No final de semana em que o Brasil perdeu a grande atriz Marília Pêra, o Fantástico fez uma série de homenagens à estrela, iniciando o programa com uma bela gravação de Marília lendo o poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade, em uma produção do Instituto Moreira Salles. Assista abaixo:
Carlos Drummond de Andrade inicia o poema se perguntando: “o que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?” E já ao final ele afirma: “Este o nosso destino: amor sem conta…”.
Contaram-me outro dia, um pedaço da história de Susana, mãe do grande teólogo John Wesley. Mulher firme e consagrada, cuidadora de dezessete crianças, certa vez foi surpreendida pela pergunta: "Dentre tantos filhos, a quem você mais ama?" Se esta é uma questão do tipo que não se faz, a resposta recebida foi do tipo que não se esquece: "Eu amo mais o que está doente, para que sare. Eu amo mais o que está longe, para que volte".
Deus tem um jeito estranho de amar. É como se o céu exibisse à terra predileções confusas, contrárias às regras e lógicas que orientam nossas relações de humanos. O amor de Deus busca com especial interesse a quem menos merece, a quem menos entende, e menos percebe a procura.
Para seres limitados, Deus tem amor ilimitado.
Talvez você se sinta longe agora. Talvez a igreja, a família, a consciência façam coro à volta, denunciando sua condição e distância. Saiba que Deus o ama mais que a qualquer outro. Ele sofre sua ausência. Ele ainda o espera na varanda.
Em uma linda composição de Stênio Marcius (escute aqui) nós lemos:
O Seu amor é tão forte, mais que o inferno e a morte
São torrentes que arrebentam o chão
Mais fácil secar os mares, apagar a estrela antares
Que arrancar o amor do seu coração
"Ninguém tem maior amor que esse..." (João 15:13)
Adaptação de texto do Pr. Cândido Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário