Altruísmo. Beleza. Conhecimento. Dinheiro. Emagrecimento. Fama. Gratidão. Humor. Inteligência. Juventude. Otimismo. Propósito. Riqueza. Saúde. Trabalho… Quase todas as letras do alfabeto já foram utilizadas para listar os fatores que supostamente desencadeiam o fenômeno que os pesquisadores chamam de bem-estar subjetivo e o mundo inteiro conhece como felicidade – um estado mental emoldurado pelo sentimento agradável de contentamento, que resulta em euforia com o ritmo das coisas e o curso da vida.
Valorizada ao longo da história como um ideal a ser buscado, redescoberta nos séculos 17 e 18, a felicidade vem ganhando cada vez mais importância e visibilidade. Um gráfico tendo por base a bibliografia sobre a felicidade preparada pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven, fundador do World Database of Happiness, mostra que o número de estudos sobre a felicidade a partir de 1970 forma uma acentuada curva ascendente.
Valorizada ao longo da história como um ideal a ser buscado, redescoberta nos séculos 17 e 18, a felicidade vem ganhando cada vez mais importância e visibilidade. Um gráfico tendo por base a bibliografia sobre a felicidade preparada pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven, fundador do World Database of Happiness, mostra que o número de estudos sobre a felicidade a partir de 1970 forma uma acentuada curva ascendente.
Hoje, a felicidade se transformou até em agenda política. Países como Austrália, Alemanha, França e Inglaterra têm sugerido que a felicidade de seus cidadãos deveria ser levada em conta na elaboração das políticas públicas.
O Butão, pequeno reino no sul da Ásia, foi mais longe e criou o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). O problema é que, à medida que a riqueza aumenta, as expectativas das pessoas também crescem, o que levaria a um declínio na sensação de felicidade, o chamado paradoxo de Easterlin.
O tema também está chegando às escolas. No livro The End of the Rainbow, Susan Engel argumenta que educar para a felicidade (e não para o dinheiro) deveria ser o objetivo das instituições de ensino. A escola precisa ser um lugar em que a criança experimente alegria, satisfação, propósito e um senso de conexão com os outros, incorporando rituais significativos em sua rotina, como começar o dia com um poema, compartilhar o almoço e ouvir música à tarde.
No entanto, para a maioria das pessoas o que importa mesmo é a felicidade individual. Aqui entra a pergunta: será que você pode fazer alguma coisa para aumentar seu grau de felicidade e mantê-lo no novo patamar? O livro Stability of Happiness, organizado por Kennon Sheldon e Richard Lucas, discutiu o tema por uma variedade de perspectivas e, felizmente, a resposta é “sim”.
Apesar de a genética e o ambiente exercerem um papel na felicidade, ela pode ser aprendida e mantida. Em seu elogiado livro A Ciência da Felicidade, Sonja Lyubomirsky afirma que 50% da nossa felicidade têm que ver com nossos genes, enquanto 10% são determinados pelas circunstâncias. Isso deixa 40% do potencial de felicidade sob o nosso controle. Naturalmente, a química cerebral também afeta os sentimentos.
A ideia de que eu só serei feliz quando tiver um emprego melhor, uma namorada bonita, muito dinheiro, um carro zero, filhos obedientes, ou qualquer outra coisa, não passa de uma falácia, diz ela. Você pode ser feliz em meio às suas circunstâncias, a não ser, é óbvio, que elas sejam traumáticas demais. A boa notícia é que coisas simples como ajudar os outros e abraçar a pessoa amada podem tornar a pessoa mais feliz. E, quanto mais feliz a pessoa é, menos ela presta atenção ao que os outros estão fazendo.
Deus, e não a felicidade, é o alvo final da vida e o bem maior da existência. Porém, a felicidade melhora todos os principais aspectos da vida, dá sentido à existência e deve ser buscada. O ser humano foi criado com uma ilimitada capacidade de ser feliz. Mas, com o pecado, adquiriu uma habilidade imensa de ser infeliz e estragar a felicidade dos outros. O plano de Deus é que sejamos felizes aqui e muito mais no futuro.
Você carrega a felicidade no coração? Se a resposta for “não”, está na hora de mudar. A felicidade em seu grau mais alto é o alinhamento da vida com o Deus que é pura felicidade.
