segunda-feira, 20 de abril de 2015

Martírio de cristãos pelo Estado Islâmico: uma reflexão bíblica


O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) divulgou um vídeo neste domingo (19/04) que registra a presumível execução de cerca de 30 cristãos etíopes reféns na Líbia. A autenticidade das imagens ainda não foi confirmada, mas as mortes são semelhantes a outros atos de violência cometidos por integrantes do EI. 

"Nossa batalha é a batalha entre a fé e a blasfêmia, entre a verdade e a falsidade", diz em inglês um homem vestido de preto, mascarado e de arma na mão (foto acima). "O derramamento de sangue muçulmano nas mãos da religião de vocês não é barato", diz, olhando para a câmera: "Os inimigos do EI não estão a salvo nem em seus sonhos, até que adotem o islã."

Em fevereiro, o "Estado Islâmico" divulgou imagens de um grupo de 21 cristãos coptas do Egito sendo executados na Líbia. (DW)

Não estamos surpresos
Jesus nos disse para esperar perseguição, ensinando os seus discípulos que os incrédulos nos odiariam assim como o odiaram (João 15:18-20).

Jesus previu que alguns daqueles nos matariam, pensariam estar oferecendo serviço a Deus (João 16:2).

Embora a maioria de nós não venha a perder a própria vida em nome de Cristo, não devemos ficar surpresos se isso acontecer. Todos nós precisamos estar prontos para entregar as nossas vidas por Cristo. “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26).

Somos mais que vencedores
Jesus nos chama a ser fiéis até a morte para receber a coroa da vida (Apocalipse 2:10). Jesus também nos chama a nos alegrarmos quando perseguidos, pois é grande honra morrer pelo nosso Senhor e Salvador, e a nossa recompensa excederá em muito o nosso sofrimento (Mateus 5:10-12; Atos 5:41). 

Naturalmente, podemos ficar temerosos e assustados com tal possibilidade, preocupados de que não tenhamos a força para sofrer. E não temos a força em nós mesmos, mas Deus promete ser conosco no fogo e na água (Isaías 43:2), e promete nos dar graça para suportar o que há de mais difícil. “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9:8).

Ao morrer em nome de Cristo, ao não amar as nossas próprias vidas mesmo mediante a morte, não somos perdedores, mas vencedores; não somos vencidos pelo mal. Pelo contrário, somos “mais que vencedores” (Romanos 8:37; Apocalipse 12:11). Aqueles que são mortos em nome de Cristo, ressuscitam e reinam com Jesus Cristo (Apocalipse 20:4).

Choramos com os que choram
Paulo diz que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21). Ainda assim, a questão não é simplista, e a vida não é fácil. Nós choramos com aqueles que choram (Romanos 12:15). Paulo disse que se Epafrodito tivesse morrido, ele teria experimentado “tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2:27). A tristeza enche os corações daqueles que ficam.

Oramos tanto pelos nossos inimigos quanto pelos nossos irmãos que sofrem
Precisamos de uma graça especial para orar pela salvação daqueles que praticaram tamanho mal. Também oramos pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem ao redor do mundo; pedimos que Deus conceda a eles alegria, força e perseverança para suportar até o fim. Oramos para que Deus os proteja e sustente a sua igreja.

Oramos pelo justo juízo de Deus
Ao mesmo tempo, assim como os mártires debaixo do altar em Apocalipse 6:9-11, nós clamamos: “Até quando, ó Soberano Senhor?” Quando tu agirás com justiça para com este mundo? Quando tu vindicarás os teus santos e julgará os perversos por amor ao teu grande nome?

O dia do juízo está chegando, o dia em que tudo será ajustado. Enquanto isso, Deus está chamando muitos mais para serem seus filhos, mesmo dentre aqueles que nos perseguem. Nós louvamos a Deus tanto pelo seu amor salvador quanto pelo seu justo juízo, e oramos: “Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22.20).

Extraído de Voltemos ao Evangelho

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