terça-feira, 10 de novembro de 2015

Aprovada proposta de liturgia dos cultos de sábado da Igreja Adventista


Uma proposta de referência para liturgia dos cultos de sábado na Igreja Adventista do Sétimo Dia foi aprovada pelos delegados da Comissão Diretiva durante o Concílio Quinquenal, na última quarta-feira, dia 4, em Brasília (DF). O objetivo é tornar esses momentos mais agradáveis e contribuir para o que a Igreja chama de ambiente favorável à adoração e louvor.

A proposta dá mais tempo aos elementos diretamente ligados à adoração como o sermão e os momentos de louvor e minimizar o tempo de assuntos periféricos. Além disso, segundo os pastores Carlos Hein e Herbert Boger, responsáveis pela elaboração da sugestão, a intenção é fazer do culto de adoração algo mais dinâmico e objetivo a fim de conquistar todos os espectadores, desde crianças até idosos, sendo ele membros da Igreja ou visitantes.

O que se propôs foi, ainda, que a programação de cada culto seja organizada com antecedência a fim de evitar improvisos e imprevistos que possam comprometer a concentração dos adoradores. A recomendação da Igreja é que os cultos de adoração não excedam 1h15 de duração e que se garanta um tempo adequado para a exposição do sermão.

Aconselha-se que louvor congregacional esteja em harmonia com o tema escolhido para a pregação e busque não exceder o tempo a ele designado. Também foi proposto que as igrejas determinem a ordem apropriada da Escola Sabatina e do Culto Divino e definam qual dos dois acontecerá primeiro, de acordo com a realidade da região. Além disso, deve haver uma continuidade entre ambos para que os membros percebam que se trata de uma só unidade de adoração. Recomenda-se que a transição seja marcada com um hino de adoração”, comenta o pastor Boger. (Com informações ASN)

Nota: Segue abaixo algumas importantes orientações de Ellen G. White sobre os cultos:

Sermões Longos e Tediosos
"Que a mensagem para este tempo não seja apresentada em discursos longos e elaborados, mas em prática breves e incisivas, isto é, que vão diretamente ao ponto. Sermões prolongados fatigam a resistência do orador e a paciência dos ouvintes. Os sermões curtos serão mais lembrados do que os longos." (Obreiros Evangélicos, 167 e 168)

Formalidade insípida
Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nas almas esmorecidas um desejo ardente de sorver da água da vida”. (Testemunhos Seletos, vol. 2, 252)

Pontualidade
“As reuniões de conferências e oração não devem tornar-se tediosas. Todos devem estar prontos, se possível, na hora indicada; e se há retardatários, que estejam atrasados meia hora, ou mesmo quinze minutos, não se deve esperar por eles. Se houver apenas dois presentes, podem reivindicar a promessa. A reunião deve ser iniciada na hora marcada, se possível, estejam presentes muitos ou poucos." (Review and Herald, 3 de maio de 1871)

Rodeios preliminares
“Muitos oradores perdem o tempo e as energias em longas preliminares e desculpas. Alguns gastam cerca de meia hora em apresentar escusas; assim se perde o tempo e, quando chegam ao assunto e procuram firmar os pontos da verdade no espírito dos ouvintes, estes se acham fatigados e não lhes podem sentir a força.” (Obreiros Evangélicos, 169)

Falar com brevidade aos jovens
“Os que dão instruções à infância e à juventude, devem evitar observações enfadonhas. Falar com brevidade, indo direto ao ponto, terá uma feliz influência. Longos discursos fatigam a mente dos jovens. Falar demasiado levá-los-á mesmo a aborrecer as instruções espirituais, da mesma maneira que o comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, conduzindo ao enjôo da comida.” (Obreiros Evangélicos, 208 a 210)

Testemunhos longos
“A reunião de oração e testemunhos, deve ser um período de especial auxílio e animação. Todos devem sentir que é um privilégio tomar parte nela. Que todos os que confessam a Cristo tenham alguma coisa para dizer na reunião de testemunhos. Estes devem ser curtos, e de molde a servir de auxílio aos outros. Não há nada que mate tão completamente o espírito de devoção, como seja uma pessoa levar vinte ou trinta minutos num testemunho. Isso significa morte para a espiritualidade da reunião.” (Obreiros Evangélicos, 171)

Momentos de louvor estropiados
“O canto é uma parte do culto de Deus, porém na maneira estropiada por que é muitas vezes conduzido, não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor. Organizai um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois todos quantos queiram se unam com eles. Os que cantam devem esforçar-se para cantar em harmonia; devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para glória de Deus.” (Evangelismo, 506)

Orações longas, tediosas e floreadas
“A oração feita em público deve ser breve, e ir diretamente ao ponto. Deus não requer que tornemos fastidioso o período do culto, mediante longas petições. Cristo não impõe a Seus discípulos fatigantes cerimônias e longas orações. Há muitas orações enfadonhas, que parecem mais uma preleção feita ao Senhor, do que o apresentar-Lhe um pedido... A linguagem floreada é inadequada à oração, seja a petição feita no púlpito, no círculo da família, ou em particular. Especialmente o que ora em público deve servir-se de linguagem simples, para que os outros possam entender o que diz, e unir-se à petição.” (Obreiros Evangélicos, 175 a 177)

Nenhum comentário:

Postar um comentário