assustadoras e o espírito de uma bruxa que se apodera do corpo de uma mãe inocente. Seu diferencial é um personagem inesperado na trama: Deus.
Os irmãos gêmeos Chad e Carey Hayes, cineastas responsáveis pelo roteiro e pela produção, dizem que seu filme não é um “totalmente cristão”, mas sua forte mensagem religiosa deve agradar ao público, pois é um “filme de terror salutar”.
A trama de “The Conjuring” é baseada na vida real de Ed e Lorraine Warren, um casal de “consultores de feitiçaria demoníaca”. Em 1971, eles foram chamados para uma antiga fazenda em Rhode Island, que era considerada assombrada.
“Para mostrar dois personagens que tinham uma fé muito forte, nós precisamos fazê-los pregar… apenas tivemos que mostrar isso”, disse Carey Hayes em uma entrevista. ”Sua fé era a ferramenta mais afiada em sua caixa de ferramentas.”
No decorrer do filme, a família Perron sofre com relógios que para todas as noites às 03h07, forças invisíveis que puxavam as pernas das cinco filhas enquanto elas dormem e a misteriosa morte do cão da família. Eles diziam ouvir barulhos assustadores vindos do porão e decidiram buscar ajuda dos Warren.
Os caça-fantasmas logo identificam e tentam expulsar o espírito maligno da fazenda. Trata-se de um demônio que dizia ser o espírito de uma bruxa que foi queimada no século 19. Atendendo pelo nome de Bate-Seba, essa bruxa toma o corpo e a alma da mãe da família, Carolyn Perron (interpretada por Lili Taylor). A certa altura, Lorraine Warren (interpretada por Vera Farmiga) diz a seu marido Ed (Patrick Wilson) antes de começarem o exorcismo: “Deus nos uniu por uma razão! Fazermos isso.”
Os Hayes, que escreveram o roteiro explicam: “Nós fizemos um filme que não tem nenhum sangue, ninguém morre… e nada de sexo ou linguagem chula”, seu irmão gêmeo Chad acrescentou.
Bobby Downes, presidente dos Estúdios EchoLight diz estar tentando fazer o filme atrair o público cristão e que filmes de terror podem levar as boas novas.
“O evangelho visa compartilhar a ideia de que podemos usar até uma pequena luz para dissipar muitas trevas… Podemos comunicar o evangelho de uma forma que é atraente para um público não acostumado com a mensagem [cristã]. Acho que não podemos nos limitar pelo gênero”, defende.
A EchoLight é associada à gigante Warner Bros, que deseja que seus filmes atraiam o público religioso. Embora os verdadeiros Ed e Lorraine Warren eram católicos devotos, os irmãos Hayes são evangélicos e dizem estar conscientes das forças demoníacas e da batalha espiritual existente no mundo. Para eles, isso também é realidade em Hollywood. “Temos visto coisas nesses meio que gostaria de nunca ter visto”, enfatiza Chad.
Ele termina a entrevista citando o Livro de Efésios: “a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais… Se você pensar bem, nosso filme se encaixa nisso.” Com informações de IMDB e Religion News.
Assista o trailer:
Fonte: Gospel Prime
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