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Stephanie Vasconcelos, 27, doou parte do seu fígado e passou por uma cirurgia completa de 17 horas, para salvar a vida do pai. A jovem já saiu do Hospital Adventista Silvestre há uma semana e está voltando à vida normal.
Já seu pai, Henrique Manoel Julião, 53, teve uma cirurgia complicada porque tem problemas no coração. Para sua cirurgia, na qual recebeu 65% do fígado da filha, foram necessários 14 médicos.
Todos os procedimentos foram realizados no mesmo dia. A equipe operou o coração do paciente, retirou a maior parte do fígado da doadora e fez o transplante.
“Ele tinha uma obstrução de 70% das artérias que levam o sangue para o coração e aquilo era uma contra-indicação para o transplante de fígado, que ele poderia desenvolver uma falência cardíaca aguda, um infarto agudo do miocárdio”, explicou o médico Eduardo Fernandes.
Uma veia da perna e outra do tórax, foram retiradas para a cirurgia do coração. Essas veias ligadas a aorta restabelecem a passagem do sangue para as artérias entupidas.
“A cirurgia foi muito bem então depois que não existia mais riscos, nós operamos a doadora, retiramos o fígado. Ela iria ficar com 35% do fígado. É o limite da decisão, porque menos de 35% pode vir a ter risco de vida para quem doa”, destacou o médico.
Duas principais veia do fígado também foram doadas por Stephanie. No receptor, elas logo começaram a bombear sangue para o coração. Em até o ano, o fígado da doadora deve recuperar 75% do tamanho normal.
Stephanie contou que tomou a decisão de doar seu órgão quando soube que o pai só poderia receber o fígado de um doador vivo.
Já Henrique, que teve alta, mas ainda precisa de mais cuidados médicos que a filha, se disse surpreso com a complexidade da cirurgia. "Eu não sabia o número ainda de quantos tinham participado. Quando soube, falei: 'meu Deus, nasci de novo'. Acredito que Deus vai recompensar a Stephanie muito por tudo isso", disse.
Com informações do G1 | Hospital Adventista Silvestre
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