Marilyn Monroe, nascida Norma Jeane Mortenson em 1 de junho de 1926, em Los Angeles, Califórnia, EUA, completaria, neste domingo, 88 anos de vida.
Linda. Provocante. Dona de um corpo quase perfeito. Ninguém teve maior intimidade com as câmeras do que ela. As objetivas pareciam sugá-la, transformando-a num ícone feminino que exalava sensualidade. Expunha-se sem constrangimento e adorava ser vista nua. A maior estrela produzida por Hollywood, Marilyn Monroe, era dona não só de um belo corpo, mas também de uma triste história. Por trás da bela atriz, havia uma mulher solitária e esquizofrênica.
Marilyn tinha obsessão por espelhos. Era vista muitas vezes parada, horas a fio, diante da própria imagem, idolatrando-se. Uma atriz em pânico, que vomitava antes de cada tomada de cena e tinha convulsões quando precisava interpretar uma fala. Com uma vida desregrada e frustrada em seus casamentos, Marilyn não tinha limites para suas aventuras sexuais. Vivia à custa de barbitúricos, anfetaminas, tomava injeções de Nembutal três ou quatro vezes por dia e tinha pilhas de remédios antidepressivos e estimulantes. Usou drogas de todos os tipos e quilates até sua morte, precoce, aos 36 anos – por overdose. Ninguém no cinema foi mais insegura, solitária, desesperada e infeliz que Marilyn Monroe: uma prisioneira de si mesma.
“Ser livre é fazer o que eu quero, não ter limites.” Esse é o conceito de liberdade mais comum hoje. O exemplo de Marilyn mostra que “fazer o que eu quero” nem sempre implica ser livre. Uma vida sem princípios morais pode, no fim das contas, ser um grande prejuízo – uma existência vazia.
Estudos mostram que os limites fazem parte da formação do ser humano. A ausência deles pode levar à histeria, ataques de raiva, distúrbios de conduta, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir tarefas, baixa produtividade, problemas psiquiátricos, etc.
Por outro lado, quem aprende a viver com os limites tem mais chances de afirmar a autoestima e a autonomia, ser equilibrado e bem-sucedido. Por isso, a Bíblia é, ao mesmo tempo, o livro dos limites (Êx 20:3-17) e da liberdade (Jo 8:32; Lc 4:18; 2Co 3:17; Gl 5:1; Tg 2:12). Os “nãos” de Deus são sempre para o nosso bem.
Fontes: Marilyn Últimas Sessões, de Michael Schneider (Alfaguara, 2006); “Minha pele, meu vestido”, resenha de Ignacio de Loyola Brandão; “A importância do senso de limites para o desenvolvimento da criança”, de Daisy A. Almasan e Alex L. T. Álvaro (Revista Científica Eletrônica de Psicologia, nov. 2006)
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