quinta-feira, 12 de março de 2015

Texto orienta adventistas: As Manifestações e o Evangelho


Descontentes com o rumo da política nacional, milhares de pessoas já confirmaram sua ida às ruas nos próximos dias 13 e 15 de março para apoiar o governo e protestar contra ele, respectivamente. Diversos brasileiros que vivem em outros países também estão se organizando para que em suas localidades haja protestos. Em relação a isso, qual deve ser a postura do adventista? Ele deve ou não participar deste tipo de ato? Quais são os riscos?

Veja neste artigo as orientações em relação ao assunto e de que forma as ações do cristão devem estar voltadas à proclamação do evangelho. 

As Manifestações e o Evangelho

O Brasil vive momentos delicados e complexos com a possibilidade de novas manifestações no País, inclusive de forte conotação política. Há um descontentamento de parte da população por conta do aumento de taxas, preços e custos, além de constante relação do Brasil com a corrupção na administração pública. Já vivemos no passado atos pacíficos e outros violentos entre manifestantes e policiais, resultando no vandalismo em várias cidades.

Diante desse quadro complexo, a pergunta que se ouve nestes últimos dias é: devem os adventistas se envolver nessas manifestações? Devem os pastores adventistas sair às ruas e fazer eco aos protestos?

Vale a pena mencionar uma citação inspirada da escritora Ellen White, que esclarece alguns pontos:
“O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos — extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração”. (O Desejado de Todas as Nações, 358).
Como Igreja, respeitamos as reivindicações porque nós temos saído às ruas para defender ideias, como o projeto Quebrando o Silêncio , contra o álcool, o fumo e as drogas e em defesa da liberdade religiosa. Saímos com os jovens no projeto Missão Calebe e para doar sangue (www.vidaporvidas.com), chamando a atenção da sociedade para o bem, entre outras iniciativas.

Não é errado defender ideias e ideais, e todos têm o direito de se manifestar livremente, conforme a própria Constituição Brasileira prevê. Como Igreja, contudo, alertamos que nessas manifestações existem pessoas com intenções equivocadas que não combinam com os nossos pensamentos e princípios cristãos. Muito mais do que reivindicar, nossa missão é proclamar. Como cristãos, fomos chamados para influenciar o mundo e devemos continuar fazendo isso através do amor, doando-se e desgastando-se pelo bem da comunidade.

Na continuação, Ellen White diz: 
“Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembleias legislativas, nem pelo patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo. “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus”. Jo 1:12, 13. Aí está o único poder capaz de erguer a humanidade. E o instrumento humano para a realização dessa obra é o ensino e a observância da Palavra de Deus”. (O Desejado de Todas as Nações, 358)
Estamos, como adventistas, neste mundo com uma mensagem especial que é preparar um povo para o encontro com o Senhor! Cremos que a nossa força não deve estar nas manifestações por justiça, mas em anunciar a volta do Senhor Jesus, a verdadeira causa!

A Bíblia é o nosso guia segura sempre. No livro de Hebreus 11:16 está escrito que: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.”

O sonho dos sul-americanos, o sonho dos brasileiros, o sonho dos europeus… Todos querem uma pátria melhor. E ela existe. A cidade de Deus, a pátria celestial. Enquanto não estamos nela, seguindo Romanos 13, dedique tempo para orar pelas autoridades e para que o evangelho continue sendo anunciado com toda a força.

Lembre-se sempre: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros”. (2 Crônicas. 20:20).

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