Se a resistência do
chuveiro da sua casa queimar, você sabe trocá-la? Costurar um botão na
camisa é algo que você aprendeu a fazer? E declarar o imposto de renda?
Enquanto a ciência define diferentes estágios de maturidade e evolução
do cérebro aos dez, 20 e 30 anos de idade, as marcas sociais da vida
adulta são muitas, e realizar algumas tarefas como essas descritas acima
— além de pagar boleto, como bem nos lembram inúmeros memes —, são bons
indicativos de independência.
Mas, em que momento a gente aprende a fazer tudo isso? Na escola, temas
como esses passam longe das apostilas. Em casa, não há mais grandes
rituais de transição em que os pais ensinam os filhos a navegar pe... -
Veja mais em
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/28/ser-adulto-nao-e-so-pagar-boleto-e-ja-tem-ate-curso-para-encarar-essa-fase.htm?cmpid=copiaecola
Desculpe falar assim “na
lata”, mas álcool é droga, sinto muito. Pior que isso, o álcool é uma
droga lícita, aceita, louvada e, muitas vezes, seu uso é incentivado
pelos próprios familiares. Para ficar ainda pior, custa extremamente
barato. É possível comprar uma garrafa de cachaça em qualquer esquina do
Brasil por menos de dez reais.
Beber álcool é um hábito visto com olhos muito pouco críticos, como se fosse algo inofensivo. Aliás,
a grande maioria das pessoas acredita que diversão e vida social não
são coisas possíveis sem um copinho de birita na mão. Bem… antes fosse
apenas um copinho.
As bebidas alcoólicas constituem as drogas legalizadas mais consumidas
em nosso país. Brasileiro parece ter absoluta certeza de que festa sem
algumas doses, não é festa. Bebe-se antes, durante e depois das
refeições, bebe-se para comemorar, bebe-se para relaxar, bebe-se para
esquecer. Acontece que essa insanidade coletiva não fica apenas na conta
dos adultos; nossos jovens estão adquirindo o hábito de beber cada vez
mais precocemente.
Mas afinal, o que pode levar um jovem, em plena melhor fase da vida, com
um corpo cheio de energia vital e com incontáveis possibilidades de
escolha para passar o tempo e aproveitar a vida, a achar que é uma boa
ideia entorpecer o cérebro e matar alguns muitos neurônios afogados em
porres de vodka, cerveja e tequila?!
O jovem bebe porque tem acesso, porque tem exemplo e porque desenvolve a
crença errônea de que ficar embriagado vai resolver seus problemas de
autoestima, timidez e falta de desenvoltura social. Quando está sozinho e
pode refletir, o jovem até sabe que o álcool é prejudicial e que aquele
efeito entorpecente não há de ser benéfico. Mas, quando está cercado
pela turma, a teoria morre afogada no primeiro “shot”.
Por lei, menores de idade não podem comprar bebida alcoólica no Brasil.
No entanto, a coisa mais fácil do mundo é sair de um supermercado de
ambiente feliz e familiar com garrafas e latinhas, cuja quantidade seria
suficiente para deixar de pilequinho a vizinhança inteira. E, se a lei
não é cumprida, quem vai se responsabilizar pelo consumo de álcool dos
menores? A família, que anda cada vez mais omissa? A escola, que finge
que não vê o problema? Os órgãos de saúde, que andam mais trôpegos que
um bebum em fim de balada?
Basta dar uma chegadinha em qualquer festinha, barzinho ou balada
frequentada por jovens com idade entre 13 e 17 anos para observar a
quantidade de meninos e meninas embriagados, andando pelo meio dos
carros, completamente desorientados, agarrados a litros de bebida,
passados de mão em mão e tragados com desenvoltura, diretamente no
gargalo.
Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de
escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três
estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês
anterior ao levantamento.
Uma pesquisa realizada pelo Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu mais de cinco mil alunos do ensino
fundamental e médio de trinta e sete escolas particulares da cidade de
São Paulo; os dados são alarmantes. Entre os estudantes do ensino
fundamental (8º e 9º anos), o total dos que se embriagaram ao menos uma
vez no último mês é de 24%. Os jovens ouvidos têm entre 13 e 15 anos.
O pileque, ao contrário do que muita gente quer acreditar, não é uma
brincadeira inocente. Sua prática, em verdade, é uma consequência
imediata do conceito absurdo que beber é uma prática social. Crianças
brasileiras crescem assistindo seus familiares entornando copos de
bebida nos mais variados eventos.
É por isso que nossos meninos e meninas chegam à adolescência
acreditando que ter um copo de álcool na mão é símbolo de status e de
maturidade. Acontece que essa crença distorcida pode vir acompanhada de
tragédias anunciadas: jovens morrem atropelados por estarem embriagados,
jovens atropelam pessoas inocentes por estarem embriagados, crimes de
estupro e abusos crescem assustadoramente em ambientes regados a bebida
alcoólica.
