segunda-feira, 14 de março de 2016

Dia Nacional dos Animais, a Bíblia, Ellen White e a Nova Terra


O Dia Nacional dos Animais é comemorado anualmente em 14 de março no Brasil. Esta data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os cuidados que devem ser dados aos animais irracionais, sejam domésticos ou selvagens. A Bíblia diz: "O justo atenta para a vida dos seus animais." Pv 12:10

A Bíblia também fala do cuidado protetor de Deus pelos animais (Sl 104:21; Dt 22:6 e 7; Mt 6:26). Se devemos buscar a santidade e permitir que a imagem e semelhança de Deus novamente se reproduzam em nós, devemos imitá-Lo também nesse aspecto. Ellen G. White comenta: 
“Os animais domésticos conhecem aquele que os alimenta diariamente. Até os seres irracionais sabem onde encontrar seu alimento, e por isso sentem certo carinho pela pessoa que os sustenta.” – Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, p. 137
Aqueles que reconhecem sua dependência de Deus e fragilidade devem entender um pouco a afeição demonstrada pelos animais e seu desejo de proteção e afeição.

A escritora e educadora Ellen White dispensava um carinho todo especial, não apenas a seu cãozinho de estimação, como a todos os demais animais com que tinha contato. No livro Histórias de Minha Avó, p. 17 (CPB), a neta de Ellen, Ella M. Robinson, narra o seguinte: 
“Independentemente de onde morássemos, se houvesse algum animal doméstico por perto, vovó fazia amizade com ele. Assim que os pés dela tocavam o chão do potreiro, o pônei relinchava as boas-vindas e estendia o pescoço para o afago que ele já sabia que receberia. Vovó não suportava ver os animais sendo maltratados porque, dizia ela, ‘eles não podem contar-nos os seus sofrimentos’.”
Noutra ocasião, Ellen escreveu a seus filhos Edson e Willie: 
“Uma pessoa não pode ser cristã e permitir que seu mau gênio se acenda diante de qualquer pequeno acidente ou aborrecimento que se lhe depare, pois revela que nela está Satanás em lugar de Jesus Cristo. O colérico espancar de animais ou a tendência de se mostrar como dominador, é frequentemente exibido nas ruas com animais criados por Deus. Desabafam sua ira ou impaciência sobre objetos indefesos, que mostram serem superiores aos seus donos. Tudo suportam sem represália. Filhos, sejam bondosos com os animais, que não podem falar. Jamais lhes causem desnecessariamente dores. Eduquem-se a si mesmos em hábitos de bondade. Então ela se tornará habitual. Vou mandar para vocês um recorte de jornal, e decidam por vocês mesmos se alguns animais irracionais não são superiores a alguns homens que se permitiram embrutecer-se pelo cruel procedimento com os animais.” – Life Sketches, p. 26, citado em Perguntas que Eu Faria à Irmã White, p. 57
O nosso papel, dado a Deus no Éden, é cuidar, proteger as criaturas dEle. Ellen White nos fala mais:
"Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano. A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um relatório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus." Patriarcas e Profetas, p. 324
“Deus requeira supremo amor a Deus e amor imparcial ao próximo, o vasto alcance dos seus reclamos toca também às criaturas mudas que não podem expressar em palavras suas necessidades e sofrimentos. 'O jumento que é de teu irmão ou o seu boi não verás caídos no caminho e deles te esconderás; com ele os levantarás, sem falta (Dt 22:4).' Aquele que ama a Deus, não somente amará o seu semelhante, mas considerará com terna compaixão as criaturas que Deus fez. Quando o Espírito de Deus está no homem, leva-o a aliviar o sofrimento antes que a criá-lo.” Beneficência Social, p. 48
Esse assunto é tão importante que Ellen White recomenda até observar o relacionamento do futuro cônjuge com os animais, a fim de se ter uma ideia de sua sensibilidade e humanidade.

Concluindo... Gosto de pensar na harmonia e boa convivência que existirão na Nova Terra. Lá ninguém mais olhará um bezerrinho ou uma ovelhinha como um “suculento churrasco”. A cadeia alimentar na qual existem presas e predadores não mais existirá, pois o “lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos... a vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi ... não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor” (Is 11:6 e 65:25). 

Você consegue imaginar esta cena? É bom ir se habituando a ela, pois será assim em nosso novo lar.

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