Uma proposta de referência para liturgia dos cultos de sábado na Igreja Adventista do Sétimo Dia foi aprovada pelos delegados da Comissão Diretiva durante o Concílio Quinquenal, na última quarta-feira, dia 4, em Brasília (DF). O objetivo é tornar esses momentos mais agradáveis e contribuir para o que a Igreja chama de ambiente favorável à adoração e louvor.
A proposta dá mais tempo aos elementos diretamente ligados à adoração como o sermão e os momentos de louvor e minimizar o tempo de assuntos periféricos. Além disso, segundo os pastores Carlos Hein e Herbert Boger, responsáveis pela elaboração da sugestão, a intenção é fazer do culto de adoração algo mais dinâmico e objetivo a fim de conquistar todos os espectadores, desde crianças até idosos, sendo ele membros da Igreja ou visitantes.
O que se propôs foi, ainda, que a programação de cada culto seja organizada com antecedência a fim de evitar improvisos e imprevistos que possam comprometer a concentração dos adoradores. A recomendação da Igreja é que os cultos de adoração não excedam 1h15 de duração e que se garanta um tempo adequado para a exposição do sermão.
Aconselha-se que louvor congregacional esteja em harmonia com o tema escolhido para a pregação e busque não exceder o tempo a ele designado. Também foi proposto que as igrejas determinem a ordem apropriada da Escola Sabatina e do Culto Divino e definam qual dos dois acontecerá primeiro, de acordo com a realidade da região. Além disso, deve haver uma continuidade entre ambos para que os membros percebam que se trata de uma só unidade de adoração. Recomenda-se que a transição seja marcada com um hino de adoração”, comenta o pastor Boger. (Com informações ASN)
Nota: Segue abaixo algumas importantes orientações de Ellen G. White sobre os cultos:
Sermões Longos e Tediosos
"Que a mensagem para este tempo não seja apresentada em discursos longos e elaborados, mas em prática breves e incisivas, isto é, que vão diretamente ao ponto. Sermões prolongados fatigam a resistência do orador e a paciência dos ouvintes. Os sermões curtos serão mais lembrados do que os longos." (Obreiros Evangélicos, 167 e 168)
Formalidade insípida
Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nas almas esmorecidas um desejo ardente de sorver da água da vida”. (Testemunhos Seletos, vol. 2, 252)
Pontualidade
“As reuniões de conferências e oração não devem tornar-se tediosas. Todos devem estar prontos, se possível, na hora indicada; e se há retardatários, que estejam atrasados meia hora, ou mesmo quinze minutos, não se deve esperar por eles. Se houver apenas dois presentes, podem reivindicar a promessa. A reunião deve ser iniciada na hora marcada, se possível, estejam presentes muitos ou poucos." (Review and Herald, 3 de maio de 1871)
Rodeios preliminares
“Muitos oradores perdem o tempo e as energias em longas preliminares e desculpas. Alguns gastam cerca de meia hora em apresentar escusas; assim se perde o tempo e, quando chegam ao assunto e procuram firmar os pontos da verdade no espírito dos ouvintes, estes se acham fatigados e não lhes podem sentir a força.” (Obreiros Evangélicos, 169)
Falar com brevidade aos jovens
“Os que dão instruções à infância e à juventude, devem evitar observações enfadonhas. Falar com brevidade, indo direto ao ponto, terá uma feliz influência. Longos discursos fatigam a mente dos jovens. Falar demasiado levá-los-á mesmo a aborrecer as instruções espirituais, da mesma maneira que o comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, conduzindo ao enjôo da comida.” (Obreiros Evangélicos, 208 a 210)
Testemunhos longos
“A reunião de oração e testemunhos, deve ser um período de especial auxílio e animação. Todos devem sentir que é um privilégio tomar parte nela. Que todos os que confessam a Cristo tenham alguma coisa para dizer na reunião de testemunhos. Estes devem ser curtos, e de molde a servir de auxílio aos outros. Não há nada que mate tão completamente o espírito de devoção, como seja uma pessoa levar vinte ou trinta minutos num testemunho. Isso significa morte para a espiritualidade da reunião.” (Obreiros Evangélicos, 171)
Momentos de louvor estropiados
“O canto é uma parte do culto de Deus, porém na maneira estropiada por que é muitas vezes conduzido, não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor. Organizai um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois todos quantos queiram se unam com eles. Os que cantam devem esforçar-se para cantar em harmonia; devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para glória de Deus.” (Evangelismo, 506)
Orações longas, tediosas e floreadas
“A oração feita em público deve ser breve, e ir diretamente ao ponto. Deus não requer que tornemos fastidioso o período do culto, mediante longas petições. Cristo não impõe a Seus discípulos fatigantes cerimônias e longas orações. Há muitas orações enfadonhas, que parecem mais uma preleção feita ao Senhor, do que o apresentar-Lhe um pedido... A linguagem floreada é inadequada à oração, seja a petição feita no púlpito, no círculo da família, ou em particular. Especialmente o que ora em público deve servir-se de linguagem simples, para que os outros possam entender o que diz, e unir-se à petição.” (Obreiros Evangélicos, 175 a 177)
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