quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A Nudez do Adventismo


O adventismo está despido de suas vestes brilhantes. Anda em praça pública exibindo ares de novo-rico, quando o que consegue causar é espanto. Todos estão assombrados pela sua impudicícia. Na tentativa de copiar a moda teológica dos círculos evangélicos, nos despimos da Verdade Presente. Apenas não nos damos conta disto…

Sei que as afirmações soaram fortes e podem ser facilmente distorcidas. Talvez seja mais fácil esclarecer o assunto deixando claro o que não quero dizer. Em primeiro lugar, não creio que Deus rejeitou o movimento adventista, nem que vá suscitar outro em seu lugar. No plano do Senhor, há uma forma de resolver a apatia e descaso atuais – a sacudidura. Enquanto alguns se despojarem de suas opiniões e abrirem mão de suas experiências pessoais como ferramentas para interpretar a Bíblia, o Espírito lhes guiará a toda verdade. Na Bíblia encontrarão seu único apoio, enquanto muitos de seus irmãos abandonarão as convicções de antes.

Um segundo ponto: muitos críticos usam suas insatisfações, algumas até justificáveis, para culpar a liderança da igreja. Não é meu caso. Creio que Deus usa homens e mulheres, aos quais Ele chamou. Eu não sou melhor do que eles. Cabe a mim orar por aqueles que ocupam papéis administrativos no grande organismo que é a igreja. O problema não são os líderes, mas a tendência humana de resistir à Verdade e de substituí-la por preferências confortáveis e opiniões cômodas. Isso está em toda parte.

Um último aspecto: o quadro é preocupante, contrariando nosso tradicional triunfalismo; mas Deus continua no controle. Ele conduz Sua igreja e tem agido, mesmo que a ansiedade humana frequentemente nos leve a preocupações quanto ao futuro desse movimento. Deus está à frente e iluminará o povo remanescente em meio às ciladas desse momento decisivo de sua história.

A crise que vivemos é teológica e será respondida pelo reavivamento, corretamente compreendido. Alguns bem-intencionados pregadores fazem parecer que o reavivamento é uma espécie de sentimentalismo religioso, enquanto outros parecem promover um programa, uma estratégia, sem compreender a profundidade da experiência requerida. O reavivamento genuíno está relacionado à teologia, não aquele do ambiente acadêmico, dos corredores de seminários. Contudo, à teologia ligada com a vida da igreja, que é acadêmica sem deixar de ser exuberante em sua praticidade e enriquecimento para a maturidade cristã.

Reavivamento nasce da dependência completa da Palavra, não de forma confessional, mas integrada com a experiência cristã na prática. Sem ser cobertos com as vestes de justiça dAquele que convida Laodiceia à experiência de retorno à vida (reavivamento; cf Ap 3:18-19), continuaremos orgulhos de nossa nudez pública…

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