O ano de 2009 foi muito diferente, em vários aspectos, na vida de Laura. Depois de um ano e meio trabalhando no desenvolvimento do CD “Manhã”, ela estava satisfeita por ter terminado todo o vasto trabalho. Tudo gravado. O lançamento do álbum estava previsto para o mês de outubro e, depois disto, viagens e apresentações para a divulgação das novas canções.
Curiosamente, no mês de setembro, depois de ser submetida a alguns exames, a cantora teve (infelizes) novidades. Os médicos diagnosticaram algo estranho com o seu nódulo de tireóide, existente há mais de um ano. “Depois de vários exames, o conselho médico decidiu que eu passasse por um processo cirúrgico para verificar a natureza daquela pequena eminência”, relembra Laura.
A maior preocupação de todos, inclusive da paciente, não era o câncer de tiróide (para muitos médicos o mais simples de se tratar), mas, sim, a região em que a cirurgia teria que ser feita. Isto é, a intervenção poderia interferir no futuro do desempenho vocal de Laura. Segundo ela, “isso era amedrontador. Do dia para a noite, eu era uma cantora, com um disco prestes a ser lançado, sem saber ao certo se conseguiria cantá-lo.”
Poucos dias depois a cirurgia foi realizada. No entanto, a preocupação ainda permanecia, sobretudo por uma notícia inquietante revelada pelo médico. “Para minha triste surpresa, era um tumor maligno. Não permiti que a minha paz e minha confiança fosse abalada por aquele acontecimento. Graças a Deus, eu estava rodeada de familiares que não me desampararam em nenhum momento”, diz a cantora. Confiar nAquele que sempre está nos amparando e confortando em todas as situações certamente compreende um grande aliado contra as dores, tristezas e dúvidas espirituais.
“Contudo, não fiquei desesperada em nenhum momento. O Senhor Deus me deu uma paz imensa. Fiquei duas semanas inteiras sem falar e três meses sem cantar”, relata.
“Contudo, não fiquei desesperada em nenhum momento. O Senhor Deus me deu uma paz imensa. Fiquei duas semanas inteiras sem falar e três meses sem cantar”, relata.
O pós-operatório trouxe à tona uma situação inusitada na vida da cantora: reconhecer a sua própria voz. Depois da cirurgia e do tempo de recuperação, ela passou a ter medo de cantar e não conhecia mais os meus limites vocais. Uma estranha sensação a qualquer profissional da música.
A confiança em seu talento voltou em um culto de sábado, graças a pedidos de pessoas que não sabiam do seu problema. “Ao visitar uma igreja, fui convidada para cantar. Apesar do meu medo, meu pai decidiu que tocaria a música ‘Em Louvor a Jesus’. Fui para o púlpito pela fé. Quando comecei a cantar, minha voz estava lá, perfeita”. O louvor se encaixou perfeitamente para o momento: “Quero viver a vida cantando, em louvor a Jesus. Quero viver testificando, desse amor infinito, bendito, bonito.” Desde então, tal receio não existe mais na vida de Laura. Seu desempenho vocal está exatamente como antes. Miraculosamente, a cirurgia não atrapalhou em nada. “O Senhor me restaurou e me fez entender que é a Ele que tenho que servir meus talentos”, encerra emocionada.
Tadeu Inácio - Texto extraído da Revista Mais Destaque nº 35
Nenhum comentário:
Postar um comentário