A repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward, jornalistas de uma TV afiliada à rede norte-americana CBS foram mortos a tiros nesta quarta-feira (26) enquanto faziam uma entrevista ao vivo no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Os jornalistas do canal WDBJ-TV foram atingidos na Bridgewater Plaza, na cidade de Moneta, por volta de 6h45 (no horário local). A repórter tinha 24 anos e, o câmera, 27 anos.
O atirador, que seria um ex-empregado da emissora, atirou em si mesmo pouco depois dos assassinatos. O suspeito Vester Lee Flanagan, 41 anos, que utiliza na mídia o nome de Bryce Williams, foi preso depois do crime, e morreu logo após no Hospital Fairfax. Ele registrou o disparo (assista aqui) e postou comentários no Twitter afirmando que 'Alison fez comentários racistas' e que Adam o 'denunciou no RH depois de ter trabalhado junto apenas uma vez'.
A Casa Branca afirmou após o crime que o tiroreio foi mais um exemplo de violência armada que “está se tornando comum demais”. O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, disse a jornalistas que o Congresso deveria aprovar uma legislação que tivesse um “impacto tangível na redução da violência por armas no país”. (G1)
A Posição da Igreja Adventista Sobre o Porte de Armas
As armas automáticas ou semi-automáticas de estilo militar estão se tornando cada vez mais disponíveis aos civis. Em algumas regiões do mundo é relativamente fácil a aquisição de tais armas. Elas aparecem não apenas nas ruas, mas também nas mãos de jovens nas escolas. Muitos crimes são cometidos por meio do uso dessas armas. São feitas para matar e não têm nenhuma utilidade recreativa legítima.
Os ensinos e o exemplo de Cristo constituem a norma e o guia para o cristão de hoje. Cristo veio ao mundo para salvar vidas, não para destruí-las (Lucas 9:56). Quando Pedro sacou de sua arma, Jesus lhe disse: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão” (Mateus 26:52). Jesus não Se envolvia em violência.
Alguns argumentam que a interdição das armas de fogo limita os direitos das pessoas e que as armas não cometem crimes, mas sim as pessoas. Embora seja verdade que a violência e as inclinações criminosas conduzem às armas, também é verdade que a disponibilidade das armas leva à violência.
A oportunidade de civis comprarem ou adquirirem de outro modo as armas automáticas ou semi-automáticas apenas aumenta o número de mortes resultantes dos crimes humanos. A posse de armas de fogo por civis nos Estados Unidos aumentou a uma estimativa de 300 por cento nos últimos quatro anos. Durante o mesmo período, houve um assombroso aumento de ataques armados e, consequentemente, mortes.
Na maior parte do mundo, as armas não podem ser adquiridas por nenhum meio legal. A igreja vê com alarme a relativa facilidade com que elas podem ser adquiridas em algumas regiões. Sua acessibilidade só pode abrir a possibilidade de mais tragédias.
A busca da paz e a preservação da vida devem ser os objetivos do cristão. O mal não pode ser combatido eficazmente com o mal, mas deve ser vencido com o bem. Os adventistas, como outras pessoas de boa vontade, desejam cooperar na utilização de todos os meios legítimos para reduzir e eliminar, onde possível, as causas fundamentais do crime.
Além disso, tendo-se em mente a segurança pública e o valor da vida humana, a venda de armas de fogo automáticas ou semi-automáticas deveria ser estritamente controlada. Isso reduziria o uso de armas por pessoas mentalmente perturbadas e por criminosos, principalmente aqueles envolvidos com drogas e atividades de quadrilhas.
Esta declaração foi liberada peio então presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson, após consulta com os 16 vice-presidentes da Igreja Adventista, em 5 de julho de 1990, durante a Assembleia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana.
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