O ano é 2011 d.C. Século 21. Vivemos na era da modernidade, da globalização, dos avanços tecnológicos, da informática, do fácil acesso à informação, da portabilidade. Sem dúvida, em alguns aspectos, a vida moderna é mais fácil do que antigamente. Mas também vivemos em tempos de guerra, violência, desigualdade social, divergência de opiniões, pluralidade, instabilidade econômica e social. No que diz respeito à saúde, vivemos em uma época marcada pelas contradições, e entramos no século 21 com uma geração de enfermos.
Em nenhuma outra época da história da humanidade houve tantas pesquisas e progresso científico. Nunca houve um arsenal tecnológico tão grande a serviço da medicina. A indústria farmacêutica vive um momento de explosão na quantidade de medicamentos lançados no mercado, prometendo resultados terapêuticos cada vez melhores com menos efeitos adversos. A resultante desse cenário deveria ser uma população muito saudável, ativa e feliz. Por que motivo o quadro que contemplamos é exatamente o oposto?
Por todos os cantos do planeta, os profissionais de saúde se deparam diariamente com doenças cada vez mais prevalentes, precoces e graves. A obesidade atingiu níveis epidêmicos globais. Estudos indicam que uma entre cada seis pessoas terá algum tipo de câncer durante a vida. As doenças cardiovasculares, o diabetes e os transtornos mentais são cada vez mais comuns, afetando diretamente a longevidade e qualidade de vida da população, além de aumentar os custos para quem paga a conta.
Por que o mundo está tão doente? Por que todas as famílias têm casos de dor e sofrimento para contar? Por que vemos jovens que deveriam estar no auge da vitalidade física e mental sofrendo de depressão?
A maioria das doenças que enfrentamos atualmente tem um denominador comum: maus hábitos de vida. Não há nada misterioso na origem da maior parte das doenças da atual civilização. As mudanças no estilo de vida do ser humano através dos séculos tiveram forte impacto negativo sobre a saúde e longevidade da raça humana. E o mais assustador é que uma pesquisa sobre hábitos de vida realizada pela revista Veja no ano passado revelou que os brasileiros ignoram as causas das doenças que mais matam.
Pouca quantidade de fibras (frutas, cereais integrais, verduras), excesso de alimentos refinados, gorduras e proteína animal, inatividade física, excesso de trabalho e estresse mental, aliados ao uso de substâncias tóxicas e estimulantes (álcool, cigarro, cafeína, etc.) têm levado a raça humana a uma gradual degeneração. Atualmente, dados estatísticos demonstram que só a metade da população mundial chega a 17 anos. Uma pessoa em cada 60 chega aos 60 anos, e uma pessoa em cada 600 chega aos 80 anos.
Jesus nos diz "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (João 10:10). Se Deus quer nos dar vida em abundância, por que é que vivemos tão pouco e com tanto sofrimento? A resposta é simples: pelas nossas escolhas infelizes! E como ser feliz, sabendo que estamos vivendo uma vida descuidada, marcada pela autoagressão?
Assim como o universo que nos rodeia é regido perfeitamente por leis, nosso corpo também tem leis naturais que o governam. Como uma máquina, o corpo humano deve ser usado segundo o manual de instruções dado por Deus, nosso Criador. Quando há desconsiderações para com o organismo, imediatamente ele reage procurando ajeitar as coisas. Ao vivermos em harmonia com as leis do nosso corpo, proporcionamos a ele condições adequadas de funcionamento de acordo com suas necessidades naturais, sobrevindo saúde, bem-estar, alegria e energia que nos põe em movimento!
Devemos constantemente buscar informações sobre como viver mais e melhor, encarando os fatos com uma atitude mental positiva, procurando raciocinar da causa para o efeito. Devemos buscar de maneira sábia orientações de como efetuar tais mudanças de estilo de vida, que serão traduzidas em benefício próprio.
Ao despertarmos para a importância do cuidado com a saúde física, mental e espiritual, poderemos desfrutar de toda a felicidade idealizada pelo nosso Deus Criador.
Dr. Luiz Fernando Sella
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