Segue abaixo um trecho do excelente e revelador artigo do jornalista Jamil Chade sobre o próximo grande objetivo político do presidente americano Donald Trump:
"Permeado por católicos ultraconservadores e tradicionalistas, o governo de Donald Trump colocou o conclave como seu próximo grande objetivo político. Com a participação da diplomacia americana, de deputados da base mais conservadora e uma rede de entidades e religiosos, a Casa Branca tenta influenciar a direção que pode tomar a escolha do novo papa, caso Francisco tenha de renunciar ou não sobreviva a seus problemas de saúde.
O cálculo do governo americano é de que, mesmo que o pontífice não morra no curto prazo, os próximos quatro anos serão decisivos para influenciar a escolha do novo papa. Trump terminará seu mandato com um papa que, se vivo, terá 92 anos. Preparar o conclave, portanto, se transformou em um objetivo político da Casa Branca. Ainda que o voto seja exclusividade de cardeais e que muitos deles tenham sido nomeados por Francisco, a percepção é de que se pode criar um "clima" de pressão e, desde já, articular nomes que poderiam se apresentar como alternativas a uma continuação da gestão de Francisco.
Do lado político, reconquistar o Vaticano seria estratégico para permitir que a agenda ultraconservadora americana ganhe a benção e a chancela diplomática da Santa Sé para ser difundida pelo mundo. Ao anunciar seu embaixador em Roma, Trump escancarou a relação entre a política, a fé e sua escolha. "Brian é um católico devoto, pai de nove filhos e presidente da CatholicVote. Ele recebeu inúmeros prêmios e demonstrou uma liderança excepcional, ajudando a construir um dos maiores grupos católicos de defesa de direitos do país", anunciou o republicano.
O presidente lembrou que Burch "me representou bem durante a última eleição, tendo obtido mais votos católicos do que qualquer outro candidato presidencial na história". Os dados de fato confirmaram que os católicos optaram por Trump por uma margem de 20 pontos e foram decisivos nos estados decisivos no Cinturão da Ferrugem e no Sudoeste.
Fontes em Washington explicaram ao UOL que Burch é apenas uma das peças da engrenagem, ainda que crítica. Dentro do governo, os católicos mais tradicionais contam com representantes de peso, entre eles Tom Homam, o "czar das fronteiras", Karoline Leavitt, a porta-voz da Casa Branca, e JD Vance, o vice-presidente. Também são católicos Linda McMahon, secretária de Educação, Elise Stefanik, embaixadora para a ONU e que afirmou que Israel tem "direito bíblico" sobre as terras palestinas. A lista ainda inclui Marco Rubio (Departamento de Estado), Sean Duffy (Transporte), o diretor da CIA, John Ratcliffe, e Robert F. Kennedy Jr., na Saúde.
No dia 21 de janeiro, horas depois de Trump tomar posse, o vice-presidente da CatholicVote, Joshua Mercer, deixou explícito que a vitória do republicano era parte de um plano maior. "Pela graça de Deus, recebemos uma oportunidade que tem sido cada vez mais rara na história moderna: levar nossa visão de mundo política católica para os corredores da maior potência do mundo." (Leia o artigo na íntegra em UOL).
Apocalipse 13
Sem querer ser alarmista ou sensacionalista, este artigo nos lembra da importância de nos prepararmos a cada dia para a breve volta de Jesus e estudarmos as Escrituras, principalmente as profecias, para não sermos pegos de surpresa. Meu objetivo não é condenar ou difamar alguma pessoa ou organização religiosa. O propósito é chamar a atenção de todos para a importância de descobrir a verdade, e de submeter-se ao Senhor.
Apocalipse 13 é um texto simbólico profético que faz menção às duas bestas: a que emerge do mar e a que emerge da terra. Tendo em vista que a palavra “besta” em profecia significa “poder religioso ou político” (Dn 7:17), podemos concluir que a primeira besta representa um poder religioso e a segunda besta, um poder político. Apocalipse 13 menciona a união entre essas duas bestas como potencialmente perigosa, principalmente no desfecho da história deste mundo, formando um poder político religioso. Estudando a fundo as profecias, chegamos à conclusão que a primeira besta representa o sistema religioso papal e a segunda os Estados Unidos da América.
Existe uma associação inconfundível entre este capítulo e Daniel capítulo sete. Ambos apresentam uma sequência de animais e destacam a figura de uma besta ou animal “terrível e espantoso” (Dn 7:7). Esses animais, na sequência da profecia de Daniel, bem como na estátua do sonho do rei Nabucodonosor, representam, respectivamente: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Mas de todos estes impérios, o último, descrito como um animal medonho, deixaria registrado na história um reinado de medo e descaso para com a Palavra de Deus. João, por sua vez, viu uma besta que saiu do mar. Ou seja, uma besta que surgiria de “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:15). Observem que João apresentou um regresso histórico, uma ordem contrária dos animais citados por Daniel (v.2), corroborando com o fiel cumprimento da profecia referente aos reinos que já haviam passado.