O uso costumeiro de álcool desencadeia um processo inflamatório no
cérebro, alterando as reações químicas e, consequentemente, as ações
provenientes de sinapses neuronais. Jovens habituados a beber têm
prejuízos de memória, concentração, atenção e podem desenvolver
distúrbios de aprendizagem e transtornos de humor.
E é por isso que nós, os adultos, precisamos acordar e entender que é
nossa responsabilidade prevenir e proteger nossas crianças dos perigos
iminentes que o uso dessa droga lícita pode oferecer. E acontece que
campanha nenhuma vai funcionar enquanto as mídias sociais continuarem
inundadas de publicidade que associa o consumo de bebida à prazer, poder
e liberdade. Nada será suficiente para alertar essa garotada, enquanto
ficar alcoolizado for uma prática recorrente em festas familiares.
Ana Macarini (via Conti Outra)
Nota do blog: Infelizmente, o álcool tem entrado na vida dos brasileiros cada vez mais cedo. Tanto
que a idade média da primeira experiência dos jovens com bebidas
alcoólicas é de 12,5 anos. O consumo precoce carrega uma série de riscos para a saúde e pode ter sérias consequências para o futuro. Confira abaixo mais algumas fortes advertências, desta vez da pena de Ellen G. White, extraídas do livro Temperança, do capítulo 2 - O Álcool e a Sociedade:
"Olhai a nossos jovens. E escrevo agora
o que me faz doer o coração. Eles perderam a força de vontade. Seus
nervos estão fracos, porquanto sua força se acha exausta. O rosado viço
da saúde não se encontra em seu semblante. O saudável brilho dos olhos,
desapareceu. Perdido está seu brilho. O vinho que têm bebido
enfraqueceu-lhes a memória. São como pessoas avançadas em anos. O
cérebro não mais está apto a produzir seus ricos tesouros quando
necessário. [...]
Há no mundo uma multidão de seres
humanos degradados, os quais, cedendo em sua juventude à tentação do
fumo e do álcool, envenenaram os tecidos da estrutura humana, e
perverteram sua capacidade de raciocínio, até que o resultado fosse
justamente o que Satanás tinha em vista. As faculdades do pensamento
ficaram obscurecidas. As vítimas cedem à tentação de beber, e vendem
toda razão que tiverem por um copo de bebida alcoólica. [...]
Os que frequentam os bares abertos a
todos os que são bastante insensatos para se meter com o mal mortal que
eles contêm, estão seguindo a vereda que conduz à morte eterna. Eles se
estão vendendo, corpo, alma e espírito a Satanás. Sob a influência da
bebida que tomam, são levados a fazer coisas das quais, não houvessem
provado a enlouquecedora droga, haver-se-iam afastado com horror. Quando
se encontram sob a influência do veneno líquido, estão sob o controle
de Satanás. Ele os governa, e eles cooperam."
Se a resistência do
chuveiro da sua casa queimar, você sabe trocá-la? Costurar um botão na
camisa é algo que você aprendeu a fazer? E declarar o imposto de
renda?... - Veja mais em
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/28/ser-adulto-nao-e-so-pagar-boleto-e-ja-tem-ate-curso-para-encarar-essa-fase.htm?cmpid=copiaecola
Se a resistência do
chuveiro da sua casa queimar, você sabe trocá-la? Costurar um botão na
camisa é algo que você aprendeu a fazer? E declarar o imposto de renda?
Enquanto a ciência define diferentes estágios de maturidade e evolução
do cérebro aos dez, 20 e 30 anos de idade, as marcas sociais da vida
adulta são muitas, e realizar algumas tarefas como essas descritas acima
— além de pagar boleto, como bem nos lembram inúmeros memes —, são bons
indicativos de independência.... - Veja mais em
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/28/ser-adulto-nao-e-so-pagar-boleto-e-ja-tem-ate-curso-para-encarar-essa-fase.htm?cmpid=copiaecola
Se a resistência do
chuveiro da sua casa queimar, você sabe trocá-la? Costurar um botão na
camisa é algo que você aprendeu a fazer? E declarar o imposto de renda?
Enquanto a ciência define diferentes estágios de maturidade e evolução
do cérebro aos dez, 20 e 30 anos de idade, as marcas sociais da vida
adulta são muitas, e realizar algumas tarefas como essas descritas acima
— além de pagar boleto, como bem nos lembram inúmeros memes —, são bons
indicativos de independência.
Mas, em que momento a gente aprende a fazer tudo isso? Na escola, temas
como esses passam longe das apostilas. Em casa, não há mais grandes
rituais de transição em que os pais ensinam os filhos a navegar pe... -
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https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/28/ser-adulto-nao-e-so-pagar-boleto-e-ja-tem-ate-curso-para-encarar-essa-fase.htm?cmpid=copiaecola
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