segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Perseguição religiosa na Nigéria já deixou seis adventistas mortos


Os ataques de extremistas islâmicos que vêm sendo registrados na Nigéria já deixaram pelo menos seis adventistas mortos. Por causa da perseguição religiosa, 16 templos da Igreja Adventista também tiveram que ser abandonados e estão fechados para cultos. A informação foi divulgada na última sexta-feira, 6 de fevereiro, pela Adventist Review.

Segundo a reportagem, as mortes foram confirmadas por um pastor que escapou dos ataques. Segundo o informante, que teve a identidade preservada pelo periódico, algumas das vítimas foram sequestradas e posteriormente assassinadas. Outras teriam sido mortas a tiros durante os ataques do Boko Haram nos subúrbios da cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno. A situação vivida pelos cristãos na Nigéria – que colocou o país entre os 10 mais hostis ao cristianismo em 2014, segundo relatório divulgado recentemente pela organização Portas Abertas – tem se agravado no contexto que antecede a eleição presidencial. 

Cerca de 220.000 adventistas vivem no país mais populoso da África, cujo número de habitantes chega a 177 milhões. Nos últimos dias, milhares de fieis que moram em cidades e aldeias da região mais afetada pelos conflitos precisaram fugir. Alguns deles foram atacados enquanto tentavam escapar para outras cidades e estados, bem como para países vizinhos, a exemplo de Camarões.

Membros da igreja que não puderam deixar a região, como foi o caso de muitos idosos, foram forçados a adotar o Islã, segundou informou Uzoma Nwosi, diretor de comunicação da sede administrativa adventista para esta parte do continente. Ainda não há confirmação se alguns adventistas também teriam sido obrigados a engrossar as fileiras do Boko Haram, mas “relatórios da região indicam que os homens jovens capturados pelo grupo foram forçados a se tornar membros”, conforme publicou a revista.

Apenas um pastor permanece nessa região, prestando atendimento nos estados de Adamawa, Bauchi, Borno, Gombe e Taraba. “A vida tem sido difícil para ele, mas Deus o tem ajudado “, contou Nwosi.

A situação de muitos adventistas que fugiram para Camarões ou que estão vivendo em montanhas e cavernas é mais preocupante, pois eles estão sofrendo com a falta de alimento, de cuidados com a saúde e com a insegurança.

“Pedimos a todos para se unir em oração para que Deus intervenha, pois é quando temos paz e segurança que podemos pregar livremente o evangelho”, conclamou Nwosi. 

Maiores informações na Revista Adventista

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