terça-feira, 6 de maio de 2014

Há 77 anos explodia o Zeppelin Hindenburg


Os balões dirigíveis marcaram uma época no transporte de carga e passageiros durante o século passado. Países como a Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos os utilizaram por muito tempo. Foi a Alemanha, no entanto, que se notabilizou pelos seus balões fabricados pela empresa alemã Zeppelin Luftschifftechnik GmbH, fundada pelo conde Ferdinand Graf von Zeppelin (1838-1917) no final do século XIX. O nome Zeppelin tornou-se sinônimo de balão dirigível. Um total de 119 zepelins foram construídos pela empresa entre 1900 e 1938. O primeiro zepelim, o LZ 1, voou no dia 2 de julho de 1900.

LZ 129 Hindenburg
O LZ 129 “Hindenburg” que foi projetado para ser um transatlântico de luxo, começou a ser construído em 1931 e finalizado em 1936. Suas dimensões eram colossais e até hoje é considerado o maior objeto voador já fabricado pelo homem. Tinha 245 m de comprimento e era impulsionado por quatro motores diesel Daimler-Benz de 1.100 hp cada. Alcançava a velocidade de 135 km/h e tinha uma autonomia de 14.000 km. Elevava-se ao ar graças a 200.000 m3 de hidrogênio ou 18 toneladas.

Podia transportar 50 passageiros, tinha cabines, um bar, sala de jantar, lugar para caminhar, assim como grandes janelas panorâmicas e sala de estar. Também possuía, por incrível que pareça, uma cabine para fumantes, que eram vigiados todo o tempo por um membro da tripulação sob constante tensão.

Ele voou em uma rota regular entre a Alemanha e os Estados Unidos pela companhia alemã DELAG e transportou em 1936 mais de 1.000 passageiros em 10 viagens sobre o Oceano Atlântico. Gastava 65 horas para fazer o percurso EUA-Alemanha e 52 horas no sentido Alemanha-EUA. Sua mais longa viagem foi de Frankfurt, Alemanha, para o Rio de Janeiro entre 21 e 25 de outubro de 1936 viajando 11.278 km. A viagem mais rápida foi de Lakehurst, EUA, para Frankfurt entre 10 e 11 de agosto de 1936, com velocidade média de 157 km/h.

O Acidente
Na noite chuvosa de 6 de maio de 1937, quando o dirigível se aproximava do solo em Lakehurst, Nova York, iniciou-se um incêndio na aeronave, transformando-a rapidamente em uma imensa bola de fogo no céu de Nova York. Dos 97 passageiros a bordo, 35 morreram. Uma pessoa que auxiliava a atracação da aeronave no solo também morreu. Das que morreram, 27 pularam do dirigível em chamas e 8 foram queimadas pelo óleo diesel proveniente dos tanques do dirigível.



Uma comissão, que investigou o acidente junto com a companhia Zeppelin, concluiu na época que o hidrogênio havia vazado de algum dos tanques e uma faísca dera a ignição. No entanto, uma investigação recente conduzida pelo Dr. Addison Bain, ex-cientista da NASA que trabalha há muito tempo com hidrogênio, encontrou outra causa para a ignição que deu origem ao incêndio. Analisando pedaços do material utilizado na cobertura do dirigível, Bain constatou em seu relatório que era de um material extremamente inflamável (nitrocelulose recoberta por uma película de alumínio) e que o fogo iniciou-se por uma faísca provocada pela eletricidade estática acumulada na aeronave.

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