sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O bebê crente e o bebê ateu


No ventre de uma mulher grávida, dois bebês estão tendo uma conversa.
Um deles é crente e outro ateu.

Bebê Ateu: Você acredita na vida após o nascimento?

Bebê Crente: Claro que sim. Todo mundo sabe que existe vida após o nascimento. Nós estamos aqui para crescer fortes o suficiente e nos preparar para o que nos espera depois.

Bebê Ateu: Bobagem! Não pode haver vida após o nascimento! Você pode imaginar como seria essa vida?

Bebê Crente: Eu não sei todos os detalhes, mas acredito que exista mais luz, e talvez a gente caminhe e se alimente lá.

Bebê Ateu: Besteira! É impossível andarmos e nos alimentarmos! É ridículo! Nós temos o cordão umbilical que nos alimenta. Eu só quero mostrar isso para você: a vida após o nascimento não pode existir, porque a nossa vida, o cordão, já é demasiado curta.

Bebê Crente: Eu estou certo de que é possível. Ela será um pouco diferente. Eu posso imaginá-la.

Bebê Ateu: Mas não há ninguém que tenha voltado de lá! A vida simplesmente acaba com o nascimento. E, francamente, a vida é apenas um grande sofrimento no escuro.

Bebê Crente: Não, não! Eu não sei como a vida após o nascimento será exatamente, mas em todo caso, nós encontraremos nossa mãe e ela cuidará de nós!

Bebê Ateu: Mãe? Você acha que tem uma mãe? Então, onde ela está?

Bebê Crente: Ela está em toda parte à nossa volta, e nós estamos nela! Nós nos movemos por causa dela e graças a ela, nós vivemos! Sem ela, nós não existiríamos.

Bebê Ateu: Bobagem! Eu nunca vi uma mãe; portanto, não existe nenhuma.

Bebê Crente: Eu não posso concordar com você. Na verdade, às vezes, quando tudo se acalma, nós podemos ouvi-la cantar e sentir como ela acaricia o nosso mundo. Eu acredito fortemente que a nossa vida real começará somente após o nascimento. Eu creio!

O bebê ateu sorri intimamente, debochando do crédulo irmãozinho que se ampara em absurdos fantasiosos para dar sentido a sua vida.

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