segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

REBATISMO

A Bíblia diz que há um só batismo, isto é, apenas uma forma de batismo (por imersão), mas podemos compreender pelas Escrituras que há respaldo bíblico para o rebatismo quando alguém compreende mais profundamente as Escrituras Sagradas.

O rebatismo é mencionado especificamente apenas em Atos 19:1-7, onde o apóstolo Paulo o sanciona para um grupo de crentes cujo batismo de arrependimento tinha sido feito previamente por João. Em adição ao arrependimento, o batismo cristão está associado a uma compreensão e a um comprometimento pessoal em relação ao evangelho e aos ensinamentos de Jesus e ao recebimento do Espírito Santo. Com esse discernimento ampliado e compromisso, o rebatismo é aceitável.

A experiência de Jesus nos revela que o batismo pela água e o batismo pelo Espírito devem andar juntos, e que o batismo que não veio acompanhado da recepção do Espírito Santo constitui uma experiência incompleta. Essa foi a razão do primeiro rebatismo. Na cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo encontrou doze efésios, que tinham sido batizados no batismo de João para arrependimento. Aqueles homens lhe pareciam ser discípulos, mas por ter dúvidas acerca da posição deles como cristãos, passou a examinar com mais cuidado as suas alegações.

Paulo perguntou-lhes: “Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João. Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus” (Atos 19:2-4). Aquelas pessoas não conheciam a Cristo nem ao Espírito Santo. Como faltavam esses dois elementos ao batismo dos efésios, Paulo considerou inválido o batismo deles e os rebatizou. Paulo os rebatizou depois que obtiveram um entendimento mais completo.

Indivíduos vindos de outras comunidades cristãs
Com bases bíblicas, pessoas de outras comunidades cristãs que tenham abraçado as crenças adventistas do sétimo dia e que tenham sido previamente batizadas por imersão podem solicitar o rebatismo.

Os exemplos abaixo, no entanto, sugerem que o rebatismo pode não ser obrigatório. É evidente que o episódio de Atos 19 foi um caso especial, pois é relatado que Apolo tinha recebido o batismo de João (At 18:25), e não há registro de que tenha sido rebatizado. Aparentemente, mesmo alguns dos apóstolos receberam o batismo de João (Jo 1:35-40), mas não há informação de que tenham sido rebatizados.

Se um novo crente aceitou novas verdades importantes, Ellen G. White apoia o rebatismo à medida que o Espírito induz o novo crente a pedi-lo. Isso se enquadra no padrão de Atos 19. Uma pessoa que experimentou previamente o batismo por imersão avaliará sua nova experiência religiosa e decidirá se deseja o rebatismo. Não se deve insistir nesse ponto.

“Isto é um assunto em que cada indivíduo precisa conscienciosamente tomar sua atitude no temor de Deus. Deve ser cuidadosamente apresentado no espírito de benignidade e amor. Portanto, o dever de insistir não pertence a ninguém senão a Deus; dai-lhe oportunidade de atuar por meio de Seu Espírito Santo na mente, de modo que o indivíduo seja perfeitamente convencido e satisfeito no que respeita a esse passo avançado” (Evangelismo, p. 373).

Apostasia e rebatismo
Embora tivesse havido apostasia na igreja apostólica (Hb 6:4-6), as Escrituras não comentam a questão do rebatismo. Ellen G. White apoia o rebatismo de pessoas que se afastaram da igreja e que então se reconvertem e desejam se unir novamente ao povo de Deus.

“O Senhor requer decidida reforma. E quando uma pessoa está verdadeiramente reconvertida, seja ela rebatizada. Renove ela seu concerto com Deus, e Deus renovará Seu concerto com ela” (ibid., p. 375).

Rebatismo impróprio
Com base nos ensinamentos bíblicos e na orientação de Ellen G. White, o rebatismo deverá ocorrer apenas em circunstâncias especiais e será relativamente raro. Administrar o batismo repetidamente ou com motivação emocional deprecia seu significado e representa incompreensão da solenidade e significado que as Escrituras atribuem a ele. Um membro cuja experiência espiritual se tornou fria necessita de um espírito de arrependimento que o conduzirá ao reavivamento e reforma. Essa experiência será acompanhada pela participação na cerimônia da comunhão para indicar uma purificação renovada e comunhão no corpo de Cristo, fazendo com que o rebatismo seja desnecessário.

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