terça-feira, 22 de julho de 2014

Há 185 anos nascia John Andrews, pioneiro do adventismo

No dia 22 de julho de 1829, na cidade de Poland, nos Estados Unidos, nascia John Andrews, considerado um dos quatro grandes pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele pertencia a uma família muito religiosa e, desde pequeno, gostava muito de ler a Bíblia, o que o levou a aprender grego e hebraico, buscando estudar a Bíblia em seus idiomas originais.

Ainda jovem conheceu Ellen e Thiago White, também pioneiros do movimento adventista. Segundo o teólogo Renato Stencel, diretor do Centro de Pesquisas Ellen White Brasil e estudioso da história da Igreja Adventista, “ele desenvolveu uma amizade profunda com o casal, mas, sobretudo com Tiago White. Viajaram muitas vezes em projetos missionários e trabalharam arduamente para o estabelecimento da Editora Review and Herald”, relata.

Aos quinze anos, em 22 de outubro de 1844, passou pela experiência do Grande Desapontamento, um dia que que alguns religiosos americanos, inspirados em profecias bíblicas, esperavam a segunda vinda de Jesus. Não acontecendo o que era aguardado, ao invés de desistir de sua crença, Andrews voltou a analisar a Bíblia e chegou à conclusão de que os estudos anteriores estavam equivocados, explicando que a intepretação das profecias não se referia ao retorno de Jesus, mas à purificação do Santuário Celestial.

Sobre esse assunto, Stencel explica que “após esse evento, Andrews não passou apenas a amar a mensagem do advento, mas a compreender as razões de sua fé. Ele esteve entre os primeiros adventistas que presenciaram o cumprimento profético da mensagem de Apocalipse 14 e a necessidade dos mandamentos serem resgatados à luz da Palavra de Deus, sobretudo o sábado”. ​

Legado
Dentre as suas contribuições de Andrews para o adventismo, está a definição de um horário para a observância do sábado. Em seus estudos ele chegou à conclusão, baseado na Bíblia, de que o período que deveria ser reservado pelos cristãos como dia de adoração a Deus era do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol de sábado.

Ele também organizou a Instituição para que fosse considerada um órgão legalizado diante da lei dos homens. Entre os anos de 1867 a 1869 assumiu a presidência da Igreja Adventista Mundial. “O pastor Andrews não se destacou como um grande administrador, mas sim, como um profundo conhecedor das Escrituras Sagradas e essa foi a marca registrada de seu ministério. Andrews foi um grande estrategista que elaborava grandes planos para o avanço da Igreja Adventista”, declara Stencel.

John Andrews foi o primeiro pastor adventista enviado de forma oficial a outros países para falar da mensagem bíblica. “Seu espírito missionário moveu a Igreja Adventista para avançar rumo ao oeste dos Estados Unidos, onde alcançou grandes vitórias missionárias, isso sem falar do avanço além-mar”, enfatiza Stencel. No dia 15 de setembro de 1874, ele embarcou no navio Atlas rumo a Suíça. Permaneceu na Europa por nove anos e durante esse período escreveu centenas de artigos, lançou três novos periódicos em alemão, italiano e romeno e fundou uma revista mensal intitulada Les Signes des Temps que foi distribuída pela Europa e para outros vinte e quatro países em quatro continentes do mundo.

Um pouco antes de morrer o missionário pediu lápis e papel para assinar seu testamento, onde declarava que seus últimos 500 dólares deveriam ser doados para a Missão Européia. Após dedicar sua vida para a pregação do evangelho e o estabelecimento da Igreja, John N. Andrews morreu em 21 de outubro de 1883, deixando como legado sua atuação no estabelecimento de uma instituição que, atualmente, tem mais de 17 milhões de membros em todo o mundo. Uma das principais universidades adventistas do mundo leva seu nome e está localizado em Barrien Springs, Michigan, nos Estados Unidos. 

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