A referência aos 24 anciãos é feita por João em Apocalipse 4:4:
“Ao redor do trono há também vinte e quatro tronos e assentados nele vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.”
Uriah Smith, grande expoente da escatologia nos anos iniciais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, interpreta da seguinte forma os 24 anciãos. Em Biblioteca dos Pioneiros Adventistas - Considerações sobre Daniel e Apocalipse, p. 408-410, lemos:
Quem são estes seres que rodeiam o trono de glória? Observe-se que estão vestidos de branco e têm na cabeça coroas de ouro, que são sinais tanto de um conflito terminado como de uma vitória ganha. Daqui concluímos que participaram anteriormente na luta cristã, trilharam outrora, com todos os santos, esta peregrinação terrena, mas venceram, e, com antecipação à grande multidão dos remidos, estão com suas coroas de vitória no mundo celeste.
Com efeito, nos dizem isso claramente no cântico de louvor que tributam ao Cordeiro: “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, parque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse 5:9). Este cântico é cantado antes de se realizar qualquer dos acontecimentos preditos na profecia dos sete selos, porque é cantado para estabelecer que o Cordeiro é digno de tomar o livro e de abrir os selos, visto Ele próprio já ter operado a redenção deles. Não é algo colocado aqui por antecipação, com aplicação apenas no futuro, mas expressa um fato absoluto e consumado na história dos que o cantam. Esta, pois, era uma classe de pessoas remidas desta Terra, como todos devem de ser remidos: pelo precioso sangue de Cristo.
Encontraremos alguma outra parte outra referência a esta classe de remidos? Cremos que Paulo se refira ao mesmo grupo, quando escreve assim aos efésios: “Pelo que diz: Subindo ao alto levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.” O original diz: levou “uma multidão de cativos” (Efésios 4:8).
Retrocedendo aos acontecimentos relacionados com a crucifixão e ressurreição de Cristo, lemos: “Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mateus 27:52, 53). A página sagrada dá, pois, a resposta à nossa pergunta. Estes são alguns dos que saíram dos sepulcros quando Cristo ressuscitou, e foram contados entre a ilustre multidão que Ele tirou do cativeiro do sombrio domínio da morte quando subiu em triunfo ao Céu. Mateus fala de Sua ressurreição, Paulo de Sua ascensão, e João os contempla no Céu, fazendo os sagrados deveres para o cumprimento dos quais foram ressuscitados.
Não estamos sozinhos nesta interpretação. João Wesley fala dos vinte e quatro anciãos nos seguintes termos: “‘Vestidos com vestes brancas’. Isto e as suas coroas de ouro mostram-nos que já terminaram a sua carreira e ocuparam seus lugares entre os cidadãos do Céu. Não são chamados almas, e por isso é provável que já tenham corpos glorificados. Compare-se com Mateus 27:52”. (John Wesley, Explanatory Notes Upon the New Testament, p. 695, Comment on Revelation 4:4).
A atenção do leitor é atraída particularmente para o fato de se dizer que os vinte e quatro anciãos estão sentados em tronos (grego: thronoi). Esta passagem derrama luz sobre a expressão que encontramos em Daniel 7:9: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos”. Esta figura é tomada do costume oriental de pôr esteiras ou divãs para os hóspedes distintos se sentarem. Estes vinte e quatro anciãos evidentemente são assistentes de Cristo em Sua obra de mediação no santuário celeste. Quando a cena do juízo descrita em Daniel 7:9 começou no lugar santíssimo, seus tronos foram postos ali, segundo o testemunho dessa passagem.
Ellen G. White explica assim: "Aqueles favorecidos santos ressurgidos saíram glorificados. Eram escolhidos e santos de todos os tempos, desde a criação até os dias de Cristo. Davam testemunho de que fora pelo Seu grande poder que tinham sido chamados de suas sepulturas" (Primeiros Escritos, p. 184). "Ascenderam com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro" (O Desejado de Todas as Nações, p. 786).
Outra interpretação compara os 24 anciãos com os 24 turnos do sacerdócio levita. Outra sugestão é que os 24 anciãos simbolizam Israel em seu sentido mais pleno. Assim, eles podem ser comparados aos 12 patriarcas e aos 12 apóstolos. Outros intérpretes afirmam que os 24 anciãos são anjos, não seres humanos. Eles destacam que os anciãos são retratados ministrando as orações dos santos (Ap 5:8), obra que, segundo acreditam, dificilmente seria confiada a homens.
O prof. Leandro Quadros também fala sobre os 24 anciãos:
A bíblia é sua própria intérprete. Se levarmos em consideração o tipo e antitipo das festas vemos claramente que apos a morte de Cristo(pascoa) qual festa vem em seguida? Paes asmos... Ao ascender aos céus, Cristo apresenta ao Pai as primicias dos que dormem...ou seja, esse homens ressuscitados após a ressurreição de Cristo assumem uma posicao de auxiliar o Sacerdote e Rei(também sumo-sacerdote... porém, este "cargo" so será assumido em 1844) A licao deste trimestre está cheia de falhas tanto teologico como de tradução.
ResponderExcluirSE LERMOS OS O ESPIRITO PROFECIA ENCONTRAMOS QUE SAO ANJOS PODEROSOS QUE SE SENTAM NOS 24 TRONOS E NUNCA OS RESGATADOS. BASTA ENTENDER QUE QUANDO CRISTO ASCENDE AO CEU VITORIOSO, NA SALA DO TRONO JA LA SE ENCONTRAM OS 24 ANCIAOS , E A COMITIVA DOS RESGATADOS QUE ACOMPANHAVA CRISTO JAMAIS PASSARIAM A SUA FRENTE PARA ESTAREM NA SALA DO TRONO PARA O RECEBER. W.E. EM MANUSCRIT RELEASE N. 12 PP.296/7, O ANCIAO E CHAMADO PODEROSO ANJO, RELATIVAMENTE APOCALIPSE 5 VERSOS 4 E 5. EM SERMONS AND TALKS VOL. 1 PAG. 20 CONTINUA IDENTIFICAR O ANCIAO COMO ANJO RELATIVAMENTE A APOCALIPSE 7 VERSOS 13 E 14.
ResponderExcluirO NOME DE ANCIAO NAO SO APLICADO AOS HUMANOS MAS TAMBEM A DEUS E PODE MUITO BEM SER APLICADO A UMA ORDEM DE SERES SUPERIORES.
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