terça-feira, 24 de junho de 2014

Jogo da Copa Brasil x Chile no sábado - Obedecer a Deus ou à paixão?


É comum se ouvir que no Brasil o futebol é uma "paixão nacional", capaz de arrebanhar multidões para assistirem aos grandes "clássicos". Para alguns, o futebol é visto como uma verdadeira religião - idólatra, diga-se de passagem. Até alguns adventistas, fanáticos por futebol, sofrem um dilema por ocasião da Copa do Mundo, pois algumas partidas decisivas são realizadas no sábado, e ai fica a questão: "obedecer a Deus... ou à paixão?" Vejamos o que Ellen G. White nos diz sobre isso:

O Tempo do Senhor, Não Nosso

Quando o Senhor libertou o Seu povo de Israel do Egito e lhes entregou Sua lei, Ele os ensinou que pela observância do sábado deviam ser distinguidos dos idólatras. Isto foi o que fez a distinção entre aqueles que reconhecem a soberania de Deus e aqueles que recusam aceitá-lo como seu Criador e Rei. “É um sinal entre mim e os filhos de Israel para sempre”, disse o Senhor. “Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo”. Êxodo 31: 17, 16.

Como o sábado era o sinal que distinguia Israel quando saíram do Egito para entrar na Canaã terrestre, assim é o sinal que agora distingue o povo de Deus ao saírem do mundo para entrar no descanso celestial. O sábado é um sinal do relacionamento existente entre Deus e Seu povo, um sinal de que eles honram Sua lei. Isto faz distinção entre Seus súditos leais e os transgressores… (Conselhos para a Igreja, pág. 266).

Tenho sido atormentada ao ver os que professam crer nas reivindicações obrigatórias da lei de Deus, nos reclamos do sábado do sétimo dia expressos no quarto mandamento, displicentes em relação a seu caráter sagrado. Eles fazem as próprias coisas que o Senhor lhes disse que não devem fazer nesse dia…

O sábado é tempo de Deus. Ele santificou e abençoou o sétimo dia. Ele o colocou à parte para o homem guardá-lo como um dia de adoração. Mas nada que eu possa dizer será mais forte do que as palavras do mandamento: “Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharas, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem tua servo, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro de tuas portas; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que nele há, e ao sétimo dia descansou; portanto o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou”. Este é o dia de Deus, e mostramos nossa lealdade a Ele, quando não apenas cremos, mas cumprimos Seus mandamentos. Aqueles que roubam a Deus no Seu tempo serão chamados a prestar contas tão seguramente como o trono de Deus existe.

A lei de Deus é Seu padrão de justiça. Os homens podem, com suas idéias finitas, criar um padrão próprio, e afirmar que eles são justos; mas o padrão de Deus que julgará cada homem naquele grande dia. Os reclamos do sábado não devem ser considerados de forma a mostrar somente um respeito parcial, para fingir guardá-lo, tornando-o inteiramente um assunto de conveniência.

Se os interesses mundanos correm o risco de ser prejudicados, alguns infringirão o sábado, e na realidade roubam o tempo de Deus, e se apropriam dele para seu próprio uso. Isto deprecia a santidade do sábado não apenas em suas próprias mentes, mas por seu exemplo removem de outras mentes a sagrada dignidade que o Senhor colocou sobre o mesmo. Aquilo que Deus tornou santo é rebaixado ao mesmo nível de outros dias comuns de trabalho tão logo quanto qualquer trabalho desnecessário seja feito nesse dia. Seja isto perda ou ganho de um ponto de vista mundano, não alterará um jota ou um til dos reclamos de Deus no quarto mandamento. O nome de cada transgressor, com a natureza da ofensa, é escrito contra o ofensor nos livros do céu.

Mas o sábado tem sido tratado com grande desrespeito. Tem sido usado de uma maneira a depreciar sua dignidade, e remover a sagrada santidade que Deus colocou sobre o mesmo. Deus pretendia ter o sábado colocado diante do povo em seu poder moral, respondendo ao designo de Jeová em manter em lembrança o Deus vivo, o Criador dos céus e da terra. “É um sinal entre mim e ti”, disse Deus…

Pretendemos defraudar o Criador dos céus e da terra roubando Seu tempo reservado, Deus que não nos negou Seu Filho unigênito, mas O entregou para morrer pelo homem, para que através de Seus méritos imputados ao homem se lhe tornasse possível guardar a lei de Deus. O homem insultará e desonrará a Deus pelo desrespeito de Seu santo dia? (Manuscrito 34, 1897).

Apropriando-nos do tempo de Deus para nosso uso próprio, deveis ter mais alta visão dos reclamos de Deus sobre vós em relação ao Seu santo dia… Não de deveis roubar de Deus uma hora do tempo sagrado… Quando o sábado começa devemos colocar uma guarda sobre nós mesmos, sobre nossos atos e nossas palavras, a fim de que não roubemos a Deus pela apropriação para nosso próprio uso daquele tempo que é estritamente do Senhor. (Testimonies, vol. 2, p. 702).

2 comentários:

  1. Faltou citar em que livro Ellen G White disse o texto acima.

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  2. Desculpe a minha falha, Roberto Reis. Já coloquei as citações no texto. Obrigado pelo alerta. Abraço.

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