Marcos de Benedicto (via Revista Adventista)
Imagem: Alex Lawther e Jessica Barden na série de TV The End of the F***ing World
Abaixo temos algumas importantes dicas de Ellen G. White para atingirmos a real felicidade:
1. "A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura e perfeita a felicidade." (Conselhos Sobre Saúde, p. 51)
2. "Tão estreitamente está a saúde relacionada com a nossa felicidade, que não podemos ter a última sem a primeira. É necessário um conhecimento prático da ciência da vida humana, a fim de que glorifiquemos a Deus em nosso corpo." (Conselhos Sobre Saúde, p. 38)
3. "Nossa felicidade será proporcional a nosso trabalho altruísta movido pelo amor divino, pois no plano da salvação Deus indicou a lei da ação e reação." (Beneficência Social, p. 302)
4. "O prazer de fazer bem a outros, comunica aos sentimentos um ardor que eletriza os nervos, vivifica a circulação do sangue, e produz saúde física e mental." (Serviço Cristão, pp. 270 e 271)
5. "Cada um possui em si mesmo a fonte da própria felicidade, ou infortúnio. Se ele quiser, poderá erguer-se acima das impressões baixas, sentimentais, que constituem a vida de muitos; mas enquanto ele for cheio de si mesmo, o Senhor nada poderá fazer em seu benefício." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 190)
6. "O mais forte impulso do homem impele-o a buscar sua própria felicidade, e a Bíblia reconhece este desejo e nos mostra que todo o Céu se unirá ao homem em seus empenhos de alcançar a verdadeira felicidade. Ela revela a condição sob a qual a paz de Cristo é concedida ao homem. Descreve um lar de eterna felicidade e esplendor, onde jamais se conhecerão lágrimas ou necessidade." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 160)
7. "Se há alguém que devia ser continuamente agradecido, é o seguidor de Cristo. Se há alguém que frua felicidade real, mesmo nesta vida, é o fiel cristão. Devemos ser o povo mais feliz da face da Terra, e não pedir perdão ao mundo por sermos cristãos." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 201)
8. "Este é Jesus, a vida de toda graça, a vida de cada promessa, a vida de cada ordenança, a vida de cada bênção. Jesus é a realidade, a glória e fragrância, a própria vida. Na verdade, solitária e penosa seria nossa peregrinação se não fosse Jesus. Juntemos, pois, todas as promessas registradas. Repitamo-las dia a dia e nelas meditemos na calada da noite, e sejamos felizes." (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 244)
9. "Jesus quer que sejais felizes, mas não o podeis ser seguindo a própria vontade e os impulsos do próprio coração." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 29)
10. "A felicidade que se busca por motivos egoístas, fora do caminho do dever, é volúvel, caprichosa e transitória; dissipa-se, deixando n'alma uma sensação de isolamento e pesar; no serviço de Deus, porém, há satisfação e alegria." (Caminho a Cristo, p. 124)
11. "No alicerce da ruína de muitos lares reside a paixão da ostentação. Homens e mulheres planejam e tramam para conseguir meios para darem aos outros a impressão de serem mais ricos do que os vizinhos. Mas embora possam ter êxito em sua luta desesperada, não são na verdade felizes. A verdadeira felicidade provém de um coração em paz com Deus." (Manuscrito 99, 1902)
12. "De um ponto de vista humano, o dinheiro é poder; mas do ponto de vista cristão, o amor é que é poder. A abastança é muitas vezes uma influência corruptora e destruidora; a força é forte em ferir; mas a verdade e a bondade são qualidades do amor puro." (Testimonies, vol. 4, p. 138)
13. "'Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós.' (Mateus 7:12). O Salvador ensinou este princípio para tornar feliz a humanidade, e não infeliz; pois de nenhum outro modo pode vir a felicidade. Deus deseja que homens e mulheres vivam a vida mais elevada." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 165)
14. "Unicamente os que experimentaram a felicidade resultante do abnegado esforço no serviço de Cristo podem falar do assunto com a devida compreensão. É na verdade tão pura a alegria, tão profunda, que a linguagem não a pode exprimir." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 184)
15. "Apropriados deveres são designados pelo Céu a cada membro da igreja na Terra, e todos devem buscar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e beneficiam." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 162)
16. "Se a mente é livre e feliz, por uma certeza de fazer o bem e um senso de satisfação por causar felicidade a outros, isto causa uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, promovendo uma circulação mais livre do sangue e um avivamento de todo o corpo." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 150)
17. "O mundo está cheio de espíritos insatisfeitos, que passam por alto a felicidade e as bênçãos que se acham ao seu alcance, e estão continuamente buscando a felicidade e satisfação que não possuem. Estão constantemente lutando por algum bem esperado futuramente, maior do que o que possuem, e estão sempre num estado de decepção." (Testimonies, vol. 2, p. 640)
18. "O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma." (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, p. 150)
19. "Deus busca nossa verdadeira felicidade. Se qualquer coisa se acha no caminho dela, Ele vê que isto precisa primeiro ser removido. O pecado é a causa de todos os nossos infortúnios. Se quisermos ter verdadeira paz de espírito e felicidade, o pecado precisa ser removido." (Nossa Alta Vocação, MM, 1962, p. 81)
20. "Quando por meio de Jesus, entramos no repouso, o Céu começa aqui. Atendemos-Lhe ao convite: Vinde, aprendei de Mim; e assim fazendo começamos a vida eterna. O Céu é um incessante aproximar-se de Deus por intermédio de Cristo. Quanto mais tempo estivermos no Céu da bem-aventurança, tanto mais e sempre mais de glória nos será manifestado; e quanto mais conhecermos a Deus, tanto mais intensa será nossa felicidade." (O Desejado de Todas as Nações, p. 331)
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