Outro dia li um trecho interessante do diário de salomão: "O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido" (Provérbios 21:13). Não sei porque, mas me veio à mente a palavra indiferença. Para mim, tapar o ouvido ao grito de quem precisa de alguma coisa é uma descrição muito boa para indiferença. E como nós estamos familiarizados com ela. Quem nunca foi tratado ou nunca tratou alguém com indiferença que atire a primeira pedra...
E como são comuns as situações em que as pessoas se afastam umas das outras por mal-entendidos, diferenças de opinião, inveja, receio, etc. e começam a se ver de maneira indiferente. Indiferença... essa para mim é a pior espécie. Viver como se a existência de outrem não fizesse a mínima diferença para você. Isso é muito perigoso. Amanhã você pode estar gritando por ajuda. Para dizer bem a verdade, eu creio que a própria indiferença já seja um grito. A indiferença é o comentário mais desesperado de todos. É o grito de quem quer convencer que pode fazer falta na vida do outro e que a ausência desse outro não dói. É o grito de quem quer atrair a atenção. É o grito de quem se sente inseguro. É um grito covarde. Mas é um grito silente.
Talvez olhando para sua vida você encontre algum grito assim. Se existe algo mal resolvido entre você e alguém - um amigo, um vizinho, um parente ou até mesmo um estranho - não se esconda atrás da indiferença. Procure a tal pessoa e simplesmente converse. Seja sincero. A indiferença é uma doença que corrói o coração.
Amanhã é sábado e esse é um dia diferente. É um dia certo para repensar as relações e clarear os cantos escuros da vida. O sábado é o dia do perdão. Ande pela vida de bem com Deus e com as pessoas a sua volta.
E descanse.
Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)
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