terça-feira, 30 de agosto de 2016

“Deus iniciou o impeachment”, declara Janaína Paschoal - Oi???


Uma das principais figuras no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, a advogada de acusação Janaína Paschoal foi a primeira a falar na sessão de debate na manhã desta terça-feira (30). Ao rebater os argumentos de que houvesse algum tipo orquestração para o início do processo, Janaína, que assinou o pedido original junto com o dr. Hélio Bicudo, desabafou. “Eu acho que se tiver alguém fazendo algum tipo de composição neste processo é Deus”, afirmou. “Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma na sua competência, percebessem o que estava acontecendo com nosso país e conferisse a essas pessoas coragem para se levantarem e fazerem alguma coisa a respeito”, assegurou na tribuna do Senado.



Não é a primeira vez que o nome do Senhor é usado nesse processo político que se desenrola no país desde o ano passado. Possivelmente foi a palavra mais usada durante as justificativas de votos dos deputados favoráveis à continuação do processo na Câmara dos Deputados, dia 17 de abril. Entre as falas mais comentadas, foi o voto dado pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha: “Que Deus tenha misericórdia dessa nação". No dia em que assumiu interinamente, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou: “Deus me deu uma missão, que eu ajude a tirar o Brasil da crise”.

No livro Os Escolhidos de Ellen G. White (versão na linguagem de hoje do livro Patriarcas e Profetas), no capítulo 27, lemos:
“'Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o Seu nome em vão' (Êxodo 20:7). Esse mandamento nos proíbe de usar o nome de Deus de maneira descuidada. Ao mencionar Deus impensadamente na conversação comum e pela frequente repetição irrefletida de Seu nome, nós O desonramos. Seu santo nome deve ser pronunciado com reverência e solenidade."
Todas as ideologias querem Deus como seu garoto propaganda, e assim, Sua mensagem vai se adequando à agenda política de cada grupo. Mas o nome de Deus não cabe dentro de qualquer arranjo ideológico. Também não é cabo eleitoral de candidatura alguma. A advogada, os nobres deputados, o presidente interino e outros ligados ao cenário político não deveriam ousar conferir tom partidário à Sua mensagem. Os regimes políticos, bem como as ideologias que os justificam, tendem a corromper-se, mas os ideais do Reino de Deus permanecem para sempre.
“Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim." (Mateus 15:8 NTLH)

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