sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O Sábado e os dois marrecos

João era um homem simples, temente a Deus. Buscava viver à luz das orientações bíblicas e era fiel ao Senhor em cada pequeno detalhe de sua vida. No entanto, enfrentava muitas lutas. Ganhava pouco e sua esposa vivia muito doente. 

O patrão de João tinha uma vida completamente diferente. Não acreditava em Deus, vivia de maneira desregrada, bebia muito e era violento. E vez após vez zombava de João, já que, mesmo vivendo desta forma, era muito rico, tinha uma mulher linda e gozava de boa saúde. “Acho que Deus não gosta tanto assim de você! Olhe para sua vida e olhe para a minha! Se tem alguém aqui de bem com Deus, esse sou eu!”, dizia o chefe entre gargalhadas.

O funcionário cristão permanecia em silêncio diante dos gracejos e zombaria. No fundo, eram bons amigos e João sabia que seu testemunho poderia ser o único contato que seu patrão talvez tivesse com as realidades da fé.

Um dia, os dois saíram para caçar marrecos. Chegaram no lugar, preparam tudo e ficaram aguardando o momento certo para atacar. Deram dois tiros. O primeiro foi certeiro. O marreco caiu morto. Colocaram-no em uma sacola. O segundo tiro atingiu outro marreco, mas este, ainda vivo, começou a fugir. O patrão largou o marreco morto de lado e foi correndo atrás do que estava vivo. E assim a caçada continuou.

No fim da tarde, João levou seu patrão para um lanche, e propôs a seguinte explicação para a situação dos dois. Com amor em sua voz, ele disse: “Chefe, o diabo dá tiros em todos nós. Ele deseja nos afastar de Deus, que é a fonte da vida de verdade. Você é o marreco morto. Eu sou o marreco vivo. O diabo corre atrás de mim, porque não tem certeza de que me abateu”. 

Enquanto estivermos deste lado da eternidade, é possível que carreguemos mais perguntas do que respostas. Não é fácil conviver com o silêncio de Deus, enquanto a maldade do mundo nos rouba a paz. É possível que nestes últimos dias, o mal tenha posto você na mira. Quem sabe tenha feridas abertas, esteja sangrando. Doença, traição, despedida, privação… São inúmeras balas perdidas nessa guerra da vida.

Em meio a tudo isso, o Sábado é um lugar de cura e descanso. As portas estão abertas. Entre. Deixe as ferramentas de lado. Permita que Deus cuide das coisas por você. Ele vai lhe dar um abraço, vai secar suas lágrimas. Ele vai restaurar você. Descanse.

Pr. Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)

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