terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O que esperar dos retiros espirituais e acampamentos de verão?


Diego Mota, 22, chega correndo em casa, pega suas malas, joga suas roupas dentro, come alguma coisa na cozinha e sai correndo novamente. Ele está atrasado para pegar o ônibus que irá levar os jovens da Igreja Adventista do Capão Redondo, em São Paulo, para mais um acampamento de verão. Alegria, descontração, louvor e espiritualidade – esses são alguns dos motivos para que jovens como Diego participem todos os anos dos vários acampamentos e retiros espirituais promovidos por suas igrejas, especialmente no período do carnaval.

Segundo Mota, este tipo de evento afasta os jovens da influência negativa da vida moderna. “Normalmente no período em que ocorrem os acampamentos, a cidade está uma verdadeira bagunça. É nessa época que muitos jovens se perdem”, declara. Para Helbert Roger, líder de jovens em São Paulo, os retiros espirituais e os acampamentos têm uma importância muito grande na vida do jovem. “Estes eventos proporcionam a oportunidade de relacionamento com Deus e com os amigos. Isso fortalece a fé e a ligação mais íntima com pessoas da mesma fé”, afirma. 

Longe da folia  (por Felipe Lemos)
Época de Carnaval é sempre, em países como o Brasil, um momento em que a população é literalmente bombardeada com comentários, imagens, notícias e obviamente músicas relacionadas a essa que é considerada uma das maiores festas populares do mundo.

Mas nem todas as pessoas apreciam Carnaval, samba, blocos de rua ou a conhecida folia típica desse período. Alguns se refugiam em hotéis e pousadas e se entregam ao descanso mesmo sem qualquer tipo de preocupação. Outros permanecem em casa tranquilos e ignoram completamente o evento. Fogem literalmente da algazarra que normalmente caracteriza o período carnavalesco.

Mas há grupos que, eu diria, fogem do Carnaval. Por outro lado, aproveitam o feriado prolongado para alguns objetivos bem diferentes. Sua postura é baseada no que aprenderam com os ensinos da Bíblia Sagrada. Isso faz toda a diferença na maneira como encaram o período de Carnaval ou qualquer outro aspecto da vida. Longe da folia, muitos cristãos esperam:

Estar mais em contato com o meio ambiente – Se há tempo livre, nada melhor do que se aproximar de Deus por meio da Sua criação. Jesus é um exemplo muito claro disso. Preferia fugir dos grandes centros de sua época e estar em meio aos lagos, rios e montanhas. O apóstolo Paulo, em uma visita à cidade de Filipos, manteve contato com as pessoas da cidade e falou a respeito de Cristo e Seu ministério à beira de um rio (Atos 16:3).

Evitar o barulho para ouvir melhor a voz de Deus – No mundo de múltiplas tarefas e estímulos, o barulho parece ter se tornado companheiro inseparável. Mas quem tem objetivos diferentes durante o Carnaval se retira para locais onde consegue ouvir um pouco melhor a voz de Deus por meio da oração e do estudo da Bíblia. Sem a gritaria das ruas, o som de tantas máquinas e meios de transporte e até o barulho de tiros e acidentes de trânsito, há ambiente propício para reflexão. O sábio autor de Eclesiastes já aconselhava a ouvir mais e falar menos ao sugerir que “não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus e tu, na terra..”(Eclesiastes 5: 2).

Apoiar outras pessoas para que tenham um encontro com Jesus – No meio da folia carnavalesca, é praticamente impossível se falar em apoio mútuo e ajuda. Em meio a bebedeiras e em festas ou blocos de rua onde há fortes estímulos para a promiscuidade sexual e até para a baderna, pouca ajuda se consegue dar para alguém. Principalmente o suporte necessário para a real felicidade das pessoas que definitivamente não está nos vícios ou prazeres passageiros. Longe da folia, os conselhos bíblicos e o fortalecimento espiritual podem ser assimilados de maneira plena e uma vida com mais qualidade se inicia. Isso se dá em acampamentos e retiros espirituais onde, além do merecido e necessário descanso, há espaço para conversas e momentos de reflexão em grupo.

Respeito quem prefere a folia, contudo estar longe das festividades carnavalescas não é uma forma de fuga, mas de parada para se pensar na vida. E quando falo de pensar na vida, refiro-me em relação a meus objetivos, à maneira como me relaciono com os que estão ao meu redor e evidentemente com Deus. Para se fazer esse break estratégico, os dias do Carnaval são oportunos. É uma espécie de desintoxicação mental e física (nunca se esquecendo dos exercícios, boa alimentação e outros fatores pró-saúde) necessários, inclusive, para a sobrevivência espiritual em mundo cada vez mais desumano, egoísta e interessado em pular e suar sem se importar com o futuro. Melhor dizendo, com a eternidade. 

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