Findo o período da supremacia política dos impérios, Roma passou a reger as nações através do poder político e religioso do papa. Considerado líder supremo, o pontífice tornou-se a figura mais importante do globo e sua palavra passou a ter vigor em todas as esferas da sociedade. Existem diversas semelhanças entre o chifre pequeno da profecia de Daniel e a besta que emerge do mar. Ambos, portanto, representam o mesmo poder: Roma Papal. Vimos que este tempo de apogeu durou “quarenta e dois meses” (v. 5), 1260 anos, tendo o seu fim em 1798 com a prisão do papa Pio VI. A profecia apresenta, porém, um período no futuro em que este poder recobraria as suas forças, quando diz: “essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (v. 3). Ou seja, Roma Papal reassumirá o controle do poder civil e religioso e revelará ao mundo um discurso que atrairá multidões, “aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (v. 8). Será que o cenário mundial atual já não revela indícios suficientes de que esta profecia já está se cumprindo?
A besta que surge da terra, ao contrário de mar, representa um poder que surge de um lugar deserto ou pouco povoado. Fugindo da perseguição, muitos cristãos desbravaram os mares à procura de viver com liberdade a sua crença. Foi assim que surgiu a nação dos Estados Unidos da América, com seus ideais protestantes de liberdade civil e religiosa. Ellen G. White diz: “Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte” (O Grande Conflito, p. 439).
Como os “dois chifres” não possuem coroas ou diademas como na descrição da besta anterior, eles não se referem a reinos, mas podem se referir a esses dois ideais de liberdade, já que parece um cordeiro, isto é, aparenta ser uma nação cristã, mas que no fim revelará a sua verdadeira face, “como dragão” (v. 11). Ellen G. White afirma: “A ‘fala’ da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de falar ‘como o dragão’, e exercer ‘todo o poder da primeira besta’, claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo” (O Grande Conflito, p. 441).
Há alguns anos, seria impossível fazer qualquer ligação ou conexão entre a nação norte-americana e o Vaticano. Hoje, vemos que as relações estão cada vez mais estreitas e que as portas estão sendo abertas para uma associação cada vez mais íntima.
A besta que sobe do mar representa as duas fases de Roma: pagã e papal. Partindo do princípio de que ela emerge do meio de povos e nações, as sete cabeças representam os seguintes reinos: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma pagã e Roma Papal; os povos que representam os piores inimigos do povo de Deus ao longo da história. A profecia indica que Roma adquiriu características peculiares de alguns desses povos: da Grécia (leopardo) a semelhança no sistema religioso de culto a imagens e invocação de santos; da Medo-Pérsia (urso), a instituição do domingo como dia de guarda, pois os persas dedicavam o primeiro dia da semana como um dia de culto ao deus Sol; e da Babilônia (leão), Roma copiou a soberba, o orgulho e o descaso para com a Lei de Deus (Is 13:11; Is 14:10-14).
O início da cura da ferida mortal se deu no ano de 1929, quando Benito Mussolini assinou uma concordata concedendo ao papado 44 hectares de terra, que, mais tarde, se tornaria o menor país do mundo, o Estado do Vaticano. A partir daí, os pontífices voltaram a ter um prestígio que só vem crescendo, e a nação norte-americana aclamada como grande potência mundial, mostrando que caminha para dar as mãos à primeira besta. Logo, nos será tolhida a liberdade de crença, a liberdade econômica (v. 17) e até o direito fundamental de ir e vir. Além do inevitável decreto de morte a todos os que se recusarem a adorar “a imagem da besta” (v. 15).
Uma marca será imposta “a todos […], sobre a mão direita ou sobre a fronte” (v.16). Uma contrafação ao que o Senhor determinou para o Seu povo (Dt 6:8), que é “a perseverança e a fidelidade dos santos” (v. 10). Como está escrito: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Será, portanto, uma questão de decisão voluntária (fronte) em obedecer os mandamentos de Deus ou mandamentos de homens (mão direita). A necessidade atual é de cristãos que reconheçam a sua incapacidade de enfrentar a grande prova final e, como Jacó, agarrem-se firmemente à destra da Onipotência até que do alto sejam revestidos de poder.
A compreensão dos símbolos de Apocalipse, porém, não pode ser maior do que o desejo por conhecer Aquele a quem este livro revela: Jesus Cristo. Pois “a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo 17:3). A grande controvérsia final é uma guerra entre verdadeiros adoradores e falsos adoradores, e “o número da besta” (v. 18) é a representação de uma falsa adoração.
A questão é: De que lado estamos hoje? Lembrem-se: “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3). Assim como as profecias indicam, um tempo virá em que o mundo se voltará contra aqueles que permanecem leais a Deus. Nossa missão é sermos testemunhas do reino eterno, sem ceder às tentações do poder terreno. Enquanto caminhamos para o cumprimento das profecias de Apocalipse, que cada um de nós siga com o olhar fixo em Cristo e na promessa de um reino que não tem fim. Maranata!
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